Associação de Retinopatia de Portugal-ARP Rua Quinta do Cabrinha Nº 7 C 1300-909 Lisboa : (+351) 213660167 Fax: (+351) 213660169 Email: [email protected] http://www.retinaportugal.org.pt/ CASO CLÍNICO 1 (Janeiro de 2009) Paciente do sexo F 51 anos Doença de Stargardt A.V. no melhor olho = 0.12 C.V. = escotoma central bilateral Após a equipa da Unidade de B.V. ter efectuado o levantamento das principais necessidades, a avaliação ortóptica da visão funcional e a avaliação médica do aproveitamento eficaz do resíduo visual da paciente, estabeleceu-se o programa de reabilitação que tem como objectivos: objectivos • Leitura; • Ver TV; • Controlo do deslumbramento. 1ª Etapa: Tarefas de perto Numa fase inicial do programa, foram efectuados exercícios de reeducação ortóptica para optimizar a utilização da visão excêntrica, aos quais a paciente apresentou um bom desempenho. Posteriormente, realizou-se o treino de leitura com os óculos esferoprismáticos (binoculares) de 10Δ / 2,5x, com os quais a paciente, não só conseguiu ler textos com palavras de tamanho 1.25M com uma velocidade de leitura de 43 ppm, como também foi capaz de ler os livros escolares da neta (sendo o seu principal objectivo ajudar a neta nos trabalhos de casa da escola), ver as horas no seu relógio de pulso e tricotar malha. 2ª Etapa: Tarefas de longe Após as tarefas de perto estarem resolvidas, passamos, então, para o treino da visão de longe. A ajuda óptica indicada foi um telescópio de Kepler monocular de 2,8x, em OD. Após terem sido ensinadas as técnicas necessárias à sua utilização, a paciente obteve alguns ganhos embora tenha apresentado mais dificuldade nesta etapa de reabilitação. 3ª Etapa: Controlo de deslumbramento Para controlo de deslumbramento foram testados filtros especiais no interior e exterior, contribuindo para uma melhoria do contraste na definição da imagem e conforto visual. Associação de Retinopatia de Portugal-ARP Rua Quinta do Cabrinha Nº 7 C 1300-909 Lisboa : (+351) 213660167 Fax: (+351) 213660169 Email: [email protected] http://www.retinaportugal.org.pt/ Observações finais: finais: Importa ter em conta que, de uma forma geral, as ajudas para longe apresentam mais desvantagens e são bem mais complicadas de adaptar ou de utilizar. No entanto, este é considerado um caso de sucesso, não só pelos resultados técnicos alcançados, mas também e, principalmente, pela satisfação da paciente face aos objectivos propostos. Nádia Fernandes (Ortoptista)