O GOVERNO FRUSTRA A MOBILIDADE! PORQUÊ? Caros Colegas, Boa tarde, O Sócio Manuel José Teixeira Pereira, Licenciado, Técnico Superior em Mobilidade Interna intercarreiras (1.ª Posição remuneratória da carreira de técnico superior) : 1 – Encontra-se em Mobilidade Interna intercarreiras, por um ano, desde 28 de Dezembro de 2009, inserido na 1.ª posição remuneratória da carreira técnica superior. Contudo continua inserido na Carreira e Categoria de Assistente Técnico. 2 – Até ao momento, a instituição nada comunicou sobre o término, prolongamento ou abertura de procedimento concursal para regularizar a situação, apesar dos vários pedidos do funcionário, no sentido de que a Instituição defina qual a sua posição face ao termo da mobilidade interna; 3 – Verifiquei no comunicado do STE que o Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, por decisão de 22 de Outubro, suspendeu a eficácia do Despacho nº 15248A/2010 do Ministro de Estado e das Finanças que suspendeu/cessou os concursos de acesso e estabeleceu regras para o reposicionamento remuneratório pós-concurso e para a mobilidade interna e que os trabalhadores que estejam a iniciar um período de mobilidade interna devem propor que o pagamento da sua remuneração seja feito pela posição remuneratória seguinte à que detêm. 4 – Prevê a legislação em vigor que aos licenciados não deva ser paga remuneração inferior à 2.ª posição remuneratória. 5 – O Funcionário, apesar de desempenhar as funções de técnico superior, há mais de 5 anos (comprovados), esteve, e está, continua integrado na carreira administrativa – Ass. Técnico, porque a instituição sempre se havia recusado a qualquer reclassificação, apenas aceitando a mobilidade a baixo custo no fim do ano transacto. a) Não deveria o funcionário ser remunerado pela 2.ª posição remuneratória, visto que é licenciado e que as novas mobilidades e procedimentos concursais de ingresso, para técnico superior, prevêem o ingresso pela 2.ª posição remuneratória? Não é injusto um técnico superior ingressar pela 2.º posição remuneratória e outro que se encontre em mobilidade interna a contribuir para a qualificação e resolução da falta de trabalhadores qualificados seja remunerado pela 1.ª posição, ao mesmo tempo que se arrisca a voltar para a categoria/remuneração anterior? Os funcionários que aceitam e arriscam uma mobilidade interna, para colmatar falhas de pessoal qualificado da Administração, deveriam ser recompensados e não discriminados negativamente, porque ganham menos e arriscam-se a voltar à sua situação anterior e até a ficar sem o seu posto de trabalho quando regressam ao mesmo após o término da mobilidade. Um deputado vai representar o País na Assembleia da República com alto vencimento e vem de lá com uma indemnização, mas um trabalhador que vai em mobilidade contribuir para a qualificação da Administração, vai ganhar menos do que um novo funcionários e vem de lá sem nada e ainda se arrisca a ficar sem o posto de trabalho, porque podem envia-lo para a mobilidade especial no seu regresso à situação de origem. É isto a justiça e equidade? b) Que raio Administração Pública e de justiça é esta que paga a um funcionário experiente e com a mesma qualificação (licenciatura) pela 1.ª posição remuneratória e a outros inexperientes pela 2.ª? c) É muito discriminatório um funcionário licenciado ingressar ao nosso lado, no mesmo Estado, com a 2.ª posição remuneratória, ou superior, e outros que se encontram a dar o corpo ao manifesto, em prol da qualificação da Administração Pública, continuarem eternamente remunerados pela 1.ª posição remuneratória e a arriscar voltar de novo para a anterior carreira/categoria, quando o Estado necessita destas pessoas e anda a contratar outros para os mesmos lugares/funções. d) A Administração Pública necessita de qualificar-se, mas não pode ser à custa da exploração de uns trabalhadores, em benefício de outros que ingressam na Administração em posições remuneratórias muito à frente. Se ao menos a posição salarial de ingresso fosse determinada por algum critério justo e sério, eu ainda aceitava, mas todos sabemos por que vias ingressam actualmente muitos trabalhadores na Administração. e) Note-se que este funcionário que apresenta esta reflexão até é uma pessoa que se esforça para se manter actualizado, preparado e formado para servir o melhor possível a Administração e os Utentes (É licenciado, possui o CADAP, Pós-Graduado em Liderança e Gestão; Especialização em Gestão de Projectos e Mestrando em Administração e Gestão Pública). Mas afinal de contas de que serve investir e perder anos e anos a qualificar-se? Só para realização pessoal? É esta a valorização e motivação que nos oferece a Administração Pública e o Estado? Valerá a pena esforçar-me mais para continuar a desempenhar as funções de técnico superior, mas explorado e integrado eternamente na carreira e categoria de Assistente Técnico? Desta forma nunca teremos uma Administração Pública qualificada, mas sim preenchida por amigos de amigos e das cunhas ou da subserviência, que ingressam por portas travessas na administração e com vencimentos que deixam muito a desejar em relação ao empenhamento e qualificação profissional. Grato pela atenção. Com os melhores cumprimentos.