Circuitos Elétricos Senoides e Fasores Alessandro L. Koerich Engenharia de Computação Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Introdução • Corrente contínua x corrente alternada. – Ver War of Currentes • Análise de circuitos onde a fonte de tensão ou corrente varia no tempo. • Em particular, nosso interesse é em fontes variantes no tempo de forma senoidal. • Uma senoide é um sinal que tem a forma de uma função seno ou coseno. Introdução • Uma corrente senoidal é normalmente chamda de corrente alternada (ca) (alternating current – ac). • A corrente é revertida em intervalos de tempo regulares e tem, alternadamente, valores positivos e negativos. Senóides • Considere a tensão senoidal = onde – Vm = amplitude da senóide – ω = frequência angular em radianos/s – ωt = argumento da senóide – A senóide se repete a cada T segundos, logo T é chamado de período da senóide. – Temos a relação: 2 = Senóides • Como v(t) se repete a cada T segundos: • Uma função periódica é aquele que satisfaz para todo t e para todos inteiros n. • Vamos considerar agora uma expressão mais geral para a senoide: onde é o argumento e é a fase. Senóides • Considerando duas senóides: 1 2 ocorre primeiro tempo. Portanto 2 está na frente de 1 por ϕ ou 1 está atrasada de 2 por ϕ. 2 Senóides • Se • Se ≠ 0, = 0, 1e 2estão fora de fase. 1e 2estão em fase. • Uma senoide pode ser expressa tanto na forma de seno e cosseno. Podemos usar as seguintes identidades trigonométricas: ± = cos ± cos ± = cos cos ∓ sen • Com estas identidades… ± 180 = − ± 180 = − ± 90 = ± ± 90 =∓ Senóides • Para adicionar duas senoides de mesma frequência: onde 2 2 Fasores • Senoides podem ser expressar em termos de fasores, que são convenientes para trabalhar com funções seno e cosseno. • Fasor é um número complexo que representa a amplitude e fase de uma senoide. • Um número complexo z pode ser escrito na forma retangular como: onde ; x é a parte real de z; y é a parte imaginária de z. Fasores • O número complexo z pode ser escrito na forma polar como: = ⁄ = onde r é a magnitude de z e ϕ é a fase de z. z pode ser representado em três formas: retangular: = + polar: = ⁄ exponencial: = • Se conhecemos x e y, a relação entre a forma polar e retangular é: 2+ 2 = = Fasores • Se conhecemos r e ϕ, podemos obter x e y: • Então, z pode ser escrito como: Fasores • Operações: • OBS: notar que = − Fasores • A idéia da representação por fasores é baseada na identidade de Euler: ± • O que mostra que podemos tratar e como as . Podemos escrever: partes real e imaginária de • Dada uma senoide expressá-la por: , podemos Fasores ou = Re( ) então = Re( ) onde = • = ⁄ V é portanto a representação fasorial da senoide v(t). Fasores • Suprimindo o fator tempo, transformamos a senoide do dominio do tempo para o dominio do fasor: • Note que fator foi suprimido e a frequencia não aparece no fasor, pois é constante, porém a resposta depende dela, por isso, o domínio fasor é também conhecido como domínio da frequencia. Fasores Fasores • Das equações anteriores temos: = Re = + então: =− + = = Re ω • + = Re Isso mostra que: ⟺ • Do mesmo modo: ⟺ + 90 Fasores • As equações anteriores são úteis para encontrar a solução em regime permanente, sem precisar conhecer as condições iniciais das variáveis envolvidas. • As diferenças entre v(t) e V são: 1. 2. 3. • v(t) é a representação instantânea ou no domínio do tempo, enquanto V é a representação fasor ou no domínio da frequencia. v(t) é dependente do tempo, enquanto V não é. v(t) é sempre real sem termo complexo, enquanto V é geralmente complexo. Atenção! A análise de fasores somente se aplica quando a frequência é constante e é a mesma para dois ou mais sinais senoidais. Fasores e Elementos de Circuitos • Transformar a relação tensão-corrente do domínio do tempo para o domínio da frequência. • Novamente, assumimos a convenção de sinais para os elementos passivos. • Para o resistor, assumindo que a corrente através dele é , a tensão sobre ele será: = • = + = Mas a representação fasor da corrente é = = ⁄ ⁄ , então: Fasores e Elementos de Circuitos • Relação tensão-corrente para o RESISTOR no domínio do tempo e da frequência. • Diagrama de fasores para o RESISTOR: Fasores e Elementos de Circuitos • Para o indutor, assumindo que a corrente através dele é , a tensão sobre ele será: = • =− + = + + 90o Sendo a representação fasor: = • ( ) = ⁄ + 90o = Mas a representação fasor da corrente é então: = = ⁄ e = , Fasores e Elementos de Circuitos • Relação tensão-corrente para o INDUTOR no domínio do tempo e da frequência. • Diagrama de fasores para o INDUTOR: Fasores e Elementos de Circuitos • Para o capacitor, assumindo que a tensão sobre ele é , a corrente sobre ele será: = • Seguindo os mesmos passos anteriores, temos a representação fasor: = ⟹ = Fasores e Elementos de Circuitos • Relação tensão-corrente para o CAPACITOR no domínio do tempo e da frequência. • Diagrama de fasores para o CAPACITOR: Fasores e Elementos de Circuitos • Resumo das relações tensão-corrente: Impedância e Admitância • A partir da relação tensão-corrente para os três elementos passivos: = = = temos: = = • = Podemos então obter a lei de Ohm na forma fasor para qualquer tipo de elemento, como: = ou = onde Z é uma quantidade dependente da frequencia conhecida como impedância, medida em ohms (Ω). Impedância e Admitância • A impedância Z de um circuito é a relação entre a tensão fasor V e a corrente fasor I, medida em ohms (Ω). • Da tabela, temos que para ∞( → ∞, = 0), assim: =0( = 0, → ∞) e para → Impedância e Admitância • Sendo uma quantidade complexa, a impedância pode ser expressa na forma retangular: = + onde • = Re( ) é a resistência e = Im( )é a reatância. Observe que a reatância pode ser positiva (reatância indutiva) ou negativa (reatância capacitiva), pois: = − então: = + = − • (reatância indutiva – corrente atrasada em relação a tensão) (reatância capacitiva – corrente adiantada em relação a tensão) A impedância Z pode também ser escrita na forma polar: = ⁄ Impedância e Admitância onde: = ⁄ = + + = e: = = • = As vezes é conveniente utilizar o reciproco da impedância, chamada de admitância. Impedância e Admitância • A admitância Y é reciproca à impedância, medida em siemens (S). = • 1 e pode ser escrita: = onde • = + = Re( ) é a condutância e = Im( )é a susceptância. Relacionando Y e Z: + = 1 + temos os termos real e imaginário: = + = − + Leis de Kirchhoff no Domínio da Frequência • Para analisar circuitos no domínio da frequência devemos expressar as Leis de Kirchhoff no domínio da frequência: + • + Re( )+ Se = + + ) + ⋯+ cos( + …+ + + )+…+Re( + …+ ) ) ]=0 ≠ 0, então: + + …+ uu seja, a LTK se mantém para fasores. =0 )=0 )=0 , então: Re[( Como cos( ) + Re( Re[( • =0 No regime permanente senoidal: cos( • + ⋯+ ]=0 Leis de Kirchhoff no Domínio da Frequência • Podemos adotar um procedimento similar para mostrar que a LCK se mantém para fasores: + • + ⋯+ =0 Se I1, I2, …, In são a forma fasor das senoides i1, i2, …, in, então: + + …+ que é a LCK no domínio da frequência. =0 Combinação de Impedâncias • Em série: = • + + …+ =0 1 1 1 Em paralelo: = = + + + ⋯+ + …+ =0 Combinação de Impedâncias • Transformações Delta-Y e Y-Delta: