Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 FICHA TÉCNICA Supervisão: Dr. António Camacho, Vereador Dr.ª Helena Cale, Chefe de Divisão de Acção Social Núcleo Executivo: Sara Patrocínio, Técnica Superior de Educação e Intervenção Comunitária, pela Câmara Municipal de Olhão - Coordenação Célia Branco, Técnica Superior de Serviço Social, pela Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão Sónia Nobre, Técnica Superior de Serviço Social, pelo Centro Distrital da Segurança Social de Faro – Serviço Local de Olhão Maria Trindade Semedo, Técnica Superior de Serviço Social, pelo Agrupamento de Centros de Saúde do Algarve I, Central Carla Henriques, Técnica Superior de Serviço Social, pela Santa Casa da Misericórdia de Olhão Micaela Barros, Psicóloga e Professora do 2. e 3.º Ciclo na área das Ciências Sociais e Humanas pelo Agrupamento de Escolas Dr. Alberto Iria Vânia Rodrigues, Técnica Superior de Educação Social, pela Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação da Fuzeta Consultor: • António Batista, Doutorando na área de Sociologia no ISCTE, Mestre no Departamento de Sociologia no ISCTE e Licenciado em História - Consultor Técnico da Rede Social de Olhão. 2 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 INDICE MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CLAS-------------------------------------------------5 MENSAGEM DO VEREADOR DO PELOURO----------------------------------------------6 METODOLOGIA---------------------------------------------------------------------------7 PREÂMBULO-----------------------------------------------------------------------------11 CAPITULO 1 – ESTRATÉGIAS DE PLANEAMENTO E INTERVENÇÃO SOCIAL---------14 1.1. Prioridades Estratégicas de Intervenção--------------------------------------14 1.2.Tendências e Perspectivas de Inovação----------------------------------------17 1.3. Factores de Excelência da Intervenção Social Local--------------------------18 CAPITULO 2 - CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO------------------------------------19 2.1. Enquadramento Regional-------------------------------------------------------20 2.2. Enquadramento Territorial-----------------------------------------------------22 2.3. Caracterização Sócio Demográfica do Concelho------------------------------24 2.4. Caracterização das Freguesias-------------------------------------------------36 2.4.1. Território----------------------------------------------------------------------36 2.4.2. População---------------------------------------------------------------------37 2.4.3. Rede de Respostas e Recursos----------------------------------------------40 CAPITULO 3 – PRÉ DIAGNÓSTICO TEMÁTICO----------------------------------------56 3.1. Saúde---------------------------------------------------------------------------56 3.1.2. Toxicodependência--------------------------------------------------------62 3.2. Emprego / Desemprego--------------------------------------------------------72 3.3. Actividades Económicas--------------------------------------------------------82 3.4. Educação / Formação-----------------------------------------------------------91 3.5. Imigração----------------------------------------------------------------------103 3.6. Habitação----------------------------------------------------------------------107 3.7. Ambiente----------------------------------------------------------------------114 3.8. Acessibilidades----------------------------------------------------------------120 3.9. Cultura / Desporto------------------------------------------------------------123 3.10. Segurança / Criminalidade--------------------------------------------------130 3.11. Protecção Civil---------------------------------------------------------------158 3.12. Intervenção Social-----------------------------------------------------------162 3.12.1. Protecção Social / Acção Social----------------------------------------162 3.12.2. Infância / Juventude----------------------------------------------------173 CAPITULO 4 – PROBLEMÁTICAS SOCIAIS IDENTIFICADAS-------------------------201 4.1. Infância------------------------------------------------------------------------201 4.1.1. Fundamentação----------------------------------------------------------201 4.1.3. Análise Qualitativa-------------------------------------------------------203 4.1.3. Propostas de Intervenção Prioritária------------------------------------204 4.2. Juventude----------------------------------------------------------------------205 4.2.1. Fundamentação----------------------------------------------------------205 4.2.2. Análise Qualitativa-------------------------------------------------------207 4.2.3. Propostas de Intervenção Prioritária------------------------------------208 4.3. Envelhecimento---------------------------------------------------------------209 4.3.1. Fundamentação----------------------------------------------------------209 4.3.2. Análise Qualitativa-------------------------------------------------------213 4.3.3. Propostas de Intervenção Prioritária------------------------------------214 4.4. Saúde--------------------------------------------------------------------------215 4.4.1. Fundamentação----------------------------------------------------------215 4.4.2. Análise Qualitativa-------------------------------------------------------216 4.4.3. Propostas de Intervenção Prioritária------------------------------------217 4.5. Emprego / Desemprego-------------------------------------------------------218 4.5.1. Fundamentação----------------------------------------------------------218 4.5.2. Análise Qualitativa-------------------------------------------------------220 3 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.5.3. Propostas de Intervenção Prioritária------------------------------------221 CAPITULO 5 - CARTA SOCIAL--------------------------------------------------------222 5.1. Rede de Equipamentos e Serviços-------------------------------------------222 5.2. Taxas e territórios de cobertura----------------------------------------------233 5.3. Respostas Sociais Prioritárias-------------------------------------------------237 ANEXOS--------------------------------------------------------------------------------238 Anexo 1 - Workshops realizados e participantes---------------------------------238 Anexo 2 - Entidades que cederam informação e entidades consultadas--------241 Anexo 3 - Informação sobre a Rede Social---------------------------------------244 4 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE OLHÃO Dar resposta às problemáticas sociais do nosso município é o principal objectivo do Conselho Local de Acção Social de Olhão (CLASO). É isso que temos vindo a fazer com muito sucesso, graças aos técnicos que trabalham nesta área e às parcerias conquistadas! A articulação entre as várias instituições tem sido essencial para conseguirmos ajudar os que mais precisam de apoio. A Rede Social, em Olhão, está activa e conseguiu aproximar os organismos que trabalham com os mesmos objectivos. Devemos ressalvar e estimular cada vez mais esse saldo francamente positivo. Os esforços de todas estas instituições têm-nos permitido conhecer, cada vez melhor, quais as reais necessidades do concelho e, assim, dar as respostas adequadas. Com um processo de implementação fortemente participado e mobilizador, a Rede Social de Olhão é hoje um organismo dinâmico e fomentador de vontades para ajudar o próximo. Nos momentos de crise que se vivem, destaco ainda com maior ênfase a importância da Rede Social na construção de um concelho solidário e com um desenvolvimento social sustentável. E o Diagnóstico Social é um instrumento fundamental na definição das orientações estratégicas para esta intervenção social. É preciso unir esforços para ajudar a ultrapassar as dificuldades e rentabilizar os recursos disponíveis. No CLASO tal está em marcha, com a ajuda de todos! É com um sincero Obrigado que agradecemos a todos os que têm demonstrado coragem e empenho para que consigamos atingir os objectivos de solidariedade a que nos propusemos. Este trabalho está no bom caminho. Continuemos assim! O Presidente do Conselho Local de Acção Social de Olhão, Eng. Francisco José Fernandes Leal 5 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 MENSAGEM DO VEREADOR DO PELOURO Sempre foi apanágio dos diferentes executivos desta autarquia a preocupação com as questões sociais. Desde a política de habitação, passando pelo apoio às instituições, e pelas medidas de apoio às famílias mais carenciadas e população estudantil, entre outras, está bem patente uma marca de solidariedade social. Presentemente, a crise económica e financeira que assola o nosso país, e por arrastamento o nosso concelho, veio acentuar as dificuldades daqueles que já viviam em situação de alguma carência, bem como gerar novas situações, para as quais urge arranjar novas soluções, num quadro de escassez de recursos, trazendo para a ordem do dia a discussão de novos paradigmas de resposta às problemáticas sociais. É neste contexto que surge a lume o novo Diagnóstico Social do Concelho. Mais do que um somatório de indicadores, o documento que nos é dado a apreciar deve constituir uma base de trabalho para definição de estratégias conducentes a uma maior equidade social, e à responsabilização dos diferentes actores da sociedade civil. Caberá à Rede Social, ainda com maior relevância, o papel decisivo de mediadora na discussão das diferentes problemáticas, e na conjugação de esforços tendentes à sua resolução. Os resultados já alcançados são reveladores da importância de um trabalho em rede, que importa aprofundar e consolidar, procurando as melhores oportunidades para uma acção social mais justa, mais responsável e mais responsabilizante, e por isso mais solidária. Contamos com todos! O Vereador do Pelouro António Humberto Camacho dos Santos 6 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 METODOLOGIA ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO Em termos metodológicos o diagnóstico social procura permitir uma leitura abrangente da realidade traduzida pelos diversos serviços e pela análise da capacidade instalada no concelho para a mudança e desenvolvimento social. Para isso são identificadas as problemáticas prioritárias, os problemas e necessidades prioritárias e por fim as prioridades de intervenção. O diagnóstico estatístico abrange as diferentes dimensões da resposta social para as quais são possíveis séries estatísticas estáveis e agregadas Pretende-se estabelecer uma base estatística comparativa que permita, no futuro, detectar oscilações significativas na procura dos serviços ou na resposta que os diferentes serviços prestam. Estas oscilações e flutuações serão indicadores chave na interpretação da realidade social do concelho. Para além dos níveis de quantificação que a informação disponível dos diferentes serviços permite, serão igualmente objecto de análise qualitativa a intervenção social em curso no concelho através das medidas de política social, nacional e local e dos projectos específicos numa lógica de desenvolvimento social local. Num primeiro nível de análise da informação temos a “infra-estrutura” de serviços à população. Neste nível podemos identificar necessidades sociais expressas no tipo de procura e características decorrentes dessa procura. Noutro nível o diagnóstico foca necessidades específicas e analisa a resposta disponível no concelho; essas necessidades específicas decorrem das características diferenciadas dos grupos sociais em causa e de factores de risco, ambiental social ou comportamental. O diagnóstico pretende assim cumprir a sua função técnica de focalizar as questões chave do concelho na área social, identificando as suas áreas prioritárias de intervenção para que o planeamento, no Plano de Desenvolvimento Social, 7 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 objective os projectos e intervenções específicas assumidas pela rede social. GUIA DE LEITURA DO DIAGNÓSTICO SOCIAL A informação disponível está organizada em categorias de diagnóstico, que permitam uma leitura sequencial da dimensão quantitativa estatística à dimensão qualitativa da intervenção social no concelho: Ponto prévio de diagnóstico estratégico “Estratégias de Planeamento e Intervenção Social” Capítulo prospectivo de identificação das tendências e opções estratégicas prospectivas para a intervenção social em Olhão. Neste pretende-se estabelecer um quadro de referência com as propostas para as grandes prioridades estratégicas do concelho na área social. Caracterização do contexto de intervenção “ Caracterização do Concelho” Breve caracterização física do território com a análise demográfica do concelho. Esta análise servirá para definir a visão prospectiva de planeamento das novas necessidades sociais decorrentes da alteração profunda da estrutura demográfica cujo processo acelerado de envelhecimento e longevidade acarreta. Esta alteração das variáveis demográficas é fundamental para perspectivar a rede de respostas e serviços e direccioná-la para as novas necessidades sociais e demográficas. Estrutura de serviços e respostas sociais para a comunidade “Pré diagnóstico temático” Sistematização da informação estatística disponibilizada pelos serviços e respostas que traduzem as necessidades sociais expressas na informação produzida pelos próprios serviços. Foram recolhidos e sistematizados dados estatísticos dos serviços locais da Saúde, Emprego, Educação, Imigração, Habitação, Ambiente, Acessibilidades, Cultura/ Desporto, Segurança, Protecção Civil, Intervenção Social Segurança Social, Infância, Casa da Juventude, CPCJ, GASMI, Intervenção Precoce, GAAF, Programa Escolhas) Foram sistematizados indicadores, que possam contribuir para uma percepção mais fundamentada da realidade social do concelho e que possam, também, servir de base de trabalho no planeamento através da capacidade de dimensionar e 8 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 direccionar as intervenções sociais. Análise qualitativa das temáticas do diagnóstico social por temáticas “Problemáticas Sociais Identificadas” Análise qualitativa da informação dos serviços, representados nas sessões participativas, que decorreram centradas nas temáticas sociais consideradas pelos parceiros da rede como prioritárias no concelho: Envelhecimento, Juventude, Infância, Saúde e Emprego. Estas sessões temáticas pretendem, produzir uma visão de conjunto multi dimensional que abranja múltiplos olhares e experiências de terreno na temática em questão. Os workshops temáticos serviram, também, para definir as prioridades sociais (problemas e necessidades) de forma a direccionar as intervenções prioritárias no PDS. Rede de Equipamentos e Respostas Sociais “ Carta Social” O diagnóstico social referenciou a informação disponível sobre o actual estado de cobertura do concelho de Olhão, no que se refere à rede de respostas e equipamentos sociais. Esta questão é decisiva para projectar futuros equipamentos em função das reais necessidades actuais e futuras do concelho. A partir da taxa de cobertura e dos índices de capacidade das várias tipologias de resposta social pretendeu-se criar uma perspectiva global do concelho no que se refere à rede de respostas e equipamentos. METODOLOGIA APLICADA NO DIAGNÓSTICO SOCIAL O diagnóstico social foi construído a partir de duas linhas metodológicas de trabalho. 1. Pesquisa de informação quantitativa Pesquisa documental realizada em conjunto com os diversos serviços referenciados no diagnóstico. Após a selecção de indicadores considerados fundamentais, os diferentes serviços ordenaram e sistematizaram informação já produzida ou que reordenaram nas fontes próprias. Esta informação foi depois analisada pelo núcleo executivo e graficamente ordenada e sistematizada em indicadores comparativos. 9 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 2. Diagnóstico participativo Após a fase de recolha e sistematização da informação quantitativa foram realizados cinco workshops temáticos (Infância, Envelhecimento, Juventude, Emprego e Saúde) para os quais foram convidadas muitas das instituições do concelho, de acordo com o critério da proximidade da temática e ou de contributos que os representantes presentes pudessem disponibilizar. Nesta fase do diagnóstico utilizou-se o método participativo com a facilitação do debate e reflexão em função das questões que lhes foram colocadas: - Quais os problemas e necessidades sociais prioritárias em cada temática; - Quais as prioridades de intervenção no concelho centradas nas temáticas; - Quais os principais recursos com que podemos contar para essas intervenções. Estes workshops produziram o diagnóstico qualitativo do concelho e serviram também para, de modo participativo, consensualizar as linhas de intervenção para o PDS na etapa de trabalho seguinte. (Ver em anexo as entidades presentes e convidadas para os workshops temáticos) 10 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 PREÂMBULO De 2005 para 2011 verificou-se no Concelho de Olhão um conjunto de transformações que se traduziram em novas prioridades sociais e institucionais detectadas e incluídas no diagnóstico. Em 2005, as prioridades detectadas situavam-se em áreas temáticas que registaram evoluções significativas. Nesse momento, a rede de respostas e equipamentos sociais era prioritária pela necessidade identificada de respostas para a infância, 3.ª idade e deficiência. Sobretudo na área das crianças, Creche e Jardim, o Concelho de Olhão regista um salto qualitativo muito relevante com a aprovação de um conjunto de projectos e candidaturas que representam um colmatar das necessidades entretanto identificadas no diagnóstico. Na área dos idosos, embora no concelho a oferta se tenha expandido com a abertura de mais respostas fruto de candidaturas entretanto aprovadas, verifica-se a persistência do problema, ainda que com novas características. A evolução demográfica no concelho, como fica demonstrado no presente diagnóstico, acentua, em 2011, a variável do envelhecimento e do índice de dependência dos idosos. Esta situação é agravada pelo isolamento e crescente emergência das doenças neurodegenerativas nos idosos. Em conjunto, estas novas circunstâncias obrigam a pensar de modo diferente a problemática dos idosos no Concelho de Olhão. Da perspectiva da rede de equipamentos de 2005 passou-se para a necessidade de criação de respostas de apoio domiciliário, de manutenção e reabilitação terapêutica de capacidades e de cuidados domiciliários de saúde. As problemáticas associadas à família e questões da parentalidade e aos comportamentos desviantes e situações de risco para os jovens e crianças já detectadas em 2005 como prioritárias persistem em 2011. Mas o esforço realizado no concelho pelos agrupamentos escolares, CPCJ, instituições públicas e privadas e autarquia tem vindo a dar os seus frutos e a definir estratégias comuns para a 11 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 intervenção nestas questões. No presente diagnóstico é definida como prioritária a integração de todas estas intervenções e respostas como enfoque no ambiente escolar a partir de boas práticas como a formação em meio escolar para as famílias beneficiárias do RSI, em parceria com as instituições do concelho. Em 2005, as áreas da saúde preventiva e dos estilos de vida saudáveis eram prioritárias e consideradas de grande relevância no concelho. Após uma mobilização da área da saúde, sobretudo nos programas de saúde e nutrição nas escolas, no trabalho com as adolescentes e jovens grávidas na perspectiva da promoção da saúde pré e pós natal, estas questões passaram a ter uma nova abordagem e um trabalho mais integrado que respondeu a muitas das preocupações entretanto identificadas. A autarquia respondeu, também, à problemática dos estilos de vida saudáveis com o reforço dos programas de actividade para seniores e jovens do concelho, em conjunto com as associações desportivas e culturais. Dado o reforço de meios e intervenções nesta temática, no presente diagnóstico são agora identificadas como prioritárias as questões da inserção de jovens com percursos de risco e em situação de exclusão social, da intervenção terapêutica nos casos onde se prenunciam distúrbios de saúde mental e onde o concelho tem recursos especializados como o GASMI, IP. O insucesso escolar, sobretudo associado a problemáticas sociais e familiares complexas, tem uma longa tradição de intervenção no concelho com boas práticas reconhecidas, interna e externamente, pelos variados projectos desenvolvidos pelos agrupamentos escolares. Em 2005, embora referida como importante, esta temática estava integrada nas questões sócio familiares, no diagnóstico de 2011 passa a estar isolada como prioridade específica. Esta mudança reflecte não o aumento da problemática mas sim o amplo movimento de reconhecimento e mobilização institucional no concelho. Uma problemática social já detectada em 2005 mas que em 2011 assume grande relevância e se torna absolutamente prioritária é a da saúde mental. Estão sinalizadas no concelho múltiplas necessidades associadas à saúde mental com consequências sociais gravíssimas e que continuam sem resposta. Muitas das sinalizações referem casos sociais que se arrastam por falta de resposta dos 12 Diagnóstico Social Olhão serviços de saúde Junho 2011 e indivíduos com doenças mentais sem qualquer acompanhamento nem medicação. O desemprego, sobretudo o desqualificado e de longa duração, era já em 2005 uma prioridade de intervenção identificada no diagnóstico social. Esta situação agravouse substancialmente, não apenas pelo contexto de crise e desemprego em que vivemos mas pelo padrão de mudança que se manifesta nessa problemática. De um desemprego desqualificado que era sobretudo devido a flutuações conjunturais da oferta ou associado à desorganização dos percursos de vida deste grupo, passámos para um desemprego estrutural e eventualmente irreversível, com um grupo significativo de desempregados de longa duração com baixas qualificações, há muito tempo excluídos do mercado de trabalho. Por outro lado verifica-se o significativo aumento desde 2005 do desemprego jovem e qualificado, tal como a dificuldade de entrar no primeiro emprego. Desde o diagnóstico social de 2005, o Concelho de Olhão tem vindo, a contra ciclo económico, a gerar emprego e a mobilizar as instituições num esforço formativo para gerar um potencial de empregabilidade sobretudo no grupo de desempregados desqualificados. Para além de continuar a insistir no esforço de qualificação para o emprego, o diagnóstico social aponta agora uma estratégia complementar de criar incentivos e condições para a emergência de uma cultura mais empreendedora sobretudo nos jovens. 13 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 CAPITULO 1 – ESTRATÉGIAS DE PLANEAMENTO E INTERVENÇÃO SOCIAL 1.1. PRIORIDADES ESTRATÉGICAS DE INTERVENÇÃO O presente diagnóstico social permite a identificação dos factores críticos do desenvolvimento social do concelho de Olhão, sendo estes primordialmente localizáveis num conjunto de défices estruturais que continuam a definir e a condicionar a realidade social do concelho. Como grande problemática prioritária, verifica-se a persistência e continuidade de um número considerável de famílias profundamente desestruturadas e em situação de grande vulnerabilidade social, com o consequente impacto nos: comportamentos de risco; na precariedade ao nível do emprego e rendimentos; na negligência e risco infantil; no insucesso escolar; e consumos precoces ou continuados de substâncias tóxicas. Esta é uma problemática transversal em todas as temáticas analisadas, com grande relevância e significado no concelho de Olhão. Associada a esta realidade verifica-se no concelho de Olhão a prioridade de intervenção na infância, que apresenta os défices correlativos a esta disfuncionalidade familiar. A criação de incentivos e estímulos ao sucesso escolar como condição estrutural de inserção social futura. A problemática da infância no concelho é prioritária, pela sua dimensão preventiva e minimizadora de futuras situações de exclusão e reprodução do ciclo de exclusão social. Esta temática exige, de acordo com o diagnóstico efectuado uma maior especialização e intencionalidade dos serviços e respostas sociais do concelho nomeadamente na área da educação e saúde. A problemática da empregabilidade prende-se a novas necessidades sociais de ajustamento ao mercado de trabalho, no actual contexto de crise, por parte dos jovens em situação de primeiro emprego ou com qualificações elevadas mas em situação de desemprego. 14 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A dinâmica da empregabilidade no concelho continua condicionada pelas baixas qualificações e baixa escolarização. Deficitária sobretudo ao nível das qualificações intermédias de base tecnológica, tal como podemos constatar no diagnóstico. Para absorver este desemprego desqualificado e persistente as estratégias de empregabilidade do concelho deverão ser redefinidas numa perspectiva do mercado social de emprego com o recurso à inovação e empreendorismo social, desenhado para a realidade social e económica do concelho. Paralelamente a empregabilidade da massa crescente de desempregados do concelho de Olhão poderá beneficiar com transição e desenvolvimento do tecido empresarial para novas áreas de especialização tecnológica num tecido empresarial mais diversificado. Esta opção impõe, como condição de sucesso, a definição de estratégias locais de perfis formativos adequados. A ligação entre todos os actores nesta temática formativa sectorial, desde as escolas com 3.º ciclo, secundárias e profissionais, às empresas, ao IEFP, à Universidade de Faro, numa estratégia de concertação é uma condição crítica de sucesso. A existência no concelho de adolescentes e jovens com comportamentos de risco e em territórios de risco é uma das prioridades sociais no concelho de Olhão. De acordo com o diagnóstico no concelho de Olhão, acentua-se uma problemática social marcante e resistente a um conjunto de intervenções já realizadas. A disseminação de comportamentos de risco, associados a estilos de vida “border line” e a consumos precoces ou já geradores de dependências tóxicas, tem expressão significativa no concelho de Olhão. A informação disponibilizada no diagnóstico permite identificar nos jovens, um perfil multi disfuncional; de baixa escolaridade, em situação indefinida face ao emprego, com vivências, consumos e comportamentos de risco, referenciados pelos serviços como altamente problemáticos e de difícil abordagem. São problemáticas novas que exigem novas estratégias com potencial de realização no concelho através dos projectos e recursos já instalados. É prioritária uma intervenção dirigida à adolescência e primeira juventude incorporando a especificidade desta faixa etária que exige intervenções muito especializadas. Por outro lado as intervenções existentes deverão ser repensadas numa lógica de rede 15 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 e numa perspectiva mais intensamente sistémica. Simultaneamente formativa, de ressocialização, competências através e de processos contínuos qualificação/escolarização e de de reforço, suportes aquisição de institucionais de enquadramento e orientação. O diagnóstico realizado remete-nos igualmente para uma outra problemática estruturante da realidade social do concelho de Olhão; a do envelhecimento. Esta problemática apresenta-se com novas configurações de necessidades e abordagens. Tal como em todo o país, a variável demográfica aponta para um rápido aumento da curva do envelhecimento. Ainda assim, o concelho de Olhão tem um índice de envelhecimento relativamente baixo. Mas o acentuar desta tendência é inevitável e coloca questões estratégicas ao dispositivo institucional do concelho; a reorientação e inovação nos serviços existentes com um novo padrão de respostas e sobretudo uma nova abordagem à questão, menos centrada no retrato convencional do idoso e mais orientada para as necessidades específicas em cada etapa do processo de envelhecimento incluindo as novas necessidades do envelhecimento activo. Tal como a recolha estatística nos demonstra, a problemática do envelhecimento apresenta dois aspectos divergentes; por um lado, uma população envelhecida, com grandes carências económicas e sociais, com problemas de isolamento e solidão; por outro lado, uma população crescente de idosos activos e com recursos para definir as suas expectativas e necessidades de realização pessoal. Precisamos de diferenciar e especializar cada vez mais as respostas e serviços de modo a responder à complexidade crescente da problemática do envelhecimento no concelho de Olhão. Áreas especializadas como a rede de cuidados continuados de excelência e lares especializados nas doenças neurodegenerativas, tal como políticas locais de saúde para os idosos serão uma vertente diferenciadora do concelho nesta temática. O diagnóstico social do concelho acentuou a vertente reabilitativa e de redução do ciclo das dependências de modo a gerar qualidade de vida e bem-estar aos idoso já institucionalizados ou em situação de grave carência e isolamento. Equipamentos públicos e urbanos para gerar oportunidades de um envelhecimento saudável, respostas de suporte a redes de sociabilidade e desenvolvimento pessoal no contexto do processo de envelhecimento como as universidades seniores e o 16 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 voluntariado são igualmente vistas como novas vertentes na abordagem a esta problemática. A saúde foi igualmente considerada uma problemática prioritária no concelho. Para além de um conjunto de temáticas relevantes no concelho que foram alvo de priorização pelos parceiros da rede social como a questão dos estilos de vida saudáveis associados a patologias sociais como a obesidade infantil, a questão da saúde materno infantil pela relação com a gravidez precoce e as questões da parentalidade de risco, a grande prioridade no concelho é a saúde mental pela insuficiência de capacidade de resposta e as graves consequências sociais associadas a esta questão. A quase total ausência de serviços com resposta às necessidades do concelho de Olhão, tem gravíssimas consequências na crescente degradação das condições da saúde mental de acordo com uma percentagem considerável dos acasos sinalizados e identificados. Esta é a área mais carente de equipamentos de apoio terapêutico ocupacional, de serviços clínicos e de estruturas de apoio em relação a todas as problemáticas sociais do concelho. 1.2. TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DE INOVAÇÃO TENDÊNCIAS Tendência para a inversão da pirâmide etária pelo acentuar dos índices de envelhecimento; Tendência para o aparecimento de novas necessidades sociais de grupos emergentes como os reformados activos e intervenientes na sociedade; Tendência para o aumento de desempregados com reduzida empregabilidade e em risco de exclusão definitiva do mercado de trabalho. PERSPECTIVAS DE INOVAÇÃO Empreendorismo social como resposta à crise e necessidade de criação de emprego em mercados atípicos; 17 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Potencial empreendedor qualificado na criação de uma base económica mais diversificada no concelho: Qualificação de respostas e equipamentos sociais; Crescente exigência dos utentes, dos financiadores e das próprias instituições para qualificar e certificar os serviços prestados aos cidadãos em todas as áreas sociais 1.3. FACTORES DE EXCELÊNCIA DA INTERVENÇÃO SOCIAL LOCAL Concertação inter institucional na rede social A rede social é um factor de convergência e concertação inter institucional cuja dinâmica é reconhecida interna e externamente Rede de Equipamentos O concelho de Olhão embora carente de equipamentos e respostas sociais (ver carta social) apresenta uma rede já com boa densidade e diversidade dos equipamentos. Proximidade e centralidade do concelho O concelho de Olhão poderá aproveitar a centralidade no Algarve e a proximidade à Universidade de Faro e a outros centros de conhecimento universitário ou não para qualificar a sua intervenção social e gerar dinâmicas e cultura de inovação social Boas práticas na intervenção social em meio escolar A intervenção social em meio escolar tem um historial de inovação e pioneirismo na resposta às situações de insucesso escolar ou desestruturação familiar. Apesar da complexidade do ambiente social em que intervêm os agentes educativos do concelho, estes são uma forte presença na definição de intervenções em rede, que integram as dimensões familiares e sociais. 18 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 CAPITULO 2 - CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO O concelho de Olhão apresente um forte dinamismo demográfico, visível no crescimento populacional sustentado, em termos absolutos e relativos na região do Algarve e do País. O concelho atingiu uma escala e densidade demográfica que o coloca no patamar das cidades médias. Este estatuto demográfico e socioeconómico, permite definir uma estratégia de centralidade regional se associada aos aglomerados próximos. Embora não possamos, por falta de dados mais actualizados, compreender a quotaparte da emigração nesta dinâmica de crescimento populacional, podemos presumir que é efeito da endogeneização de factores de desenvolvimento como a particularmente elevada taxa de natalidade e fecundidade, acima da média regional e muito acima da média nacional. Para além dos factores endógenos da estrutura demográfica de Olhão, parte deste crescimento deve-se a um efeito de atractividade que o concelho exerce na região e fora dela. Esta capacidade, demonstrada pelo concelho, de atrair habitantes, para além do indicador de competitividade territorial que revela, tem ainda um outro sinal virtuoso. Podemos presumir que se trata de casais ou indivíduos jovens em idade activa que respondem a oportunidades de emprego, habitacionais ou localização geográfica, já que o grupo funcional dos 18/64 é o que mais cresce em termos numéricos e percentuais. Embora siga as fortíssimas tendências de envelhecimento demográfico verificadas a nível nacional, o concelho de Olhão apresenta ainda um pirâmide etária muito equilibrada entre jovens o que é um factor de competitividade para o território. No entanto, presume-se que as tendências de envelhecimento demográfico se irão acentuar o que se pode traduzir desde já o alerta para o planeamento do território, em serviços e respostas sociais, para esta nova realidade demográfica. As estimativas para 2009 apontavam ainda assim um índice de dependência de idosos comparativamente mais reduzidos se compararmos com a região e o país. Em resumo, o concelho de Olhão destaca-se pela sua estrutura demográfica muito dinâmica e jovem com grande peso da população activa. 19 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 2.1. ENQUADRAMENTO REGIONAL O Concelho de Olhão, com localização no sul de Portugal, integra-se administrativamente no Distrito de Faro e do ponto de vista do ordenamento do território, situa-se na Região do Algarve. Como se pode verificar no mapa anterior, a região do Algarve, que ocupa uma área de 4989,9 Km2 do território de Portugal, é composta por 16 Concelhos, designadamente: Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António. Área Total em Km2 dos Concelhos da Região Algarvia Vila Real de S.to António 61,2 Vila do Bispo 179 Tavira 607 Silves 680 S. Brás de Alportel 153,4 Portimão Olhão 182,1 130,9 Monchique 395,3 Loulé 764,2 Lagos Lagoa Faro 212,8 88,3 201,6 Castro Marim 300,8 Aljezur 323,5 Alcoutim Albufeira 575,4 140,6 Fonte: INE, Estatísticas Territoriais, 2009 Conforme podemos verificar, o Concelho de Loulé destaca-se pela área que ocupa, seguindo-se o Concelho de Silves, Tavira e Alcoutim. O Concelho de Olhão encontra-se entre os concelhos com menos área ocupada. 20 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Relativamente ao número de habitantes verifica-se que o Concelho de Loulé é aquele que comporta um maior número de habitantes, seguindo-se o Concelho de Faro. Verifica-se que Alcoutim apesar de ser um dos Concelhos com maior área ocupada, é dos Concelhos com menor número de habitantes. O Concelho de Olhão, encontra-se dentro da média. Densidade Populacional por Concelho – Hab./Km2 Vila Real de S.to António Vila do Bispo Tavira 296,45 29,83 41,04 Silves 50,65 São Brás de Alportel 72,27 254,56 Portimão Olhão Monchique 328,93 16,59 Loulé 80,06 Lagos 124,49 Lagoa 250,17 Faro Castro Marim Aljezur Alcoutim Albufeira 287,51 21,58 16,32 6,05 243,22 Fonte: INE, Estatísticas Territoriais, 2009 O concelho de Olhão é um dos concelhos com menor superfície mas com média dimensão demográfica o que resulta no concelho com a maior densidade populacional do Algarve (328,93 Habitantes por km 2) 21 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 2.2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL A Região Algarvia apresenta três unidades físicas bem diferenciadas que são: a Serra, o Barrocal e o Litoral. Esta diferenciação tem por base elementos geológicos e litológicos, de relevo e de clima e sequencialmente aspectos geográficos de outra natureza como os solos, as ocupações agrícolas, o povoamento e modos de vida das populações. O Concelho de Olhão integra duas destas zonas, o Barrocal e o Litoral. As áreas designadas por Barrocal ocupam a maior parte da área terrestre do Concelho e nela individualizam-se duas zonas distintas: a dos cerros, englobando os cerros de S. Miguel e da Cabeça, a Norte do Concelho e uma outra com declives mais suaves marcada pelo atravessamento de linhas de água que desaguam na Ria Formosa. Esta zona estende-se do lado poente até uma linha que vai de Bela Curral/Montarroio/Peares até Quatrim, aproximando-se bastante das áreas húmidas. Do lado nascente a área de Barrocal corresponde aos lugares de Murtais e Belo Romão. Nas áreas designadas por litoral também se individualizam duas zonas distintas, a zona terrestre, as zonas húmidas da Ria Formosa desde os sapais a Poente até à Barra da Fuseta. A zona terrestre corresponde às áreas agrícolas envolventes da cidade de Olhão e que constituem o prolongamento da Campina de Faro e as áreas nascentes do Concelho, de Moncarapacho à Fuseta e do Laranjeiro/Lagoão até Quatrim Norte. No Barrocal o povoamento apresenta-se bastante disperso, aliás como em todo o Barrocal Algarvio, embora com graus de concentração diversos e na maioria das áreas relacionado com a actividade agrícola. Os Cerros integram uma unidade de paisagem no Concelho de Faro e apresentam grande interesse patrimonial. 22 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Na Faixa Litoral, destacam-se a cidade de Olhão e a vila da Fuseta, que constituem as duas maiores áreas de concentração urbana do Concelho, de características industriais e piscatórias. Nas zonas agrícolas correspondentes à campina de Faro/Olhão (Poente) e das Areias/Moncarapacho (Nascente) assiste-se a uma intensificação das explorações, nomeadamente através da implantação de estufas e pomares de citrinos. Como podemos verificar no mapa abaixo, o Concelho de Olhão que tem uma superfície de 130,9 Km2 é composto por cinco freguesias: Olhão Quelfes Fuseta Moncarapacho Pechão Fonte: PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DE OLHÃO, Estudos de Caracterização, Câmara Municipal de Olhão, 1991 23 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 2.3. CARACTERIZAÇÃO CONCELHO SÓCIO DEMOGRÁFICA DO O concelho de Olhão aproxima-se da mediana do crescimento demográfico da Região do Algarve. A Região apresenta fortes índices de crescimento demográfico sobretudo verificável nos concelhos de Portimão, Loulé, Lagoa, Albufeira, S. Brás e Olhão. Embora se verifique decréscimo populacional nalguns concelhos (Alcoutim, Castro Marim e Vila do Bispo) o saldo global é de forte crescimento sendo o Algarve uma das regiões com maior dinâmica demográfica do país. Evolução da População residente no Algarve População Residente (n.º) Local de Residência Algarve Albufeira Censos 1981 323534 Alcoutim Aljezur 17218 Censos 1991 341404 20949 Censos 2001 395218 31543 Ano 2009 434023 39809 5262 4571 3770 3033 5059 5006 5288 5333 Castro Marim 7297 6803 6593 6461 Faro 45109 50761 58051 58675 Lagoa 15635 16780 20651 25383 Lagos 19700 21526 25398 29298 Loulé 44051 46585 59160 66085 9609 34573 7309 6974 5916 34464 36812 38833 40808 44818 44795 50454 Monchique Olhão Portimão S. Brás de Alportel 7506 7526 10032 12902 Silves 31389 32924 33830 36443 Tavira 24615 24857 24997 25412 Vila do Bispo 5700 5762 5349 5437 Vila Real de St.º Ant. 16347 14400 17956 18587 Fonte: INE, Censos - séries históricas e Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009 24 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Evolução da População residente no Algarve 500000 450000 400000 350000 300000 250000 200000 150000 100000 50000 is po An tó ni o t. º do S ila de V ea l S ila R População Residente (n.º) C ensos 1981 B Ta vi ra ilv es S lh ão Po r tim rá s ão de A lp or te l O iq ue lé ch .B C as tr o M on Lo u os o oa La g La g Fa r ur M ar im lje z tim A lc ou A lb uf A A lg ar ve ei ra 0 V População Residente (n.º) C ensos 1991 População Residente (n.º) C ensos 2001 População Residente (n.º) Ano 2009 Fonte: INE, Censos - séries históricas e Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009 O concelho de Olhão acompanha a forte tendência de crescimento demográfico do Algarve, apresentando valores médios nesse indicador A evolução comparativa da população residente no Algarve e no concelho de Olhão visualizável no gráfico acima apresentado, permite-nos identificar o padrão exponencial de crescimento demográfico na região e no concelho com as consequências estruturais dessa realidade demográfica Evolução da População residente no concelho de Olhão População Residente (n.º) no concelho de Olhão 50000 44795 45000 36812 40000 40808 35000 30000 34573 25000 20000 15000 10000 5000 0 C ensos 1981 C ensos 1991 C ensos 2001 Ano 2009 Periodo de Referência dos Dados Fonte: INE, Censos - séries históricas e Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009 25 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Verifica-se que o concelho de Olhão tem vindo a crescer em termos demográficos, apresentando um crescimento de aproximadamente 30% desde 1981 a 2009 Evolução comparativa da População residente no Pais Ano 2009 C ensos 2001 C ensos 1991 44795 Olhão 40808 36812 434023 Algarve 395218 341404 10637713 Portugal 10356117 9867147 0 2000000 4000000 6000000 8000000 10000000 12000000 População Residente (n.º) Fonte: INE, Censos - séries históricas e Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009 A curva de crescimento populacional no concelho de Olhão é um pouco semelhante à mesma curva a nível nacional e regional Apesar da sua dinâmica demográfica o Algarve apresenta ainda um reduzido peso percentual da população total do país. O concelho de Olhão é um concelho de dimensão média no contexto nacional. O estatuto de “cidade média” é promissor pela importância crescente que estas cidades têm na promoção do crescimento socioeconómico das regiões onde se inserem. Evolução comparativa da População residente no Algarve e em Olhão 500000 434023 População Residente (n.º) 450000 395218 400000 350000 323534 341404 300000 250000 200000 150000 100000 34573 36812 40808 44795 50000 0 C ensos 1981 C ensos 1991 Algarve C ensos 2001 Ano 2009 Olhão Fonte: INE, Censos - séries históricas e Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009 26 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 De acordo com o gráfico apresentado a evolução demográfica do concelho de Olhão é quase paralela à da região do Algarve População residente por sexo 44795 22388 Total Homens 22407 Mulheres Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009 Conforme se pode verificar a população feminina do concelho de Olhão é ligeiramente superior à masculina ao contrário da tendência nacional onde essa discrepância é bem mais relevante População residente no concelho por Faixa Etária (Grandes grupos etários) Total 65 ou mais anos 44795 7703 25 - 64 15 - 24 0 - 14 24989 4922 7181 Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009 Com base na leitura do gráfico atrás, constatamos que do total da população residente, o grupo mais representativo compreende a população activa, com idades compreendidas entre os 25 – 64 anos, seguindo-se a população com 65 e mais anos. 27 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 População residente (%) no concelho de Olhão por Grupos Funcionais Análise Comparativa (1991, 2001, 2009) Período Referência dados Censos 1991 Censos 2001 Ano 2009 de % Jovens dos 0 - 14 19,72% 15,96% 16,03% % Activos % Idosos 15 - 64 64,67% 67,14% 66,77% 65 + 15,61% 16,90% 17,20% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% C ensos 1991 C ensos 2001 Ano 2009 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% 0 - 14 15 - 64 65 + % Jovens % Activos % Idosos Fonte: INE, Censos - séries históricas e Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009 Destaca-se aqui o aumento muito significativo do grupo dos idosos seguindo o padrão demográfico regional e nacional. O grupo dos activos e dos jovens praticamente estabilizou. Pirâmide Etária do Concelho de Olhão (de 5 em 5 anos) 95 e mais anos 90 - 94 anos Mulheres 85 - 89 anos Homens 80 - 84 anos 75 - 79 anos 70 - 74 anos Grupo de Idades 65 - 69 anos 60 - 64 anos 55 - 59 anos 50 - 54 anos 45 - 49 anos 40 - 44 anos 35 - 39 anos 30 - 34 anos 25 - 29 anos 20 - 24 anos 15 - 19 anos 10 - 14 anos 5 - 9 anos 0 - 4 anos 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 % Fonte: INE, Censos 2001 28 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Através da Pirâmide Etária do Concelho atrás representada, verificamos que a população é pouco envelhecida, verificando-se um estreitamento no topo da mesma, onde estão representados os escalões etários mais velhos, enquanto que os escalões etários da base da pirâmide (escalões etários mais jovens), apresentam uma maior relevância. Além disso, a pirâmide etária apresenta um dado comum à maioria dos concelhos nacionais; a longevidade feminina é superior o que faz com que a pirâmide etários para os homens estreite nas idades mais avançadas e das mulheres alargue. Este padrão é sobretudo verificável a partir dos 65 anos. População Residente no concelho segundo o Estado Civil (%) 1% 3% 36% 7% 7% 46% Solteiro C asado sem registo Separado C asado com registo Viúvo Divorciado Fonte: INE, Censos 2001 Como se pode observar no gráfico atrás, a população residente no Concelho apresenta uma distribuição tradicional relativamente ao estado civil, tendo em conta os itens de Solteiro, Casado com registo e/ou sem registo (União de Facto), Viúvo, Separado e Divorciado, existindo uma maior relevância nos dois primeiros. 29 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 População Residente no concelho segundo o Tipo de Família Total 14743 Com 3 ou + Núcleos Com 2 Núcleos Outras Situações Mãe c/ Filhos Pai c/ Filhos 21 582 177 1182 189 Casal c/ Filhos 6004 Casal s/ Filhos 3578 S/Núcleos 3002 Fonte: INE, Censos 2001 Do total de 14743 famílias registadas em 2001 no Concelho de Olhão, como podemos verificar no gráfico atrás em 2001 a tipologia de famílias dominante era o casal com filhos ou sem filhos. Verifica-se também uma forte percentagem de mães sozinhas com filhos. Famílias clássicas residentes no concelho por dimensão (censos 1991/2001) 5 ou mais pessoas 9% 14% 18% 21% 4 pessoas censos 1991 30% 27% 2 pessoas 19% 15% 1 pessoa 0% censos 2001 25% 23% 3 pessoas 10% 20% 30% 40% Fonte: INE, Censos 1991 e 2001 De acordo com o gráfico a evolução da tipologia de família tende a reduzir-se no número de membros, com uma diminuição de agregados com 4 e 5 pessoas para o aumento dos agregados de 2 ou 1 pessoa. Verifica-se o forte aumento na direcção 30 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 das famílias nucleares ou dos isolados. N.º médio de pessoas por família classica Evolução da dimensão média das famílias clássicas (censos 1991/2001) 3,2 3,1 3,1 3,0 3,0 2,9 2,9 2,8 2,8 2,8 2,7 2,6 2,6 2,5 2,4 2,3 Portugal Algarve C ensos 1991 Olhão C ensos 2001 Fonte: INE, Censos 1991 e 2001 A evolução da tipologia das famílias em Olhão aproxima-se mais das tendências a nível nacional do que dos valores da região do Algarve. Taxa Bruta de Natalidade no concelho (2001 – 2009) 14 12 % 10 11 10,80 11,10 11,90 10,50 9,40 8 6 4 2 0 Portugal Algarve C ensos 2001 Olhão Ano 2009 Fonte: INE, Censos 2001 e Anuário Estatístico da Região do Algarve 2009 O concelho de Olhão apresenta uma taxa bruta de natalidade acima da média nacional e regional. Este é um factor endógeno de dinamismo demográfico bastante significativo. No espaço entre os censos de 2001 e as estimativas do INE para 2009 o concelho aumentou quase em 2 pontos percentuais, o que é um avanço estatisticamente muito relevante. Como se verifica no gráfico acima exposto, a região do Algarve está em contra ciclo com a taxa de natalidade nacional que é decrescente. Mas o aumento e o 31 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 respectivo diferencial com a taxa nacional são especialmente significativos no concelho de Olhão, que se situa próximo dos três pontos percentuais. O aumento populacional do concelho está directamente relacionado com a sua taxa de natalidade Taxa Bruta de Mortalidade no concelho (2001 – 2009) 14 12 11,80 10,80 10,20 9,80 10,90 10,90 % 10 8 6 4 2 0 Portugal Algarve C ensos 2001 Olhão Ano 2009 Fonte: INE, Censos 2001 e Anuário Estatístico da Região do Algarve 2009 A Taxa Bruta de Mortalidade é no concelho de Olhão em 2009 é de 10,90% (estimativa para 2009) valor situado ligeiramente acima da média nacional e semelhante à do Algarve. Em Olhão a taxa bruta de mortalidade estabilizou, divergindo da tendência de descida a nível nacional e regional Taxa de Crescimento Efectivo 2,50 1,95 % 2,00 1,57 1,50 1,00 0,50 0,91 0,71 1,07 0,10 0,00 Portugal C ensos 2001 Algarve Olhão Ano 2009 Fonte: INE, Censos 2001 e Anuário Estatístico da Região do Algarve 2009 32 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A taxa de crescimento efectivo em Olhão é muito superior à nacional e pouco abaixo da taxa da região Algarve Taxa de Fecundidade Geral 60 50 43,20 38,70 50,90 49,10 44,50 42,60 % 40 30 20 10 0 Portugal Algarve C ensos 2001 Olhão Ano 2009 Fonte: INE, Censos 2001 e Anuário Estatístico da Região do Algarve 2009 A região de Algarve e o concelho de Olhão superam largamente, na estimativa para 2009, a taxa de Fecundidade Geral que se verifica a nível nacional. Em Portugal a taxa de fecundidade está em franca regressão mas como vimos na região e no concelho o crescimento desta taxa é efectivo e acentuado. Se compararmos a região com o concelho de Olhão vemos que se acentua esta diferença já que o concelho a supera significativamente. Olhão inverte a posição de 2001 em que estava abaixo de ambas as médias para as superar. Índice de Envelhecimento 140 120 127,50 117,60 122,80 107,00 102,20 107,30 n.º 100 80 60 40 20 0 Portugal Algarve C ensos 2001 Olhão Ano 2009 Fonte: INE, Censos 2001 e Anuário Estatístico da Região do Algarve 2009 33 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Na estimativa para 2009 o concelho de Olhão revela uma evolução muito significativa na taxa de envelhecimento. Em 2001 estava acima da média nacional e abaixo da regional, passando para uma situação privilegiada de se situar abaixo da média nacional e muito abaixo da média algarvia. O comportamento desta variável demográfica associada à da taxa de natalidade e fecundidade permite antever a manutenção de uma população jovem com grande peso na idade activa o que é uma característica demográfica diferenciada e positiva. Índice de Dependência dos Idosos 35 30 26,70 25 n.º 27,80 29 25,80 24,40 24,10 20 15 10 5 0 Portugal Algarve Olhão Indice de dependencia de Idosos C ensos 2001 Indice de dependencia de Idosos Ano 2009 Fonte: INE, Censos 2001 e Anuário Estatístico da Região do Algarve 2009 O concelho de Olhão apresenta valores de dependência dos idosos, inferiores ao da região do Algarve e do País. Aproxima-se do índice nacional mas é bastante inferior ao do Algarve. Também relevante é o facto de o seu crescimento ser relativamente inferior ao verificado no país e na região. Significa que o ritmo de envelhecimento é inferior e apresenta por isso uma dinâmica etária equilibrada. Índice de Dependência dos Jovens 25 23,60 22,76 23,40 21,80 22,80 20 n.º 15,10 15 10 5 0 Portugal Algarve Olhão Indice de dependencia de Jovens C ensos 2001 Indice de dependencia de Jovens Ano 2008 Fonte: INE, Censos 2001 e Estatísticas Territoriais 2008 34 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 O Índice de Dependência dos Jovens apresenta, no concelho de Olhão, uma significativa diminuição entre 2001 e 2008 (não estão disponíveis dados de 2009). Destaca-se significativamente dos índices nacionais e sobretudo regionais. Olhão tem um índice de dependência dos jovens absolutamente em direcção inversa à dominante. A queda acentuada deste índice é um facto demográfico altamente relevante pela recomposição demográfica do concelho. Índice de Dependência Total 53,30 54,00 n.º 52,00 49,40 50,00 48,00 49,8 49,60 47,70 47,20 46,00 44,00 Portugal Algarve Olhão Indice de dependencia total C ensos 2001 Indice de dependencia total Ano 2009 Fonte: INE, Censos 2001 e Anuário Estatístico da Região do Algarve 2009 A agregação estatística que resulta no índice de dependência total, confirma o seu valor comparativamente reduzido no concelho de Olhão. Sobretudo marcante, é o diferencial com a região do Algarve que se situa em 11,40 embora se aproxime dos valores nacionais 35 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 2.4. CARACTERIZAÇÃO DAS FREGUESIAS 2.4.1. TERRITÓRIO Superfície das Freguesias (km²) Quelfes 27,79 Pechão Olhão 19,76 8,4 Moncarapacho Fuseta 68,95 1,52 Fonte: INE, O Pais em Números, dados de 2003 Como é possível verificar no gráfico anterior, a freguesia de Moncarapacho é a maior freguesia do concelho com mais do dobro da segunda maior, a de Quelfes. Densidade Populacional (Hab. / Km2) 1755,8 1411,8 478,2 153,5 110,1 Fuseta Moncarapacho Olhão Pechão Quelfes Fonte: INE, Censos 2001 Verificamos que a freguesia de Olhão é a que apresenta maior número de habitantes por quilómetro quadrado, seguindo-se a freguesia da Fuseta que apesar de ser muito pequena apresenta uma elevada densidade populacional. As freguesias de Moncarapacho, Pechão e Quelfes, são, como podemos constatar, as que apresentam menor densidade populacional. 36 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 2.4.2. POPULAÇÃO Evolução da população residente nas freguesias 13289 11082 Quelfes Pechão 3033 2525 14749 14651 Olhão 7591 5518 Moncarapacho Fuseta 2146 3036 População Residente (n.º) C ensos 2001 População Residente (n.º) C ensos 1991 Fonte: INE, Censos 1991 e 2001 De acordo com o gráfico atrás a freguesia de Quelfes apresenta um forte crescimento populacional seguida da de Moncarapacho. A freguesia da Fuzeta é a única freguesia que regista um decréscimo populacional. População residente por sexo 6641 6648 Quelfes Pechão 1494 1539 7643 7106 Olhão 3808 3783 Moncarapacho Fuseta 1084 1062 20670 20138 Total Pop. Res. Homens Pop. Res. Mulheres Fonte: INE. Censos 2001 Com excepção da freguesia de Olhão que apresenta a maior discrepância entre homens e mulheres com predomínio para as mulheres, nas outras freguesias verifica-se uma situação de grande equilíbrio. 37 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de habitantes por grandes grupos etários Fuseta 476 423 690 288 269 1519 1519 Moncarapacho 924 1071 2558 2660 2541 Olhão 5101 2156 2291 438 564 Pechão 423 479 1129 1804 2129 5035 Quelfes 1919 2402 0 - 14 15 - 24 25 - 49 50 - 64 65 ou mais anos Fonte: INE, Censos 2001 As freguesias de Quelfes e Olhão concentram a maioria da população activa entre os 25 a 49 anos. Verifica-se o mesmo predomínio de Olhão e Quelfes na faixa etária dos 0 aos 14 anos. Já a freguesia de Olhão se concentram os maiores de 65 anos. Nas freguesias de Olhão e Quelfes concentram-se as pessoas na faixa etária dos 50 a 64 anos. Na freguesia de Olhão existe o maior número de jovens na faixa etária dos 15 a 24 anos. 38 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Índice de envelhecimento (%) Quelfes 75,1 Pechão 91,4 Olhão 116,1 Moncarapacho 141,8 Fuseta 177 Fonte: INE, Censos 2001 A freguesia da Fuzeta apresenta o maior índice de envelhecimento do concelho sendo a de Quelfes a que apresenta um menor índice de envelhecimento Índices de Dependência 19,9 Quelfes 26,4 20,7 22,6 Pechão 27,1 23,4 Olhão 30,4 Moncarapacho 21,4 34 Fuseta 29,2 Índice de Dependência Jovens Índice de Dependência Idosos Fonte: INE, Censos 2001 A freguesia da Fuzeta apresenta o maior índice de dependência dos idosos, sendo a freguesia de Quelfes a que apresenta um menos valor neste índice. A freguesia da Fuzeta é também a que apresenta um maior índice de dependência dos jovens sendo também Quelfes a que apresenta um menor valor neste índice. 39 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 2.4.3. REDE DE RESPOSTAS E RECURSOS As Juntas de Freguesia do concelho de Olhão apresentam um forte dinamismo criando respostas com base nos recursos locais através de relações de proximidade privilegiadas com os parceiros no terreno. FREGUESIA DA FUSETA 1. Identificação Entidade Morada Telefone Fax E-Mail Url Coordenadas Gps: Numero De Identificação Fiscal Responsável Pela Entidade Junta de Freguesia da Fuzeta Rua da Liberdade Nº 2 289 793 451 289 794 034 [email protected] http://www.jf-fuseta.pt 508270502 Presidente: José Manuel Brás Cardoso Bernardino 2. Serviços que presta à Comunidade / Projectos em curso Tipo de Serviço / Designação do Projecto Biblioteca Espaço Cultural Ludoteca Espaço Lúdico/Educativo Parque de Campismo Funciona durante todo o ano, com capacidade para cerca de 700 utentes Funciona na Biblioteca, 4 postos de Internet Funciona na Biblioteca com balcão de atendimento próprio Espaço Internet Apoio Desemprego no Descrição / Características Objectivos Incentivar a prática da leitura, e divulgar a cultura regional Garantir a todas as crianças o direito a brincar Garantir a estadia dos campistas e caravanistas na localidade Garantir a possibilidade de utilização das novas tecnologias Evitar a deslocação dos desempregados residentes ao Destinatários População em geral Crianças 4-12 Visitantes População em geral População em geral N.º de utilizadores Leitores inscritos 1326 Utilizadores frequentes 40 Capacidade para 700 utentes Utilizadores efectivos 31 Data de Realização Anual Anual Anual Anual Anual 40 Diagnóstico Social Olhão Aulas Ginástica Polidesportivo Junho 2011 (protocolo com o IEFP) Aulas de ginástica de manutenção Abertura durante toda a semana Centro de Emprego de Olhão Promover a Prática Desportiva População em geral Promover a Prática Desportiva População em geral De Outubro a Junho Anual 3. Projectos Planeados ou que aguardam Aprovação Designação do Projecto Campo de Férias Breve Descrição Objectivos Destinatários Funcionará nas Ocupação dos tempos livres das Crianças e Jovens férias escolares crianças, com actividades idade Escolar lúdico/desportivas Parcerias em A definir Calendarização A definir 4. Prioridades de Intervenção Tipo de Intervenção Objectivos/problema a colmatar Área Social Apoio aos mais carenciados Desporto e tempos livres Ocupação dos tempos livres Destinatários Toda a população Diversas faixas etárias 41 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 FREGUESIA DE MONCARAPACHO 1. Identificação Entidade Morada Telefone Fax E-Mail Url Coordenadas Gps: Numero De Identificação Fiscal Responsável Pela Entidade Junta de Freguesia de Moncarapacho Praça Major João Xavier De Castanheda, n.º 2 289792158/289792375 289792375 [email protected] 507365070 Presidente: José Marcelino Dias 2. Serviços que presta à Comunidade / Projectos em Curso Tipo de Serviço / Designação do Projecto Enfermagem Descrição / Características Prestar serviços enfermagem básicos Esclarecimento de questões jurídicas Apoio e acompanhamento Apoio Jurídico Psicóloga Ginástica Manutenção Ginásio de Rastreio Auditivo Apoio preenchimento declarações IRS Marchas Passeio de no Pratica desportiva Pratica desportiva em máquinas Apoio dos utentes com dificuldades de audição Apoio aos utentes da freguesia no preenchimento do IRS Passeio a pé por um percurso que varia entre os 6 os 9 kms Objectivos Destinatários Medição do colesterol, glicemia, triglicéridos, pensos, vacinas e outros. Apoiar os menos favorecidos economicamente Apoio psicológico aos menos favorecidos economicamente Promover a saúde dos utentes Promover a saúde dos utentes Melhorar a audição dos utentes Preenchimento dos impressos do IRS Eleitores freguesia de Moncarapacho Promover a participantes saúde dos N.º de utilizadores 10/semana Data de Realização 2 x por semana Eleitores freguesia de Moncarapacho População em geral 18 por mês 2 x por mês 7 2 x por semana População em geral Variável 2 x por semana População em geral Variável 5 x por semana População em geral Variável 2x por mês Eleitores freguesia de Moncarapacho Variável População em geral Variável Segunda a sexta durante o período de entrega do IRS 2º Domingo de cada mês 42 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3. Projectos Planeados ou que aguardam aprovação – Não tem 4. Prioridades de Intervenção Tipo de Intervenção Objectivos/problema a colmatar Apoio Social Colmatar as necessidades das pessoas Reparação de caminhos e a limpeza de Promover uma melhor circulação de veículos e pessoas bermas e valetas Destinatários População da freguesia População em geral 43 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 FREGUESIA DE OLHÃO 1. Identificação Entidade Morada Telefone Fax E-Mail Url Coordenadas Gps: Numero De Identificação Fiscal Responsável Pela Entidade Junta de Freguesia de Olhão Rua General Humberto Delgado Nº 28 B 289705351/289713253 289713253 [email protected] http://www.jf-olhao.pt 508649870 Presidente: Maria Gracinda Gonçalves Rendeiro 2. Serviços Prestados à Comunidade / Projectos em Curso Tipo de Serviço / Designação do Projecto Posto de enfermagem Descrição / Características Objectivos Destinatários Data de Realização Segundas, Quartas e Sextas das 14.30 h às 16.30 h Todos os serviços relacionados à enfermagem prestados por enfermeira diplomada Prestar um serviço gratuito Todos residentes freguesia Passeios Passeios a localidades Algarve/ Alentejo e Lisboa Fregueses Aposentados 55/passeio Primavera/Outou no Universidade Sénior Ocupação do tempo e aprendizagem de várias matérias Parcerias: Município de Olhão Residentes do Concelho com +50 anos 115 Anual Marchas/Corrida Integrado no programa do IDP Parcerias: IDP e Município de Olhão Mostrar outras culturas, artes e costumes de outras localidades Ocupar tempos livres, conviver de forma saudável, desenvolver capacidades intelectuais e físicas. Adquirir/traçar conhecimentos, elevar o nível cultural da população. Criar hábitos saudáveis População em geral do Distrito 1050 Conforme a calendarização do IDP de os na N.º de utilizadores Média de 200/mês 44 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Ateliers de final de ano Entretenimento de crianças nas escolas no final do ano lectivo Cinema para crianças Cinema no Natal crianças das escolas para as Fomentar e desenvolver a destreza assim como desenvolver capacidades e motivar os alunos a actividades de grupo Dar a oportunidade a todos os alunos e em especial aos que nunca forma a uma sessão de cinema Crianças das escolas eb1 e PréEscolar da Freguesia +-900 Junho Crianças das escolas eb1 e PréEscolar da Freguesia +-900 Dezembro 3. Projectos Planeados ou que aguardam aprovação – Não tem 4. Prioridades de Intervenção Tipo de Intervenção Encaminhamento para IPSS Encaminhamento para Município de Olhão Objectivos/problema a colmatar Problemas Sociais Problemas Sociais Destinatários População de baixos rendimentos População de baixos rendimentos 45 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 FREGUESIA DE PECHÃO 1. Identificação Entidade Morada Telefone Fax E-Mail Url Coordenadas Gps: Numero De Identificação Fiscal Responsável Pela Entidade Junta de Freguesia de Pechão Rua Francisco Guerreiro, N.º 27 289710640/7 289710649 [email protected] http://www.jf-pechao.pt 508990238 Presidente: Custódio José Barros Moreno 2. Serviços Prestados à Comunidade / Projectos em Curso Tipo de Serviço / Designação do Projecto Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados PCAAC Ludoteca Descrição / Características Objectivos Destinatários É uma acção promovida anualmente que visa distribuir produtos alimentares às famílias mais necessitadas freguesia. Melhorar a segurança alimentar dos mais carenciados. População carenciada É um projecto lúdico-pedagógico criado a pensar nas crianças da Freguesia de Pechão. Neste espaço, os mais pequenos podem explorar, diariamente, várias actividades e ateliês. Apoiar as famílias que têm dificuldades em encontrar soluções para a ocupação salutar dos tempos livres dos seus filhos. Garantir a todas as crianças o direito de brincar e de jogar. Possibilitar a igualdade de oportunidades no acesso a material lúdico-pedagógico. Proporcionar momentos de convívio entre crianças, contribuindo para uma melhor integração social. Reforçar as relações da criança Crianças dos 6 aos 12 anos. N.º de utilizadores 170 Data de Realização Duas vezes por ano Mandato 46 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 com a família e a comunidade. Gabinete de Aconselhamento à População e Apoio à Família Programa de Turismo Social «Pechão à descoberta de …» Marcha-Corrida 2010/2011 «Pechão na Rota do Voluntariado» «Pechão na Rota da Aventura» Oficina de Expressões «Novas Descobertas, Novas Aventuras» «Vamos à Piscina» Serviço de atendimento e/ou intervenção social, gratuita, confidencial e imparcial sobre um vasto leque de assuntos e necessidades sociais. Visitas a locais de interesse histórico, cultural, ambiental, entre outros. Uma janela de oportunidades, especialmente, dedicada aos mais idosos e carenciados, que de outra maneira jamais poderiam vivenciar. Parcerias: CMO Programa Nacional de Marcha e Corrida. Parcerias: IDP CMO É um programa que pretende desenvolver a cidadania activa, proporcionando a vivência em projectos de voluntariado. Realização de actividades desportivas de índole radical. Realização de vários ateliês de expressão plástica, dança, música, teatro, etc. Acampamento em regime de pensão completa. Idas à piscina. Actividades lúdicas em meio aquático. Jogos que propiciem a aprendizagem da natação. É uma resposta social que promove a inclusão através do apoio e aconselhamento social, psicológico, educativo e laboral. População Mandato Promover o turismo social. Oferecer à população a descoberta de novas realidades Seniores Mandato Promover a actividade física e o desporto. População Janeiro Fomentar a cidadania activa na freguesia de Pechão. Sensibilizar a comunidade para a importância do voluntariado. Contribuir para o enraizamento de uma cultura de voluntariado, em especial junto dos mais jovens. Divulgar projectos e oportunidades de voluntariado em Pechão. Proporcionar o contacto com os desportos radicais Permitir o contacto com a arte. Incentivar o gosto e a curiosidade pela arte. Proporcionar actividades de tempos livres às crianças da freguesia. Possibilitar aos mais desfavorecidos deslocarem-se à piscina durante as férias escolares. População Mandato 8 aos 16 anos Julho 6 aos 14 anos Julho 8 aos 14 anos Julho 6 aos 14 anos Agosto 47 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3. Projectos Planeados ou que aguardam Aprovação Designação do Projecto Espaço Aventura Breve Descrição Destinatários CMO Data de Realização Mandato Criar espaços de convívio População para a população. CMO Mandato Criar mais espaços de Crianças convívio para as crianças. Criar espaços verdes na População freguesia. CMO Mandato CMO Mandato Estabelecer uma relação de População equilíbrio e estabilidade entre todos os elementos naturais e os usos humanos. Promover a utilização sustentável dos recursos naturais e a valorização do património natural e cultural existente. Melhorar o ambiente natural e cultural da aldeia e da qualidade de vida de residentes e utentes, numa perspectiva social, abrangente de toda a população. CMO Mandato Conjunto de equipamentos Criar espaços de convívio Jovens para o incremento de para os jovens. actividades desportivas. Um espaço ajardinado com mobiliário urbano de apoio à população Parque Infantil Conjunto de equipamento adequado às crianças. Jardim público Espaço destinado à plantação de árvores num lugar próximo do centro da aldeia de Pechão. Requalificação Urbana da Requalificação dos espaços Ribeira de Bela Mandil e envolventes à Ribeira de Espaços Contíguos na Bela Mandil entre o aldeia de Pechão Lavadouro Público e a zona desportiva. Parque de Merendas Objectivos Parcerias 48 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4. Prioridades de Intervenção Tipo de Intervenção Objectivos/problema a colmatar Criar mais espaços envolventes à EB1 de Pechão. Criar espaços ajardinados na EB1 e Jardim-de-Infância de Pechão. Jovens Apoiar a integração social dos jovens Idosos Apoiar as estruturas já existentes. Criar projectos de ocupação e integração. Formação e Ocupação de Tempos Livres Promover programas que envolvam prioritariamente crianças, jovens e idosos. Cultura, Desporto e Recreio Criar mais espaços de apoio. Apoiar o associativismo Apoio à Educação Destinatários Crianças e jovens Jovens Idosos Crianças, jovens e idosos Jovens e adultos 49 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 FREGUESIA DE QUELFES 1. Identificação Entidade Morada Telefone Fax E-Mail Url Coordenadas Gps: Junta de Freguesia de Quelfes Sede: Sitio Da Igreja, Delegação: Estrada De Quelfes, 71 289722649 / 706470 289722649 / 704210 [email protected]; [email protected] http://www.jfquelfes.eu Sede: 37º03’26.69”N/7º49’18.66”O Delegação: 37º02’20.86”N/7º50’05.59”O 508644518 Manuel Rodrigues Martins Numero De Identificação Fiscal Responsável Pela Entidade 2. Serviços Prestados à Comunidade / Projectos em Curso Tipo de Serviço / Designação do Projecto Enfermagem Descrição / Características Objectivos Serviços primários de assistência de saúde Medição de glicemia, tensão, serviços de pensos, vacinas, entre outros Melhor prestação de apoio a pessoas mais necessitadas Consultadoria Jurídica Serviço de esclarecimento e apoio a questões juridicas Apoio a Psicologia Serviços de apoio e acompanhamento Apoiar todos os necessitados da Freguesia com historial Rastreio Auditivo Apoio a auditiva deficiência Melhorar a vida pessoal de cada utente através do acompanhamento regular para melhoramento da audição Net Quelfes Acesso a todos os interessados nas novas tecnologias Complementar o conhecimento nas áreas das novas tecnologias com apoio a utilização da informática nas necessidades do dia a dia, bem como escolares utentes com Destinatários N.º de utilizadores Data de Realização População exclusivamente da freguesia População exclusivamente da freguesia População exclusivamente da freguesia População exclusivamente da freguesia 250 a 300 utentes / mês 30 a 50 utentes / mês 50 a 60 utentes / mês 10ª 20 utentes mensais Segundas, terças, quintas e sextas Quartas de manhã Todos os residentes do concelho de Olhão, bem como imigrantes 150 a utentes mês 300 / Quintas manhã de De acordo com o calendário disponível (geralmente a 10 de cada mês) Segunda a Sexta 50 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Consulta e apoio a obras de autores nacionais e internacionais bem como consulta generalizada de temas Esclarecimento dos utentes da freguesia para preenchimento das declarações de IRS Espaço dedicado a apoiar todos os interessados na consulta de obras actuais e não só, de vários autores Apoio ao preenchimento das declarações de IRS na primeira e segunda fase e envio electrónico para a DGI População residente freguesia População residente freguesia Portal 65 Apoio e Esclarecimentos programa o Apoio à elaboração das declarações para acesso aos utentes para a entrega dos impressos relativos ao apoio de renda a necessitados do Portal 65 A todos residentes freguesia Quelfes Jogos de Quelfes 6 – 10 anos Competição desportiva em diversas modalidades; difusão de uma educação baseada nos ideais olímpicos. Modalidades: atletismo, natação, futebol, etc. Criação de um modelo operativo de educação baseada nos ideiais olímpicos; Difusão de hábitos de vida suadáveis; Projectar a freguesia de Quelfes e o concelho de Olhão, em termos de acção olimpica Crianças que frequentam o 1.º Ciclo do Ensino Básico nas escolas sedeadas na freguesia de Quelfes. 27 de Abril a 4 de Maio de 2011 Difusão de hábitos de vida saudáveis; Projectar a freguesia de Quelfes e o concelho de Olhão, em termos de acção olímpica População geral 11 a 27 Fevreiro 2011 Espaço Biblioteca Apoio ao Preenchimento das Declarações de IRS Jogos de Quelfes Adultos sobre Parcerias -Instituto do Desporto de Portugal; - Comité Olímpico de Portugal; - Associação de Atletismo do Algarve; - Associação de Futebol do Algarve; - Agrupamento Vertical de Escolas com sede na EB 2/3 João da Rosa; - Agrupamento Vertical de Escolas EB 2/3 José Carlos da Maia; - Agrupamento Vertical de Escolas EB 2/3 Prof. Paula Nogueira; Competição e aprendizagem desportiva em diversas modalidades, gratuita e aberta à população em geral; Modalidades: Atletismo, natação, badminton, basquetebol, marcha passeio, futebol, ténis de mesa, voleibol, etc. Parcerias: -Instituto do Desporto de Portugal; na na os na de em 20 a 50 utentes / mês 200 a 500 utentes no período de entrega das declarações 5 a 20 utentes durante o período de entrega das declarações Segunda Sexta a Segunda a Sexta, durante o período de entrega das declarações do IRS Segunda a Sexta, durante o período de entrega das declarações de de 51 Diagnóstico Social Olhão Torneio Internacional de Quelfes (Futebol de 7) Dia do Idoso Dia da Mulher Dia da Freguesia Junho 2011 - Comité Olímpico de Portugal; - Associação de Atletismo do Algarve; - Associação de Futebol do Algarve; - Associação de ténis de mesa do Algarve; Associação de ciclismo do Algarve; - Embaixada dos Estados Unidos em Portugal; - Agrupamento Vertical de Escolas com sede na EB 2/3 João da Rosa; - Colectividades da Freguesia de Quelfes; - Secção de BTT dos “Leões de Olhão” Torneio de Futebol de 7 com participação de uma equipa de Quelfes e de 11 equipas estrangeiras convidadas Parcerias: - Associação de Futebol do Algarve; - Associação Doina; - Associação Ucranianos de Faro; - Associasção Guinieense no Algarve; - Associação Cabo Verdiana de Almancil; - Embaixada dos Estados Unidos da América em Portugal. Convívio entre a população menos nova, onde a interacção é essencial Parcerias: C.M.O. e colectividades da Freguesia de Quelfes Convívio entre a população feminina de várias gerações residentes na freguesia de Quelfes Parcerias: C.M.O., colectividades da freguesia, músicos e animadores Homenagem de empresas, colectividades, indivíduos, e/ou profissionais que se destacaram pelos seus méritos, na freguesia; bem como, os melhores alunos nas escolas da nossa área geográfica Parcerias: Colectividades da Freguesia, C.M.O., Anafre, Governo Projectar Internacionalmente o nome da Freguesia de Quelfes e do Concelho de Olhão; Realizar um convívio de nacionalidades, com inerente diálogo intercultural e promoção da integração de imigrantes População geral Divulgação de experiências entre indivíduos Idosos com mais de 65 anos ou reformados 30 de Outubro Divulgação de experiências, poesia popular e afins Mulheres entre os 6 e ao 100 anos residentes na freguesia 8 Março 2011 Dar a conhecer o melhor Freguesia nas várias áreas Toda a população em geral, incidindo nos premiados 18 de Junho de 2011 da em 11 a 12 de Junho de 2011 de 52 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Civil entre outros Marchas Passeio Palavras Soltas 25 de Abril Mercado / Feirinha Rally Paper Desporto Saudável para todos Parcerias: Colectividades da Freguesia, C.M.O. entre outros Troca de experiências poéticas, e/ou histórias de vida Dentro do espírito da liberdade, promoção do desporto interescolar, dentro da freguesia Parcerias: C.M.O., Bombeiros, P.S.P. e colectividades da freguesia Feirinha da antiguidades e produtores de mercado tradicional e feira das velharias Parcerias: C.M.O. e colectividades da freguesia Conhecer a freguesia Parcerias: C.M.O. e colectividades da freguesia Passeio em que se destaca o convívio aliado ao bem estar de fazer desporto Convívio e tardes bem passadas, através das experiências de cada um Pais e filhos, e professores juntos por uma manhã bem passada, aliando a competição ao espírito da Liberdade Toda a população interessada De acordo com o calendário População residente na freguesia Todos os alunos do 1.º ciclo da área geográfica de Quelfes Trimestralmente , na Biblioteca de Quelfes 25 de Abril de 2011 Todos os queiram mostrar vender os seus trabalhos, arte e produtos. População geral Promover um pouco de história e cultura da brincadeira do rally paper Aberto a todos os que estejam habilitados a conduzir Feirinha – 3.º domingo de cada mês. Mercado – 4.º e 5.º domingos de cada mês Sábado ou Domingo a seguir ao 18 de Junho de 2011. em 3. Projectos Planeados ou que Aguardam Aprovação Designação do Breve Descrição Projecto Festas do Campo Divulgação de todas as e do Mar colectividades e acções escolares feitas em Quelfes, bem como o que de melhor se faz em termos de arte na freguesia Jogos Culturais de Concurso cultural versando Quelfes o tema “O Olimpismo” Modalidades: Língua Portuguesa (prosa e poesia), Língua Inglesa (prosa e Objectivos Destinatários Parcerias Calendarização Divulgar a freguesia na sua População em geral essência, do passado ao presente e chegar a todos os quantos nos queiram visitar C.M.O., Turismo Fim de Junho de 2011 do Algarve, colectividades e escolas da freguesia, entre outros Incentivar o desenvolvimento Alunos das Escolas do Comité 25 de Novembro de 2010 intelectual da população 1.º, 2.º, 3.º ciclo e Olímpico de – Junho de 2011 escolar e restante sociedade. secundário. Portugal Divulgar novos autores; Agrupamento Projectar a freguesia de População em geral Vertical de 53 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 poesia), Desenho, Pintura Quelfes e do concelho de Olhão em tela, Artes plásticas, em termos de acção olímpica. fotografia e banda desenhada Fórum “O Olimpismo”: Modelo Operativo para a educação no XXI Fórum Olímpico para a divulgação e discussão acerca da implementação de um modelo educativo fundados nos valores Olímpicos (conforme tese realizada por cidadão de Quelfes) Nadar para ajudar Convívio aquático com vista à angariação de fundos para apoiar instituições de solidariedade social Torneio de Convívio e mostra de um Petanca desporto secular Projectar a freguesia e o concelho em termos de acção Olímpica. Discutir a implementação de experiências piloto. Escolas EB 2/3 João da Rosa; Agrupamento Vertical de Escolas EB 2/3 José Carlos da Maia; Agrupamento Vertical de Escolas EB 2/3 Prof. Paula Nogueira; População escolas, Comité Junho / Julho de 2011 Encarregados de Olímpico de Educação, População Portugal em geral Agrupamento Vertical de Escolas EB 2/3 João da Rosa; Agrupamento Vertical de Escolas EB 2/3 José Carlos da Maia; Agrupamento Vertical de Escolas EB 2/3 Prof. Paula Nogueira; - Associação de atletismo do Algarve; Instituto de Desporto de Portugal População em Geral Junho de 2011 Divulgar e promover a modalidade de natação; Incentivar ao altruísmo e à solidariedade Divulgar o desporto e População em geral promover o convívio Associação de Verão de 2011 petanca do Algarve e colectividades de 54 Diagnóstico Social Olhão Gincana tratores Junho 2011 de Convívio e recuperação de Divulgação e convivio tradições População em geral Quelfes Colectividades e Verão de 2011 empresas da freguesia 4. Prioridades de Intervenção Tipo de Intervenção Pavilhão Multiusos Objectivos/problema a colmatar Destinatários Sala de reuniões para colectividades sem sede, sede da junta de População em geral freguesia, espaço net na zona da aldeia de Quelfes, ginásio, biblioteca, galeria de arte, mostras de artesanato, pintura, ets; auditório para teatro, música, cinema,… Fonte: Juntas de Freguesia do Concelho de Olhão, informações de Janeiro de 2011. 55 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 CAPITULO 3 – PRÉ DIAGNÓSTICO TEMÁTICO 3.1. SAÚDE A análise da informação estatística disponível reflecte os bons indicadores de saúde do concelho, próximo de todos os valores médios na região onde se insere. Olhão apresenta excelentes indicadores e cobertura sobretudo na área da saúde escolar e na cobertura de médico de família assim como na cobertura do território pelo Agrupamento de Centros de Saúde no concelho de Olhão. Verifica-se um elevado valor relativo dominante das problemáticas de saúde dos adultos no acesso às consultas. AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE DO ALGARVE I – CENTRAL A missão dos ACES é garantir a prestação de cuidados de saúde primários à população de uma área geográfica determinada, procurando manter os princípios de equidade e solidariedade, de modo a que todos os grupos populacionais partilhem igualmente dos avanços científicos e tecnológicos, postos ao serviço da saúde e do bem-estar. Neste sentido, os ACES desenvolvem actividades para promover a saúde e prevenir a doença da população, estruturam as diferentes unidades funcionais para satisfazer as necessidades dessa mesma população, gerem as competências dos prestadores de cuidados de saúde e garantem que os recursos humanos e financeiros, os equipamentos e os sistemas de informação sejam utilizados de forma rigorosa, racional e eficiente. As suas actividades são ainda desenvolvidas para garantir a satisfação dos utilizadores dos cuidados de saúde primários e a motivação e empenho dos profissionais. Prestadores Associados: Centro de Saúde de Albufeira Centro de Saúde de São Brás de Alportel 56 Diagnóstico Social Olhão Centro de Saúde de Loulé Centro de Saúde Faro Centro de Saúde de Olhão Junho 2011 Extensões de Saúde Associadas ao Centro de Saúde de Olhão: Extensão de Saúde de Moncarapacho Extensão de Saúde de Pechão Extensão de Saúde de Fuzeta 57 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA: Indicadores de saúde por município, 2008 e 2009 Enfermeiros Médicos por 1000 por 1000 habitantes habitantes Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão São Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António Farmácias e postos Internamentos farmacêuticos por 1000 móveis por habitantes 1000 habitantes Intervenções de grande e média Consultas cirurgia por dia nos por estabelecimentos de habitante saúde ┴ Camas (lotação praticada) por 1000 habitantes nos estabelecimentos de saúde Taxa de ocupação de camas nos estabelecimentos de saúde N.º 2009 1,8 1,3 1,9 % 1,6 2,0 0,9 0,2 0,7 0,4 2008 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,0 5,1 3,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 1,4 0,2 0,0 0,0 2,6 0,0 0,0 14,3 1,2 3,7 1,6 2,5 1,9 11,7 8,6 2,4 2,3 1,8 0,7 1,7 5,2 0,3 0,3 0,3 0,2 0,5 0,2 0,2 … 0,0 … 0,0 15,5 8,8 … … 0,0 … 0,0 0,0 0,0 … … 2,0 … 2,1 3,9 2,4 … … 0,0 … 0,0 1,8 0,5 … … 0,0 … 0,0 92,9 54,1 … 2,0 2,0 0,2 12,3 0,0 2,7 1,5 95,7 1,5 2,0 1,1 0,8 2,0 0,7 0,3 0,4 0,4 … 0,0 0,0 … 0,0 0,0 … 3,3 3,6 … 0,0 0,0 … 0,0 0,0 2,5 1,6 0,3 0,0 0,0 3,0 0,0 0,0 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009 58 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 De acordo com a tabela acima apresentada, nas categorias em que é possível uma análise comparativa, nº de médicos e enfermeiros por 1000 habitantes, verifica-se que o concelho de Olhão apresenta valores médios / baixos na região do Algarve. Noutros indicadores como o nº de consultas e de internamentos por habitante verificamos que o concelho de Olhão beneficia claramente da sua pirâmide etária comparativamente jovem na região do Algarve. Pessoal ao serviço Centro de Saúde de Olhão 69 70 60 50 35 40 Médicos 28 Enfermeiros 30 Outro Pessoal 20 10 0 Fonte: Centro de Saúde de Olhão, 2009 Olhão apresenta os rácios adequados na distribuição das categorias profissionais na saúde. Utentes inscritos por grupo etário e sexo no Centro de Saúde de Olhão Grupo Etário Sexo Masculino Sexo Feminino Total < 1 ano 5 7 12 1 – 4 anos 992 904 1896 5–9 1278 1229 2507 10 – 14 1217 1133 2350 15 – 19 1179 1164 2343 20 – 24 1194 1173 2367 25 – 29 1500 1485 2985 30 – 34 1774 1813 3587 35 – 39 1879 1812 3691 40 – 44 1674 1634 3308 59 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 45 – 49 1548 1469 3017 50 – 54 1393 1406 2799 55 – 59 1308 1395 2703 60 – 64 1371 1304 2675 65 – 69 1076 1171 2247 70 – 74 978 1095 2073 > = 75 anos 1671 2542 4213 Total 22037 22736 44773 Fonte: Centro de Saúde de Olhão, 2009 O concelho de Olhão apresenta a cobertura integral dos serviços de saúde para a população do concelho atingindo os 100% da população inscrita no Centro de Saúde. N.º de consultas por tipo Consulta de Domicilio 338 Consulta de Adultos (>=19) 92293 Saúde Juvenil (14 – 18) 2597 Saúde Infantil (2 – 13) 7921 Saúde Infantil (0-2A) 4633 Saúde Materna 7778 Planeamento Familiar 4791 0 20000 40000 60000 80000 100000 Fonte: Centro de Saúde de Olhão Verifica-se no quadro acima a presença esmagadora da consulta de adultos no Centro de Saúde. A saúde juvenil apresenta os valores relativos e absolutos mais baixos. 60 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Taxa de Mortalidade por principal motivo Taxa quinquenal de mortalidade infantil (2005/2009) 2009 (%) Portugal Continente Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão São Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António Taxa Taxa quinquenal de mortalidade mortalidade doenças neonatal aparelho (2005/2009) circulatório de por Taxa de do mortalidade por tumores malignos 3,4 3,4 3,6 1,6 16,4 4,4 0,0 4,4 3,9 2,9 3,8 5,1 3,6 3,9 5,7 5,1 2,4 0,0 2,2 2,2 2,7 1,2 0,0 0,0 0,0 3,3 3,9 2,3 2,8 5,1 2,4 3,6 5,7 2,8 0,8 0,0 3,1 3,1 3,1 1,8 10,1 3,2 3,6 2,9 2,2 2,5 3,5 3,4 3,2 3,0 3,3 2,8 4,8 2,0 2,3 2,3 2,4 2,1 3,6 3,4 3,2 2,3 2,3 2,2 2,4 4,2 2,3 2,0 1,8 2,6 2,8 3,5 3,9 2,9 3,6 3,0 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009 O Concelho de Olhão está próximo da média em todas as taxas de mortalidade referenciadas para a região Algarvia. 61 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.1.1. TOXICODEPENDENCIA De acordo com a informação estatística disponível, o concelho de Olhão apresenta o maior número de atendimentos em todo o Algarve pela Equipa Técnica Especializada de Tratamento de Olhão, o que demonstra a especial relevância da toxicodependência no concelho. A Equipa Técnica Especializada de Tratamento de Olhão tem uma população utente essencialmente ligada às dependências de substâncias, nomeadamente opiáceas (heroína) e cocaína. A pirâmide etária é estreita nas idades mais jovens o que provoca alguma estabilização da problemática no concelho com o envelhecimento dos actuais utentes e a possível redução nos mais jovens. De acordo com a informação analisada podemos concluir que a situação de exclusão real ou potencial dos utentes, implica o reforço de intervenções especializadas para a inserção destes indivíduos. Informação Estatística N.º de utentes activos de 2009 que passaram pela ETET de Olhão CONCELHO 2009 Albufeira 281 Alcoutim 14 Aljezur 14 Castro Marim 36 Faro 433 Lagoa 166 Lagos 195 Loulé 418 Monchique 51 Olhão 469 Portimão 418 São Brás de Alportel 58 Silves 209 Tavira 173 Vila do Bispo 14 Vila Real de Santo António 289 Barlavento 1068 Sotavento 2172 Total 3239 Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) 62 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Nota: Estes dados referem-se apenas aos utentes activos de 2009 que vieram só à ETET de Olhão, ou seja, são excluídos os utentes que vão a outros locais como Portimão, Tavira e VRSA que foram 2218 no ano de 2009. De acordo com o quadro apresentado o concelho de Olhão apresenta o maior número de utentes em tratamento na Equipa Técnica Especializada de Olhão. N.º de utentes por grupo etário 120 114 103 98 100 91 80 60 Masc. Fem. 48 40 18 20 0 0 5 17 17 35 - 39 anos 40 - 44 anos 17 11 13 5 1 0 0 - 14 anos 15 - 19 anos 20 - 24 anos 25 - 29 anos 30 - 34 anos >=45 anos Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) De acordo com o gráfico atrás representado, é nas faixas etárias mais elevadas que predominam os utentes em Olhão, com especial incidência na faixa dos 35 / 39 anos, sendo estes na sua maioria do sexo masculino. O concelho segue tendência nacional de envelhecimento dos utentes. N.º de utentes por género 14% FEMININO MASC ULINO 86% Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) 63 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Também a distribuição por género segue o padrão nacional de predomínio do sexo masculino. N.º de utentes por fonte de referência 74 CONHECIDOS 448 6 DESCONHECIDO 27 11 OUTRO OUTRA UNIDA DE ESPECIA LIZA DA (CA T) (sem ficha) 1 4 0 1 1 1 1 12 1 4 1 3 3 19 2 2 27 OUTRA UNIDA DE ESP ECIALIZADA (CAT) (co m ficha) 4 OUTRA UNIDA DE ESP ECIALIZADA P RIVADA INSTITUIÇÃO ESCOLA R COM ISSÃO DISSUA SÃ O TRIB ./IRS/POLÍCIA /ESTA B. P RISIONAL REDUÇÃO RISCOS/DROP -IN/A GÊNCIA DE RUA SERVIÇOS SOCIA IS HOSP ITAL/CENTRO SA ÚDE/OUTRO SERV. SA ÚDE M ÉDICO P RIVA DO 20 10 FA M ÍLIA /A M IGOS 15 A UTO REFERENCIA DO 0 57 Fem. Masc. 189 59 76 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) A fonte principal de informação sobre o serviço são os amigos e logo de seguida o CAT. N.º de utentes por nacionalidade e género 441 471 75 80 15 Masc. Fem. 0 4 DESCONHECIDO 5 2 CONHECIDOS 2 OUTROS PAÍSES 2 ESTADO MEMBRO U E OUTRO PAÍS LUSÓFONO 10 PORTUGUESA 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) 64 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A nacionalidade portuguesa é esmagadora, enquanto proveniência dos utentes. N.º de utentes por estado civil e género 400 375 350 300 250 242 200 150 100 97 100 64 35 50 34 21 7 2 2 16 0 SOLTEIRO(A ) CA SA DO(A )/ SEP A RA DO(A )/ UNIÃ O DE FA CTO DIVORCIA DO(A ) VIÚVO(A ) DESCONHECIDO CONHECIDOS Masc. Fem. Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) A maioria dos utentes são solteiros, sendo o número de divorciados muito baixo o que pode significar que nunca constituíram família. N.º de utentes por habilitações literárias e género 61 CONHECIDOS 363 19 DESCONHECIDO 3º CICLO COM P LETO 4 10 9 32 22 2º CICLO COM P LETO 19 BA CHA RELATO/LICENCIA TURA SECUNDÁ RIO COM P LETO 112 97 126 7 1º CICLO COM P LETO 87 1 11 NUNCA FREQ. A ESCOLA 0 100 Masc. 200 300 400 Fem. Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) O nível educacional dos utentes é baixo embora um número significativo detém o 3º ciclo completo. 65 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de utentes por situação laboral e género 60 CONHECIDOS DESEMPREGADO/À PROCURA DE EMPREGO 20 3 14 2 6 32 EMPREGADO (TEMPO INTEIRO OU PARCIAL) 18 DESCONHECIDO OUTRO INACTIVO ECONÓM. (PENSIONISTA, INVÁLIDO, DOMÉST.) 390 85 162 193 1 4 311 FORMAÇÃO PROFISSIONAL (REMUNERADA) ESTUDANTE 0 Masc. 50 100 150 200 250 300 350 400 Fem. Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) A maioria dos utentes está empregada (parte em tempo parcial) ou em situação de desemprego. N.º de utentes por situação de coabitação 47 CONHECIDOS DESCONHECIDO 4 OUTRO FA M ILIA RES (A SCENDENTES E COM P .) FA M ILIA RES (A SCENDENTES E FILHO(S)) 4 182 20 1 1 2 3 9 FA M ILIA RES (A SC./COM P . E FILHO(S)) COM A M IGOS 293 33 1 8 SOZINHO C/ COM P .(A ) E FILHO(S) Masc. 8 35 11 SOZINHO C/ COM P A NHEIRO(A ) SOZINHO(A ) C/ FILHO(S) 2 2 SOZINHO(A ) 3 40 40 13 FA M ILIA RES (A SCENDENTES/IRM Ã OS) Fem. 0 133 50 100 150 200 250 300 350 Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) A maioria dos utentes coabita com familiares ou ascendentes o que demonstra a instabilidade dos percursos de vida. 66 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de utentes por situação de residência 39 CONHECIDOS 260 41 DESCONHECIDO 215 1 3 INSTITUIÇÕES (P risão /Clínica/Co légio ...) 1 7 RUA CENTRO DE A B RIGO 0 3 HA B ITA ÇÃ O DEGRA DADA 2 4 36 243 HA B ITA ÇÃ O CONDIGNA 0 50 100 150 Masc. 200 250 300 Fem. Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) A grande maioria dos utentes reside numa habitação considerada condigna. Substâncias Consumidas N.º de utentes por droga principal consumida e género OUTRAS SUBSTANC IAS 1 C ANNABIS 1 1 "BASE DE C OC A" 0 1 1 C OC AÍNA OUTROS OPIÁC EOS 8 3 0 1 3 HEROÍNA E C OC AÍNA 14 8 HEROÍNA 0 10 56 20 30 40 50 Masc. 60 Fem. Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) 67 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A heroína é a substância predominante nos consumos dos utentes. A cocaína também é relevante e parte dela é consumida em conjunto com a heroína. N.º de utentes por via de administração da droga principal 12 CONHECIDOS 1 DESCONHECIDA 78 5 0 1 OUTRA 0 0 SNIFA DA 1 INGERIDA/B EB IDA 7 8 FUM ADA /INA LA DA 50 4 INJECTA DA 0 21 10 20 30 40 50 60 70 80 Masc. Fem. Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) O consumo por inalação ou fumada, é o método predominante utilizado pelos utentes, seguido do consumo por injecção N.º de utentes por frequência de utilização da droga principal 11 C ONHEC IDOS 2 DESC ONHEC IDO 75 9 9 DIARIAMENTE 1 2-6 DIAS SEMANA UMA VEZ POR SEMANA OU MENOS 0 NÃO UTILIZADA NO ÚLTIMO MÊS 1 2 0 64 7 2 10 20 30 40 Masc. Fem. 50 60 70 80 Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) 68 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A grande maioria dos utentes consume diariamente as suas substâncias. N.º de utentes por droga secundária consumida e sexo 0 0 1 Outros Álcool 16 0 Ecstasy 5 0 Anfetaminas 3 5 C annabis 1 Benzodiazepinas 45 5 6 C ocaína 44 4 Heroína 0 37 10 20 Masc. 30 40 50 Fem. Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) A droga secundária predominante é a Cannabis, seguida da cocaína e da heroína, surgindo já o álcool com percentagem significativa. N.º de utentes por droga secundária consumida nos últimos 30 dias e sexo 0 0 Outros 1 Álcool 6 0 0 0 0 Ecstasy Anfetaminas 2 C annabis 15 0 1 Benzodiazepinas 2 C ocaína 18 2 Heroína 0 26 5 10 Masc. 15 20 25 30 Fem. Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) A heroína é a droga referenciada como de consumo nos últimos 30 dias, seguida da cocaína e da cannabis. 69 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Situação infecto-contagiosa N.º de utentes segundo as infecções 92 100 90 80 70 60 Masc. Fem. 50 34 40 30 13,25 20 10 8 7,25 2,25 0 0 HIV Hepatite B Hepatite C 0 Tuberculose Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) As hepatites são as infecções prevalentes nos utentes, apresentando estes valores relativamente baixos, de infecção por HIV. N.º de utentes em tratamento segundo as infecções 2 2 1,8 1,6 1,4 1,2 Masc. Fem. 1 0,8 0,6 0,4 0,25 0,2 0 0 0 0 0 0 0 HIV Hepatite B Hepatite C Tuberculose Fonte: Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão (2009) No entanto os infectados com HIV estão em processo de tratamento, o que não se verifica nas outras tipologias de infecção. 70 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Principais conclusões • Tendência para uma estabilização e envelhecimento da população utente • Predomínio absoluto do sexo masculino no perfil de utentes do concelho • Relevância dos consumos de álcool e tabaco • O estado civil dos utentes é de solteiro o que indicia a exclusão de estruturas familiares estabilizadoras • Perfil de baixas competências escolares e sociais dos utentes • Situação social fragilizada pela persistência do desemprego ou precariedade no mercado de trabalho 71 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.2. EMPREGO / DESEMPREGO A área de intervenção do Centro de Emprego de Faro abrange os concelhos de Faro, Olhão e São Brás de Alportel, com uma área total de 482 Km2 e uma população de 108.891 indivíduos. O concelho de Olhão, junto ao litoral e com uma relação de grande proximidade com a Ria Formosa, com cerca de 41 mil habitantes, tem vindo a crescer rapidamente nos últimos anos. A pesca é uma actividade bastante importante (detém 17% do total de pessoas que no Algarve se dedicam a esta actividade), bem como a indústria e a construção (11% dos trabalhadores da região). A análise da informação estatística disponível, permite-nos considerar o desemprego como problema determinante para o desenvolvimento social do concelho de Olhão. Enquanto problema social é um patamar decisivo no acentuar da pobreza endémica geradora de exclusão das oportunidades de bem-estar social e da cidadania plena. A estrutura de emprego específica do concelho, sendo vulnerável à actual crise económica, destaca-se pelos valores muito elevados, no contexto regional e distrital. Por outro lado o mercado de trabalho apresenta vulnerabilidades na sua estruturação, visíveis no peso do desemprego concelhio relacionado com a precariedade dos vínculos laborais. Outro factor muito relevante na tipologia de desemprego do concelho é o nível de qualificações associado à faixa etária. Constata-se que a grande maioria dos desempregados do concelho apresenta qualificações muito baixas e é muito jovem. A tendência nacional e europeia de aumento do desemprego pela contracção da actividade económica é visível no concelho de Olhão com uma taxa de diferencial entre emprego criado e procura de emprego, muito elevada o que reforça a importância desta problemática social. A análise dos indicadores estatísticos reflecte, não só a repercussão da crise económica no concelho, mas também algumas fragilidades estruturais visíveis no índice de precariedade e na fraca dinâmica de criação de oferta de emprego. 72 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A intervenção nesta problemática social deve orientar-se por uma análise estratégica intersectorial e uma abordagem integrada. São patentes, no perfil do desemprego actual no concelho, alguns factores de inibição e desvantagem mesmo num futuro contexto de superação da crise e aumento da capacidade económica de criação de emprego. Estes factores de défice na empregabilidade, situam-se sobretudo na baixa escolarização e qualificação. INFORMAÇÃO ESTATISTICA Desemprego Registado no Concelho segundo o Género, o Tempo de Inscrição e a Situação Face à Procura de Emprego, mês de Outubro de 2010 Género Tempo de Inscrição Homens Mulheres < 1 Ano 518 1196 1305 801 1081 1335 1019 1738 1600 1 Ano e + 300 539 941 Situação procura de 1º Emprego 102 150 161 face à emprego Novo Emprego 1217 2127 2479 Total Mês Outubro 1319 2277 2640 2008 2009 2010 Fonte: Estatísticas - IEFP, IP Verifica-se um acentuado aumento do desemprego de mais de 100% no intervalo homólogo de Outubro 2008 a 2010. O aumento exponencial é comum a todas as categorias analisadas; género, tempo de inscrição e situação face à procura de emprego. Destaca-se, no entanto, o aumento entre os homens nos desempregados e longa duração. N.º de desempregados inscritos por ano e por sexo 1600 1400 1335 1305 1196 1200 1081 1000 801 800 600 518 400 200 0 2008 2009 Homens 2010 Mulheres Fonte: Estatísticas - IEFP, IP 73 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A acompanhar a tendência crescente de desemprego verifica-se que o desemprego masculino é predominante mas seguido de muito perto em 2010 pelo feminino. Esta tendência de crescimento revela um dado novo que é a equiparação crescente do desemprego por género. N.º de desempregados inscritos por tempo de inscrição e por ano 2000 1738 1500 1019 300 941 539 1600 1000 500 0 2008 2009 2010 1 Ano 1 Ano e + Fonte: Estatísticas - IEFP, IP Este gráfico ilustra claramente o perfil do desemprego no concelho de Olhão. É sobretudo um desemprego jovem e demonstra a dificuldade de inserção no mercado de trabalho no arranque da vida profissional. N.º desempregados inscritos à procura do 1º emprego, por ano 102 2008 161 2009 2010 150 Fonte: Estatísticas - IEFP, IP 74 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A tendência de crescimento na procura não satisfeita de novo emprego é constante tal como nas outras categorias embora, comparativamente, menos acentuada, o que pode revelar a tentativa de manutenção do emprego existente face às dificuldade de obtenção de novo emprego. N.º desempregados inscritos à procura de novo emprego, por ano 3000 2500 2000 1500 2479 2127 1000 1217 500 0 2008 2009 2010 Fonte: Estatísticas - IEFP, IP O crescimento no número de desempregados inscritos é exponencial e demonstra o significativo aumento do desemprego no concelho Desempregados inscritos segundo o Grupo Etário, por ano (mês Outubro) 1202 1400 702 1200 944 338 1000 800 665 398 344 600 400 230 324 527 388 200 0 26 anos Grupo Etário 174 26 – 34 anos Grupo Etário 2008 36 – 54 anos Grupo Etário 2009 55 anos e + Grupo Etário 2010 Fonte: Estatísticas - IEFP, IP 75 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Embora comum em todas as faixas etárias, verifica-se um crescimento acumulado muito expressivo do número de desempregados inscritos na faixa etária do 36-54 anos. N.º de desempregados inscritos, segundo as habilitações literárias, por ano (situação fim do mês de Outubro) 154 114 Superior 95 498 359 Secundário 220 647 564 3º Ciclo EB 322 520 499 2º Ciclo EB 297 699 639 1º Ciclo EB 326 122 102 <1º ciclo EB 59 0 100 200 300 2008 400 2009 500 600 700 do número 2010 Fonte: Estatísticas - IEFP, IP O gráfico mostra-nos um crescimento mais significativo de desempregados inscritos a partir do 1º ciclo EB até ao secundário. Revela-nos que a incidência do desemprego no concelho está sobretudo associado às baixas qualificações. Desempregados Inscritos, Ofertas Recebidas e Colocações Efectuadas (movimento ao longo do mês de Outubro) Desempregados inscritos Homens Mulheres 174 188 204 187 158 203 Ofertas Recebidas Total 362 391 361 106 21 25 Colocações Homens 8 13 11 Mês Outubro Mulheres 9 23 18 Total 17 36 29 2008 2009 2010 Fonte: Estatísticas - IEFP, IP Em relação aos desempregados inscritos no IEFP a análise da situação no mês de Outubro de 2010, revela-nos uma quebra acentuada no número de ofertas de colocação recebidas, ainda que com um muito ligeiro aumento em relação ao ano 76 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 de 2009, com uma quebra de colocações em relação ao mesmo ano. Nº ofertas de trabalho registadas no Concelho por ano (mês de Outubro) 106 120 100 80 60 40 21 25 20 0 2008 2009 2010 Fonte: Estatísticas - IEFP, IP A quebra do número de ofertas, é bem patente no gráfico acima apresentado, sobretudo desde o ano de 2009. Em comparação com o mesmo mês de 2009, em 2010 existe um muito ligeiro aumento das ofertas registadas. Nº colocações efectuadas pelo Centro de Emprego a desempregados residentes no Concelho por sexo e por ano 23 25 18 20 13 15 11 9 8 10 5 0 2008 2009 Homens 2010 Mulheres Fonte: Estatísticas - IEFP, IP 77 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 O número de colocações efectuadas pelo Centro de Emprego apresenta em 2010 uma quebra acentuada em relação ao mesmo mês de 2009. N.º de Desempregados Inscritos por motivos de inscrição (movimento ao longo do mês) 102 28 Outros motivos 34 5 Trabalho por conta própria 0 0 156 239 Fim de trabalho não permanente Despedimento por mútuo acordo Despediu-se 220 9 5 7 14 12 30 25 Despedido 73 30 50 Ex - inactivos 0 34 41 50 100 2008 2009 150 200 250 2010 Fonte: Estatísticas - IEFP, IP A situação face ao vínculo laboral é determinante na caracterização do desemprego no concelho. Verificamos que a esmagadora maioria das situações de desemprego está relacionada com o fim de contrato de trabalho não permanente. 78 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Desemprego Registado por Concelho segundo o Género, o Tempo de Inscrição e a Situação Face à Procura de Emprego, Outubro de 2010 Género Região Tempo Inscrição Situação face à procura de emprego Concelho Total Homens Mulheres < 1 Ano 1 Ano E + 1º Emprego Novo Emprego Albufeira 1 135 1 181 1 791 525 59 2 257 2 316 Alcoutim 13 25 28 10 3 35 38 Aljezur 94 116 167 43 19 191 210 Castro Marim 143 123 196 70 21 245 266 Faro 1 658 1 467 2 211 914 258 2 867 3 125 Lagoa 637 616 863 390 66 1 187 1 253 Lagos 900 795 1 318 377 93 1 602 1 695 Loulé 1 756 1 751 2 546 961 147 3 360 3 507 Monchique 121 79 137 63 20 180 200 Olhão 1 305 1 335 1 699 941 161 2 479 2 640 Portimão 1 800 1 826 2 569 1 057 216 3 410 3 626 São Brás de Alportel Silves 194 894 141 943 254 1 208 81 629 27 81 308 1 756 335 1 837 Tavira 619 547 850 316 56 1 110 1 166 Vila do Bispo 79 82 117 44 8 153 161 Vila Real de Stº António 680 569 928 321 67 1 182 1 249 Total Algarve 12 028 11 596 16 882 6 742 1 302 22 322 23 624 Continente 237 320 292 017 306 717 222 620 42 790 486 547 529 337 Algarve Fonte: Estatísticas - IEFP, IP O concelho de Olhão apresenta, em Outubro de 2010, uma taxa de desemprego elevada em comparação com os outros concelhos algarvios. Embora não disponhamos de dados sobre a taxa de desemprego por concelho, verificamos que se situa na quarta posição em termos de desemprego na região, próximo de Faro com população superior e mais elevada que Albufeira com população muito aproximada. 79 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de desempregados inscritos por concelho e sexo, Outubro 2010 569 Vila Real Sto. António 680 82 79 Vila do Bispo 547 619 Tavira 943 894 Silves 141 194 São Brás de Alportel 1826 1800 Portimão 1335 1305 Olhão 79 121 Monchique 1751 1756 Loulé 795 Lagos 900 616 637 Lagoa 1467 Faro 1658 123 143 Castro Marim 116 94 Aljezur 25 13 Alcoutim 1181 1135 Albufeira 0 200 400 600 Masculino 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 Feminino Fonte: Estatísticas - IEFP, IP Em relação à proporção de género no desemprego nos concelhos algarvios, verificase que não existe grande disparidade na maioria dos concelhos. Apenas em Faro a diferença é mais relevante com predomínio para o desemprego masculino ao contrário de Olhão onde o desemprego feminino é ligeiramente prevalente. Verificase, neste domínio, um alinhamento do concelho de Olhão com a tendência da região. Principais conclusões Pela sua amplitude o desemprego deve ser considerado como problema social prioritário no concelho; Desemprego entre os jovens (1º emprego) muito significativo e socialmente relevante; As baixas qualificações são um factor determinante no perfil do desemprego do concelho; A grande maioria dos desempregados está, situação de desemprego, à procura de um novo emprego; 80 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A grande maioria, está no desemprego há menos de um ano o que indicia um desemprego muito recente; Tendência contínua e acentuada de aumento do desemprego; Emprego precário muito significativo e aumento do desemprego por despedimento com vínculos laborais precários; 81 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.3. ACTIVIDADES ECONÓMICAS Caracterização do tecido empresarial Ao analisarmos o tecido empresarial de Olhão, de acordo com o seu CAE, verificamos o peso do sector terciário no sector do pequeno comércio, restauração, alojamento e similares. Este sector tem muita relevância também na estrutura do tecido empresarial do concelho. Este é de pequena dimensão e com um número muito reduzido de empregados por unidade. A marcar o tecido empresarial do concelho, está o sector primário com a pesca, que continua a representar marcadamente o tecido empresarial. O concelho de Olhão possui alguma indústria diferenciada pela dimensão e especialização numa região pouco marcada pelo sector secundário. Podemos concluir, pelo contexto empresarial envolvente do concelho, como de muito baixo valor acrescentado e competitividade reduzida. O concelho de Olhão apresenta algumas vantagens competitivas no seu contexto regional, pela dimensão comparativa da sua estrutura empresarial do sector secundário, embora carente da actividade económica de maior especialização tecnológica e de conhecimento e, ainda, pela inexistência de massa crítica empresarial de média ou grande dimensão. 82 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS E ESTABELECIMENTOS DO CONCELHO DE OLHÃO Número de empresas e estabelecimentos por actividade económica, segundo a dimensão, 2008 N.º DE EMPRESAS E ESTABELECIMENTOS SEGUNDO A DIMENSÃO N.º DE PESSOAS AO SERVIÇO ACTIVIDADE ECONÓMICA A - AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, CAÇA, FLORESTA E PESCA B - INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS C- INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS D - ELECTRICIDADE, GÁS, VAPOR, ÁGUA QUENTE E FRIA E AR FRIO 1a4 5a9 10 a 19 20 a 49 50 a 99 100 a 149 150 a 199 200 a 999 TOTAL Empr. Estab. Empr. Estab. Empr. Estab. Empr. Estab. Empr. Estab. Empr. Estab. Empr. Estab. Empr. Estab. Empr. Estab. 78 83 25 26 15 14 4 5 2 2 0 0 1 1 0 0 125 131 2 2 2 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 5 4 46 66 34 38 14 15 6 8 4 3 0 0 0 0 1 1 105 131 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 135 140 61 63 31 33 13 15 2 2 0 0 0 0 0 0 242 253 294 354 65 91 26 27 9 9 1 3 0 1 0 0 0 0 395 485 28 32 5 8 0 1 3 4 0 0 0 0 0 0 0 0 36 45 162 174 25 24 10 12 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 198 213 6 8 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 9 8 23 0 4 0 3 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 8 31 L- ACTIVIDADES IMOBILIÁRIAS M - ACTIVIDADES DE CONSULTORIA, CIENTÍFICAS, TÉCNICAS E SIMILARES N - ACTIVIDADES ADMINISTRATIVAS E DOS SERVIÇOS DE APOIO O - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DEFESA; SEGURANÇA SOCIAL OBRIGATÓRIA P - EDUCAÇÃO Q - ACTIVIDADES DE SAÚDE HUMANA E APOIO SOCIAL R - ACTIVIDADES ARTÍSTICAS, DE ESPECTÁCULOS, DESPORTIVAS E RECREATIVAS 35 39 5 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 40 43 58 59 7 7 3 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 68 70 16 21 5 5 1 4 1 1 2 1 0 0 0 0 0 0 25 32 1 8 1 13 0 2 3 0 5 11 0 2 0 3 0 5 0 6 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 18 2 27 22 33 1 7 2 4 0 2 2 0 0 0 0 0 30 57 0 0 7 7 2 2 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 10 10 S - OUTRAS ACTIVIDADES DE SERVIÇOS 54 59 3 3 1 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 58 64 1114 243 292 106 125 46 58 12 15 3 2 1 1 1 1 1372 1.608 F- CONSTRUÇÃO G - COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS E MOTOCICLOS H - TRANSPORTES E ARMZENAGEM I - ALOJAMENTO, RESTAURAÇÃO E SIMILARES J - ACTIVIDAES DE INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO K - ACTIVIDADES FINANCEIRAS E DE SEGUROS Total 960 Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social 83 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 O concelho de Olhão apresenta um tecido empresarial caracterizado pelas pequenas e micro empresas, que na sua maioria empregam menos de 4 trabalhadores. Estas empresas estão maioritariamente concentradas no sector primário (sobretudo na pesca), secundário na construção civil / indústria transformadora e terciário no comércio, restauração e similares. As indústrias transformadoras têm um peso reduzido no contexto global do nº de empresas do concelho. Comparação do número de empresas e estabelecimentos por actividade económica, segundo a dimensão, 2008 64 58 S - OUTRA S A CTIVIDA DES DE SERVIÇOS R - A CTIVIDA DES A RTÍSTICA S, DE ESP ECTÁ CULOS, DESP ORTIVA S E RECREA TIVA S 10 10 57 30 Q - A CTIVIDA DES DE SA ÚDE HUM A NA E A P OIO SOCIA L 27 18 P - EDUCA ÇÃ O O - A DM INISTRA ÇÃ O P ÚB LICA E DEFESA ; SEGURA NÇA SOCIA L OB RIGA TÓRIA 2 2 N - A CTIVIDA DES A DM INISTRA TIVA S E DOS SERVIÇOS DE A P OIO 32 25 M - A CTIVIDA DES DE CONSULTORIA , CIENTÍFICA S, TÉCNICA S E SIM ILA RES 70 68 43 40 L- A CTIVIDA DES IM OB ILIÁ RIA S K - A CTIVIDA DES FINA NCEIRA S E DE SEGUROS 8 31 9 7 J - A CTIVIDA ES DE INFORM A ÇÃ O E DE COM UNICA ÇÃ O Estabelec. Empresas 213 198 I - A LOJA M ENTO, RESTA URA ÇÃ O E SIM ILA RES 45 36 H - TRA NSP ORTES E A RM ZENA GEM G - COM ÉRCIO P OR GROSSO E A RETA LHO; REP A RA ÇÃ O DE VEÍCULOS A UTOM ÓVEIS E M OTOCICLOS 395 485 253 242 F- CONSTRUÇÃ O D - ELECTRICIDA DE, GÁ S, VA P OR, Á GUA QUENTE E FRIA E A R FRIO 1 0 131 105 C- INDÚSTRIA S TRA NSFORM A DORA S 4 5 B - INDÚSTRIA S EXTRA CTIVA S A - A GRICULTURA , P RODUÇÃ O A NIM A L, CA ÇA , FLORESTA E P ESCA 131 125 0 100 200 300 400 500 600 Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Neste gráfico é visível o peso esmagador do sector terciário (comércio a retalho, restauração e similares), secundário (construção) e primário (pesca). O sector de serviços com maior valor acrescentado é muito diminuto e a indústria transformadora com baixa representatividade. 84 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Evolução do N.º Total de Empresas e Estabelecimentos por Actividade Económica entre 2007 e 2008 N.º de Estabelecimentos N.º de Empresas Actividade Económica 2007 2008 2007 2008 134 125 138 131 3 5 3 4 C- INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS D- ELECTRICIDADE, GÁS, VAPOR, ÁGUA QUENTE E FRIA E AR FRIO 108 105 132 131 0 0 1 1 F- CONSTRUÇÃO G - COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS E MOTOCICLOS 240 242 250 253 404 395 479 485 A - AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, CAÇA, FLORESTA E PESCA B - INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS H - TRANSPORTES E ARMZENAGEM I - ALOJAMENTO, RESTAURAÇÃO E SIMILARES J - ACTIVIDAES DE INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO 37 36 48 45 187 198 202 213 5 7 7 9 K - ACTIVIDADES FINANCEIRAS E DE SEGUROS 10 8 32 31 L- ACTIVIDADES IMOBILIÁRIAS M - ACTIVIDADES DE CONSULTORIA, CIENTÍFICAS, TÉCNICAS E SIMILARES N - ACTIVIDADES ADMINISTRATIVAS E DOS SERVIÇOS DE APOIO O - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DEFESA; SEGURANÇA SOCIAL OBRIGATÓRIA 42 40 43 43 64 68 65 70 26 25 33 32 2 2 2 2 P - EDUCAÇÃO Q - ACTIVIDADES DE SAÚDE HUMANA E APOIO SOCIAL R - ACTIVIDADES ARTÍSTICAS, DE ESPECTÁCULOS, DESPORTIVAS E RECREATIVAS 20 18 29 27 28 30 52 57 13 10 13 10 S - OUTRAS ACTIVIDADES DE SERVIÇOS 48 58 53 64 Total 1371 1372 1.582 1.608 Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social A comparação no número de empresas e estabelecimentos no período entre 2007 e 2008, revela uma ligeira flutuação nos números de ambas as categorias. O número de estabelecimentos aumentou, muito provavelmente também pelo aumento do número de estabelecimentos comerciais. 85 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 CARACTERIZAÇÃO DAS PESSOAS AO SERVIÇO Número de pessoas ao serviço por actividade económica 170 161 S - OUTRA S A CTIVIDA DES DE SERVIÇO R - A CTIVIDA DES A RTÍSTICA S, DE ESP ECTÁ CULOS, DESP ORTIVA S E RECREA TIVA S 72 80 541 491 Q - A CTIVIDA DES DE SA ÚDE HUM A NA E A P OIO SOCIA L 321 308 P - EDUCA ÇÃ O O - A DM INISTRA ÇÃ O P ÚB LICA E DEFESA ; SEGURA NÇA SOCIA L OB RIGA TÓRIA 141 83 N - A CTIVIDA DES A DM INISTRA TIVA S E DOS SERVIÇOS DE A P OIO 212 170 M - A CTIVIDA DES DE CONSULTORIA , CIENTÍFICA S, TÉCNICA S E SIM ILA RES 209 194 98 103 L- A CTIVIDA DES IM OB ILIÁ RIA S 189 186 K - A CTIVIDA DES FINA NCEIRA S E DE SEGUROS J - A CTIVIDA DES DE INFORM A ÇÃ O E DE COM UNICA ÇÃ O 2008 2007 18 16 815 769 I - A LOJA M ENTO, RESTA URA ÇÃ O E SIM ILA RES 225 235 H - TRA NSP ORTES E A RM A ZENA GEM 2.227 2.226 G - COM ÉRCIO P OR GROSSO E A RETA LHO 1.706 1.715 F - CONSTRUÇÃ O D - ELECTRICIDA DE, GÁ S, VA P OR, Á GUA QUENTE E FRIA E A R FRIO 6 6 1.314 1.540 C - INDÚSTRIA S TRA NSFORM A DORA S 36 30 B - INDÚSTRIA S EXTRA CTIVA S A - A GRICULTURA , P RODUÇÃ O A NIM A L, CA ÇA , FLORESTA E P ESCA 994 1.043 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social No que diz respeito ao numero de postos de trabalho, é visível o peso esmagador, na estrutura de emprego do concelho de Olhão dos sectores do comércio, indústria transformadora e da pesca. Neste período, aumentam os postos de trabalho nos sectores do alojamento, restauração e similares e na área social com valores mais significativos. 86 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Número de pessoas por actividade económica segundo as habilitações literárias, 2008 Inferior ao 1.º ciclo Actividade Económica A - AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, CAÇA, FLORESTA E PESCA 1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo Ensino Secundário Pós Secundário Bacharelato Licenciatura 504 123 182 77 18 2 6 3 C - INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS D - ELECTRICIDADE, GÁS, VAPOR, ÁGUA QUENTE E FRIA E AR FRIO 36 419 290 336 161 - 4 0 1 F - CONSTRUÇÃO 75 453 336 451 198 2 41 103 5 4 38 G - COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO 22 393 381 791 499 7 24 81 14 2 13 8 66 38 68 41 30 179 153 267 134 1 2 22 I - ALOJAMENTO, RESTAURAÇÃO E SIMILARES J - ACTIVIDADES DE INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO 4 Ignorada 3 H - TRANSPORTES E ARMAZENAGEM 40 Doutoramento 45 B - INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS 6 Mestrado 4 9 3 2 24 35 1 1 10 1 2 4 10 13 2 - 1 1 8 4 K - ACTIVIDADES FINANCEIRAS E DE SEGUROS - 5 5 21 98 7 52 4 1 L- ACTIVIDADES IMOBILIÁRIAS M - ACTIVIDADES DE CONSULTORIA, CIENTÍFICAS, TÉCNICAS E SIMILARES N - ACTIVIDADES ADMINISTRATIVAS E DOS SERVIÇOS DE APOIO O - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DEFESA; SEGURANÇA SOCIAL OBRIGATÓRIA - 10 5 19 41 7 12 1 - 11 11 32 93 2 14 43 1 15 82 31 40 28 1 7 7 9 3 11 110 8 15 68 5 2 3 1 1 1 30 24 22 20 P - EDUCAÇÃO Q - ACTIVIDADES DE SAÚDE HUMANA E APOIO SOCIAL R - ACTIVIDADES ARTÍSTICAS, DE ESPECTÁCULOS, DESPORTIVAS E RECREATIVAS - 27 30 58 72 4 128 115 129 75 1 12 22 23 11 1 S - OUTRAS ACTIVIDADES DE SERVIÇO 6 41 39 49 19 3 2 7 1 1 2 254 2.383 1.606 2.503 1.574 25 168 618 42 16 105 Total 35 1 2 2 Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social 87 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 É patente a concentração nos primeiros ciclos de escolaridade dos empregados no concelho de Olhão. A esmagadora maioria destes trabalhadores, não possui mais que o primeiro e segundo ciclos, com uma percentagem também relevante no terceiro ciclo. Existe um fosso muito significativo entre trabalhadores com baixas qualificações que são a grande maioria e os trabalhadores com qualificações superiores que são uma pequena minoria. Número de pessoas por actividade económica segundo os grupos etários, 2008 16 a 17 anos ACTIVIDADE ECONÓMICA A - AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, CAÇA, FLORESTA E PESCA 18 a 24 anos 54 B - INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS C - INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 65 e mais anos Ignorado 101 118 167 136 144 105 59 31 3 3 5 3 5 5 7 1 154 179 156 125 120 92 43 2 3 105 192 1 1 F - CONSTRUÇÃO 7 169 290 256 220 191 132 94 53 23 1 G - COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO 5 254 406 328 244 198 172 127 81 34 8 16 39 23 35 20 29 24 19 1 139 133 96 97 87 60 43 24 12 4 4 3 2 3 3 1 K - ACTIVIDADES FINANCEIRAS E DE SEGUROS 5 29 20 26 40 22 6 6 2 1 L- ACTIVIDADES IMOBILIÁRIAS 3 15 21 12 9 10 8 4 1 1 M - ACTIVIDADES DE CONSULTORIA, CIENTÍFICAS, TÉCNICAS E SIMILARES 12 41 27 30 23 20 11 7 3 N - ACTIVIDADES ADMINISTRATIVAS E DOS SERVIÇOS DE APOIO 15 31 32 28 28 29 16 5 1 D - ELECTRICIDADE, GÁS, VAPOR, ÁGUA QUENTE E FRIA E AR FRIO H - TRANSPORTES E ARMAZENAGEM I - ALOJAMENTO, RESTAURAÇÃO E SIMILARES J - ACTIVIDADES DE INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO 10 O - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DEFESA; SEGURANÇA SOCIAL OBRIGATÓRIA P - EDUCAÇÃO Q - ACTIVIDADES DE SAÚDE HUMANA E APOIO SOCIAL R - ACTIVIDADES ARTÍSTICAS, DE ESPECTÁCULOS, DESPORTIVAS E RECREATIVAS S - OUTRAS ACTIVIDADES DE SERVIÇO Total 13 1 2 7 1 8 31 16 21 16 12 10 2 15 77 40 52 36 24 15 9 4 1 26 76 77 77 65 57 45 39 9 11 17 8 7 7 7 4 2 1 9 43 26 19 17 18 9 8 5 841 1.529 1.249 1.221 1.036 869 645 417 172 1 26 Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social 88 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Verificamos que a maioria da população empregada no concelho de Olhão, se situa nas faixas etárias entre os 30 e os 49 anos. Esta distribuição etária não coincide com a pirâmide etária, que tem um peso demográfico comparativo mais elevado nos segmentos mais jovens, o que pode significar a dificuldade na entrada no mercado de trabalho e no acesso ao primeiro emprego. Volume de vendas por actividade económica e evolução de 2005 a 2008. (Nota: Em 2007 houve uma revisão da Classificação das Actividades Económicas) Ano:2005 Ano:2006 Ano:2007 Ano:2008 2005 e 2006 2007 e 2008 CAE-Rev.2.1 A - AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, CAÇA E SILVICULTURA B - PESCA C - INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS D - INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS E - PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ELECTRICIDADE, GÁS E ÁGUA F - CONSTRUÇÃO G - COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, H - ALOJAMENTO E RESTAURAÇÃO (RESTAURANTES E SIMILARES) I - TRANSPORTES, ARMAZENAGEM E COMUNICAÇÕES Volume de Vendas SUM 14.006.631,29 12.893.440,44 13.187.430,81 14.953.967,28 48.146.205,28 40.302.456,89 CAE-Rev.3 29.965.488,30 29.855.541,28 A - AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, CAÇA, FLORESTA E PESCA 3.066.154,31 3.345.417,41 B - INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS 54.524.334,02 54.190.251,52 75.976.992,64 84.799.904,30 - - - - 62.070.127,66 62.644.755,95 76.064.616,69 79.771.283,23 177.156.734,49 183.454.047,49 188.814.614,08 197.258.744,27 14.146.464,28 13.884.077,60 6.321.361,33 8.974.861,61 16.876.255,94 18.012.280,21 C - INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS D - ELECTRICIDADE, GÁS, VAPOR, ÁGUA QUENTE E FRIA E AR FRIO Evolução de 2005 a 2008 10% -93% 56% 0% F - CONSTRUÇÃO 29% G - COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS E MOTOCICLOS 11% H - TRANSPORTES E ARMAZENAGEM 12.020.452,08 6.492.758,05 -37% I - ALOJAMENTO, RESTAURAÇÃO E SIMILARES 53% 89 Diagnóstico Social Olhão J - ACTIVIDADES FINANCEIRAS Junho 2011 405.659,60 482.433,83 K - ACTIVIDADES IMOBILIÁRIAS, ALUGUERES E SERVIÇOS PRESTADOS ÀS EMPRESAS 10.529.546,31 L - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA E SEGURANÇA SOCIAL (OBRIGATÓRIA) M - EDUCAÇÃO N - SAÚDE E ACÇÃO SOCIAL O - OUTRAS ACTIVIDADES DE SERVIÇOS COLECTIVOS, SOCIAIS E PESSOAIS TOTAL 16.644.067,91 414.918,78 491.976,24 362.857,82 5.157.519,93 5.000.206,93 K - ACTIVIDADES FINANCEIRAS E DE SEGUROS L - ACTIVIDADES IMOBILIÁRIAS 5.803.937,58 6.285.513,26 M - ACTIVIDADES DE CONSULTORIA, CIENTÍFICAS, TÉCNICAS E SIMILARES 4.033.878,61 10.799.613,02 - - - - 1.337.585,91 2.036.496,98 2.062.988,49 2.345.727,46 3.347.676,76 4.317.903,05 415.196.751,54 4.264.231,09 5.182.696,37 417.425.681,40 J - ACTIVIDADES DE INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO 390.543,41 3.824.587,65 4.101.976,18 3.732.603,21 4.485.231,07 1.964.840,85 3.309.418,08 424.548.359,26 -11% 110% N - ACTIVIDADES ADMINISTRATIVAS E DOS SERVIÇOS DE APOIO O - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DEFESA; SEGURANÇA SOCIAL OBRIGATÓRIA P - EDUCAÇÃO Q - ACTIVIDADES DE SAÚDE HUMANA E APOIO SOCIAL R - ACTIVIDADES ARTÍSTICAS, DE ESPECTÁCULOS, DESPORTIVAS E RECREATIVAS S - OUTRAS ACTIVIDADES DE SERVIÇOS 459.123.494,91 0% 75% 23% 20% -23% 11% Fonte: Gabinete de Estratégia e Planeamento, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social No período analisado pelo quadro acima apresentado (2007 e 2008) verificamos algumas flutuações significativas. Com uma subida muito acentuada está a actividade administrava (110%), a Educação (com 75%), o alojamento, restauração e similares (em conjunto com a informação e comunicação (com 53%) e a indústria transformadora (com 56%). As descidas verificam-se sobretudo na indústria extractiva (com 93%), transportes e armazenagem (37%). 90 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.4. EDUCAÇÃO / FORMAÇÃO O sistema de ensino representa a maior oportunidade de um concelho afirmar a sua política de oportunidades e estímulo à plena inserção social e realização pessoal e familiar. O concelho de Olhão apresenta uma excelente rede escolar com cobertura integral de todos os níveis de ensino e um bom rácio de recursos para as necessidades. Apresenta também o leque de oportunidades de ensino diferenciadas que o ministério da educação prevê; cursos profissionais, cursos / turmas PIEF, CEf’s e PCA. Os índices de escolaridade são ainda muito baixos, próximos das médias nacionais mas com tendência para a melhoria progressiva. Neste contexto o investimento que o concelho realizou nas novas oportunidades é uma via de redução desta desvantagem social para muitos munícipes de Olhão. Agrupamentos e Escolas da Rede Pública do Concelho de Olhão AGRUPAMENTO ESCOLA Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Alberto Iria Agrupamento Vertical de Escolas João da Rosa Agrupamento Vertical de Escolas José Carlos da Maia Agrupamento Vertical de Escolas Prof. Paula Nogueira Agrupamento Vertical de Escolas Dr. João Lúcio Agrupamento Vertical de Escolas de Moncarapacho Escola Secundária Francisco Fernandes Lopes JI Nº 1 - Largo da Feira EB1 Nº 1 - Largo da Feira EB2/3 - Alberto Iria EB1 Nº 6 c/JI Olhão EB1 de Marim EB1 da Cavalinha c/JI EB2/3 - João da Rosa EB2/3 Carlos da Maia EB1 de Brancanes EB1 de Quelfes c/JI EBI nº 7 /JI EB1 de Pechão EB1 Nº 4 c/ JI de Olhão JI de Pechão EB1 Nº 5 de Olhão EB2/3 Prof. Paula Nogueira EB1 da Fuzeta JI da Fuzeta EB 2/3 Dr. João Lúcio EB 1 Dr. João Lúcio EB1 de Moncarapacho JI de Moncarapacho EB 2/3 Dr. A. João Eusébio Escola Secundária F. F. Lopes Fonte: Município de Olhão 91 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de escolas públicas segundo o nível de ensino, 2010/2011 1 6 9 Pré-escolar 1.º C iclo 2.º/3.º C iclo Secundário 13 Fonte: Direcção Regional de Educação do Algarve O concelho de Olhão assegura a cobertura integral do acesso ao ensino pela rede pública e segue o padrão da distribuição dos estabelecimentos por nível de ensino. Informação Estatística Nível de Ensino da População 14935 7525 5855 4618 4560 3077 238 Nenhum 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secundário Médio Superior Fonte: INE, Censos 2001 A informação apresentada (embora de 2001) revela-nos a situação do concelho face à escolaridade que segue de perto a realidade nacional; muito baixa escolaridade, com perto de 50% dos habitantes apenas com o 1º ciclo ou mesmo sem escolaridade. Muito relevante é a ínfima percentagem da população com o ensino médio e superior. No entanto, perspectiva-se que esta tendência mude, considerando a mudança da escolaridade mínima obrigatória para os 18 anos de idade. 92 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Indicadores de educação por município, 2008/2009 Taxa bruta de Taxa de préescolarização Taxa de retenção e desistência no ensino básico escolarização Taxa de transição/conclusão no ensino Ensino Ensino básico secundário Total 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Relação de secundário Cursos gerais/ Total científicohumanísticos feminidade no Cursos ensino secundário tecnológicos Portugal 83,4 130,6 146,7 7,8 3,6 7,6 14,0 80,9 78,6 84,9 52,0 Continente 83,2 131,0 149,2 7,6 3,4 7,5 13,8 81,3 78,9 85,5 51,9 Algarve 75,2 143,7 150,9 10,2 5,2 10,9 17,4 80,0 77,7 83,4 52,4 Albufeira 73,9 138,2 124,7 10,8 4,7 12,7 18,7 78,6 75,4 83,2 54,1 Alcoutim 146,2 140,5 132,0 4,7 1,3 0,0 12,3 60 // 60 57,6 Aljezur 98,7 135,8 0,0 8,8 4,8 8,9 15,2 // // // // 123,6 120,0 0,0 10,1 2,8 8,3 22,3 // // // // Faro 72,5 162,3 253,6 9,4 5,7 9,3 15,4 82,1 79,0 86,3 50,3 Lagoa 82,2 131,2 53,9 8,0 4,6 7,4 14,1 77,0 78,7 74,2 45,6 Lagos 87,6 154,1 182,1 10,0 3,7 12,5 17,3 79,6 77,1 83,7 57,4 Loulé 65,5 150,8 144,3 11,9 6,5 11,6 20,4 77,8 75,4 82,2 51,4 Castro Marim Monchique 110,3 130,0 0,0 9,3 2,4 2,1 21,6 // // // // Olhão 66,4 125,3 86,8 9,9 6,7 11,6 14,0 86,4 87,1 85,0 52,0 Portimão 74,1 144,7 221,7 9,9 2,9 14,9 17,0 77,6 75,1 80,9 53,0 São Brás de Alportel 82,2 135,5 204,2 9,2 7,7 8,2 12,2 89,4 87,2 91,9 57,0 Silves 82,1 144,0 108,2 12,2 7,1 10,9 21,5 77,5 77,7 77,0 49,7 Tavira 87,9 136,6 146,8 8,0 4,1 9,0 13,3 81,9 80,6 85,5 52,1 Vila do Bispo 79,9 120,6 0,0 5,3 4,5 1,2 8,4 // // // // Vila Real de Sto Ant. 58,8 145,9 203,2 11,5 4,7 6,6 23,5 78,6 72,9 86,5 54,0 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, INE 93 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Em Olhão o ensino pré-escolar ainda está manifestamente abaixo da média nacional e da média do Algarve embora dela se aproxime. A Taxa Bruta de escolarização apresenta, também no concelho de Olhão, valores abaixo da média nacional e regional. Este facto verifica-se no ensino básico mas sobretudo no secundário onde a discrepância é muito mais acentuada. Em Olhão as taxas de retenção estão acima dos valores nacionais em todos os níveis de ensino (apresenta valores idênticos á média nacional apenas no terceiro ciclo). O concelho está muito ligeiramente abaixo dos valores médios percentuais para a região do Algarve. A distribuição da taxa de transição / conclusão no ensino secundário (pelas áreas dos cursos respectivos) apresenta valores superiores à média nacional e regional. Muito semelhante nos cursos tecnológicos e claramente superior nos cursos gerais científico humanísticos. A taxa de feminilidade apresenta valores semelhantes às médias nacionais e regionais. N.º médio de alunos com acesso a computador e internet, 2008/2009 Número médio de alunos por computador Total x 2,1 Ensino Básico Ensino 1º 2º 3º secundário Ciclo Ciclo Ciclo x x x x 1,1 4,1 4,1 3,9 Número médio de alunos por computador com Internet Ensino Básico Ensino Total 1º 2º 3º Ciclo secundário Ciclo Ciclo x x x x x 2,3 1,1 5,4 5,3 4,6 Portugal Continente Algarve 2,0 1,1 3,9 3,8 3,9 2,2 1,1 5,2 5,1 4,5 Albufeira Alcoutim 2,0 1,0 1,0 0,6 4,2 1,6 4,4 1,4 3,3 1,1 2,1 1,1 1,0 0,6 4,9 2,0 5,3 1,6 4,6 1,1 Aljezur Castro Marim 1,6 1,9 0,9 1,1 4,2 4,5 4,1 4,5 // // 1,8 2,1 0,9 1,1 5,1 8,3 5,0 7,5 // // Faro Lagoa 2,2 1,8 1,1 1,1 4,4 3,5 4,2 3,0 4,6 2,4 2,4 1,9 1,1 1,1 5,9 3,8 5,6 3,2 5,8 2,4 Lagos Loulé 2,1 2,2 1,1 1,1 4,3 4,1 3,9 4,2 3,1 5,5 2,2 2,4 1,1 1,1 5,0 6,0 4,4 6,0 3,2 5,9 Monchique Olhão 1,8 1,9 1,0 1,0 3,8 3,4 3,9 3,4 // 5,0 1,9 2,1 1,0 1,1 4,8 4,6 4,5 4,5 // 5,9 Portimão São Brás de Alportel 2,0 1,0 3,7 3,6 3,2 2,3 1,1 6,8 6,6 3,6 1,9 1,0 4,3 4,3 2,7 2,0 1,0 4,8 4,9 2,7 94 Diagnóstico Social Olhão Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António Junho 2011 1,9 1,1 3,4 3,4 4,0 2,1 1,1 4,7 4,8 4,7 2,2 1,6 1,1 1,0 5,2 2,8 5,4 2,8 4,1 // 2,4 1,7 1,1 1,1 8,8 2,9 9,0 2,8 4,1 // 2,2 1,2 3,1 3,4 4,9 2,3 1,2 3,9 4,0 5,4 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, INE O número de alunos com acesso a computador e internet nas escolas ainda é incipiente e estatisticamente residual. Demonstra o muito por fazer nos estabelecimentos de ensino para que a prática pedagógica e curricular utilize as TIC como ferramenta nas suas rotinas. Aproveitamento Escolar, concelho de Olhão, Ano lectivo 2009 – 2010 100 93,84 86,5 90 83,68 80 72,18 70 60 50 40 30 23,59 20 15,98 13,22 5,85 10 0,31 0,28 4,24 0,35 1.º ciclo 2.º ciclo 3.º ciclo Tx abandono Tx retenção Tx transição Tx abandono Tx retenção Tx transição Tx abandono Tx retenção Tx transição Tx abandono Tx retenção Tx transição 0 Secundário Fonte: Direcção Regional de Educação do Algarve O concelho de Olhão segue a tendência generalizada, dos outros municípios, de taxas de transição mais elevadas e taxas de retenção mais reduzidas nos ciclos mais básicos. Quando nos aproximamos do secundário esta situação inverte-se e aumenta a retenção com a correspondente descida das taxas de transição. 95 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º Alunos matriculados por município segundo o nível de ensino ministrado, 2010/2011 392 Cursos Profissionais EFA 67 PIEF 15 298 CEF 67 PCA 648 Secundário 1127 3º Ciclo 1039 2º Ciclo 2022 1º Ciclo 578 Pré Escolar 0 500 1000 1500 2000 2500 Fonte: Direcção Regional de Educação do Algarve Olhão apresenta bons índices de diferenciação curricular com expressão nos cursos profissionais e presença adequada dos cursos EFA e PIEF tal como os CEF e PCA. Alunos ao abrigo do DL 3/2008 de 7 de Janeiro, Olhão 40 34 35 32 30 2525 25 20 17 1616 15 13 12 10 5 11 89 66 3 2 1 4 4 6 87 Pré-Escolar 1º C iclo 2º C iclo 3º C iclo Secundário 5 1 Escola Sec. Francisco Fernandes Lopes AE Dr. João Lúcio AE João Rosa AE Moncarapacho AE Carlos Maia AE Alberto Iria AE Paula Nogueira 0 Fonte: Direcção Regional de Educação do Algarve 96 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 O Decreto-lei 3/2008, que regulamenta as modalidades de apoio aos alunos com Necessidades Educativas Especiais, abrange todo o sistema de ensino no concelho de Olhão garantindo as respostas previstas na lei. Pessoal Docente, ano lectivo 2010/2011 553 600 500 400 300 152 200 100 43 15 0 Educadores 1.º Ciclo 2.º e 3.º Ciclo e Secundário Educação Especial Fonte: Direcção Regional de Educação do Algarve O número de profissionais docentes encontra-se de acordo com as necessidades identificadas pelo ministério no concelho. Pessoal não Docente, ano lectivo 2010/2011 200 150 100 151 112 50 44 0 Quadro – Reg. Função Pública Quadro – Reg. Contr. Ind. Trab. Contratado – Cont. Termo Certo Fonte: Direcção Regional de Educação do Algarve Existem 112 funcionários não docentes contratados em regime independente (recibos verdes) representando um número absoluto e percentual muito significativo no quadro geral do concelho. 97 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Totais do ano lectivo 2010/2011 7000 6253 6000 5000 4000 3000 2000 1000 29 271 763 307 0 N.º de escolas N.º total de Alunos ao alunos abrigo do DL 3/2008 Pessoal Docente Pessoal não docente Fonte: Direcção Regional de Educação do Algarve O concelho de Olhão apresenta o rácio adequado de recursos para as suas necessidades educativas. 98 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 UM RECURSO: CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES RIA FORMOSA Escola Secundária Francisco Fernandes Lopes A Iniciativa Novas Oportunidades, pretende dotar os cidadãos das competências essenciais à moderna economia do conhecimento, para que possam adquirir e reter, ao longo da vida, novas competências/ conhecimentos para novos desafios, e tem como objectivo fornecer a todos aqueles, que entraram na vida activa com baixos níveis de escolaridade, uma Nova Oportunidade para progredir no seu processo de aprendizagem. O Centro Novas Oportunidades Ria Formosa tem como missão assegurar a todos os cidadãos maiores de 18 anos uma oportunidade de qualificação e de certificação, de nível básico e secundário, de acordo com o seu perfil e necessidades específicas. Tal como sugere a Carta de Qualidade dos Centros Novas Oportunidades, este Centro rege-se por princípios orientadores, tais como: abertura e flexibilidade; confidencialidade; orientação para resultados; rigor e eficiência e, ainda, responsabilidade e autonomia. As mudanças profundas que se verificam no mundo actual do trabalho, marcadas pela complexidade, instabilidade e imprevisibilidade, exigem o desenvolvimento de novas atitudes e competências face à qualificação/ formação e à inserção no mercado de emprego. Perfil dos inscritos e meio socioeconómico O perfil dos candidatos inscritos no Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes evidencia duas características distintas, por um lado um baixo índice de habilitações académicas e diminutos hábitos de leitura, escrita e reflexão, capacidade argumentativa e descritiva da realidade envolvente, na participação activa do desenvolvimento socioeconómico. Por outro lado, também se observam a existência de adultos detentores de uma vasta experiência profissional, formativa e participação social, com conhecimentos de língua estrangeira (expressão oral e escrita) e conhecimentos de Informática na óptica do utilizador. Para além de revelarem uma certa autonomia, dinamismo e 99 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 consciência crítica. A necessidade monetária é o factor principal de abandono escolar. Muitos adultos relatam, ter abandonado a escola em meados do ano lectivo e, com alguma desmotivação aliada, acabaram por deixar de lado a hipótese de terminar a escola. A supressão de alguns currículos escolares, áreas e afins leva ao desconhecimento de soluções para a conclusão escolar e a distância no tempo passa a ser um factor que promove o total abandono. A Iniciativa Novas Oportunidades criou a expectativa do término dos estudos, quer pela via formal, através dos Cursos de Educação e Formação de Adultos, quer através do sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, quer ainda ao abrigo do Decreto-lei 357 de 2007. Grande parte do público, que frequenta este Centro Novas Oportunidades, trabalha em Olhão. A procura da conclusão de um nível escolar passa por um desafio profissional de progressão na carreira, alegada pela crescente competitividade da procura de emprego a que se assiste neste momento e, ao mesmo tempo, pessoal pela necessidade de auto-afirmação do saber adquirido ao longo da vida e a capacidade de dar resposta a este desafio de ver reconhecidas as competências à luz de um referencial de competências chave. Caracterização dos candidatos quanto ao género e faixa etária 196 181 153 102 84 65 28 77 21 Até 19 anos 48 36 34 20-24 anos 25-34 anos 9 35-44 anos Homens 45-49 anos 50-54 anos 11 1 2 55-64 anos 65 anos Mulheres Fonte: Centro Novas Oportunidades Ria Formosa Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, 2009 100 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 No que diz respeito aos 1048 adultos inscritos no centro, no ano de 2009, assinalase que 349 adultos se encontravam na faixa etária entre os 25 e os 34 anos, 147 adultos têm entre 35 e 44 anos, 80 adultos encontravam-se entre os 20 e os 24 anos e até aos 19 anos registou-se cerca de 19 adultos. Quanto à distribuição por género é de assinalar que, a partir dos 25 anos de idade, se verifica a realização de mais inscrições por mulheres do que por homens. Distribuição por nível de instrução 372 3 167 82 3 38 286 97 menos 4 anos de escolariedade 1º ciclo (4º ano) 2º ciclo (6º ano) 3ºciclo (9ºano) Homens Mulheres Fonte: Centro Novas Oportunidades Ria Formosa Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, 2009 É de assinalar, que 264 adultos possuíam como nível de instrução o 6º ano de escolaridade e 658 adultos o 9º ano de escolaridade completo. Do cruzamento destas duas variáveis, evidencia-se como predominante a classe de adultos com idade compreendida entre os 25 e os 49 anos. Distribuição por género e situação face ao emprego 353 333 246 1º .. . D ur a do N ão Pr oc Homens 7 10 25 27 LD LD do s eg a Pr óp ri a es em pr m on ta C 124 77 33 D C on ta de O ut ré ad os pr eg Em 115 120 ut ro s 20 27 In ac tiv os /O 250 D 277 Mulheres Fonte: Centro Novas Oportunidades Ria Formosa Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, 2009 101 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 No que concerne à situação face ao emprego verifica-se, que 630 adultos se identificaram aquando da inscrição como empregados, 366 adultos como desempregados e 52 adultos como noutra situação (nomeadamente pensionistas, reformados e inactivos). Relativamente às diferenças quanto aos géneros, a nível da situação face ao emprego, é de assinalar que no caso das mulheres a maioria se encontra empregada 56,5 %, por conta de outrem 53,3 % e 3,2 % por conta própria, enquanto que nos homens 65,3 % encontram-se empregados, 28,3 % encontram-se desempregados e 6,3 % dos adultos encontram-se noutra situação (nomeadamente pensionistas, reformados e inactivos). Fonte: Relatório Elaborado pelo Centro Novas Oportunidades Ria Formosa 102 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.5. IMIGRAÇÃO A informação estatística disponível demonstra, que a problemática dos imigrantes tem um peso relevante no concelho de Olhão. O reforço da capacidade de auto organização dos imigrantes em associações de representação própria, direccionado sobretudo para a informação de primeira linha, de informação básica, conhecimento da rede local de respostas e serviços na área social, poderia representar uma abordagem social prioritária no concelho. Determinante neste papel institucional facilitador da inserção seria, também, a função de detecção e sinalização de necessidades e problemáticas sociais no interior destas comunidades, para as quais o seu papel de mediador seria essencial. 103 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Percentagem de população estrangeira residente por sexo e Municipio, em comparação com a população residente total 35,0 28,6 28,3 30,0 25,0 24,3 23,6 22,7 21,0 21,5 20,9 21,1 21,0 20,0 17,1 16,7 16,9 16,8 15,2 14,9 15,0 14,1 13,6 12,5 12,5 10,0 5,0 9,9 8,3 9,7 9,0 13,8 13,3 10,8 10,5 9,59,0 7,27,5 4,14,3 2,22,3 0,0 Portugal Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos 2008 Loulé Monchique Olhão Portimão São Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António 2009 Fonte: Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Grupo de Trabalho sobre Estatísticas da Demografia, 2009 104 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 O concelho de Olhão é um dos concelhos do Algarve com menor peso percentual de população imigrante, embora esteja a crescer se considerarmos os números de 2008 e 2009. População estrangeira residente no concelho por sexo e pais de origem Distrito Total Distrito Total Concelho Olhão África do Sul Alemanha Angola Apátrida Argélia Argentina Áustria Bangladesh Bélgica Bielorrússia Brasil Bulgária Cabo Verde Canadá Chile China Colômbia Congo (República Democrática) Croácia Cuba Dinamarca Egipto El Salvador Equador Espanha Estados Unidos da América Filipinas Finlândia França Geórgia Guiné Guiné Bissau Holanda Hungria Índia Irlanda Itália Japão Letónia Lituânia Marrocos Moçambique Moldávia Nigéria Noruega Total 73277 3375 2 216 120 1 2 1 8 9 45 9 432 32 251 6 1 65 2 1 1 10 7 1 4 1 26 14 3 2 61 2 3 81 98 2 24 5 35 4 2 1 96 11 202 1 29 TRs 73242 3373 2 216 120 1 2 1 8 9 45 9 432 32 249 6 1 65 2 1 1 10 7 1 4 1 26 14 3 2 61 2 3 81 98 2 24 5 35 4 2 1 96 11 202 1 29 VLDs 35 2 2 Homens 38909 1807 0 95 67 1 1 0 2 5 21 4 196 20 143 3 0 38 1 0 1 6 5 1 1 0 18 7 0 1 34 2 1 54 62 0 20 2 25 2 1 0 40 6 102 0 20 Mulheres 34368 1568 2 121 53 0 1 1 6 4 24 5 236 12 108 3 1 27 1 1 0 4 2 0 3 1 8 7 3 1 27 0 2 27 36 2 4 3 10 2 1 1 56 5 100 1 9 105 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Paquistão Paraguai Peru Polónia Reino Unido República Checa Roménia Rússia São Tomé e Príncipe Senegal Suécia Suíça Tailândia Tunísia Turquia Ucrânia Venezuela Vietname 8 3 4 9 306 1 473 39 2 2 12 21 1 1 1 558 4 1 8 3 4 9 306 1 473 39 2 2 12 21 1 1 1 558 4 1 8 1 1 4 156 0 268 20 0 2 9 12 0 0 0 318 0 0 0 2 3 5 150 1 205 19 2 0 3 9 1 1 1 240 4 1 Fonte: Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (2009) De entre as nacionalidades residentes em Olhão que se presume ter origem na imigração económica destacam-se pelo número relativo e absoluto, os nacionais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moldávia, Roménia, Ucrânia. Taxa de variação da população estrangeira residente 18,0 16,8 16,9 16,0 14,0 12,0 10,0 7,2 8,0 6,0 7,5 4,1 4,3 2008 2009 4,0 2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 0,0 Portuga l Al garve Ol hão Fonte: Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Grupo de Trabalho sobre Estatísticas da Demografia, 2009 O concelho de Olhão não acompanha a tendência de crescimento exponencial que a população imigrante regista no resto do Algarve, apresentando uma tendência de crescimento mais moderada. 106 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.6. HABITAÇÃO Uma das características mais potenciadoras do desenvolvimento do Concelho, é sem dúvida a grande dinâmica sentida no parque habitacional do mesmo, em particular no sector das novas construções, como podemos verificar nos dados abaixo apresentados: Licenças Concedidas pelas Câmaras Municipais para Construção, segundo o Tipo de Obra. Edifícios Ampliações, alterações e reconstruções Construções novas Edifícios Para habitação familiar Total Para habitação familiar Total dos quais Total Apartamentos Moradias Fogos para habitação familiar Edifícios Para habitação familiar Total Portugal 30 587 21 345 20 642 15 926 1 125 14 799 27 012 7 789 5 419 Continente 28 981 20 111 19 517 15 029 1 083 13 946 25 692 7 346 5 082 1744 198 1316 1054 908 155 753 2468 510 408 Albufeira 107 82 64 28 36 375 76 43 Alcoutim 9 5 9 5 0 5 5 0 0 Aljezur 86 61 61 44 1 43 46 24 17 Castro Marim 56 44 34 30 1 29 34 15 14 175 126 69 47 7 40 96 101 79 Lagoa 88 78 53 46 24 22 185 34 32 Lagos 138 94 68 47 5 42 134 69 47 Loulé 246 228 191 181 17 164 379 55 47 Monchique 37 26 16 10 0 10 10 16 16 Olhão 60 47 37 29 7 22 79 19 18 108 98 98 92 18 74 309 7 6 Algarve Faro Portimão São Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António 30 29 28 27 9 18 80 2 2 173 115 74 66 9 57 149 52 49 162 94 87 76 9 67 161 20 18 56 55 56 55 3 52 88 0 0 109 91 89 17 72 338 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, INE, dados de 2009 20 20 122 107 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Evolução do Parque Habitacional (2004 – 2009) 24911 2009 14746 2008 14631 2007 14449 24518 23727 Alojamentos familiares clássicos 23124 2006 14290 2005 14100 2004 13924 Edifícios de habitação familiar clássica 22546 22060 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, INE, dados de 2009 Como podemos verificar no gráfico atrás representado, continua a verificar-se tal como no Diagnóstico anterior, que o Concelho mantém uma grande actividade no sector da construção. N.º de Edifícios e Alojamentos de habitação familiar clássica, no Concelho de Olhão 45000 40000 35000 30000 25000 20000 15000 10000 5000 0 44795 24911 14746 N.º de Edifícios N.º de Alojamentos População Residente Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, INE, dados de 2009 Segundo as estimativas de 2009, existem no Concelho de Olhão 14746 edifícios com 24911 alojamentos, para 44795 pessoas residentes no concelho. 108 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A HABITAÇÃO SOCIAL no concelho de Olhão Conscientes da complexidade dos fenómenos da pobreza e exclusão social, a administração central, local e entidades privadas têm vindo a desenvolver políticas sociais que promovam a sua erradicação. Não se resumindo à insuficiência de rendimentos ou à não participação na vida activa, as causas que conduzem a este fenómeno manifestam-se amiúde em áreas tão vastas como a habitação, educação, saúde e o acesso a equipamentos e serviços. A habitação constitui-se como uma das necessidades básicas da população. A falta de alojamento ou as más condições de habitabilidade conduzem, com frequência, aos problemas de saúde física, degradação urbanística e do ambiente, à formação de zonas degradadas com as respectivas consequências ao nível das várias problemáticas sociais. Os Municípios são chamados a intervir num contexto em que determinados estratos da população continuam a não dispor de capacidade financeira para aquisição de casa própria, ou para aceder ao mercado privado de arrendamento. O esforço da Município de Olhão enquadra-se nessa filosofia, ao empreender acções tendentes à melhoria das condições de habitabilidade, através da construção, ao longo dos últimos anos, de um significativo número de habitações sociais. Para além da promoção habitacional, o Município de Olhão assumiu a propriedade dos antigos bairros sociais do Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado (IGAPHE), na sequência da transmissão patrimonial efectuada em Dezembro de 2003. Fonte: Divisão de Acção Social da Câmara Municipal de Olhão 109 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de fogos de habitação social total, construídos pelas autarquias, por concelho (segundo o INE) EDIFÍCIOS DE HABITAÇÃO SOCIAL Bairros Sociais Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão S. Brás Alp. Silves Tavira Vila do Bispo V.R.St.Ant. N.º 136 10 0 11 Total 1 449 30 0 43 Objecto de Propriedade obras de Com total do conservaçã certificação município o no último energética ano 1 191 13 0 43 98 0 0 0 165 0 0 0 0 2 12 12 0 7 6 18 8 2 16 8 1 6 15 2 24 127 170 108 91 2 158 328 46 113 124 2 95 123 170 66 90 2 112 300 46 103 49 2 60 25 5 14 6 0 13 5 0 8 0 0 22 FOGOS DE HABITAÇÃO SOCIAL Total 4 377 114 0 43 72 Arrendados 4 363 114 0 43 72 Disponíveis para venda Disponíveis para arrendamento Casos (agregados familiares) Objecto de Contratos de registados obras de arrendament de pedidos o efectuados reabilitação de no último no último ano habitação ano no último ano 0 0 0 0 11 0 0 0 399 4 0 0 103 2 0 0 0 0 0 0 25 98 62 21 2 13 5 0 113 0 0 56 13 3 12 2 0 14 36 0 0 17 0 4 0 470 470 0 0 67 170 167 0 3 77 402 402 0 0 0 412 412 0 0 0 2 0 0 2 0 809 806 0 3 0 672 672 0 0 0 46 46 0 0 0 113 113 0 0 0 553 550 0 3 1 13 13 0 0 20 486 483 0 0 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, INE, dados de 2009 3 090 233 0 0 Valor médio das rendas dos contratos de arrendam ento € 50 70 // 0 25 113 39 45 271 117 0 31 16 9 27 1 261 6 1 010 62 88 61 49 // 34 48 51 53 53 35 33 110 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 De acordo com as estimativas do INE, o concelho de Olhão apresenta-se com o terceiro maior número de bairros sociais do Algarve, depois de Lagos e Vila Real de Santo António. Em relação aos edifícios de habitação social e ao número de edifícios com propriedade total, é o segundo concelho do Algarve depois do concelho de Lagoa. O concelho de Olhão é ainda o concelho da região do Algarve com maior número de fogos de habitação social, maioritariamente em situação de arrendamento. N.º de bairros de habitação social, propriedade do Municipio de Olhão, por freguesia 5 4 4 3 3 2 2 2 1 1 0 Olhão Quelfes Moncarapacho Fuseta Pechão Fonte: Divisão de Acção Social, Municipio de Olhão, 2010 N.º fogos de habitação social construídos, por freguesia 900 852 800 700 600 544 500 400 300 208 200 100 42 46 0 Total Quelfes 12 Fuseta Fonte: Divisão de Acção Social, Municipio de Olhão, 2010 111 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Conforme os gráficos atrás demonstram a freguesia de Quelfes possui o maior número de bairros de habitação social seguida da freguesia da Fuzeta. É também em Quelfes que se encontra a maior concentração de fogos de habitação social construídos por freguesia, 544, seguida dos 208 fogos na freguesia de Olhão. N.º de fogos de habitação Social por regime de ocupação 800 731 700 600 500 400 300 200 112 100 9 0 Arrendados Vendidos Cedidos Fonte: Divisão de Acção Social, Municipio de Olhão, 2010 O concelho de Olhão destaca-se pela característica de a sua habitação social se encontrar sobretudo em regime de arrendamento. N.º de habitantes em regime de arrendamento, em habitação social por Freguesia 500 460 450 400 350 300 250 200 175 150 100 39 50 46 11 0 Olhão Quelfes Moncarapacho Fuzeta Pechão Fonte: Divisão de Acção Social, Municipio de Olhão, 2010 Esta característica de situação de ocupação em regime de arrendamento é predominante na freguesia de Quelfes e logo de seguida na de Olhão. Como podemos verificar na informação estatística atrás representada, o concelho 112 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 de Olhão, tem reflectido as suas preocupações sociais no elevado peso que a habitação social ocupa no contexto do município. É um dos concelhos do Algarve com maior importância nesta problemática social com a especificidade da grande relevância da habitação social em regime de arrendamento. Este facto permite que o investimento autárquico na criação de oportunidades de acesso à habitação possa ser rentabilizado com reforço de uma estratégia de inserção social associada. Esta intervenção, é complexa e demorada mas pode ser uma marca diferenciadora da política habitacional do município. A vivência do espaço habitacional reflecte directamente a disfuncionalidade social dos seus actores e expressa, na falta de responsabilização pelo seu próprio meio de vida, comportamentos de vizinhança agressivos e conflituosos. Mas pode ser também, a via para uma ressocialização apoiada e saudável, com o desenvolvimento de potencialidades de inserção social. A estratégia de intervenção nas problemáticas no contexto dos designados “bairros sociais” poderá centrar-se na dimensão da recuperação e revitalização do edificado e equipamentos urbanos de apoio, qualificando-os e criando uma qualidade de vida associada à criação de dispositivos promotores da inserção social dos indivíduos e famílias. 113 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.7. AMBIENTE Com a entrada em funcionamento do Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve, a cargo da empresa Águas do Algarve, Olhão beneficiou de um enorme investimento ao nível da remodelação da ETAR, construção de Grandes Interceptores e Estações Elevatórias. As vantagens ambientais são evidentes, uma vez que os equipamentos existentes já se encontravam no limite das suas capacidades. Nalguns casos, os efluentes acabavam por desaguar em linhas de água, com os inevitáveis prejuízos ambientais. Em Pechão, Fuseta e Moncarapacho as pequenas ETARS foram desactivadas, sendo agora possível drenar os efluentes para Olhão. Em Olhão, as ETAR Nascente e Poente passaram a ser exploradas pela empresa Águas do Algarve, beneficiando de obras de remodelação e ampliação. Para a ETAR Poente são drenados os efluentes de Pechão, enquanto a ETAR Nascente recebe as águas residuais da Fuzeta e Moncarapacho. Nestas modernas ETAR de Olhão, as eficiências de tratamento dos efluentes são, actualmente, muito superiores: a desinfecção do efluente final é feita através de ultravioletas, permitindo a sua descarga, inócua, na Ria Formosa. Também ao nível das redes de esgotos, a Câmara Municipal de Olhão deu inicio em Outubro de 2005, a um vasto projecto cujo investimento ascende a 5 milhões de Euros. Este projecto decorre em várias fases, estando já concluídas as redes no Caminho da Sulbetão, no Caminho das Prainhas e na Estrada Nacional 26, todas na Freguesia de Pechão. Actualmente, na cidade de Olhão, decorrem as obras das redes de saneamento no Bairro Zé Botelho e Caminho das Areias, estando previsto avançar de seguida para a zona entre as freguesias de Olhão e Fuseta. 114 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Com a construção destas novas redes de esgotos, são muitas as fossas que estão a ser desactivadas, um pouco por todo o concelho. Estas fossas apresentavam graves problemas de infiltração ao nível dos lençóis freáticos e consequentemente de poluição ambiental. Fonte: Divisão de Águas e Saneamento do Município de Olhão, 2010 INFORMAÇÃO ESTATISTICA Receitas e despesas dos municípios segundo os domínios de gestão e protecção do ambiente em 2008 RECEITAS Localização Geográfica Portugal Continente Algarve Albufeira Alcoutim Total Gestão de resíduos 189 529 166 156 11 725 173 030 150 994 11 208 2 002 2 002 DESPESAS Protecção da biodiversida de e da paisagem Outros Total Gestão de resíduos Protecção da biodiversida de e da paisagem Outros 14 050 2 447 613 159 466 692 124 783 21 684 12 716 2 443 571 005 433 566 116 013 21 426 511 6 40 750 30 994 8 927 828 0 1 5 547 5 178 368 1 27 27 0 0 178 178 0 0 Aljezur 351 267 84 0 1 409 341 1 038 30 Castro Marim 182 182 0 0 907 752 110 45 74 0 69 5 1 626 0 1 610 16 Lagoa 2 017 2 017 0 0 4 100 4 100 0 0 Lagos 1 497 1 497 0 0 3 880 3 758 54 67 Loulé 1 700 1 679 21 0 11 746 9 078 2 668 0 0 Faro Monchique Olhão Portimão São Brás de Alportel 0 0 0 0 598 318 281 1 090 971 119 0 3 914 3 066 848 0 0 0 0 0 482 0 401 81 374 374 0 0 572 572 0 0 Silves 1 304 1 304 0 0 2 437 1 976 460 0 Tavira 219 0 219 0 1 620 158 915 547 Vila do Bispo 180 180 0 0 419 419 0 0 708 708 0 0 1 314 1 099 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, INE (2009) 174 41 Vila Real de St. António Conforme se pode verificar no quadro atrás apresentado, o concelho de Olhão destaca-se no contexto regional pela capacidade de gerar receitas associadas ao património da biodiversidade e protecção da paisagem. 115 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Resíduos urbanos recolhidos selectivamente por habitante (kg/ hab.) por localização geográfica, kg/ hab 90 90 83 80 78 78 70 67 60 50 51 48 40 37 30 37 33 36 28 22 20 10 41 22 16 11 A A lg ar v lb e uf e A ir a lc ou tim C Al as j e tr o zu M r ar im Fa ro La go a La go s M Lou on l ch é iq ue Sã O o l Br P hão ás ort de imã Al o po r te V S l ila ilv es Re T a l Vi a de la vi S do ra an B to isp An o tó ni o 0 Fonte: INE, dados de 2005 O concelho de Olhão apresenta valores comparativos muito reduzidos no que respeita à recolha selectiva de resíduos urbanos. Os valores da recolha de resíduos apresentados no concelho de Olhão, no ano de 2010, são os seguintes: - Resíduos recolhidos selectivamente (kg/ hab.) - 0,1Kg/hab*dia - Resíduos sólidos urbanos recolhidos –RSU’s - 1.5Kg/hab*dia Fonte: Divisão de Assuntos Urbanos, Municipio de Olhão, 2010 116 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Reciclagem No que diz respeito à reciclagem verifica-se uma grande preocupação neste sentido por parte do Município considerando que colocou disponíveis à população cerca de 10 oleões distribuídos pelas várias freguesias, o que resultou no ano de 2010 na recolha de 500L/mês de óleo alimentar. Verificamos ainda que foram recolhidas cerca de 250 kg de pilhas no ano de 2010 em edifícios públicos, bem como 7345 kg/ano de papel. Fonte: Divisão de Ambiente e Recursos Naturais, Municipio de Olhão, 2010 Tratamento e Abastecimento de Águas População servida por estações de tratamento de águas residuais (%) por Municipio, em 2005 100 90 80 99 98 95 88 79 78 70 90 85 73 80 78 73 60 60 50 40 70 50 35 30 25 20 10 Al ga Al rve bu f Al eira co ut im C A as lje tro zu M r ar im Fa r La o go La a go s L M o on ulé ch iq ue Sã O o Br P lhã ás or o de tim Al ão po rte Vi Si l la lv Re es a l Vi T a l de a v Sa do ira B nt o isp An o tó ni o 0 Fonte: INE, dados de 2005 Com 80% de população servida por estações de tratamento de águas residuais, o concelho de Olhão apresenta valores médios no contexto da região algarvia. 117 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 População servida por sistemas de abastecimento de água (%) por Município, em 2005 100 90 99 98 100 96 93 90 87 90 80 80 96 100 96 95 95 85 88 75 70 60 50 40 30 20 10 Al ga Al rve bu f Al eir a co ut im C A as lje tro zu M r ar im Fa ro La go La a go s L M o o n ulé ch iq ue Sã O o l h Br P ã ás o r o de tim A ão lp or te Vi Si l la l v R es ea l d Vil a Tav e Sa do ira nt Bis o p An o tó ni o 0 Fonte: INE, dados de 2005 O concelho de Olhão apresenta níveis muito elevados de população servida por sistemas de abastecimento de água, estando entre os mais elevados do Algarve. Percentagem de população servida por sistemas de abastecimento, drenagem e incumprimentos 96 População servida por sistemas de abastecimento de água (rede pública) 100 90 80 80 População servida por redes de drenagem de águas residuais 70 60 Incumprimentos à qualidade da água de consumo humano 50 40 30 12,5 20 10 0,36 Incumprimentos às licenças descarga de águas residuais (por ETAR) 0 Fonte: Divisão de Aguas e Saneamento, Municipio de Olhão, 2010 118 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 O concelho de Olhão apresenta bons índices nos sistemas associados aos recursos hídricos, bem como uma taxa diminuta de incumprimentos no que diz respeito à qualidade da água de consumo humano bem como às licenças de descargas de águas residuais. Armazenamento de água de abastecimento O Município de Olhão possui uma capacidade de armazenamento de água de abastecimento (m3) razoável - 11.535m3. Fonte: Divisão de Aguas e Saneamento, Município de Olhão, 2010 119 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.8. ACESSIBILIDADES O concelho de Olhão apresenta excelentes acessibilidades no contexto regional e nacional. Este factor representa uma vantagem competitiva muito relevante na atracção de investimento empresarial produtivo e na atractividade de população activa. As acessibilidades representam também uma oportunidade de reforçar a centralidade do concelho na sub-região do sotavento Algarvio. A rede viária do concelho é constituída por estradas nacionais, regionais, nacionais desclassificadas, estradas municipais e vias não classificadas. Principais Eixos da Rede Viária do Concelho EN398 A22 EN 39 8 ACE SSO 2 A2 A22 MONCARAPACHO 25 EN 1 6 2EN FUSETA PECHÃO EN 5 12 QUELFES 5 EN 12 LEGENDA: - A22 ou Via do Infante OLHÃO - EN125 - EN 2-6 - EN 398 - Acesso A22 - Caminhos - Caminho de Ferro - Limite de Freguesias Fonte: Instituto Geográfico Militar, Carta Militar com actualizações efectuadas pelo Município de Olhão 120 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A nível de estradas nacionais, o Itinerário Principal (IP1), conhecido por Via do Infante e recentemente designado por A22, contempla dois nós de ligação ao concelho de Olhão, um em Moncarapacho com ligação à EN desclassificada 398 e outro na EN 125 (Marim), a qual serve também de variante à EN desclassificada 398. O IP1 tem uma extensão aproximada de 9 Km, serve de base de apoio a toda a rede rodoviária do concelho e faz parte da rede nacional de auto-estradas. No que se refere às estradas regionais, podemos considerar os acessos à Via do Infante, pois permitem a ligação ao concelho e asseguram a continuidade com outras vias. Quanto às estradas nacionais desclassificadas, o concelho tem um troço da EN 125, a EN 398 (ligação de acesso à Via do infante e acesso à freguesia de Moncarapacho) e a EN desclassificada 2.6, permitindo esta última, o acesso à freguesia de Pechão. A Estrada Nacional 125, constitui um elemento de articulação entre as cidades de Faro e Olhão, não só em termos de ligação viária mas também como eixo logístico importante que se prolonga para poente de Faro até Almancil, atravessando esta via a cidade de Olhão. O concelho de Olhão beneficia, também, de excelentes condições de acessibilidade externa, através do Aeroporto Internacional de Faro e da proximidade da fronteira com Espanha (50 Km). As condições de acessibilidade aos centros urbanos do sul de Espanha com a Via do Infante e a auto-estrada Sevilha - Huelva, permitem desfrutar de condições interregionais. A electrificação da linha de caminho de ferro Faro - Lisboa permite o acesso à capital do país em cerca de 3 horas. A linha de caminho de ferro regional, entre Lagos e Vila Real de Santo António, é um meio de transporte utilizado pela população nas suas deslocações pendulares. 121 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Faro dispõe de um porto comercial, que devido à proximidade com Olhão permite que o concelho beneficie dessa infra-estrutura portuária. O sistema de telecomunicações tem vindo a ser melhorado, pois o nível de telecomunicações constitui um factor determinante para a localização de empresas e serviços. Para complementar a rede viária do concelho, está previsto no Plano Director Municipal a construção de uma via, variante norte à cidade, que permitirá descongestionar, significativamente, o trânsito da EN 125. Fonte: Divisão de Desenvolvimento Económico, Município de Olhão, 2010 122 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.9. CULTURA / DESPORTO O concelho de Olhão apresenta um forte dinamismo associativo, sobretudo na área desportiva e, embora em menor grau, na área cultural. A infra-estrutura de equipamentos culturais e desportivos apresenta a quase integral cobertura das freguesias do concelho. As tipologias de equipamentos culturais e desportivos são, também abrangentes e diversificadas. ASSOCIAÇÕES CULTURAIS, RECREATIVAS, E JUVENIS NO CONCELHO DE OLHÃO Associações Culturais, Recreativas e Juvenis 32 Associações Desportivas Associações Filarmónicas 2 4 Ranchos Folclórico Associações de Escoteiros / Escutas 2 11 Associações C ulturais e Recreativas Associações Juvenis 2 Associações de Moradores 2 Fonte: Divisão da Cultura e Rede Social, Câmara Municipal de Olhão, dados de 2010 Conforme se pode verificar o associativismo desportivo é a área mais expressiva no concelho de Olhão. Também as associações recreativas e culturais têm expressão no concelho, seguidas das outras tipologias associativas. 123 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 ESPAÇOS CULTURAIS DO CONCELHO Espaços culturais no concelho de Olhão 4 3 M ús ic a s eu o it ó 1 ór i Ec rio e Au d A de er va t al er ia s 1 C on s G de 1 rt ão si ç m Ex po in e C Sa la s Sa l as de Bi b li o te ca s a 1 us 3 M 3 ot ec a 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Fonte: Divisão da Cultura, Câmara Municipal de Olhão, dados de 2009 O concelho de Olhão apresenta uma boa rede de espaços com cobertura de todas as tipologias. Espaços Culturais propriedade da Câmara Municipal de Olhão AUDITÓRIO MUNICIPAL DE OLHÃO O Auditório Municipal, inaugurado em 21 de Março de 2009, com uma área aproximada de 2000 m2, situado numa zona nobre de Olhão e em franco desenvolvimento, junto à Docapesca, é um espaço moderno e arrojado, com várias cabines de tradução simultânea, régie, gabinetes e camarins, entre outros equipamentos, que permite a realização de diversos eventos e espectáculos. Seja teatro, música dança, grandes conferências ou debates. Este equipamento tem uma lotação total de 416 lugares, entre eles, 4 que são destinados a pessoas em cadeiras de rodas e conta ainda com um parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para 75 lugares. 124 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 BIBLIOTECA MUNICIPAL DE OLHÃO Situada numa das zonas mais nobres cidade de Olhão e num edifício historicamente muito querido e conhecido da população, a nova Biblioteca foi inaugurada a 16 de Junho de 2008, tendo sido baptizada de Biblioteca Municipal de Olhão. Com uma área de aproximadamente 2623m2, repartida por 3 pisos, a Biblioteca resultou da recuperação do antigo Hospital, construído pela comunidade piscatória em 1884. A Biblioteca Municipal herdou um valioso fundo documental com cerca de 15.000 volumes oriundos da antiga Biblioteca Fixa n.º 5 da Fundação Calouste Gulbenkian, contando actualmente com mais de 25.000 documentos. MUSEU MUNICIPAL O Museu da Cidade encontra-se instalado no edifício do Compromisso Marítimo, desde 16 de Junho de 2001, após obras de recuperação e adaptação efectuadas pela Câmara Municipal. Os pescadores de Olhão criam a sua própria confraria, em 1765, fundando o Compromisso Marítimo que pressupunha a administração de uma capela na Igreja Matriz sendo aquela dedicada a Nossa Senhora da Conceição. SALAS DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS Existentes na Casa da Juventude, Biblioteca Municipal e Museu Municipal. 125 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 INFORMAÇÃO ESTATISTICA N.º de eventos realizados e n.º média de participantes/utilizadores N.º de (ano) Biblioteca Municipal eventos ____ N.º médio de participantes / utilizadores (ano) 50193 Actividades na Biblioteca 122 4070 Auditório Municipal 31 9300 Museu Municipal ____ 1500 Fonte: Câmara Municipal de Olhão, dados de 2009 O número de utilizadores dos espaços e sobretudo dos eventos no auditório revelase muito significativo em termos de rácio habitantes / utilizadores. Instalações Desportivas no Concelho de Olhão Circuito de Manutenção 1 Ginásios 11 Piscinas (3 cobertas) Campos de Ténis 6 4 Campos de Futebol 11 7 Polidesportivos Pavilhões 25 10 Fonte: Divisão de Assuntos Desportivos, CMO, dados de 2010 O Concelho apresenta um bom índice de infra estruturação ao nível dos equipamentos desportivos, sobretudo ao nível dos polidesportivos (estes números incluem os polidesportivos escolares) 126 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Instalações Desportivas por Freguesias 1 Quelfes 2 1 5 3 9 4 Pechão 1 1 Olhão 2 3 4 1 8 3 Moncarapacho Fuseta 1 1 1 2 2 2 5 2 Pavilhões Polidesportivos Cam pos de Futebol 11 Cam pos de Ténis Piscinas Ginásios Circuito de Manutenção Fonte: Divisão de Assuntos Desportivos, CMO, dados de 2010 Verifica-se que com excepção da freguesia da Fuzeta e Pechão, que apresentam um pequeno défice de equipamentos e instalações desportivas, todas as freguesias do concelho estão cobertas de equipamentos de diferentes tipologias. 127 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 ESPAÇOS DESPORTIVOS DA CÂMARA MUNICIPAL DE OLHÃO CIRCUITO DE MANUTENÇÃO O circuito de manutenção está integrado numa zona verde com cerca de 70.000 m2. Situado entre a EN 125 e o Parque de Campismo do SBSI de Olhão, nos Pinheiros de Marim, Freguesia de Quelfes, um quarto da sua é arborizada com pinheiros. PISCINAS MUNICIPAIS O Complexo de Piscinas Municipais de Olhão é uma infra-estrutura desportiva de base formativa, propriedade da Câmara Municipal de Olhão, tendo como objectivos o ensino e a prestação de serviços, na área das actividades aquáticas, nomeadamente, na adaptação ao meio aquático, na aprendizagem, no aperfeiçoamento e na competição nas disciplinas da natação, bem como na hidroterapia e nas actividades de manutenção da condição física, tendo uma função complementar de centro de ocupação de tempos livres e lazer. ESTÁDIO MUNICIPAL O renovado Estádio Municipal de Olhão, é um espaço de utilidade pública, tutelado pelo Município de Olhão, e que exerce a sua actividade no domínio do Desporto, promovendo o desenvolvimento físico e intelectual dos seus praticantes. O Estádio Municipal de Olhão, tem por missão contribuir para o desenvolvimento do desporto escolar e federado, nomeadamente do futebol e râguebi, através do apoio 128 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 ao respectivo movimento associativo e da colaboração com os estabelecimentos de ensino do concelho. O campo de jogos é de relva sintética, com a marcação de um campo de futebol de 11, râguebi e dois campos de futebol de 7. Os balneários são constituídos por 6 balneários, (dois de competição, 4 de formação, sala de reuniões e posto médico). Fonte: Divisão de Desporto, Município de Olhão, 2010 Despesas das Câmaras Municipais nos domínios culturais e desportivos, por habitante em Despesas das câmaras municipais em actividades Despesa cultura e desporto culturais e de desporto por habitante no total de Total Correntes Capital despesas € % Portugal 93,8 68,9 24,9 11,4 Continente 94,7 69,9 24,7 11,5 Algarve 169,7 113,5 56,2 12,2 Albufeira 294,2 134,0 160,2 12,2 Alcoutim 286,6 218,1 68,6 10,1 Aljezur 135,6 122,1 13,5 6,8 Castro Marim 249,9 226,2 23,7 13,0 Faro 81,3 73,5 7,8 11,4 Lagoa 270,3 159,8 110,5 24,1 Lagos 275,1 211,7 63,4 17,0 Loulé 135,7 67,6 68,1 7,2 Monchique 40,3 2,4 37,9 3,1 Olhão 25,6 17,1 8,5 3,5 Portimão 221,8 131,0 90,8 19,7 São Brás de Alportel 121,6 89,7 31,9 12,7 Silves 127,7 81,7 46,0 9,6 Tavira 133,5 127,8 5,7 10,3 Vila do Bispo 265,9 238,5 27,4 12,5 Vila Real de Santo António 349,8 326,4 23,4 22,3 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, INE (Dados de 2009) Segundo o quadro acima apresentado, o concelho de Olhão será um dos municípios algarvios com menor rácio de despesa, em actividades de desportivas culturais por munícipe. A mesma situação, se revela na percentagem da despesa em actividades desportivas e culturais no total de despesa do município. 129 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.10. SEGURANÇA / CRIMINALIDADE O concelho de Olhão apresenta taxas médias de criminalidade comparativa com os restantes concelhos da região do Algarve. Os crimes mais reportados são sobretudo contra o património. A criminalidade violenta, refere-se sobretudo a roubo e assalto a veículos motorizados. Em termos sociais, é muito relevante a questão referenciada pela PSP e GNR dos crimes contra a vida em sociedade que são sobretudo a condução sob o efeito de álcool. Este comportamento de risco deverá ser alvo da atenção da rede social na perspectiva preventiva e pedagógica enquanto atitude cívica, promoção da saúde e sobretudo na construção de modelos responsáveis de conduta e identificação. A problemática da Violência Doméstica tem especial acuidade pelo número absoluto e relativo de ocorrências registadas; é o concelho do Algarve com mais casos registados. No concelho de Olhão esta questão, é especialmente sensível por revelar disfuncionalidades sociais associadas à desestruturação familiar, a situações de exclusão prolongada a ciclos geracionais de violência e de comportamentos desviantes. A rede social poderá orientar a sua acção para a prevenção primária da violência doméstica associando-a intervenção em curso na estruturação familiar. 130 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.10.1. OCORRÊNCIAS REGISTADAS PELA GNR E PSP Ocorrências registadas, segundo o tipo de crime Crimes Contra as Pessoas: Violação do domicílio e introdução em lugar vedado ao público 3 Difamação, calúnia e injúrias 4 Ameaça e coação 22 Omissão de auxilio 1 Outros crimes contra a reserva da vida privada 2 Devassa por meio informático 1 Devassa da vida privada e violação de segredo 2 Violação do domicílio e introdução em lugar vedado ao público 6 29 Difamação, calúnia e injúrias Rapto, sequestro e tomada de reféns 1 Outros crimes de violência doméstica 2 Outros crimes contra a liberdade e a autodterminação sexual Abuso sexual de crianças, adolescentes e menores dependentes 3 4 3 Violação 55 Ameaça e coação Violência doméstica contra cônjuge ou análogo 9 Ofensas à integridade física voluntária simples 33 Outros crimes contra a vida 1 Rapto, sequestro e tomada de reféns 3 Outros crimes contra a integridade fisica 1 Outros crimes de maus tratos 1 Maus tratos ou sbrecarga de menores 2 Outros crimes de violência doméstica 0 5 10 15 20 25 30 35 23 Violência doméstica contra menores 4 123 Violência doméstica contra cônjuge ou análogo Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 1 Negligência em acidente de viação Ofensas à integridade física voluntária simples 137 Ofensas à integridade física voluntária grave 3 0 20 40 60 80 100 120 140 160 Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 No concelho de Olhão a maioria dos crimes registados referem-se, a Ofensas à integridade física voluntária simples, ameaça e coacção e violência doméstica contra cônjuge ou análogo. É de salientar, a importância da violência doméstica no cômputo global das questões de segurança. 131 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Crimes Contra o Património: Outras burlas Burla para obtenção de alimentos/bebidas/serviços Outros crimes contra a propriedade Abuso de C onfiança Outros crimes o património em geral 66 1 Extorção 4 Outras burlas 4 Burla informática e nas comunicações Outros dano Outros roubos Roubo na via pública Roubo por esticão Abuso de cartão de garantia ou de crédito 18 2 1 3 1 50 1 Burla para obtenção de alimentos, bebidas ou serviços 3 Outros crimes contra a propriedade 2 6 Abuso de Confiança 4 54 Outros dano 5 16 Outros roubos Outos furtos Furto em supermercado Furto por carteiristas Furto em outros edificios Furto em estabelecimento de ensino Furto em edificio comercial ou industrial Furto em residência Furto de motor de embarcação Furto em veículo motorizado Furto de veículo motorizado 64 Roubo a banco ou outra instituição de crédito 2 1 Roubo na via pública 1 54 Roubo por esticão 12 30 135 Outos furtos Furto em supermercado 2 Furto por carteiristas 39 97 1 31 44 Furto em outros edificios com arrombamento, escalamento ou chaves Furto em estabelecimento de ensino com arrombamento, escalamento ou chaves Furto em edificio comercial ou industrial com arrombamento, escalamento ou Furto em residência com arrombamento, escalamento, ou chaves falsas 6 17 26 32 92 Furto em veículo motorizado Furto de veículo motorizado Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 117 167 171 Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 Embora a tipologia de crimes seja diferente em meio rural e urbano, predominam os furtos; de residências registados pela GNR e de veículos motorizados registados pela PSP. 132 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Crimes Contra a Vida em Sociedade: Outros crimes contra a segurança das comunicações Outros crimes contra a segurança das comunicações 4 Condução perigosa de veiculo rodoviário C ondução de veículo com taxa de álcool igual/sup a 1,2g/l Incêndio/fogo posto em floresta, mata, ravoredo ou seara 12 1 Condução de veículo com taxa de álcool igual/sup a 1,2g/l 10 36 Detenção ou tráfico de armas proibidas 1 Incêndio/fogo posto em edifícios, construção ou meio de transporte Incêndio/fogo posto em edifícios, construção ou meio de transporte 7 4 2 Outros crimes de falsificação Outros crimes de falsificação Falsificação de documentos, cunhos, marcas, chancelas pesos e medidas 2 3 Falsificação de documentos, cunhos, marcas, chancelas pesos e medidas 4 Contrafacção ou falsificação de moeda e passagem de moeda falsa 4 Outros crimes contra a familia Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 3 1 3 Subtracção de menores Violação da obrigação de alimentos 1 ´ Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 Na categoria de crimes contra a vida em sociedade, predominam os crimes de condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 gramas. Este crime tem uma forte componente de comportamento associal, que deverá ser abordado no trabalho preventivo em curso pelos interventores sociais. 133 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Crimes Contra o Estado: 6 1 2 1 Resistência e coação sobre funcionário Resistência e coação sobre funcionário Desobediência Desobediência Violação de providência públicas Outros crimes contra a autoridade pública 20 3 Fonte:GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 Nos crimes contra o estado predominam nos dois territórios os crimes de desobediência. 134 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Crimes Previstos em Legislação Avulsa: 1 2 2 1 1 1 Outros cri mes rel a ci onados com a i mi gra çã o i l ega l Outros crimes respeitantes a estupefacientes Crimes contra os direitos de autor Emissão de cheque sem provisão Conduçã o s em ha bi l i tação l ega l 9 14 1 Outros cri mes res pei ta ntes a es tupefa ci entes Outros cri mes Tráfico de estupefacientes 90 Condução sem habilitação legal Outros crimes Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 Na categoria de outros crimes previstos em legislação avulsa, predominam a condução sem habilitação legal e o tráfico de estupefacientes com maior expressão na realidade urbana. 135 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Ocorrências de Criminalidade Violenta e Grave registadas, segundo o tipo de crime 14% Rapto, sequestro e tomada de reféns 7% Roubo por esticão 14% 36% Roubo na via pública (exceptp por esticão) Outros roubos 29% Resistência e coação sobre funcionário Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 A criminalidade violenta no concelho de Olhão é predominantemente o roubo por esticão e o roubo na via pública (excepto por esticão). 136 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Evolução dos crimes denunciados (2008-2009) 396 397 400 1200 350 1040 985 1000 300 800 250 200 2008 2009 150 100 600 430 404 400 67 75 21 27 50 28 7 7 13 2008 2009 81 71 200 13 26 80 108 0 0 Contra as pessoas C ontra o património C ontra a vida em sociedade Contra o estado Legislação Avulsa Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Contra as C ontra o pessoas património Contra a vida em sociedade Contra o estado Legislação Avulsa Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 A evolução dos crimes denunciados denota uma oscilação, pouco significativa, com a excepção da diminuição dos crimes contra o património registados pela PSP no período entre 2008 e 2009. 137 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Crimes registados pelas autoridades policiais por município segundo as categorias de crimes, 2009 Contra as pessoas Total Portugal Continente Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim 427 679 393 031 28 980 Total Contra o património Contra a integridade física Total Contra a vida em sociedade dos quais Furto/roubo Furto de por esticão veículo e e na via em veículo pública motorizado Total Legislação avulsa Condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2g/l Contra o Estado Condução sem habilitação legal Total 5 020 3 128 227 715 217 721 18 939 5 488 643 348 3 736 63 17 5 22 0 5 17 6 … … … 312 29 16 203 … 87 46 34 7 27 16 97 306 63 772 90 019 59 131 15 728 68 288 52 315 20 389 5 340 44 990 18 297 15 437 66 400 47 388 18 900 4 971 32 919 17 325 907 4 929 2 764 1 386 388 1 869 1 105 227 782 646 381 95 368 270 322 81 52 207 … 31 12 9 4 18 5 3 431 679 414 2 077 117 619 387 132 38 250 126 Lagoa 1 674 251 167 1 172 14 369 142 95 20 89 48 Lagos 1 737 384 261 1 058 45 318 165 66 13 117 63 Loulé 5 052 677 435 3 798 197 887 331 145 23 223 128 184 28 14 95 0 20 42 29 6 13 8 Olhão 2 236 510 338 1 415 86 393 135 48 35 141 101 Portimão 3 609 718 493 2 185 162 525 385 192 54 267 137 341 54 31 242 … 61 25 22 … … 17 Silves 2 126 412 236 1 269 13 268 219 135 43 183 83 Tavira 1 106 213 125 669 21 229 105 45 26 93 74 Vila do Bispo 477 40 23 411 5 247 14 5 4 8 … Vila Real de Santo António 822 284 93 42 14 51 24 Faro Monchique São Brás de Alportel 170 380 15 88 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve Em todas as categorias analisadas (Crimes contra pessoas, Contra o Património, Contra a vida em sociedade e de legislação avulsa) o concelho de Olhão ocupa posições médias comparativas na região do Algarve. 138 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Acidentes de viação por tipo Colisão Despiste 4 Colisão Atropelamento Despiste Atropelamento 26 Outros tipos de acidente 2 27 71 176 325 Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 Os valores predominantes de acidentes causados por colisão de veículos, são semelhantes para os registos da PSP e da GNR no concelho de Olhão 139 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.10.1. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Casos de violência doméstica registados, na GNR e PSP, durante o ano de 2009 GNR 11 PSP 167 GNR, Posto Territorial de Olhão e PSP, Esquadra de Olhão, 2009 O número absoluto de casos de violência doméstica é muito relevante e significativo para o concelho. É de assinalar que, a maioria dos registos é feita pela PSP do concelho, o que pode indiciar este como um crime urbano ou maior dificuldade de denúncia nas zonas mais rurais. 140 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Casos de violência doméstica registados, por tipo de relação entre vítima e agressor: 9% 7% 9% 4% 12% 46% Cônjuges 6% Ascendente Descendente 25% 82% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Cônjuge ou companheiro Ex- cônjuge ou ex-companheiro Pai, Mãe, Pdrasto ou Madrasta Filho, Enteado Outro graú de parentesto Sem graú de parentesco Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 Nos casos de violência doméstica a tipologia de relação entre vítima e agressor tem alterações significativas de acordo com os meios rurais e urbano. No meio rural, de acordo com os registos da GNR, a grande maioria das agressões é cometida por cônjuges. No meio urbano embora seja maioritária a categoria de cônjuge como agressor, verifica-se os valores significativos de ex cônjuges ou ex companheiro e filho ou enteado. 141 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Casos de violência doméstica registados, por tipo de violência exercida 45% 55% Violência física Violência psicológica GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 De acordo com os dados cedidos pela GNR de Olhão, o tipo de violência exercida e registada é maioritariamente de violência psicológica, embora com valores próximos da violência física. Não foi possível apurar os dados da PSP relativos a este ponto. 142 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de casos de violência doméstica registados, por tipo de instrumentos/armas utilizados nas agressões 9% 1% 1% Sem Arma Revolver 91% Arma branca Sem instrumentos/armas Instrumentos/armas ( arma de fogo) Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 98% Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 A esmagadora maioria das agressões registadas pela PSP e GNR, são cometidas sem instrumentos ou armas, mas existem também casos de agressões com armas de fogo. 143 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de casos de violência doméstica registados, por tipo de crime praticado Ofensas à integridade física Ameaça Coação Maus tratos ou sobrecarga de menores Injúrias 1% 1%1% 4% 1% 9% 18% Ofensa à integridade física voluntária Outros crimes de violência doméstica 9% Violência doméstica contra cônjuge ou análogo 46% Violência doméstica contra menores Ameaça e Coação 36% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 74% Outros Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 Os registos da PSP e GNR são coincidentes na tipologia de crimes pelo tipo de crime praticado que, é de ofensas à integridade física. No entanto estes são em menor número no meio rural (GNR) onde aparecem também com números significativo as ameaças. No território urbano predominam as ameaças à integridade física com grande maioria, mas também existe uma percentagem significativa de outros crimes de violência doméstica. 144 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de casos de violência doméstica registados, por tipo de consequências provocadas nas vítimas. Ferimentos físicos 45% Medo 55% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 De acordo com a informação estatística disponível, neste caso apenas pela GNR, verificamos que enquanto consequências provocadas nas vítimas predomina o medo e os ferimentos físicos com valor quase igual e muito significativo da gravidade do crime. 145 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Caracterização das vítimas dos casos de violência doméstica ocorridos no Concelho de Olhão N.º de vítimas de violência doméstica dos casos registados, por sexo 18% 15% Masculino Feminino Feminino Masculino 85% 82% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 A distribuição das vítimas por sexo, é segundo os registos da PSP e GNR, muito semelhante no concelho apresentando valores praticamente idênticos 146 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de vítimas de violência doméstica dos casos registados, por grupo etário 18% 6% 6% 14% 37% Menor de 16 anos 23% 40-49 9% 16 a 24 anos 50-59 25 a 44 anos 60-69 45 a 64 anos 70-89 51% Maior ou igual a 65 anos 36% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 Verificamos nos gráficos a tendência para a problemática da violência doméstica se acentuar nas faixas etárias mais jovens em meio urbano (maioria das ocorrências na faixa etária dos 25 aos 44 anos) e em meio rural com predominância na faixa etária dos 40 – 49 anos e 50 – 59 anos. 147 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de vítimas de violência doméstica dos casos registados, por estado civil Viúvo 9% Solteiro 0% Casado 91% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Pelos dados fornecidos pela GNR, a esmagadora maioria dos casos de violência doméstica ocorre em casais em situação de casados. N.º de vítimas de violência doméstica dos casos registados, por n.º de filhos 2 Filhos 18% 1 Filhos 18% Desconhece-se 64% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Dado o grande número de ocorrências em que se desconhece a existência de filhos a informação disponível é parcial mas, mesmo assim, é relevante o número de casos em que existem filhos em casais, onde ocorre a violência doméstica. 148 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de vítimas de violência doméstica dos casos registados, por habilitações literárias 9% 9% 18% 55% 9% Desconhece-se S/Habilitações 4ª Classe 9º Ano Universitária Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 A maioria das situações referenciadas de violência doméstica ocorre com intervenientes de baixas qualificações. Mas a percentagem (9%) de situações ocorridas com vítimas com formação universitária é muito relevante N.º de vítimas de violência doméstica dos casos registados, por situação perante o trabalho 18% 18% Desempregado Empregado Doméstico 18% Reformado 46% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 A maioria das ocorrências de violência doméstica envolve vítimas empregadas mas com relevância a situação de desemprego e dos reformados. 149 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Caracterização dos agressores dos casos de violência doméstica ocorridos no Concelho de Olhão N.º de agressores de violência doméstica dos casos registados, por sexo Feminino 0% Masculino 100% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Feminino 9% Masculino 91% Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 Nas ocorrências em meio rural identificadas pela GNR, a totalidade das situações reportam a agressão pelo sexo masculino. No registo da PSP aparece uma percentagem significativa (9%) em que as mulheres são agressoras. No entanto o predomínio da agressão masculina continua muito dominante. 150 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de agressores de violência doméstica dos casos registados, por grupo etário 18% 3% 0% 9% 8% Menor de 16 anos 25% 40 a 49 anos 16 a 24 anos 50 a 59 anos 25 a 44 anos 60 a 69 anos 27% 46% 45 a 64 anos 70 a 89 anos 64% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Maior ou igual a 65 anos Fonte: PSP, Esquadra de Olhão, 2009 O perfil dos agressores em termos etários é semelhante ao das vítimas. Mais idosos em meio rural, na mesma categoria etária das vítimas e mais jovens em meio urbano também acompanhando a idade das vítimas. 151 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de agressores de violência doméstica dos casos registados, por estado civil 100% 0% 0% Solteiro Casado Viúvo Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Pelo que verificamos, os agressores identificados pela GNR, são exclusivamente casados. N.º de agressores de violência doméstica dos casos registados, por n.º de filhos 2 Filhos 9% 0 filhos 9% 1 Filhos 18% Desconhece-se 64% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Tal como na situação das vítimas é relevante o números de filhos presente nos agregados dos agressores. 152 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º agressores de violência doméstica dos casos registados, por habilitações literárias 9% 9% 9% 64% 9% Des conhece-s e 2ª Cl a s s e 4ª Cl a s s e 6º Ano 7º Ano Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 Os agressores têm qualificações mais baixas que as vítimas, não existindo agressores referenciados com formação universitária. N.º de agressores de violência doméstica dos casos registados, por situação perante o trabalho 9% 27% Desempregado Empregado Doméstico Reformado 0% 64% Fonte: GNR, Posto Territorial de Olhão, 2009 A maioria dos agressores está empregada mas existe também uma percentagem significativa (27%) de reformados agressores. 153 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de vitimas atendidas por concelho de residência nos GAV’s do Algarve Outros concelhos 64 67 Tavira 10 Castro Marim 1 Alcoutim Vila Real de Sto. António 33 7 Vila do Bispo 4 São Brás de Alportel 174 Portimão Monchique 1 Silves 39 Olhão 40 109 Loulé 30 Lagos 17 Lagoa 127 Faro 2 Aljezur 166 Albufeira 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 Fonte: Estatísticas da APAV, 2009 O concelho de Olhão é um dos que apresenta menor número de vítimas atendidas nos GAV’s do Algarve. 3.10.2. TRIBUNAL JUDICIAL DE OLHÃO Segundo algumas informações cedidas pelos serviços do Ministério Público de Olhão, o aparelho judiciário do concelho que conta com 3 Juízes efectivos, 4 procuradores adjuntos, dos quais um é efectivo e 26 funcionários efectivos, registou 2577 participações de crimes ao longo do anos de 2009. Das participações verificaram-se vários tipos de crime, entre eles, tráfico de estupefacientes, roubos, furtos qualificados, furtos simples, violência doméstica contra cônjuges ou análogos, ofensas à integridade física, ameaças, difamações, danos, crimes fiscais, abusos sexuais, condução de veiculo em estado de embriaguez, condução sem habilitação legal, desobediência, etc. 154 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Os crimes participados foram na sua maioria investigados pelos OPC’s e as medidas de carácter detentivo mais aplicadas foram, a prisão preventiva e a prisão domiciliária, sendo que os principais responsáveis pelas detenções foram a Policia Judiciária, a PSP, a GNR, o SEF e a Policia Marítima. Relativamente aos arguidos, estes têm na sua maioria idades superiores a 18 anos, são maioritariamente do sexo masculino, entre solteiros, casados e separados em que as habilitações literárias são na maioria médias/baixas. Verifica-se ainda que em alguns crimes investigados existe uma relação dos detidos com as drogas (tráfico de estupefacientes e toxicodependência). Indicadores da Justiça por Municipio Portugal Continente Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão São Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo V. Real de Sto António Evolução Taxa de criminalidade por categoria de crimes Proporção anual dos Proporção Condução de não Proporção de não processos de arguidos Crimes Furto/roubo Furto de de veículo Condução condenados condenados condenados por nos contra a por esticão veículo e com taxa de sem nos por absolvição/carência Total tribunais integridade e na via em veículo álcool igual habilitação de prova judiciais tribunais de desistência física pública motorizado ou superior legal 1ª instância de queixa de 1ª a 1,2g/l instância % ‰ 60,7 32,9 43,5 40,2 7,8 6,0 1,5 6,4 1,9 1,7 60,4 32,6 43,4 38,7 8,3 5,8 1,5 6,5 1,9 1,7 68,2 29,4 51,2 66,8 20,3 7,2 2,1 11,4 3,2 2,5 23,7 0,0 0,0 0,0 10,3 0,0 25,7 20,6 24,1 18,6 25,4 0,0 25,0 30,9 0,0 14,7 69,3 25,3 47,8 // // // 63,1 // 76,1 61,8 91,7 68,0 74,4 // 66,3 72,1 // 62,0 // // // 31,4 // 34,4 30,1 0,0 37,4 24,1 // 25,4 20,6 // 40,1 // // // 46,6 // 55,0 54,0 100,0 46,5 58,7 // 53,1 61,9 // 35,5 137,9 20,8 58,5 49,8 58,5 65,9 59,3 76,4 31,1 49,9 71,5 26,4 58,3 43,5 87,7 44,2 8,7 1,6 3,0 8,0 7,1 6,6 8,9 6,6 2,4 7,5 9,8 2,4 6,5 4,9 4,2 9,1 5,7 0,0 0,6 0,2 2,0 0,6 1,5 3,0 0,0 1,9 3,2 0,1 0,4 0,8 0,9 0,8 19,6 1,6 16,3 4,8 10,5 14,5 10,9 13,4 3,4 8,8 10,4 4,7 7,4 9,0 45,4 4,7 9,6 2,0 6,4 1,4 2,2 3,7 2,3 2,2 4,9 1,1 3,8 1,7 3,7 1,8 0,9 2,3 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, 2009 155 6,8 0,3 3,0 0,8 2,1 1,9 2,2 1,9 1,4 2,3 2,7 1,3 2,3 2,9 0,7 1,3 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.10.3. PROJECTOS DE SEGURANÇA IMPLEMENTADOS NO CONCELHO Guarda Nacional Republicana Programa Escola Segura Visa criar as condições de segurança que as crianças merecem – no caminho para a escola, no seu interior, nas suas imediações, onde quer que se encontrem. Programa Residência Segura Visa o policiamento a residências mais isoladas. É Programa Idoso em Segurança complementado com o programa Residência Segura, sendo ainda esporadicamente efectuadas palestras para elucidar os idosos, sobre a evolução da criminalidade, nomeadamente burlas. Policiamento de Proximidade Que complementa todos os outros programas, que consiste no contacto próximo e directo com a população em geral, no sentido de identificar eventuais pólos de criminalidade, para serem combatidos e criar na população o espírito de segurança. Varias operações inopinadas quer na fiscalização rodoviária, quer em estabelecimentos de diversão, quer em outros estabelecimentos. Visam além de outros aspectos, o controlo de cidadãos estrangeiros em situação ilegal e o combate à criminalidade. Policia de Segurança Pública Programa Integrado de Policiamento de Proximidade (PIPP) O PIPP tem duas vertentes distintas: Programa Escola Segura Que visa garantir a segurança nos vários estabelecimentos de ensino existentes na cidade. 156 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Equipa de Protecção e Apoio à Vítima (EPAV) Esta equipa tem uma zona específica de patrulhamento, situada na zona da Barreta. Trata-se de uma zona onde residem muitos idosos e com vários problemas sociais e de criminalidade e que merece toda a atenção da PSP de Olhão. Além do patrulhamento de proximidade nesta zona da cidade, esta EPAV efectua também o acompanhamento de vítimas de crimes, nomeadamente de violência doméstica e idosos vítimas de maus tratos e/ou em situação de abandono. 157 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.11. PROTECÇÃO CIVIL De acordo com o Decreto Lei 27/2006 de 03 de Julho “A Protecção Civil é a actividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e Autarquias Locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos colectivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo, quando aquelas situações ocorram.” O Municipio de Olhão tem o seu Gabinete de Protecção Civil, situado nas instalações da Câmara Municipal que tem como atribuições: a) Coordenar as operações de prevenção, socorro e assistência, nomeadamente em situações de catástrofe ou calamidade pública; b) Colaborar com o Serviço Nacional de Protecção Civil no levantamento e análise de situações de risco colectivo; c) Divulgar medidas a serem utilizadas pelas populações em situações de emergência; d) Promover e/ou apoiar as acções tendentes à avaliação dos prejuízos e danos causados por catástrofes. 158 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 BOMBEIROS MUNICIPAIS DE OLHÃO Em 29-10-1931 por deliberação da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Olhão e ao tempo do Sr. Presidente Capitão João Carlos Mendonça, foram municipalizados o Corpo de Bombeiros de Olhão. O Corpo de Bombeiros Municipais de Olhão, hoje mais do que nunca, possui um papel preponderante no socorro ás populações, quer do Concelho de Olhão, quer da Região do Algarve, para onde frequentemente é solicitado e colabora com outros Corpos de Bombeiros no colmatar das diferentes adversidades que surgem no dia a dia quer aos cidadãos quer aos seus bens. Nos últimos anos o Corpo de Bombeiros tem sido, com bastante frequência, solicitado a intervir fora do Concelho de Olhão, quer no Distrito de Faro, quer no Distrito de Beja, para as mais diversas ocorrências, destacando-se o combate aos incêndios Florestais, atendendo á sua operacionalidade e aos meios que dispõe, quer no aspecto técnico e operacional, quer no aspecto operacional dos meios existentes. Devido à evolução constante dos tempos actuais o Corpo de Bombeiros Municipais de Olhão teve de evoluir e acompanhar a evolução, o que passa muitas vezes á margem dos cidadãos e que se traduz em números, números esses que traduzem o serviço humanitário que o Corpo de Bombeiros Municipais de Olhão presta e que falam por si só. Localizações das suas sedes: • Rua Carlos da Maia, n.º3; • Rua Luís de Camões, n.º2; • Rua Teófilo de Braga, n.º1 (Junto ao edifício da Câmara Municipal de Olhão); • Largo da Feira; • Av. Dr. Bernandino da Silva, n.º72 a 78; • Sede do actual quartel: Av. Dr. Bernandino da Silva, n.º25 a 27. • Destacamento da Ilha da Armona Fonte: Corpo de Bombeiros Municipais de Olhão, 2010 159 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO (2009) N.º de Funcionários, por categoria/carreira 33 35 30 25 20 15 10 5 6 1 4 1 0 Comandante Bombeira de 1.ª Bombeiros de Classe 3.ª Classe Bombeiros Recrutas Assistentes Operacionais Fonte: Bombeiros Municipais de Olhão (2009) Os Bombeiros Municipais de Olhão contam ainda com cerca de 40 bombeiros voluntários, que possuem diversas profissões, tais como, motoristas, pedreiros, estudantes, professores, psicólogos, administrativos, auxiliares, técnicos de emergência médica, e outras profissões, e com cerca de 35 elementos da Fanfarra que são na sua grande maioria estudantes. N.º de viaturas, por tipo 14 14 12 10 9 8 6 6 4 2 2 0 Ambulâncias Veículos de Veículos de apoio Veículos aquáticos combate a incêndios e outros Fonte: Bombeiros Municipais de Olhão (2009) Os bombeiros de Olhão apresentam um razoável parque de meios para o socorro e protecção civil da população do concelho 160 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de alertas/serviços, por tipo N.º de Alertas/Serviços Efectuados por Ano Incêndio Agrícola 11 Incêndios Detritos 130 Incêndio Edifícios 112 Incêndio Equipamentos 10 Incêndio Inculto 198 Incêndio Povoamento Florestal 4 Incêndio Produtos 7 Incêndio Transporte 28 Acidente Aquático 3 Acidente Ferroviário 3 Acidente Rodoviário 171 Corte Abastecimento da População 1 Dano Queda Cabos Eléctricos 14 Desabamento 8 Deslizamento 7 Inundação (Infiltração) 35 Queda de Árvore 43 Desentupimento / Tamponamento 9 Afogamento 4 Doença Súbita 2096 Intoxicação 72 Parto 63 Queda / Traumatismo 543 Queimado 6 Agressão / Violência 132 Suicídio / Homicídio 14 Transporte / Remoção Cadáver 110 Fuga de Gás 23 Abastecimento de Água 16 Abertura de Porta 103 Fecho de Água 20 Limpeza Via / Conservação 93 Prevenções 95 Reboque / Desempanagem 10 Transporte de doentes 11212 Assistência à População / Apoio Social 19 Busca / Resgate (Pessoas ou Animais) 34 Deslocações 414 Exercício / Simulacro 7 Protecção Civil - Cheia 2 Total 15882 Fonte: Bombeiros Municipais de Olhão (2009) Verificamos que a maioria destes alertas / serviços, passaram pelo transporte de doentes, seguindo-se os alertas por doença súbita. Verificamos ainda uma grande percentagem de alertas relacionados com quedas / traumatismos e incêndios. 161 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.12. INTERVENÇÃO SOCIAL A informação recolhida permite-nos verificar que o concelho de Olhão apresenta sinais de vulnerabilidades sociais, identificadas na expressiva percentagem de beneficiários do RSI, que apresenta dos valores relativos e absolutos mais elevados do Algarve. A cobertura dos beneficiários por acordos de inserção, é muito elevada mas a maior parte das acções não se referem à empregabilidade. A população beneficiária apresenta, presumivelmente fortes défices de competências funcionais, pessoais e sociais, que são factores de inibição da sua inserção profissional. Os valores elevados de beneficiários dos subsídios de desemprego da segurança social, reflectem uma realidade social problemática que está na base duma situação de grande fragilidade e dependência institucional. A rede de respostas à infância no concelho, apresenta um bom nível de cobertura e de recursos disponíveis para a população beneficiada. A intervenção precoce, o GASMI, os GAAF’s, a Casa da Juventude e o projecto Escolhas a funcionar no concelho são recursos de excelência na resposta às necessidades das famílias, jovens e crianças do concelho. 3.12.1. PROTECÇÃO SOCIAL / ACÇÃO SOCIAL N.º de pensionistas da Segurança Social por município, segundo o tipo de pensão Total Total Algarve Pensionistas em 31 Dez. Invalidez Total Pensionistas em 31 Dez. Velhice Total 108 384 103 242 Albufeira 6 534 6 219 506 481 Alcoutim 1 770 1 661 82 Aljezur 1 957 1 860 101 Castro Marim 2 134 2 025 Faro 14 759 14 107 1 438 1 413 Lagoa 5 029 4 820 423 416 Lagos 7 142 6 828 513 498 4 758 Loulé 14 635 13 947 Monchique 2 605 2 477 Olhão 10 740 10 187 Portimão 13 384 12 770 São Brás de Alportel 2 766 2 615 Silves 10 762 10 269 8 506 130 978 Pensionistas em 31 Dez. Sobrevivência Total Pensionistas em 31 Dez. 68 818 27 827 26 163 4 227 4 039 1 801 1 699 81 1 272 1 197 416 383 97 1 376 1 315 480 448 1 392 543 507 9 733 9 317 3 588 3 377 3 298 3 167 1 308 1 237 4 556 1 871 1 774 9 362 3 876 3 642 544 8 261 126 943 72 051 1 461 9 781 136 1 885 1 797 577 1 018 986 6 834 6 508 2 888 2 693 1 241 1 210 8 931 8 551 3 212 3 009 1 766 728 680 6 849 2 774 2 619 143 175 828 169 801 1 863 7 160 162 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Tavira 7 729 7 332 448 438 5 276 Vila do Bispo 1 524 1 454 95 94 1 032 983 397 377 Vila Real de Sto. Ant. 4 914 4 671 387 372 3 164 3 011 1 363 1 288 2 005 5 008 1 886 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, INE, dados de 2009 O concelho de Olhão apresenta o rácio de pensionistas equivalente ao rácio demográfico na região do Algarve – aproximadamente de 10%. Este rácio é constante em todos os tipos de pensão atribuídos não se verificando desvios à mediana regional. Rendimento Social de Inserção De acordo com o artigo 1, do capitulo 1 da Lei 13/2003 de 21 de Maio, que revoga a Lei de 19/A de 96 de 29 de Junho, e cria o Rendimento Social de Inserção, o objecto deste “… consiste numa prestação incluída no subsistema de solidariedade e num programa de inserção de modo a conferir às pessoas e aos agregados familiares apoios adaptados à sua situação pessoal, que contribuam para a satisfação das suas necessidades essenciais e que favoreçam a progressiva inserção laboral, social e comunitária.” Beneficiários do rendimento social de inserção por município, segundo o sexo e a idade, em 2009 Sexo Total Algarve 18 450 Idade H M - de 25 anos 25-39 anos 40-54 anos 55 e + 2 171 8 956 9 494 8 966 3 904 3 409 Albufeira 815 378 437 416 171 142 86 Alcoutim 105 52 53 40 18 22 25 Aljezur 211 105 106 84 49 43 35 Castro Marim 342 170 172 165 64 76 37 2 546 1 216 1 330 1 263 561 444 278 Lagoa 807 393 414 410 162 146 89 Lagos 1 202 577 625 588 270 230 114 Loulé 2 032 964 1 068 1 004 401 379 248 27 42 44 Faro Monchique 165 81 84 52 Olhão 2 938 1 420 1 518 1 471 607 535 325 Portimão 3 014 1 483 1 531 1 521 683 525 285 163 Diagnóstico Social Olhão São Brás de Alportel Junho 2011 303 157 146 137 56 63 47 Silves 1 246 605 641 598 237 247 164 Tavira 1 199 598 601 513 240 243 203 63 54 48 35 17 17 Vila do Bispo Vila Real de António 117 Santo 1 408 694 714 656 323 Anuário Estatístico da Região do Algarve, INE, dados de 2009 255 174 Segundo os dados do INE (número geral de beneficiários do RSI), o concelho de Olhão apresenta valores comparativos muito elevados em relação ao número de beneficiários do RSI. É o segundo concelho do Algarve com o maior número de beneficiários do RSI. Segundo o sexo é o segundo concelho no número de beneficiários, homens e mulheres logo a seguir a Portimão. Também no escalão etário entre os menores de 25 anos e de 25 a 39 anos ocupa a segunda posição no Algarve. Já no escalão dos 40 aos 55 anos e mais, o concelho de Olhão é líder no número de beneficiários do RSI. N.º total de titulares e beneficiários com processamento em 2009 13994 14000 12000 10000 8000 Distrito Olhão 4998 6000 4000 2183 719 2000 0 Famílias Beneficários com processamento Fonte: SESS-Web - RSI 2009/12 Segundo a Segurança Social, existem 2.183 beneficiários do RSI (os valores diferem do INE porque se trata do número de processamentos), mas mantém-se o padrão do concelho de Olhão com valores muito elevados em relação à média da região. 164 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Nº de agregados familiares por dimensão do agregado 200 174 180 160 160 140 127 122 120 100 83 80 60 38 40 20 9 5 0 1 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 N.º de elementos A.F. Fonte: SESS-Web – RSI 2009/12 Verifica-se que a maioria dos beneficiários são indivíduos isolados e monoparentais, mas também, com valores muito elevados em agregados até 6 elementos o que pressupõe a existência de muitas crianças nos agregados familiares beneficiários do RSI. Nº de agregados familiares por tipo de família 48 Nuclear sem filhos 257 Nuclear com filhos 138 Monoparental 151 Isolado 4 Extensa 44 Desconhecido 1 Avós com netos 76 Alargada 0 50 100 150 200 250 300 Fonte: SESS-Web - RSI 2009/12 Verifica-se um número comparativamente elevado de agregados familiares da tipologia Nuclear com Filhos e mas também de famílias monoparentais e isolados. 165 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Valor médio da prestação por família e beneficiário 300 255,91 € 250 200 150 82,42 € 100 50 0 Valor Médio por Família Valor Médio por Beneficário Fonte: SESS-Web – RSI 2009/12 O valor médio da prestação por família situa-se nos 255,91 euros. Este valor é, como vimos, atribuível a muitas famílias com filhos e outros elementos do agregado. O valor médio da prestação por beneficiário no concelho de Olhão é de 82,42 euros. N.º de acordos de inserção, e beneficiários envolvidos 4500 4033 3718 4000 3500 3000 2500 2027 2000 1500 1000 684 500 0 Acordos Inserção N.º benef. N.º Acções N.º de Acções Abrangidos nos contratualizadas cessadas Acordos Inserção Fonte: SESS-Web - RSI 2009/12 Verifica-se que no concelho de Olhão a grande maioria dos beneficiários estão abrangidos por acordos de inserção, com um grande número de acções contratualizadas (4.033). 166 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de acções contratualizadas em execução por áreas 1600 1495 1400 1200 1090 1000 888 800 600 442 400 200 72 46 0 Educação Formação Emprego Profissional Saúde Acção Social Habitação Fonte: SESS-Web – RSI 2009/12 Das acções contratualizadas nos acordos de inserção do RSI, verifica-se que a a grande maioria destas acções se refere à educação, acção social e saúde. O emprego ocupa uma pequena parcela das acções promovidas nos acordos de inserção. N.º de situações de reingresso na medida, por motivo 8 8 7 6 5 4 4 3 1 2 1 0 Titular pr Titular Titular pr Não Titular Não Titular pr Não Titular Fonte: SESS-Web - RSI 2009/12 Verifica-se que a maioria dos reingressos na medida se refere a “Não Titular por Não titular”. 167 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de processos cessados, por motivo 10 10 9 8 7 6 5 4 3 3 3 2 1 1 0 180 dias após suspensão Alteração rendimentos Falsas declarações Incumprimento do Programa Inserção Fonte: SESS-Web - RSI 2009/12 De acordo com o gráfico apresentado o motivo da cessação da medida, é a suspensão, incumprimento do programa e alteração dos rendimentos por ordem decrescente. N.º de processo suspensos, por motivo 87 Req. Suspensos Limite autorização Residência 8 Obrigação de comunicação 10 dias 6 Falta realização acções 3 0 20 40 60 80 100 Fonte: SESS-Web - RSI 2009/12 Os requerimentos suspensos são a maior razão da suspensão da medida, seguida pelo limite de autorização de residência e o não cumprimento da comunicação de 10 dias. 168 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Evolução do n.º de beneficiários de RSI em Olhão (2005 – 2009) 3500 2938 3000 2500 2278 1922 2000 1595 1500 1394 1000 500 0 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: Anuários Estatísticos da Região do Algarve, INE No prazo de quatro anos o número de beneficiários abrangidos pela medida, mais do que duplica, passando de 1.394 para 2.938. Este crescimento exponencial verifica-se sobretudo a partir de 2008. Prestações de Desemprego Estas prestações destinam-se a compensar o beneficiário da falta de remuneração motivada pela situação de desemprego ou da sua redução determinada pela aceitação de trabalho a tempo parcial e a promover a criação de emprego, designadamente através do pagamento, de uma só vez, do montante global das prestações. Beneficiários de subsídios de desemprego da Segurança Social por município, segundo o sexo e a idade, em 2009 Sexo Total Total Algarve Albufeira Idade H 29 051 13 077 4 347 1 859 Novos beneficiários 8 302 Total 15 974 8 194 25-29 anos 2 936 4 181 30-39 anos 40-49 anos 50-54 anos 55 e + 8 488 6 603 2 864 3 979 1 342 1 061 409 424 473 638 31 16 45 22 11 6 18 17 5 19 Aljezur 203 75 43 128 64 21 25 66 39 20 32 Castro Marim 348 162 106 186 104 29 55 87 69 48 60 Faro 3 259 1 671 1 030 1 588 859 338 547 980 587 307 500 Lagoa 1 622 702 414 920 419 203 215 429 374 170 231 Lagos 1 850 814 554 1 036 535 194 233 547 449 199 228 Loulé 4 212 1 949 1 294 2 263 1 269 390 630 1 216 1 044 385 547 230 103 62 23 25 44 55 34 49 127 1 414 - de 25 anos 76 55 2 488 Novos beneficiários Alcoutim Monchique 1 218 M Olhão 2 583 1 168 706 1 415 592 242 416 800 532 251 342 Portimão 4 518 1 985 1 229 2 533 1 197 431 624 1 283 1 034 474 672 169 Diagnóstico Social Olhão São Brás de Alportel Junho 2011 384 174 108 210 122 55 53 117 64 32 63 Silves 2 284 959 592 1 325 638 217 305 683 552 204 323 Tavira 1 394 649 424 745 395 134 168 397 331 137 227 Vila do Bispo V. Real de Sto. Ant. 274 1 467 91 685 183 782 96 406 25 150 30 211 71 408 72 323 26 163 50 212 52 461 Fonte: Anuário Estatístico da Região do Algarve, INE Verifica-se que no concelho de Olhão, existem 2.583 beneficiários do subsídio de desemprego da Segurança Social, dos quais 1.168 são homens e 706 mulheres. A faixa etária predominante deste tipo de subsídio situa-se entre os 30 – 39 anos (800 beneficiários) o que indicia a dificuldade de regresso ao mercado de trabalho pelos novos desempregados. Subsidio de Apoio à Renda Existem, no Município de Olhão, agregados familiares a viver em condições desfavoráveis uma vez que o elevado valor das rendas praticadas no mercado privado impossibilita, na sua maioria, a tentativa de melhorar as condições de habitação. Assim, é imprescindível a intervenção do Município no âmbito da Acção Social, com vista à progressiva inserção social e melhoria das condições de vida dos munícipes, nomeadamente em situações de grande carência habitacional que afectam estratos sociais mais desfavorecidos. Este é um apoio que visa a atribuição de apoio financeiro com vista ao arrendamento de casas de habitação, para residência permanente, dos munícipes de estratos sociais desfavorecidos. N.º de titulares por sexo 21 Fem Mas 82 Fonte: Divisão de Acção Social da CMO, dados de 2010 170 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A grande maioria dos titulares do subsídio de renda no concelho de Olhão são mulheres. N.º de titulares por idade 40 36 35 30 25 25 20 15 10 14 13 8 5 5 0 18 a 24 25 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 64 65 ou mais Fonte: Divisão de Acção Social da CMO, dados de 2010 A faixa etária dominante dos beneficiários do subsídio de renda no concelho de Olhão situa-se nas faixas etárias entre os 25 e os 40 anos. N.º de titulares por tipo de família 40 40 37 35 30 25 20 15 11 9 10 6 5 0 Isolada Monoparental Nuclear c/ filhos Nuclear s/ filhos Alargada Fonte: Divisão de Acção Social da CMO, dados de 2010 171 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 As famílias monoparentais são a maioria das famílias beneficiárias do subsídio de renda no concelho de Olhão (40 famílias). Apoio Alimentar Na sequência do apoio alimentar disponibilizado pelo Banco Alimentar do Algarve e do PCAC, o Município de Olhão apoia, desde Abril de 2009 as instituições do concelho no sentido de colmatar as necessidades sentidas por estas instituições através da disponibilização dos géneros alimentícios que lhes chegam em menor quantidade. Isto porque, nem sempre as instituições têm capacidade financeira para suportar os custos dos produtos em falta e também porque se tem registado uma maior afluência de novas famílias aos Serviços de Acção Social, Estas entidades por sua vez distribuem os alimentos às famílias mais carenciadas. Em Setembro de 2010 encontravam-se inscritos para recebimento do cabaz mensal aproximadamente 712 agregados familiares. Fonte: Divisão de Acção Social, Municipio de Olhão 172 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 3.12.2. INFÂNCIA / JUVENTUDE Subsídios de Acção Social Escolar N.º alunos beneficiários do Subsídios de Acção Social Escolar (SASE) por nível de escolaridade 7000 6273 6000 5000 4000 2972 3000 2000 1013 1000 698 817 444 0 Total Alunos Total C / escalão C / escalão C / escalão C / escalão Alunos c/ 1º C iclo 2º C iclo 3º C iclo Secundário escalão Fonte: Divisão de Educação da CMO e Agrupamentos Escolares do concelho No concelho de Olhão existem 6.273 alunos beneficiários do SASE e a maioria deles são alunos do 1º ciclo. (1013) N.º de alunos beneficiários por escalão 1110 1862 Escalão A Escalão B Fonte: Divisão de Educação da CMO e Agrupamentos Escolares do concelho A maioria dos alunos de Olhão beneficiários do SASE no concelho de Olhão, pertence ao escalão A (1862 alunos) 173 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Bolsas de Estudo no Ensino Superior A atribuição de bolsas de estudo pela Câmara Municipal de Olhão tem como objectivo incentivar e proporcionar a frequência de cursos superiores a jovens que, devido às suas condições económicas, a eles dificilmente poderiam aceder, contribuindo, assim, para a igualdade de oportunidades no acesso aos graus mais elevados do ensino. As bolsas de estudo consistem na atribuição de uma prestação pecuniária, de valor fixo, para comparticipar os encargos resultantes da frequência do ensino e são concedidas anualmente, pelo período de dez meses, desde que as condições de atribuição não se alterem. N.º de bolsas de estudo atribuídas a alunos do ensino superior pelo CMO 9 19 Deslocados Não Deslocados Fonte: Divisão de Acção Social da CMO A maioria das bolsas de estudo está atribuída a alunos não deslocados do concelho de Olhão. 174 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 CASA DA JUVENTUDE A Casa da Juventude de Olhão, situada na Avª Bernardino da Silva, no Edifício da Biblioteca Municipal, tem como missão ser um espaço de integração, participação e desenvolvimento de actividades lúdico/formativas, que pretende promover e apoiar o desenvolvimento humano, social e cultural das crianças e jovens olhanenses. A prestação de informações, a promoção do associativismo, a realização de workhops, ateliers e oficinas temáticas, exposições, eventos, actividades de tempos livres e acesso à internet, são os serviços regularmente prestados pela Casa da Juventude. N.º total de atendimentos mês por sexo, 2009 Feminino 600 Masculino 534 480 500 425 384 400 427 447 480 464 427 419 366 328 300 531 353 342 306 271 270 251 232 229 271 261 225 200 100 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: Casa da Juventude de Olhão, dados de 2009 Verifica-se pelo gráfico atrás representado que a Casa da Juventude responde a um número considerável de jovens da cidade de Olhão, ao longo do ano, que oscilam conforme o sexo, com maior procura por parte dos rapazes na maior parte dos meses. 175 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º total de atendimentos por temas 6000 5618 5000 4000 3000 2000 923 1000 556 342 193 147 110 103 82 41 32 27 de s po m am Fu n d. D iv ul g. C fo r In 201 Fé ri as E Te xp cn os . iç In ão fo G r ab m aç in et ão e Té cn A TL ic H o ab de S ita al F ér çã a ia M o s ul tim Po La rt é a di bo 65 a ra tó Jo rio ve m Fo to gr C af ar ia tã o Jo A ss ve oc m ia tiv is m o s er al G aç ã o fi c in a | rs à so te lie A ce s A O In te r ne t 0 Fonte: Casa da Juventude de Olhão, dados de 2009 A esmagadora maioria dos utentes da Casa da Juventude são utilizadores do acesso à internet, seguidos dos interessados nos ateliês. N.º de participantes por actividade, sexo e faixa etária Nome Pax Juniores em Movimento 449 Primeiros Socorros Iniciação à Fotografia F M Faixa Etária 6 aos 12 anos Nível I 12 7 Nível II 15 10 5 15 e 30 anos Grupo 1 5 6 1 > 15 anos Grupo 2 4 15 e 30 anos 6 3 3 > 15 anos Iniciação à Pintura 46 26 20 > 10 anos Desenho e BD 245 9 8 8 aos 16 anos "Um Sábado Diferente" 91 19 17 6 e os 10 anos 25 10 15 8 aos 11 anos 5 8 aos 11 anos ATL Férias da Páscoa '09 25 20 Grupo 1 7 6 14 e os 20 anos Grupo 2 5 6 14 e os 20 anos Grupo 3 6 6 14 e os 20 anos Campos de Férias '09 216 104 112 8 aos 13 anos Campos de Férias '09 - Arqueologia 27 14 13 14 e os 16 anos Nível 1 9 8 2 10 aos 16 anos Nível 2 12 8 4 10 aos 16 anos Manhã 16 12 4 8 aos 11 anos Tarde 12 5 5 8 aos 11 anos Tarde 13 7 6 8 aos 11 anos Workshop Maquilhagem Oficina de Teatro ATL Férias de Natal '09 286 224 Total de participantes 1242 Fonte: Casa da Juventude de Olhão, dados de 2009 176 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Dentro dos programas oferecidos na Casa da Juventude o “Juniores em Movimento” é o mais procurado, seguido do Desenho e BD e dos Campos de Férias. COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS DE OLHÃO A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Olhão surgiu da Portaria de Instalação da Comissão de Protecção de Menores nº 218 de 03.04.1998, tendo sido reorganizada pela Portaria n.º 1226-DX/2000 de 30 de Dezembro. A CPCJ de Olhão é composta por 18 elementos e reuniu 41 vezes na sua modalidade restrita e 2 vezes na sua modalidade alargada, durante o ano de 2009. A Comissão Restrita intervém nas situações em que a criança/jovem se encontra em situação de perigo. Compete à Comissão Restrita atender, informar a comunidade em geral, bem como proceder à instrução de processos, aplicar, acompanhar e rever medidas de promoção e protecção. A CPCJ efectua o seu trabalho em estreita articulação com o Ministério Público e com a Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco. Entidades que mais frequentemente colaboram com a CPCJ, por fase do Processo Processos de Promoção e Protecção Entidades, projectos comissões, Confirmação da situação de perigo Fase de diagnóstico Execução da medida Centro de Saúde de Olhão X X X Agrupamentos Escolares X X X PSP e GNR X Equipas do RSI X X X APPC - Centro Apoio à Vida X X X Hospital Central de Faro X X X X X IPSS do Concelho Fonte: CPCJ de Olhão, 2009 177 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Caracterização Processual da CPCJ de Olhão Durante o ano de 2009 estiveram activos 400 processos, 264 dos quais instaurados no corrente ano, 118 transitados de anos anteriores e 18 reabertos. N.º total de processos acompanhados 276 400 Total processos Instaurados Reabertos Transitados 118 Arquivados 18 264 Fonte: CPCJ de Olhão, 2009 Na CPCJ de Olhão de um número total de 400 processos, verifica-se que o número de Arquivados e Instaurados é quase equivalente, com uma pequena margem para os reabertos ou transitados. N.º de Processos Instaurados por Faixa Etária e Sexo 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 0-2anos Masc Fem 0610anos 1314anos 1821anos Fonte: CPCJ de Olhão, 2009 178 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Verifica-se uma maior incidência de processos na faixa etária mais tardia dos 15 aos 17 anos, com um número muito elevado também na faixa dos 13 – 14 anos. Em relação à distribuição dos casos por sexo verifica-se que existe uma maior incidência no sexo feminino até aos 6 – 10 anos e depois nos 18 – 21 anos. O sexo masculino predomina nas faixas etárias entre os 11 e os 17 anos. N.º de processos instaurados por problemática 18 34 Abandono Abandono escolar 17 77 Expos. Modelos desviantes Mendicidade Maus-tratos físicos Maus-tratos psicológicos 85 10 1 11 29 Negligência Prática facto qualif. Crime Outros Fonte: CPCJ de Olhão, 2009 Como se pode verificar, as problemáticas que mais se destacam são a negligência e o abandono escolar/assiduidade irregular. As situações de negligência diferenciam-se nas faixas etárias entre os 0 e os 10 anos e os 13 e 14 anos de idade. Por negligência entendem-se as situações de falta de prestação de cuidados básicos de higiene e conforto, insuficiências ao nível da alimentação, passividade dos progenitores face ao absentismo escolar, o não acompanhamento das questões básicas de saúde, a fraca estimulação psicossocial das crianças, o abandono das crianças em casa entregues a si próprias e/ou aos cuidados de irmãos mais velhos, estes também menores de idade. As situações de abandono escolar verificam-se sobretudo em crianças entre os 15 e os 17 anos de idade, sendo ainda preocupantes as faixas etárias dos 11 - 12 anos e 13 – 14 anos. Destacam-se ainda as situações de maus-tratos físicos infringidos contra as 179 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 crianças, cujas faixas etárias mais afectadas encontram-se entre os 15 – 17 anos e os 6 – 10 anos. Os maus-tratos são na sua grande maioria infringidos no seio do agregado familiar. Verifica-se a crescente sinalização por parte da PSP e GNR, referente a situações de violência doméstica, no quadro identificado como “Maus-Tratos Psicológicos/Abuso Emocional”. Quando chamados a intervir em situações de violência doméstica e na existência de crianças no agregado, as forças de segurança comunicam o facto à CPCJ. N.º de processos arquivados por motivo Remessa de Processo a Tribunal - Sinalização a Tribunal Competente 1 Remessa de Processo a Tribunal - Retirada de Consentimento para Intervenção 3 Remessa de Processo a Tribunal – Ausência de Decisão Após 6 Meses 1 Remessa de Processo a Tribunal - Ausência de Consentimento para Intervenção 11 Encaminhamento para Entidade com Competência em Matéria de Infância e Juventude 12 Criação Indevida de Processo 10 A Situação de Perigo não se Confirma 71 A Situação de Perigo já não Subsiste 91 0 20 40 60 80 100 Fonte: CPCJ de Olhão, 2009 180 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Registaram-se ao longo de 2009, 205 arquivamentos de processos, 71 dos quais pelo facto da situação de perigo não se confirmar, 91 por esta situação após a intervenção já não se verificar, 12 processos encaminhados para as entidades com competência em matéria de infância e juventude, 10 por criação indevida de processos, outros 16 remetidos para o Tribunal de Família e Menores de Faro, por ausência de consentimento para a intervenção desta Comissão, ausência de decisão após 6 meses, retirada de consentimento e existência de processo em Tribunal Competente. O arquivamento liminar verifica-se quando, após efectuadas diligências sumárias não existe fundamento para a intervenção, por não se confirmar a situação de perigo sinalizada. Quando a situação de perigo se confirma e, após intervenção, esta é ultrapassada o processo é arquivado, por já não subsistir a situação denunciada. De acordo com a legislação em vigor, procede-se ao encaminhamento para as entidades com competência em matéria de infância e juventude, sempre que a situação sinalizada possa ser alvo de intervenção por uma outra entidade e até que esta esgote todos os recursos existentes para extinção do perigo. Ao abrigo do art.º 79 da Lei 147/99 de 1 de Setembro, os processos de promoção e protecção deverão ser acompanhados pela C.P.C.J. com competência territorial, pelo que quando as crianças residem e/ou alteram a residência para outros concelhos, os processos são remetidos para a C.P.C.J. competente. 181 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 GRUPO DE APOIO À SAÚDE MENTAL INFANTIL O Grupo de Apoio à Saúde Mental Infantil (GASMI) é um projecto de âmbito regional que surgiu através de um protocolo assinado em 2002, entre a Administração Regional de Saúde do Algarve I.P. (Centros de Saúde) e o Hospital D. Estefânia, Departamento de Pedopsiquiatria, Clínica do Parque. Este Departamento atende para além de outras regiões do país, a área de influência do Algarve, uma vez que não existe este tipo de serviços na região. Foram assim criadas 8 equipas nos Centros de Saúde do Algarve, para atendimento comunitário de crianças com Supervisão Pedopsiquiátrica, evitando assim a deslocação de crianças e famílias a Lisboa. Os objectivos passam por proporcionar um atendimento diferenciado e comunitário, em Saúde Mental Infantil bem como observar, avaliar e apoiar crianças que apresentem alterações do foro comportamental, emocional e social. Tem como Grupo-Alvo crianças dos 3 aos 12 anos de idade. N.º de crianças acompanhadas durante o ano, por freguesia de residência 131 140 120 102 100 80 60 40 22 20 19 6 ho s M on ca ra pa c ue lfe Q et a Fu s ão Pe ch O lh ão 0 Fonte: Equipa do GASMI, 2009 Verifica-se que a maior incidência de acompanhamentos tem origem em crianças maioritariamente originárias de Olhão e Quelfes. 182 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de crianças acompanhadas por grupo etário 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 92 85 61 22 17 3 ec id o s 15 on h > = 14 ao s D es c 12 ao s 11 8 9 6 ao s 5 ao s 3 0 ao s 2 0 Fonte: Equipa do GASMI, 2009 A faixa etária dos 9 aos 11 anos é a mais representada nos acompanhamentos, seguida pela dos 6 aos 8 anos. N.º de crianças acompanhadas por sexo 105 Masculino Feminino 175 Fonte: Equipa do GASMI, 2009 Predominam as crianças do sexo masculino nos acompanhamentos realizados 183 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de crianças acompanhadas por tipo de família 95 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 50 30 2 c Ex te ns a A la rg ad A co a lh im en R ec to on st ru íd a A do pç ão In st i tu D es iç ão co nh ec id os 2 al M as en t al Fe m 13 4 M on op ar en t N uc le ar 4 op ar M on 47 33 Fonte: Equipa do GASMI, 2009 Nota: Não foi possível identificar este item para todas as crianças, uma vez que houve casos em que não foi realizado acolhimento (1.ª entrevista clínica). A família nuclear é a mais representada como família de origem das crianças acompanhadas. Segue-se a alargada e a família monoparental feminina. N.º de crianças acompanhadas por n.º de pessoas no agregado familiar 100 86 90 80 70 59 60 53 50 38 40 30 20 10 14 1 13 7 1 4 1 3 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 s De 10 d o s i ec nh co Fonte: Equipa do GASMI, 2009 Nota: Não foi possível identificar este item para todas as crianças, uma vez que houve casos em que não foi realizado acolhimento (1.ª entrevista clínica), bem existem 4 crianças que se encontram institucionalizadas. 184 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de crianças acompanhadas por situação do pai/mãe face ao emprego 94 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1 s De em pr 71 71 34 10 a eg do 1 Em e pr do ga bo Am es sD e pr em d ga os bo Am sE m a eg pr s do s De nh co ido ec s Fonte: Equipa do GASMI, 2009 Nota: Não foi possível identificar este item para todas as crianças, uma vez que houve casos em que não foi realizado acolhimento (1.ª entrevista clínica). N.º de crianças por condições de habitabilidade da residência do agregado familiar 160 150 140 120 105 100 80 60 40 11 20 2 12 0 a Ap o nt me a t r sa Ca r Té a re Vi a nd ve ca rr a Ba s De o cid he n co Fonte: Equipa do GASMI, 2009 Verifica-se a predominância de casos em habitações convencionais; apartamentos e casas térreas. Nota: Não foi possível identificar este item para todas as crianças, uma vez que houve casos em que não foi realizado acolhimento (1.ª entrevista clínica). 185 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de crianças sinalizadas por sintomatologia Problemas Interv.Terapêutica 0 Problemas Parentalidade 105 Suspeita Problemas Sexuais 9 Alt. Percepção 5 Alt. C onsciência OAM 28 Problemas Afectos 120 Problemas C omportamento 176 Problemas Exp.Motora 7 Problemas Desenv. Global 5 Problemas Exp.Somática 8 Problemas Funcionais 51 Dif. Socialização Dif. C omunicação/Linguagem/Fala Dif. Aprendizagem Escolar 48 51 109 0 50 100 150 200 Fonte: Equipa do GASMI, 2009 De acordo com o quadro apresentado verifica-se a prevalência dos problemas de comportamento (176 caos identificados), os problemas com afectos (120 caos)e as dificuldades de aprendizagem escolar (109 casos). São ainda relevantes os casos associados aos problemas de parentalidade (105 casos). Nota: Cada criança pode ter mais do que um sintoma. N.º de crianças sinalizadas por entidade sinalizadora Desconhecidos 4 Outro 6 CPCJ 4 Tribunal 3 9 Técnicos de Saúde 16 Hospital 4 Segurança Social 37 Escola 197 Equipas de Saúde 0 50 100 150 200 250 Fonte: Equipa do GASMI, 2009 186 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 É na área da saúde onde se verificam a quase totalidade das sinalizações, seguida da escola com 37 casos. N.º de crianças apoiadas por modalidade de intervenção 0 Visitaçã o Domiciliar 19 Psicofarm acologia 14 Intervenção Pedopsiquiatria 6 Orienta ção Pedopsiquiatria 0 Grupos Terapêuticos 9 Grupo Pais 65 Follow Up 0 Intervenção Fisioterapia 22 Intervenção Familiar 33 Consulta Médica 7 Intervenção Serviço Social 14 Intervenção T.Fala 24 Avaliaçã o T.Fala 42 Avaliaçã o Psicologia 49 Acompanhamento Psicologia 6 Intervenção T.O. 14 Avaliaçã o T.O. 5 Acompanhamento Familiar 0 20 40 60 80 Fonte: Equipa do GASMI, 2009 Nota: Cada criança pode beneficiar de mais do que uma modalidade de intervenção. A modalidade de intervenção mais frequente é o Follow up, seguida do acompanhamento pela psicologia e da respectiva avaliação. Com mais ocorrências identificam-se também as consultas médicas, as terapias específicas e a intervenção familiar. 187 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de crianças encaminhadas para consultas de especialidade por tipo de consulta 25 20 20 15 15 9 10 6 6 6 5 2 0 L OR a to r ia gia tr i en iat olo dia u m i e q m i op o lv tal ps ur nv Of do Ne se Pe e D dia Pe a tri Ou tro Fonte: Equipa do GASMI, 2009 As consultas de especialidade a que mais crianças recorreram foram por ordem decrescente, as consultas de desenvolvimento e de pediatria. N.º de crianças em lista de espera por modalidade de intervenção 11 Grupos Terapêuticos 20 Intervenção Serviço Social 3 Intervenção T.Fala 8 Avaliaç ão T.Fala 40 Avaliaçã o Psicologia 1 Acompanhamento Psicologia 23 Intervenção T.O. 30 Avaliaçã o T.O. 13 Acompanhamento Familia r 0 10 20 30 40 50 Fonte: Equipa do GASMI, 2009 A lista de espera de crianças para intervenção tem maior procura para a avaliação psicológica e avaliação T. O. 188 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 EQUIPA DE INTERVENÇÃO PRECOCE O Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância tem o seu enquadramento legal no Despacho Conjunto nº 281/09, sendo definida como um conjunto organizado de entidades institucionais e de natureza familiar, com vista a garantir condições de desenvolvimento das crianças com funções ou estruturas do corpo que limitam o crescimento pessoal e social, bem como a sua participação nas actividades típicas para a idade, bem como das crianças com risco grave de atraso no desenvolvimento. É desenvolvido através da actuação coordenada dos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social, da Saúde e da Educação, com envolvimento das famílias e da comunidade. A nível local a Equipa de Intervenção Precoce é composta pelo Centro de Saúde, Equipa de Apoios Educativo e IPSS (Associação Paralisia Cerebral - Faro) Os objectivos destas equipas locais passam por identificar as crianças e famílias imediatamente elegíveis para o SNIPI; Assegurar a vigilância às crianças e famílias que, embora não imediatamente elegíveis, requerem avaliação periódica, devido à natureza dos seus factores de risco e probabilidades de evolução; Encaminhar crianças e famílias não elegíveis, mas carenciadas de apoio social; Elaborar e executar o PIIP em função do diagnóstico da situação; Identificar necessidades e recursos das comunidades da sua área de intervenção, dinamizando redes formais e informais de apoio social; Articular, sempre que se justifique, com as comissões de protecção de crianças e jovens e com os núcleos da acção de saúde de crianças e jovens em risco ou outras entidades com actividade na área da protecção infantil; Assegurar, para cada criança, processos de transição adequados para outros programas, serviços ou contextos educativos; e Articular com os docentes das creches e jardins-de-infância em que se encontrem colocadas as crianças integradas em IPI. A população alvo desta equipa é crianças com idades compreendidas entre os 0 e os 6 anos de idade. 189 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de crianças acompanhadas durante o ano, por freguesia de residência 38 40 35 30 25 20 15 10 5 0 17 7 pa c ca ra M on Q ho ue lfe s et a 2 Fu s ão Pe ch O lh ão 2 Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 As freguesias de Olhão e Quelfes, são a proveniência da grande maioria das crianças acompanhadas pela Intervenção Precoce no concelho de Olhão N.º de crianças acompanhadas por grupo etário 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 44 11 0 aos 2 11 3 aos 5 6 aos 8 Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 A faixa etária dos 3 aos 5 anos é a que apresenta maior incidência de casos identificados. 190 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de crianças acompanhadas por sexo 20 Masculino Feminino 46 Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 O sexo masculino é dominante nos casos em acompanhamento pela Intervenção Precoce no concelho de Olhão N.º de crianças acompanhadas por tipo de família 41 6 0 0 ec o ns tr uí da A do pç ão In st i tu D iç es ão co nh ec id os en to 3 M on A co lh im ad a a la rg A c Ex te ns al M as en t 2 0 op ar en t N uc le ar al Fe m 0 op ar M on 8 6 R 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 Nota: Não foi possível identificar este item para todas as crianças, uma vez que houve casos em que não foi realizado acolhimento (1.ª entrevista clínica). As situações identificadas e acompanhadas na intervenção precoce em Olhão são provenientes de famílias nucleares. 191 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de crianças acompanhadas por n.º de pessoas no agregado familiar 25 23 21 20 15 10 7 6 4 5 0 0 3 1 0 0 1 3 2 4 7 6 5 1 0 8 0 10 9 sc De he on o cid s Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 Nota: Não foi possível identificar este item para todas as crianças, uma vez que houve casos em que não foi realizado acolhimento (1.ª entrevista clínica). A esmagadora maioria dos casos de crianças acompanhadas situa-se em agregados familiares com mais de 3 pessoas, sendo o maior número em agregados com quatro pessoas. N.º de crianças acompanhadas por situação do pai/mãe face ao emprego 25 23 21 20 15 10 10 8 4 5 0 es 1D em pr a eg do 1 E re mp do ga s bo Am s De e pr em d ga os bo Am sE m a eg pr s do s De ido ec nh o c s Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 Nota: Não foi possível identificar este item para todas as crianças, uma vez que houve casos em que não foi realizado acolhimento (1.ª entrevista clínica). De acordo com o gráfico apresentado, a maioria das crianças acompanhadas provêm de famílias em que ambos os progenitores trabalham ou um deles trabalha. 192 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de crianças por condições de habitabilidade da residência do agregado familiar 40 35 30 25 20 15 10 5 0 a Ap 36 27 2 n me rta to sa Ca r Té a re Vi n ve 1 0 da ca rra Ba s De e nh co o cid Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 Nota: Não foi possível identificar este item para todas as crianças, uma vez que houve casos em que não foi realizado acolhimento (1.ª entrevista clínica). A grande maioria das crianças acompanhadas na intervenção precoce em Olhão reside em apartamentos ou casas térreas. N.º de crianças sinalizadas por sintomatologia 0 Problem as Interv.Terapêutic a Problemas Parentalidade 13 0 Suspeita Problemas Sexuais Alt. Percepç ão 1 2 Alt. Consciência OAM 8 Problem as Afectos 21 Problem as Comportamento Problem as Exp.Motora 17 8 Problemas Desenv. Global Problem as Exp.Somática Problem as Funcionais 1 4 8 Dif. Socialização guagem/Fala ação/Lin Dif. Comunic 46 6 Dif. Aprendizagem Escolar 0 10 20 30 40 50 Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 193 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 De acordo com o gráfico a sintomatologia que as crianças acompanhadas apresentam está relacionada com dificuldades na comunicação, linguagem ou na fala e problemas de comportamento ou de exploração motora. Nota: Cada criança pode ter mais do que um sintoma. N.º de crianças sinalizadas por entidade sinalizadora 0 Desconhecidos Outro 2 CPCJ 2 Tribunal 0 2 Técnicos de Saúde 12 Hospital 0 Segurança Social 8 Escola 40 Equipas de Saúde 0 20 40 60 Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 A área da saúde é a que sinaliza a grande maioria dos casos para a intervenção precoce sobretudo as equipas de saúde e o hospital. A escola apresenta números bem menores. N.º de crianças apoiadas por modalidade de intervenção Visitaçã o Domiciliar 0 Psicofarmacologia 0 Intervenção Pedopsiquiatria 0 Orientação Pedopsiquiatria 0 Grupos Terapêuticos 0 Grupo Pais 0 11 Follow Up Intervenção Fisiotera pia 0 1 Intervenção Familiar 5 Consulta Médica 3 Intervenção Serviço Social 11 Intervenção T.Fala 17 Avaliaç ão T.Fala 5 Avaliaçã o Psicologia 1 Acompanhamento Psicologia 7 Intervenção T.O. 9 Avaliaçã o T.O. 2 Acompanhamento Familiar 0 5 10 15 20 Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 194 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A avaliação e terapia da fala juntamente com o follow up, são as intervenções mais recorrentes na intervenção precoce no concelho de Olhão. N.º de crianças encaminhadas para consultas de especialidade por tipo de consulta 16 14 14 12 12 10 8 8 6 4 4 8 4 1 2 0 L OR a to r ia gia tri en ia t o lo dia u m i e q m i p o lv tal ps uro Of nv do Ne se Pe e D d ia Pe a tri Ou tro Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 De acordo com o gráfico verificamos que os encaminhamentos a que a intervenção precoce dá origem são sobretudo para as consultas de desenvolvimento e pediatria. N.º de crianças em lista de espera por modalidade de intervenção Grupos Terapêuticos 0 12 Intervenção Serviço Social 17 Intervenção T.Fala 25 Avaliação T.Fala 15 Avaliação Psicologia Acompanhamento Psicologia 0 7 Intervenção T.O. 11 Avaliação T.O. 8 Acompanhamento Familiar 0 5 10 15 20 25 30 Fonte: Equipa de Intervenção Precoce, 2009 As listas de espera para a operação definida pela intervenção precoce, são sobretudo para a avaliação/ terapia da fala e respectiva intervenção das situações. Para a avaliação psicológica e intervenção do serviço social existem também crianças em lista de espera com um número significativo. 195 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de crianças com medidas de protecção 4 50 GASMI IP Fonte: Equipa de Intervenção Precoce e do GASMI, 2009 Foi sobretudo o GASMI quem encaminhou a maioria das crianças para medidas de protecção no concelho de Olhão. N.º de crianças inseridas em agregados beneficiários da medida RSI 10 29 GASMI IP Fonte: Equipa de Intervenção Precoce e do GASMI, 2009 As crianças de agregados familiares apoiados pelo RSI e acompanhadas pelo GASMI são mais numerosas do que as que na mesma situação são apoiadas pela intervenção precoce. 196 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 GABINETE DE APOIO AO ALUNO E À FAMÍLIA O Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (G.A.A.F.) funciona na escola como um serviço de apoio aos alunos, professores, funcionários, famílias e comunidade envolvente. A equipa do GAAF é constituída por um Técnico Superior de Psicologia e uma Técnico Superior de Serviço Social além de um Professor Coordenador e actua em articulação com toda a comunidade escolar. Este Gabinete tem como principal objectivo apoiar os alunos na procura de soluções para os seus problemas quotidianos e criar estratégias de intervenção de combate à exclusão social. Neste contexto apoia os alunos e respectivas famílias nas suas problemáticas, despista situações de risco e promove a integração dos alunos na escola e na comunidade em geral. Consequentemente, também actua de forma a contribuir quer para o sucesso, quer para a prevenção do absentismo e do abandono escolar. Integra o Programa de Educação para a Saúde e é nessa medida que os professores se associam ao mesmo. Em Olhão existem dois GAAF’s, um situado na Escola EB 2/3 Alberto Iria e o outro na Escola EB 2/3 João da Rosa. N.º total de situações sinalizadas, ano lectivo 2009/2010 70 80 Alberto Iria João da Rosa Fonte: GAAF’s das Escolas João da Rosa e Alberto Iria O número de alunos sinalizados e acompanhados pelos dois GAAF’s são muito próximos embora o Agrupamento Alberto Iria tenha mais casos identificados. 197 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de sinalizações por nível de escolaridade, ano lectivo 2009/2010 80 68 70 60 48 50 40 30 22 20 12 10 0 1.º ciclo 2.º/3.º ciclo 1.º ciclo Escola Alberto Iria 2.º/3.º ciclo Escola João da Rosa Fonte: GAAF’s das Escolas da João da Rosa e Alberto Iria As sinalizações são mais frequentes no 2º e 3º ciclo nos dois agrupamentos de Olhão com GAAF’s. Ainda assim destaca-se uma discrepância maior no agrupamento Alberto Iria. N.º de sinalizações por tipo de problemática, ano lectivo 2009/2010 60 51 50 40 31 30 24 20 20 19 14 10 6 2 2 Escola Alberto Iria Absentismo Escolar Bullying Falta de acompanhamento parental Comportamento desadequado em sala de aula Carência Social Abandono Escolar Problemas de assiduidade Comportamentos desadequados em sala de aula Instabilidade Psicossocial 0 Escola João da Rosa Fonte: GAAF das Escolas João da Rosa e Alberto Iria De acordo com o gráfico, as sinalizações dos GAAF’s em Olhão no ano lectivo de 2009/ 2010, referem-se sobretudo às problemáticas de instabilidade psicossocial e comportamentos desadequados na sala de aula. Outros comportamentos também relevantes e identificados são ligados ao absentismo e abandono escolar. 198 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 PROGRAMA ESCOLHAS No âmbito do Programa Escolhas, surge o projecto “Bom Sucesso” que teve início no dia 1 de Janeiro de 2010. As ideias chave deste projecto são estimular os jovens que se encontram em risco de abandono escolar ou já em abandono escolar, a perspectivarem a vida para além do dia-a-dia; a serem capazes de escolher um percurso e a lutarem por ele; a consciencializarem-se que no futuro é necessário assumir muito mais responsabilidades e não deverão desperdiçar as oportunidades com que se deparam na actualidade. O Projecto Bom Sucesso é um projecto elaborado por um consórcio de 9 entidades, sendo que a promotora é a associação MOJU e as parceiras são o Municipio de Olhão, a CPCJ de Olhão, a Escola Secundária, os Agrupamentos de Escolas EB 2/3 Alberto Iria, João da Rosa e Paula Nogueira, a PSP e o IPJ que se propõem a semear a transformação social, no espaço de 3 anos em 2 freguesias do concelho de Olhão. Pretende-se também lançar um conjunto de actividades para crianças e jovens a partir dos 6 anos que contemplem o exercício físico, a sensibilização ambiental, a ocupação saudável dos tempos livres, o acesso às novas tecnologias, um apoio tutorial nas escolas, à criação do próprio emprego. Todas as actividades propostas têm uma finalidade última: promover a inclusão social dos jovens. N.º de destinatários / beneficiários por sexo 140 116 120 104 100 80 60 40 24 20 9 0 Masc. Fem. Destinatários Masc. Fem. Beneficiários Fonte: Projecto Bom Sucesso – Associação MOJU O sexo masculino apresenta o maior número de destinatários e o de beneficiários no projecto Bom Sucesso. 199 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 N.º de destinatários / beneficiários por escalão etário 25 aos 99 anos 55 0 19 – 24 anos 26 2 14 – 18 anos 67 20 11 – 13 anos 57 8 6 – 10 anos 3 Beneficiários Destinatários 14 1 0 0 - 5 anos 0 20 40 60 80 Fonte: Projecto Bom Sucesso – Associação MOJU O escalão etário dos 14 / 18 anos apresenta o maior número de destinatários e beneficiários. De seguida temos o escalão entre os 11 / 13 anos e o dos 25 aos 99 enquanto beneficiários. Principais actividades realizadas: • Gabinete de Acompanhamento Individual • Bom Sucesso Emprego • Ludoteca • Apoio Escolar • Apoio tutorial • Workshops de Educação Não formal • Emprego na Internet • Apoio na elaboração de Curriculum Vitae • Comemorações do Dia Internacional da Juventude • Participação na publicação da Voz de Olhão – suplemento do jornal Olhanense • Acompanhamento às famílias • Tertúlias juvenis • Visitas de estudo • Estágios em empresas locais • Acções de educação parental 200 Diagnóstico Social Olhão CAPITULO Junho 2011 4 – PROBLEMÁTICAS SOCIAIS IDENTIFICADAS 4.1. ÁREA TEMÁTICA: INFÂNCIA (0-10 anos) 4.1.1. FUNDAMENTAÇÃO Cada vez mais a infância é considerada como área prioritária de intervenção social na perspectiva de garantia de oportunidades de pleno desenvolvimento. A intervenção na infância pode quebrar ciclos de pobreza e dependência pela criação de instrumentos de inserção ou adaptação (sucesso escolar) ou de minimização dos factores de risco ambiental e familiar que condicionam o percurso de vida das crianças. No concelho de Olhão existe desde há anos uma intervenção concertada entre escolas e instituições para a criação de condições de sucesso secular e educativo. Esta intervenção poderá ser aprofundada através da intervenção familiar, criando condições para que o ambiente das crianças mais vulneráveis, seja facilitador e amigável no seu percurso escolar. A intervenção parental é complexa e com resultados frágeis e escassos. Exige uma concertação institucional, com uma perspectiva de longo prazo focada no percurso familiar como um todo, ou seja, exige uma relação inter institucional muito próxima e contínua. A existência de cursos de promoção das competências de gestão pessoal, doméstica e parental, em colaboração com agrupamentos escolares é uma boa alavanca para este processo de mudança. A relação entre as aprendizagens e as vivências das crianças é um dos pontoschave deste processo. Neste sentido as AEC’s ocupam um papel de charneira entre a escola e a família. Poderão ser repensados e reorganizados como espaço de 201 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 transferência de um conjunto de aprendizagens e estímulos para o seu meio de vida que, sendo experiências não formais de aprendizagem, são contudo estruturantes para o sucesso escolar e o equilíbrio do desenvolvimento das crianças. 202 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.1.2. ANÁLISE QUALITATIVA PROBLEMAS EXISTENTES - Insucesso Escolar Falta de competências parentais Falta de expectativas dos pais em relação ao futuro dos filhos Famílias desestruturadas - Incapacidade dos pais para apoio nos TPC’s - Maus tratos físicos e psicológicos no ambiente familiar - Peso excessivo dos TPC’s na vida das crianças Interesses divergentes entre os pais e a escola Excesso de pedagogia formal - Desconhecimento dos recursos existentes NECESSIDADES Partilha de conhecimentos entre técnicos - Criar oportunidades de motivação - Intervenção com as famílias - Capacidade de motivar os pais para participar na acções - Mais recursos humanos - Formação parental - Rever modelo das AEC’s - Rever modelo do estudo acompanhado e TPC’s - Mais Psicólogos para apoio aos professores/alunos - Mais articulação entre os serviços - Mais divulgação dos recursos e boas práticas - Criação de um “Espaço Brinca” de escolha livre Instrumentos e ferramentas de apoio aos professores PROBLEMAS PRIRIOTÁRIOS Famílias desestruturadas NECESSIDADES PRIORITÁRIAS Reforço consolidação competências familiares parentais e das e - Peso excessivo dos TPC’s na vida das crianças Excesso de pedagogia formal Criação de oportunidades para o desenvolvimento pessoal e funcional das crianças em espaços não formais: “Direito a Brincar” (Carta dos Direitos da Criança) Insucesso Escolar Falta de expectativas dos pais em relação ao futuro dos filhos - Capacitação dos técnicos e professores para abordagens inovadoras na mobilização das famílias para a orientação e motivação para a aprendizagem e sucesso escolar CARACTERIZAÇÃO Existência de famílias com baixas competências funcionais (gestão doméstica e organização de tarefas familiares), pessoais e sociais cujo reflexo negativo no ambiente de aprendizagem das crianças é determinante no seu sucesso escolar A reprodução do modelo educativo formal nas AEC’s é extremamente negativa nas aprendizagens escolares. As crianças necessitam de momentos de aprendizagens não condicionados e exploratórios num ambiente lúdico As mudanças e especificidades das famílias nos diversos níveis escolares exigem a construção de conhecimento e o desenvolvimento de instrumentos de acção baseados na prática e reflexão sistematizadora dos próprios técnicos PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO Intervenção Familiar Parental e INDICADORES /FONTES - Nº de famílias envolvidas - Nº e % de famílias com competências avaliadas na formação - Nº de crianças em actividades de educação não formal nas AEC’s Revisão do modelo das AEC’s Promover a divulgação dos recursos e boas práticas na área da infância e da parentalidade - Taxa de retenção anual no primeiro e segundo ciclo Nível de participação das famílias nas tarefas de controlo Nível de participação dos 203 técnicos em comunidades de prática Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.1.3. PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA Designação Descrição População Alvo Impactos Desejáveis Recursos 1. Familiar Intervenção Alargar os cursos de Formação parental, apoiados pela Segurança Social e Agrupamentos, integrados nos acordos de inserção. - Famílias apoiadas pelo RSI, cujos acordos de inserção incluem o desenvolvimento de competências sociais e parentais - Famílias sinalizadas na CPCJ, no domínio da negligência de cuidados parentais - Famílias apoiadas pela acção social escolar com as quais se contratualizam o apoio aos resultados escolares Desenvolvimento de competências parentais promotoras da motivação para o sucesso escolar - Redução o insucesso escolar - Participação activa das famílias beneficiárias no percurso escolar dos filhos 2. Revisão do modelo das AEC’s Contratualização de uma metodologia promotora das vivências lúdicas e de aprendizagem não formal entre os municípios e os prestadores de serviço das AEC’s Facebook dos técnicos em rede de Olhão para dar a conhecer os recursos existentes a que os professores e famílias podem recorrer, experiências e práticas de sucesso, troca e partilha de informação e Eventos de produção de conhecimento e reflexão inter técnicos no concelho - Alunos do 1º e 2º ciclo - Vivencia das AEC’s pelos alunos, como experiência de bem-estar e expressão individual do “ direito a brincar” - Técnicos das instituições envolvidas na rede social de Olhão - Produção de conhecimento geradora de eficiência e inovação na intervenção dos técnicos - Formação parental (João da Rosa, MOJU, CVP Fuzeta, AVA) - Protocolos de RSI Acordos promovidos pela CPCJ - Acção Social Escolar Plano Nacional de Leitura - Entidades prestadoras de serviços nas AEC’s - Divisão de Educação – CMO - Divisão de Acção Social - CMO - Agrupamentos escolares - Instituições parceiras da rede social na área desportiva, cultural e recreativa - Facebook - Rede Social 3. Promover a divulgação dos recursos e boas práticas na área da infância e da parentalidade 204 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.2. ÁREA TEMÁTICA: JUVENTUDE (11-18 anos) 4.2.1. FUNDAMENTAÇÃO Tal com na área das crianças, a intervenção social com os jovens é estratégica, pelo seu carácter preventivo e pró activo de percursos de vida estruturados e com recursos pessoais e sociais adequados para a inserção na sociedade. Na faixa etária dos jovens, onde se enquadra a adolescência, a existência de factores de risco ambiental e social é determinante e presente nos seus percursos de vida. A sua exposição a estes factores é completa e com poucos instrumentos pessoais para lhes permitir lidar com essa complexa realidade. No concelho de Olhão existe um número relevante de jovens com baixas qualificações e ainda um sub grupo com experiências de vida desviantes com grande risco de reprodução social de famílias problemáticas e com graves dificuldades de inserção social. Este grupo etário está, neste momento, confrontado com a inserção no mercado de trabalho, para o qual estão pouco qualificados e em processo (muito precoce) de constituição de família. A questão da inserção profissional passa também pelo estímulo ao empreendorismo e iniciativa dos jovens na criação do próprio emprego ou na definição de percursos formativos orientadores de emprego qualificado. É fundamental definir uma estratégia de empregabilidade concelhia para estes jovens através do esforço concertado das instituições e com a formação profissional como ferramenta especializada. Por outro lado é prioritário focalizar a intervenção em problemáticas muito específicas e particulares mas de grande relevância para as condições do futuro destes jovens. Destaca-se, pela sua relevância no concelho a questão da saúde mental, onde se 205 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 poderá perspectivar uma intervenção concertada, a intervenção familiar em situações de risco potencial ou perigo e a intervenção com jovens mães e adolescentes grávidas como intervenção chave para minimizar riscos ou mesmo criar condições de vida adequadas para as novas famílias. 206 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.2.2. ANÁLISE QUALITATIVA PROBLEMAS EXISTENTES NECESSIDADES - Insucesso Escolar; Abandono /Absentismo Escolar; - Consumo precoce de Estupefacientes - Doenças Mentais; Dificuldades na Inserção Profissional; - Formação Profissional desadequada do mercado de trabalho; - Comportamentos de Risco; Insuficiente ou inexistência oferta de emprego; Gravidez na Adolescência; - Fracas competências parentais dos jovens; Dificuldade em estudar por serem pais jovens; Dificuldade na transição para a vida activa; - Bowling; - Pré-delinquência; - Violência no namoro e com os pais -Promover Intervenções Preventivas de comportamentos de risco; - Promover a Formação orientada para a criação do próprio emprego; - Aumentar e adequar a oferta de Formação Profissional; - Melhorar a Rede de Transportes; - Promover a elaboração de Diagnóstico de potencialidades; - Criação de “Bolsa de Tutores”; - Promover a criação de Incubadora de Ideias; - Promover a criação de Agência de Empreendedorismo para Jovens; Aumentar o acompanhamento das adolescentes na gravidez; - Promover a criação de “baby sitting” nas escolas PROBLEMAS PRIORITÁRIOS NECESSIDADES PRIORITÁRIAS CARACTERIZAÇÃO Abandono /Absentismo Escolar; Promover Intervenções Preventivas de comportamentos de risco; Intervenção em factores de risco implícito ou explícito da doença mental nos jovens Promover a Formação orientada para a criação do próprio emprego Aproveitar o potencial de competências práticas de vida de inovação para criara o próprio emprego Promover Intervenções Preventivas de comportamentos de risco (sobretudo associada à negligência e incapacidade cuidadora parental) Aumentar e adequar a oferta de Formação Profissional aos jovens de baixa escolaridade; Reforço ou desenvolvimento das competências pessoais e parentais nas jovens mães para impedir a reprodução de comportamentos de risco - Consumo precoce de Estupefacientes - Dificuldades Inserção Profissional Gravidez Adolescência; na na Fracas competências parentais dos jovens Formação Profissional desadequada do mercado de trabalho Redefinição de percursos formativos para a especialização técnica PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO Intervenção na área da Saúde Mental INDICADORES/ FONTES/ ANO Nº de jovens sinalizados com diagnóstico clínico efectuado - Nº e % de jovens sinalizados envolvidos em acções de prevenção do risco ou promoção de competências - Nº de projectos apoiados com iniciativa dos jovens Promover o Empreendedoris mo Social para Jovens Nº de jovens apoiadas no reforço de competências Intervenção Familiar Formação profissional direccionada - Nº de sinalizações à CPCJ deste grupo de risco (jovens mães) - Nº de cursos e de jovens formandos neles integrados - Nº de jovens 207 com competências técnicas reconhecidas ou creditadas Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.2.3. PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA Designação Descrição População Alvo Impactos Desejáveis Recursos 1. Intervenção na área da Saúde Mental Programa coordenado em rede de prevenção de comportamentos de risco em jovens sinalizados na problemática da saúde mental Criação de um programa coordenado de promoção do empreendorismo social para jovens do concelho Jovens sinalizados (na problemática da saúde mental) Reforço de competências preventivas do risco nos jovens Jovens do concelho inserção profissional procura do 1º emprego em ou Capacitação empreendedora que facilita a inserção social dos jovens Sinalização, acompanhamento e intervenção formativa de proximidade com as jovens mãe Cursos e acções de formação adequadas para as necessidades de inserção dos jovens de baixa escolaridade Jovens mães ou adolescentes grávidas Nível de cuidados parentais promotores do desenvolvimento adequado dos bebés e crianças - Núcleo de Pedopsiquiatria HDF; - GASMI: - Programa Escolhas; - GAAF da Escola Alberto Iria e João da Rosa; - Agrupamentos Escolares; - CAV - PIEF - IEFP - DAS -CMO Jovens de baixa escolaridade do concelho em situação de desemprego Índice de inserção social e profissional dos jovens 2. Promover Empreendedorismo Social 3. Familiar o Intervenção 4. Formação profissional direccionada 208 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.3. ÁREA TEMÁTICA: ENVELHECIMENTO 4.3.1. FUNDAMENTAÇÃO Novos conceitos: O Envelhecimento Activo e a “Quarta Idade” Envelhecimento Activo A expressão social do envelhecimento como fenómeno demográfico é determinante na sociedade emergente e coloca questões novas e inesperadas para as quais nenhum dos sistemas de resposta está preparado. Como vimos no capítulo sobre a demografia, o envelhecimento no concelho de Olhão tem uma expressão reduzida no contexto nacional e regional mas com forte tendência de claro aumento num prazo relativamente curto. As implicações sociais deste fenómeno colocam-se sobretudo ao nível de uma nova geração de respostas e equipamentos e qualificação e especialização dos já existentes. Longevidade - Implícito no processo de envelhecimento está o aumento exponencial da longevidade que originou uma geração socialmente disponível, activa e em boa condição física e psicológica, com elevadas expectativas de realização pessoal e com recursos financeiros. Esta “nova” geração tem vindo a manifestar a sua presença de forma cada vez mais marcante nas sociedades contemporâneas e socialmente veio a ocupar o lugar de charneira entre a população activa e a população idosa com efectiva dependência ou baixa autonomia. A possibilidade de controlo sobre a sua experiência de envelhecimento veio a criar um forte desajuste pessoal e geracional com a organização convencional da sociedade, dos espaços e das oportunidades de desenvolvimento pessoal sob a forma de serviços respostas e ou actividades de referência para esta geração. Segundo a Organização Mundial de Saúde e a Comissão da União Europeia, as medidas e as políticas que procuram interagir com esta nova realidade deverão 209 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 orientar-se pelos seguintes princípios: Autonomia – núcleo central das políticas de envelhecimento activo, manter o controlo pessoal sobre os aspectos da autodeterminação das pessoas idosas, como garantia de dignidade, integridade e liberdade de escolha. Esta vertente deverá orientar todas as iniciativas e medidas a tomar. Aprendizagem ao longo da vida – para além do aspecto prático da manutenção das capacidades cognitivas e assim como da autonomia pessoal, a aprendizagem contínua responde à expectativa de realização pessoal que orienta muitas das pessoas nesta fase da vida. A perspectiva da realização e vivência pessoal e social mais enriquecida é um aspecto chave das políticas a definir. Estilo de vida socialmente activo – a manutenção ou criação de um estilo de vida activo é condição essencial de um envelhecimento saudável. Esta dimensão tem fortes implicações institucionais nos serviços e respostas existentes. A satisfação pessoal tem contornos muito específicos nesta fase da vida e implica uma nova configuração da sociabilidade, do desenho dos espaços urbanos e das oportunidades. O envelhecimento activo determina a integração das políticas numa perspectiva de “seniorização” como prática de planeamento integrado e desenho urbanístico, do lazer, acessibilidades e vivências sociais integradoras. Igualmente determinantes para a concretização destes princípios são os mecanismos de suporte e apoio disponibilizados pelas políticas socialmente inclusivas na área do envelhecimento que contrariam questões de escassez de rendimentos, de isolamento ou depressão dos idosos. A componente de género nas políticas sociais no campo do envelhecimento é especialmente relevante pelas características físicas e psicológicas e sociais diferenciadas no processo de envelhecimento Políticas Preventivas - A orientação das políticas no campo do envelhecimento deverá estar na construção de práticas e estilos e vida pró activos que mantenham a vivência da “utilidade social” mesmo que em período de reforma, baseado numa rede de recursos de manutenção da autonomia, com uma lógica preventiva e de 210 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 estímulo continuado. A prevenção é sobretudo essencial no campo da “saúde mental” destes idosos. Estas novas gerações determinam uma nova “agenda” de ordenamento do território com a necessidade de qualificar e vocacionar os espaços, dotando-os de um design adequado e acessível nos equipamentos e funções com a sua adaptação às novas vivências destas gerações. Para além do espaço esta nova agenda deve centrar-se igualmente no “tempo” de vida com a disponibilização de oportunidades e estímulos ocupacionais ligados ao desenvolvimento pessoal, de inserção sócio económica mesmo que em moldes diferenciados. “Quarta Idade” O significativo aumento da longevidade traz um aumento da esperança de vida que se situa já, para as mulheres nos 85 anos e com tendência a aumentar. Nesta fase da vida as problemáticas são de tal modo diferenciadas que podemos considerar, como tem vindo a ser aceite pelas organizações da área, que se trata de uma nova idade, a “quarta idade”. Nesta fase, a problemática do envelhecimento, está ligada às questões de saúde, quer pelo aumento do nível de dependência, pela perda acentuada de autonomia e sobretudo pela emergência das doenças neurodegenerativas, cuja importância é crescente quer nas pessoas já institucionalizadas quer nas que ainda têm algum suporte familiar cada vez mais precário e em situação de extrema precariedade. Se associarmos a este quadro a necessidade de cuidados de saúde de proximidade e vigilância e sinalização constantes, temos um quadro de novas necessidades específicas que têm de ser pensadas e planeadas de forma global e coerente. O perfil das respostas sociais existentes nomeadamente os Lares e Centros de Dia pelo seu carácter generalista e vocacionado para o acolhimento, segurança e cuidados básicos não respondem já a este quadro que implica uma especialização e profissionalização muito exigente. A qualificação e dos recursos humanos e materiais, orientados para a prestação de 211 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 cuidados especializados na área da saúde física e mental, com resposta a situações de dependência e demências várias deverão ser repensadas e adequadas a este novo perfil de necessidades. A dimensão estatística irreversível deste fenómeno assim o exige e determina. A Rede de Cuidados Continuados é uma peça essencial deste conjunto de respostas. Está em expansão no concelho de Olhão e representa no concelho uma aposta estratégica. No entanto não cobre toda a gama de situações problema que obrigam a respostas continuadas e nalguns casos permanentes ou indeterminadas, num horizonte temporal incompatível com as respostas a prestar apenas na lógica da saúde reabilitativa ou autonomizadora. A componente social deverá ser integrada na rede de modo a alargar e tornar sustentável a criação de respostas contínuas e especializadas a definir no concelho. Os custos funcionais do acolhimento destas patologias nos lares convencionais são gravíssimos pela falta de recursos especializados na integração destas situações na sua rotina de serviço com as consequências evidentes de risco e perda de qualidade na prestação dos serviços. A intervenção reabilitativa e de manutenção da mobilidade dos idosos já institucionalizados é claramente uma aposta estratégica no concelho. A qualidade da institucionalização tem como evidência o índice de mobilidade e autonomia que é assegurada e potenciada no âmbito da resposta social em que os idosos se encontram institucionalizados 212 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.3.2. ANÁLISE QUALITATIVA PROBLEMAS EXISTENTES Degradação dos índices de saúde e mobilidade /autonomia e passividades dos utentes nas Respostas Sociais; - Isolamento dos idosos em situação de risco; - Doença Mental; Envelhecimento passivo; - Isolamento social; - Lotação esgotada nas respostas sociais para idosos; - Negligência voluntária e/ou involuntária das famílias; - Idosos com carências na área do apoio domiciliário e cuidados continuados - Falta de recursos técnicos nas Instituições; - Idosos autónomos e saudáveis em situação de isolamento e passividade social e cívica NECESSIDADES Promover a Sustentabilidade das IPSS’s; - Criação de Parque Geriátrico; Centralização das listas de espera e admissão; - Promover os contactos intergeracionais; - Gestão e partilha de recursos entre IPSS’s; - Criação de respostas em rede para a Emergência Social; Promover o Envelhecimento Saudável; - Criação de Unidade de Cuidados Paliativos; - Alargar o Programa de Apoio Domiciliário; - Alargamento dos lares de idosos existentes ou criação de novos Famílias sem possibilidade de manter idosos no domicílio PROBLEMAS PRIORITÁRIOS NECESSIDADES PRIORITÁRIAS - Degradação dos índices de saúde e mobilidade /autonomia passividades dos utentes nas Respostas Sociais; Ocupação terapêutica dos idosos institucionalizados para redução da dependência e minimização das características de passividade e apatia na rotina dos idosos Intervenção no domicílio como resposta às necessidades de apoio dos idosos Intervenção nas respostas sociais que crie condições para actividade ocupacional e terapias reabilitativas. Programas de autonomização e de terapia ocupacional reabilitativa nas respostas sociais para idosos Promover a Sustentabilidade das IPSS’s; -Parque Geriátrico; Qualificação e especialização da gestão das respostas sociais do concelho Promover Envelhecimento Saudável; Estruturar uma rede de equipamentos e iniciativas que criem oportunidades de vivência de um envelhecimento saudável para os idosos do concelho - Isolamento dos idosos em situação de risco; Famílias sem possibilidade de manter idosos no domicílio Degradação e passividades dos utentes nas Respostas Sociais; - Idosos autónomos e saudáveis em situação de isolamento e passividade social e cívica CARACTERIZAÇÃO o Prestação de serviço de apoio ao domicílio que preserve as condições de manutenção no meio de vida dos idosos PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO INDICADORES FONTES / ANO Programa de Reabilitação Interinstitucional Valores da monitorização da escala de autonomia dos idosos (Escala de Bartell) Alargamento do Programa de Apoio Domiciliário Reforço das competências de gestão das IPSS’s Promoção do Envelhecimento Activo e Saudável / - Taxa de cobertura do apoio domiciliário no concelho de Olhão - % de idosos a participar em programas de terapia ocupacional reabilitativa nas respostas para idoso do concelho - Nº e cobertura territorial de programas de promoção do envelhecimento saudável - Nº e % de idosos envolvidos 213em programas de envelhecimento saudável Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.3.3. PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA Designação 1. Programa Reabilitação Interinstitucional de 2. Alargamento do Programa de Apoio Domiciliário 3. Reforço competências gestão das IPSS’s das de 4. Promoção do Envelhecimento Activo Descrição População Alvo Impactos Desejáveis Recursos Serviços e programas internos e externos às respostas sociais que mobilizem e reabilitem os idosos, gerando ou mantendo a autonomia Cobertura do concelho da resposta de apoio domiciliário Idosos institucionalizados nas respostas do concelho Autonomia física dos idosos; manutenção do grau de capacidades existentes e reabilitando de outras (escala de Bartell) Idosos isolados ou cujas famílias não têm condições para prestar todos os cuidados Manutenção dos idosos no meio natura de vida - Universidade da 3.ª Idade - Seniores em Movimento - Marchas Passeio - Fisioterapia e terapia ocupacional - IPSS’s do concelho - Segurança Social Qualificação e profissionalização da gestão das IPSS’s - Programa para a criação da capacidade de planear a sustentabilidade financeira das IPSS’s Reforço dos programas e iniciativas promotoras de estilos de vida activos e saudáveis, já em curso no concelho Alvos indirectos – IPSS’s do concelho de Olhão Qualificação técnica e institucional das respostas sociais - Bem-estar social respostas adequadas para as necessidades dos utentes das respostas sociais - Inserção activa na vida social e de cidadania dos idosos do concelho Idosos autónomos e activos do concelho 214 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.4. ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE 4.4.1. FUNDAMENTAÇÃO O concelho de Olhão apresenta uma problemática de saúde mental socialmente muito relevante cujo dispositivo de resposta apresenta graves carências e lacunas. Esta é uma área de intervenção prioritária no campo da saúde no concelho de Olhão. No contexto actual em que vivemos são referenciadas cada vez mais situações de carência económica grave que se reflecte no campo da saúde pela incapacidade de muitos indivíduos e famílias acederem à medicação que lhes é prescrita. A criação de repostas minimizadoras para esta situação é fundamental para a garantia de direitos para todos no acesso à saúde no concelho. A rede social poderá criar respostas solidárias de modo a minimizar esta problemática social grave no concelho. A prevalência da obesidade infantil no Algarve desceu mais de 14 pontos percentuais de 2006 a 2008, segundo estudos desenvolvidos no âmbito do Sistema Europeu de Vigilância Nutricional Infantil da Organização Mundial de Saúde. Contudo, a obesidade infantil associada a um estilo de vida das crianças cada vez mais sedentário e passivo, que é transversal à sociedade em que vivemos, com as consequências graves para a saúde e geradora de défices futuros na inserção social e realização pessoal, é uma das questões às quais a rede social poderá responder com respostas ocupacionais promotoras da saúde e do bem-estar infantil. No concelho de Olhão existem muitos recursos que poderão ser reorientados de modo ocupacional e terapêutico para estas crianças nomeadamente clubes desportivos, espaços públicos e associações juvenis. 215 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.4.2. ANÁLISE QUALITATIVA PROBLEMAS EXISTENTES NECESSIDADES - Doença Mental; Obesidade Infantil; - Falta de espaços para exercício físico ao ar livre e de fácil acesso; - N.º insuficiente de médicos de família; Articulação insuficiente entre os vários serviços; - Acessibilidade aos serviços de saúde; - % de população significativa do concelho com problemas de saúde mental - Desconhecimento dos recursos existentes; Dificuldades financeiras na aquisição da medicação Intervenção Pós Clínica na Saúde Mental; - Criação de Apoio Domiciliário na Saúde Mental; - Combate ao Estigma da Doença Mental; - Intervenção com as famílias/escolas de forma a combater a obesidade infantil; - Criação de Respostas Sociais na área da Saúde Mental; Promover a comparticipação da medicação para os doentes mentais e pessoas carenciadas; - Formação na área do atendimento; Melhorar relações interpessoais; - Ludoteca de apoio no centro de saúde; - Aumentar n.º de médicos de família; - Melhorar o circuito de manutenção PROBLEMAS PRIORITÁRIOS NECESSIDADES PRIORITÁRIAS CARACTERIZAÇÃO População significativa do concelho com problemas de saúde mental - Criação de Apoio Domiciliário na Saúde Mental; Serviço a disponibilizar à comunidade na área da saúde mental Dificuldades financeiras na aquisição da medicação Promover a comparticipação da medicação para os doentes mentais e pessoas carenciadas Serviço de garantia acesso à medicação para toda a comunidade concelhia - Falta de espaços para exercício físico ao ar livre e de fácil acesso - Intervenção com as famílias/escolas de forma a combater a obesidade infantil Prescrição médica do exercício físico para as crianças PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO Intervenção Saúde Mental na Promover a criação de farmácia social Desenvolver a realização Actividades Ocupacionais para a promoção da Saúde Infantil INDICADORES / FONTES/ ANO Nº de casos na área da saúde mental com acompanhamento N.º de famílias carenciadas com acesso à medicação Nº de crianças sinalizadas e com intervenção médica e social 216 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.4.3. PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA Designação Descrição População Alvo Impactos Desejáveis Recursos 1. Intervenção na Saúde Mental Criação de uma resposta integrada de despiste, sinalização e intervenção em rede apoiada no Fórum Técnico para a Inclusão da Rede Social Contratualização entre as IPSS’s, Autarquia, Farmácias e voluntários para criar um serviço de recolha e distribuição de medicamentos Articulação dos serviços de saúde com os programas de actividades de tempos livres, lazer e desporto para a criação de acções promotoras da saúde que previnam a obesidade infantil. População sinalizada e referenciada com diagnóstico de potencial doença mental do concelho Intervenção adequada Inserção e social Munícipes sem condições de acesso aos medicamentos nomeadamente idosos Acesso terapêutico adequado para todos os munícipes d Olhão - Cento de Saúde de Olhão - IPSS’s do concelho Divisão de Acção Social CMO - Farmácias do concelho - Munícipes de Olhão Clubes desportivos e recreativos do concelho - Empresas do concelho Crianças e adolescentes sinalizados com obesidade e população em geral Níveis de saúde e bem estar adequados à faixa etária 2. Promover a criação de farmácia social 3. Desenvolver a realização Actividades Ocupacionais para a promoção da Saúde terapêutica funcionalidade 217 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.5. EMPREGO / DESEMPREGO 4.5.1. FUNDAMENTAÇÃO A intervenção na problemática de empregabilidade implica um nível de concertação estratégica que ultrapassa em muito a sua expressão socialmente estabelecida. Os seus traços marcantes estatísticos ou empíricos são o elevado número desempregados e destes, muitos com baixas competências com as consequências que acarreta e que na crise actual estão particularmente agudizadas. O concelho tem uma boa rede institucional de suporte que poderá ser mobilizada para a sinalização e comunicação com os potenciais interessados na formação profissional especializada, funcionando assim como veículo de optimização no terreno das medidas, apoios e incentivos disponibilizados pela tutela. O concelho de Olhão precisa de radicar no seu território uma capacidade formativa acessível que adapte as suas ofertas e metodologias às especificidades da população alvo. É uma problemática multidimensional e estruturalmente inserida no tipo de tecido económico do concelho com implicações em vários domínios: • Orientação para o emprego das qualificações e competências • Cultura de incentivo e estímulo ao empreendorismo social • Activação de mecanismos de inserção activa para grupos sociais em situação de exclusão do mercado de trabalho (DLD’s, baixas qualificações, indiferenciados, portadores de deficiência etc) • Capacidade de reconversão, adaptação e modernização empresarial • Convergência institucional para uma política industrial concelhia • Política formativa de base tecnológica • Interface para a investigação aplicada e desenvolvimento de produtos e potenciais locais 218 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 A temática da empregabilidade tem vindo a ser apropriada pelos territórios com a correspondente “territorialização” das políticas de criação de oportunidades activas. Para que esta apropriação seja possível é necessário ultrapassar a visão excessivamente focada na formação como grande défice para a inserção. Ao contrário a intervenção deverá centrar-se na multiplicidade de factores que interagem entre si na dinâmica do mercado de emprego. Por outro a abordagem convencional desta questão insiste na qualificação da procura mas num concelho como Olhão a questão da oferta deverá ser simultaneamente trabalhada em concertação. Devendo ser convergentes as diferentes intervenções têm no entanto uma lógica própria. A estratégia de suporte facilitadora desta convergência e coordenação deverá ser a criação de um espaço de concertação, negociação e informação e envolvimento. A possibilidade dos diferentes actores e interessados partilharem informação e concertarem as diferentes abordagens é um factor decisivo para a definição de políticas institucionais coerentes e compatíveis. A rede social de Olhão através do seu grupo de trabalho inter institucional, o “Fórum Técnico para a Inclusão” poderá funcionar como plataforma de diagnóstico permanente e planeamento da formação à medida que o concelho necessita. 219 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.5.2. ANÁLISE QUALITATIVA PROBLEMAS EXISTENTES NECESSIDADES - Aumento da taxa de desemprego Existência de Desemprego qualificado Ausência de Oportunidades de Emprego Situações depressivas na sequência do desemprego Economias paralelas - Dependência de subsídios; Baixas competências de empregabilidade; Falta de oportunidades de emprego; Falta de empresas qualificadas - Formação Ofertas de Emprego; - Pólo de Formação de Reabilitação de Adultos - Empreendedorismo - Inovação Divulgação das medidas de apoio ao emprego existentes - Congregação de recursos - Articulação entre entidades formadoras e empregadoras - Articulação com a UALG Acesso à informação por parte dos desempregados Acesso à informação por parte dos técnicos da área social PROBLEMAS PRIORITÁRIOS NECESSIDADES PRIORITÁRIOS CARACTERIZAÇÃO PROPOSTAS INTERVENÇÃO DE INDICADORES / FONTES DE INFORMAÇÃO - Aumento da taxa de desemprego Acesso à informação por parte dos desempregados Divulgação medidas entidades empregadoras formadoras/ educativas população das às - Nº de sessões de divulgação realizadas Acesso à informação por parte dos técnicos da área social Criação de uma metodologia de sinalização e mobilização dos potenciais beneficiários para o acesso à informação disponível Formação direccionada adequada beneficiários muito qualificações Programas de formação em parceria na rede social definido de acordo com o diagnóstico social prévio Implementação de Pólo de formação de reabilitação e formação de Adultos Implementação de modalidade de empreendorismo social adequada à realidade social de Olhão Apoio ao Empreendedorismo Social Baixas competências de empregabilidade - Existência Desemprego qualificado de e para de baixas - Empreendedorismo - Inovação / / Nº de desempregados participantes com acesso à informação Nº de formandos com formações concluídas Nº de sessões e acções de formação realizadas Nº de programas criados Nº de postos de trabalho criados Nº de iniciativas empreendedoras iniciadas 220 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 4.5.3. PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA Designação Descrição População Alvo 1. Divulgação das medidas às entidades empregadoras / formadoras/ educativas / população Realização de sessões participadas com as IPSS’s e outros parceiros, bem como com a população em geral para divulgação das medidas existentes Criação de um centro de formação diferenciada para adultos com necessidades especificas de inserção para promover a qualificação da população desempregada Criação de uma incubadora de empreendedorismo social em parceria com as IPSS’s, autarquia e Universidade do Algarve Desempregados concelho de Olhão 2. Implementação de Pólo de formação de reabilitação e formação de Adultos 3. Apoio Empreendedorismo Social ao Impactos Desejáveis Recursos do Acesso a informação adequa à necessidades dos desempregados Desempregados de baixas qualificações do concelho de Olhão Certificação em competências chave para os desempregados alvo do programa - Centro de Recursos Especializados - Estágios Profissionais Criação do próprio emprego - INVEST + - Micro Invest - Programas Ocupacionais - EFA - RVCC - ASMAL - CNO - GAC - CEI + - IPSS’s - CRIA (UALG) Desempregados de longa duração Jovens à procura do primeiro emprego de baixas qualificações 221 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 CAPITULO 5 - CARTA SOCIAL 5.1. REDE DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS A Carta Social do concelho de Olhão é um instrumento de planeamento que procura adequar a previsão dos equipamentos às actuais e futuras necessidades. A presente Carta de Equipamentos / Carta Social pretende dar conta da situação actual nesta área e apontar pistas para futuros instrumentos de planeamento. A identificação das necessidades deverá orientar-se pela análise das taxas de cobertura por valência no concelho. As taxas de cobertura são calculadas pela relação entre determinada faixa etária dos utentes potenciais das valências e pela capacidade do equipamento / valência de acordo com a licença de utilização. As tendências demográficas estruturais estão definidas e apresentam algumas constantes pelo que a previsão de algumas tipologias dos futuros equipamentos poderá orientar-se equipamentos para pelas as tendências necessidades globais manifestadas. decorrentes do É o caso envelhecimento e dos das problemáticas de risco ou específicas associadas à saúde. A rede de Cuidados Continuados ou da Saúde Mental ligada às doenças neuro degenerativas serão provavelmente as necessidades determinantes e em expansão. Ao contrário, na faixa etária da infância a tendência será para a diminuição das necessidades, sobretudo na chamada “segunda infância”. Embora estas sejam tendências demográficas estabilizadas a nível local, regional e europeu, existem oscilações na definição de necessidades, sobretudo ligada à especialização crescente das respostas, a novas problemáticas sociais e a inovações potenciais nas respostas sociais. 222 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 5.1.1. INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE GOVERNAMENTAIS E SUAS RESPOSTAS NO CONCELHO DE OLHÃO SOCIAL E ORGANIZAÇÕES NÃO ASSOCIAÇÃO CULTURAL E DE APOIO SOCIAL DE OLHÃO Morada: Sede Social – Rua das Lavadeiras, n.º 26, Olhão Telefone/Fax: 289710320 / 289710329 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Acordo de cooperação Seg. Social CAPACIDADE UTENTES 40 38 Rua das Lavadeiras, n.º 26, Olhão 9.00 – 18.00 Centro de Dia Seg. Social 120 71 Rua das Lavadeiras, n.º 26, Olhão 8.30 – 18.00 Apoio Domiciliário Integrado Seg. Social 10 10 Rua das Lavadeiras, n.º 26, Olhão 8.30 – 18.00 Atendimento Social /Acompanhamento Social Seg. Social 56 44 Rua das Lavadeiras, n.º 26, Olhão 9.00 – 17.30 Lar de Idosos Seg. Social 30 30 Urbanização Encosta do Brejo, Quelfes Centro de Actividades Ocupacionais Seg. Social 60 34 Urbanização Encosta do Brejo, Quelfes Lar Residêncial Seg. Social 40 37 Urbanização Encosta do Brejo, Quelfes Centro Comunitário (All–Hain) Seg. Social 100 100 Centro Comunitário (Acampamento Azul) Seg. Social 70 Creche “Os Saltitões” Seg. Social Creche Familiar Serviço de Apoio Domiciliário (Idosos) MORADA HORÁRIO 8.30 – 17.40 Rua da Lagoa n.º 18 9.00 – 18.00 70 Sitio da Charneca – Pechão 9.00 – 18.00 28 28 Rua das Prainhas, n.º 6 e 7, Olhão 8.00 – 18.00 Seg. Social 56 56 Rua das Lavadeiras, n.º 26, Olhão 8.00 – 17.00 Jardim de Infância “Os Saltitões” Seg. Social 37 37 Rua das Prainhas, n.º 6 e 7, Olhão 8.00 – 18.00 Jardim de Infância (Acampamento Azul) Seg. Social 24 22 Sitio da Charneca – Pechão 8.30 – 17.00 ARS 28 28 Rua Antero Nobre, Urbanização Chasfa, Quelfes Urbanização Encosta do Brejo, Quelfes Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração ou Reabilitação de Olhão Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração de Olhão Apoio Alimentar a Carenciados ARS B.A., CMO, Em construção 170 150 Rua da Lagoa n.º 18, Olhão 9.00 – 15.00 223 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 PCAC Acolhimento Habitacional (Centros de Noite) de Emergência CMO 10 10 Largo da Feira II (bloco 4, 13), Olhão CAPACIDADE UTENTES 30 26 CAPACIDADE UTENTES Serviço de Apoio Domiciliário (Idosos) Acordo de cooperação Seg. Social e CMO 60 22 Bairro dos Pescadores, Fuzeta 8.00 – 17.30 Centro de Dia Seg. Social e CMO 70 20 Bairro dos Pescadores, Fuzeta 9.00 – 17.00 Apoio Domiciliário Integrado Seg. Social e CMO 5 4 Bairro dos Pescadores, Fuzeta 8.00 – 17.30 Lar de Idosos Seg. Social e CMO 30 30 Bairro dos Pescadores, Fuzeta CENTRO DE BEM ESTAR NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Morada: Rua Dâmaso da Encarnação, n.º 4, Quelfes Telefone/Fax: 289703115 / 289703820 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Acordo de cooperação Seg. Social e CMO Lar de Infância e Juventude Feminino MORADA HORÁRIO Rua Dâmaso da Encarnação, n.º 4, Quelfes CENTRO SOCIAL NOSSA SENHORA DO CARMO Morada: Bairro dos Pescadores, Fuzeta Telefone/Fax: 289791634 / 289791640 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS MORADA HORÁRIO 224 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 GRUPO DE BEM FAZER “CELEIRO DE AMOR” Morada: Rua Serpa Pinto n.º 13 – 15, Olhão Telefone/Fax: 289705960 / 289705960 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Refeitório / Cantina Social Ajuda Alimentar Acordo de cooperação Seg. Social e CMO B.A., CMO CAPACIDADE UTENTES MORADA HORÁRIO 100 91 Rua Serpa Pinto n.º 13 – 15, Olhão 9.00 – 16.30 61 Rua Serpa Pinto n.º 13 – 15, Olhão 9.00 – 16.30 CRUZ VERMELHA PORTUGUESA – DELEGAÇÃO DA FUZETA Morada: Rua da Liberdade, n.º 2 – 1.º Esq., Fuzeta Telefone/Fax: 289794800 / 289793749 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS CAPACIDADE UTENTES Centro Comunitário Acordo de cooperação Seg. Social 221 221 Creche “A Joaninha” Seg. Social 47 Jardim de Infância Seg. Social 40 Ajuda Alimentar B.A, CMO, PCAC Não Banco de Bens Doados MORADA HORÁRIO Rua Sto. António, Fuzeta 8.00 – 23.00 47 Rua N.º Sr.ª do Carmo, n.º 51/52, Fuzeta 8.00 – 19.00 40 Rua Sto. António, Fuzeta 8.00 – 19.00 130 Rua da Liberdade. N.º 2 – 1,º Esq. 130 Rua da Liberdade. N.º 2 – 1,º Esq 9.00 12.30 14.00 - 17.30 Seg. 9.00 – 12.00 / 14.00 – 17.30 Qua. 9.00 – 12.00 225 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 CRUZ VERMELHA PORTUGUESA – DELEGAÇÃO DE MONCARAPACHO Morada: Largo 25 de Abril, Moncarapacho Telefone/Fax: 289792401 / 289791149 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Acordo de cooperação Seg. Social CAPACIDADE UTENTES 41 38 Largo 25 de Abril, Moncarapacho 8.00 – 19.00 Jardim de Infância Seg. Social 53 37 Largo 25 de Abril, Moncarapacho 8.00 – 19.00 Centro de Actividades de Tempos Livres Seg. Social 40 38 Largo 25 de Abril, Moncarapacho 8.00 – 19.00 Ajuda Alimentar B.A., CMO 70 famílias 48 Largo 25 de Abril, Moncarapacho 8.00 – 14.00 / 15.00 – 17.00 Creche MORADA HORÁRIO CRUZ VERMELHA PORTUGUESA – DELEGAÇÃO DE OLHÃO Morada: Sede – Urbanização J. Marcelino & Rosa, SN – apart. 13, Olhão Telefone/Fax: 289722365 / 289701399 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Acordo de cooperação Seg. Social CAPACIDADE UTENTES 12 12 Rua Dr. José Afonso, Quelfes 9.00 – 20.00 Centro Comunitário Seg. Social NA Rua Dr. José Afonso, Quelfes 9.00 – 19.00 Creche “Jardim da Celeste” Seg. Social 33 86 (freg. Olhão e Quelfes) 33 Urbanização J. Marcelino e Rosa, Quelfes 8.15 – 19.00 Jardim de Infância da Cavalinha Seg. Social 50 50 Rua da Olivença, B.º da Cavalinha, Quelfes 8.15 – 19.00 Serviço de Apoio Domiciliário (Idosos) MORADA HORÁRIO 226 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Jardim de Infância de Pechão Seg. Social 25 25 Centro de Actividades de Tempos Livres Seg. Social 150 150 Centro de Actividades de Tempos Livres Seg. Social 20 18 Centro Comunitário Não se aplica 40 Serviço Apoio Domiciliário Não se aplica 55 Ajuda Alimentar B.A., CMO Rua do Emigrante – Pechão 8.00 – 18.30 Rua da Olivença, B.º da Cavalinha, Quelfes 8.15 – 19.00 Rua do Emigrante – Pechão 8.00 – 18.30 217 Inscritos Média mensal 150 14 B.º 28 de Setembro, Quelfes 9.00 – 19.00 B.º 28 de Setembro, Quelfes 9.00 – 20.00 46 Rua Dr. José Afonso, Quelfes 9.00 – 19.00 OBRA NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS Morada: Caminho João da Terça, n.º 26, Pechão Telefone/Fax: 289715251289715251 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Acordo de cooperação Seg. Social CAPACIDADE UTENTES MORADA 34 34 Creche “As luzinhas” Seg. Social 56 56 Jardim de Infância “As luzinhas” Seg. Social 80 80 Quinta do Calhau, cxp. 101 Z – Brancanes Quelfes e Rua Dâmaso da Encarnação, n.º 20, 1.º, Quelfes Rua António Henrique Cabrita, lote 1 – 1.º andar, Quelfes Caminho João da Terça, n.º 26, Olhão Lar de Infância e Juventude (M/F) HORÁRIO 7.30 – 19.30 7.30 – 19.30 227 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE MONCARAPACHO Morada: Rua Dr. José Mascarenhas, n.º 2 Telefone/Fax: 289792706(Secretaria) / 289792217 (Lar Idosos) / 289791235 (Infantário) Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Acordo de cooperação Seg. Social CAPACIDADE UTENTES MORADA HORÁRIO 16 17 8.00 – 16.00 Lar de Idosos Seg. Social 50 54 Creche “Os meninos da Vila” Seg. Social 50 50 Rua Dr. José Fernandes Mascarenhas, n.º 2, Moncarapacho Rua Dr. José Fernandes Mascarenhas, n.º 2, Moncarapacho Av.ª D.ª M.ª Lizarda Palermo Jardim de Infância “Os meninos da Vila” Seg. Social 50 50 Av.ª D.ª M.ª Lizarda Palermo 8.00 – 19.00 Ajuda Alimentar B.A., CMO, PCAC Rua Dr. José Fernandes Mascarenhas, n.º 2, Moncarapacho 9.00 – 16.00 Serviço de Apoio Domiciliário (Idosos) 185 8.00 – 19.00 SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE OLHÃO Morada: Rua Dâmaso da Encarnação Telefone/Fax: 289702455/289702490 Email: [email protected] / [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Acordo de cooperação Seg. Social CAPACIDADE UTENTES MORADA HORÁRIO 76 76 Centro de Dia “Pantoja Soares” Seg. Social 20 18 Rua Dâmaso da Encarnação, apa. 112 Quelfes Sitio da Igreja, Pechão 8.30 – 19.00 Creche “Maria Helena Rufino” Seg. Social 43 43 Lar de Idosos Rua Dâmaso da Encarnação, apa. 112 Quelfes 8.30 – 19.00 228 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Jardim de Infância “Maria Helena Rufino” Seg. Social 75 74 Rua Dâmaso da Encarnação, Quelfes 8.30 – 19.00 Centro de Actividades de Tempos Livres n.º 2 Seg. Social 25 25 8.30 – 18.00 Centro de Actividades de Tempos Livres n.º 1 Seg. Social 100 98 Rua Projectada ao Prolongamento da Rua João José, bloco 10, Quelfes Praça João de Deus – Largo da Feira, Olhão Acordo de cooperação Seg. Social CAPACIDADE UTENTES MORADA HORÁRIO 58 58 Sitio da Igreja, cxp. 336 C - Quelfes 7.45 – 19.00 Apoio a Toxicodependentes CMO 15 10 Rua 18 de Junho, n.º 96, R/C, Olhão Apoio a Deficientes Audiovisuais CMO 10 6 Rua 18 de Junho, n.º 96, R/C, Olhão Seg. 18.30 22.30 2 h / semana Ocupação Tempos Livres Crianças (férias de Verão) Não 10 6 Rua 18 de Junho, n.º 96, R/C, Olhão 8.30 – 18.00 ASSOCIAÇÃO TEMPUS Morada Rua 18 de Junho, n.º 96, R/C, Olhão Telefone/Fax: 289721622 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Creche “Arca de Noé” Terças Quintas Julho Agosto 229 e em e Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 ASSOCIAÇÃO VIDA ABUNDANTE Morada: Rua José Fernandes Lisboa lote 5, loja 1, 8700 – Olhão Telefone/Fax: 967473034 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Projecto de Apoio à Família - Promoção de competências parentais, Apoio psicológico e jurídico, ateliers ocupacionais, banco de roupa, apoio à procura de emprego, ajuda alimentar Grupo de auto-ajuda no estabelecimento prisional de Olhão Apoio Financeiro CMO CAPACIDADE UTENTES MORADA HORÁRIO 150 550 Inscritos Rua José Fernandes Lisboa, lotes 5, loja 1, Olhão Terças e Sextas -14.00 – 17.00 Não ____ 15 Rua 18 de Junho, n.º 243 B Sextas das 9.30 – 12.00 ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DOS PROFESSORES – DELEGAÇÃO DO ALGARVE Morada: Sitio do Arrunhado - Pechão Telefone/Fax: 919868121 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Casa do Professor (Ocupação de Tempos Livres) Acordo de cooperação Não CAPACIDADE UTENTES N. de utentes indefinido MORADA Sitio do Arrunhado - Pechão HORÁRIO Quarta – 10.00 – 12.00 15.00 – 17.00 Terças – 15.00 – 17.00 230 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 SOCIEDADE SÃO VICENTE DE PAULO – CONFERÊNCIA DE OLHÃO Morada: Travessa 18 de Junho, n.º 17 Telefone/Fax: 289702809 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Ajuda Alimentar Apoio à Renda e Medicamentos Acordo de cooperação CMO Não CAPACIDADE UTENTES ____ 54 N.º de utentes indefinido MORADA Travessa 18 de Junho, n.º 17 Travessa 18 de Junho, n.º 17 HORÁRIO Quarta 15 17 Quarta 15 17 SOCIEDADE SÃO VICENTE DE PAULO – CONFERÊNCIA DE QUELFES Morada: Casa Paroquial de Quelfes, Sitio da Igreja, Quelfes Telefone/Fax: 289722507 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Ajuda Alimentar Apoio à Renda e Medicamentos Acordo de cooperação CMO Não CAPACIDADE UTENTES MORADA ____ 101 Casa Paroquial de Quelfes, Sitio da Igreja, Quelfes Casa Paroquial de Quelfes, Sitio da Igreja, Quelfes N.º de utentes indefinido HORÁRIO Não definido Não definido 231 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 FUNDAÇÃO ALGARVIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL Morada: Praça Dr. Coutinho Pais, lote 28, Urbanização Chasfa Telefone/Fax: 289703518 / 289705434 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Acordo de cooperação CAPACIDADE UTENTES MORADA HORÁRIO Creche “Os Vivaços” Seg. Social 40 40 Praça Dr. Coutinho Pais lote 28, Urbanização Chasfa, Quelfes 8.00 – 19.00 Jardim de Infância “Os Vivaços” Seg. Social 75 75 Praça Dr. Coutinho Pais lote 28, Urbanização Chasfa, Quelfes 8.00 – 19.00 CAPACIDADE UTENTES MORADA HORÁRIO CASA DO POVO DO CONCELHO DE OLHÃO Morada: Rua dos Percursores da Restauração Telefone/Fax: 289798521 Email: [email protected] RESPOSTAS SOCIAIS Apoio Alimentar Acordo de cooperação CMO / BA 120 135 Rua dos Percursores da Restauração 9.00 – 18.00 Fonte: Carta Social, Instituto da Segurança Social, consulta em Março de 2011, Base de Dados dos Acordos de Cooperação, Instituto da Segurança Social, dados de Dezembro de 2010 e informações das IPSS’s do Concelho. 232 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 5.2. TAXAS E TERRITÓRIOS DE COBERTURA ÁREA DE INTERVENÇÃO SOCIAL INFÂNCIA E JUVENTUDE Distrito de Faro I. Área de Intervenção Social: Infância de Juventude Rede Solidária Respostas Sociais Creche Creche Familiar Centro de Actividades de Tempos Livres Cooncelho Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão S. Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de St. António Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão S. Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de St. António Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão S. Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de St. António Nº Cap. Ut. Acordo 7 2 2 3 15 7 6 6 0 9 5 2 7 8 0 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 2 3 3 2 7 0 5 4 2 5 2 0 0 373 32 53 104 7131 408 254 271 0 373 242 124 334 314 0 98 0 0 0 0 0 0 0 52 0 56 0 0 0 0 0 0 20 40 20 85 472 222 210 370 0 333 300 120 380 110 0 0 327 30 53 104 676 349 221 269 0 357 219 124 288 296 0 98 0 0 0 0 0 0 0 48 0 56 0 0 0 0 0 0 13 6 20 68 462 155 110 355 0 320 230 100 315 83 0 0 Taxa de Cobertura (%) 26.8 39.5 34.6 55 32.5 44.9 24 11.9 0 21.8 13.2 30.8 30. 37.2 0 13.5 0 0 0 0 0 0 0 2.3 0 3.3 0 0 0 0 0 0 0.8 26.8 6.7 20.3 12.1 14.7 11 9 0 10.9 9.9 18.5 17.7 8.2 0 0 Fonte: INE - Censos 2001 (Resultados Definitivos) CDSS de Faro - Unidade de Protecção Social de Cidadania, Núcleo Respostas Sociais – 31/12/2010 233 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Concelho de Olhão I. Área de Intervenção Social: Infância de Juventude Rede Solidária Respostas Sociais Freguesias Nº Creche Creche Familiar Centro de Actividades de Tempos Livres Cap. Taxa de Cobertura (%) Ut. Acordo Fuseta 1 47 47 70.1 Moncarapacho 6 68 68 24.9 Olhão 2 71 71 11.6 Pechão 0 0 0 0 Quelfes 4 187 171 29.1 Total do Concelho 9 373 357 21.8 Fuseta 0 0 0 0 Moncarapacho 0 0 0 0 Olhão 1 56 56 11.6 Pechão 0 0 0 0 Quelfes 0 0 0 0 56 3.3 Total do Concelho 1 56 Fuseta 0 0 0 0 Moncarapacho 1 38 25 7.5 Olhão 3 275 275 26 Pechão 1 20 20 8.4 Quelfes 0 0 0 0 320 10.9 Total do Concelho 5 333 Fonte: INE - Censos 2001 (Resultados Definitivos) CDSS de Faro - Unidade de Protecção Social de Cidadania Núcleo de Respostas Sociais – 31/12/2010 234 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 ÁREA DE INTERVENÇÃO SOCIAL: IDOSOS Por concelho do Distrito de Faro II. Área de Intervenção Social: Idosos Rede Solidária Respostas Sociais Lar para Idosos Centro de Dia Centro de Convívio Cooncelho Nº Cap. Ut. Acordo Taxa de Cobertura (%) Albufeira 4 155 150 3.8 Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa 1 1 1 4 2 74 60 47 184 97 63 60 45 158 97 4.9 3.9 2.7 2 3 Lagos 6 299 262 6.5 Loulé Monchique 5 1 258 80 175 80 2.3 4.0 Olhão 4 186 181 2.7 Portimão S. Brás de Alportel 8 1 424 85 387 85 5.5 3.8 Silves 4 190 172 2.5 Tavira Vila do Bispo Vila Real de St. António Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão 5 1 2 3 5 1 2 3 3 6 8 1 3 190 61 92 133 195 20 45 135 150 180 365 16 214 190 60 92 55 79 20 19 85 65 80 161 12 185 3.3 5 3 3.3 2.9 1.3 2.6 1.5 4.7 3.9 3.3 0.8 3.1 Portimão 4 155 102 2.0 S. Brás de Alportel Silves 1 4 30 181 10 108 1.4 2.4 Tavira 7 263 105 4.5 Vila do Bispo 4 120 48 9.8 Vila Real de St. António 3 180 108 5.8 Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão S. Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de St. António 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 3 0 0 1 2 0 0 0 0 0 60 50 0 0 40 0 240 0 0 20 150 0 0 0 0 0 60 30 0 0 25 0 100 0 0 20 65 0 0 0 0 0 0.6 1.6 0 0 2.0 0 3.1 0 0 0.3 12.3 0 235 Diagnóstico Social Olhão Serviço de Apoio Domiciliário Junho 2011 Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão S. Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de St. António 3 5 4 3 6 3 2 10 1 4 4 1 4 7 2 3 65 190 91 132 215 105 70 475 12 93 155 20 135 332 30 76 96 106 74 105 192 73 58 315 12 88 90 20 109 220 20 76 2.6 12.6 5.9 7.6 2.3 3.3 1.5 4.3 0.6 1.3 2.0 0.9 1.8 5.7 2.5 2.5 Fonte: INE - Censos 2001 (Resultados Definitivos) CDSS de Faro - Unidade de Protecção Social de Cidadania, Núcleo Respostas Sociais – 31/12/2010 Concelho de Olhão II. Área de Intervenção Social: Idosos Rede Solidária Fuseta 1 30 30 Taxa de Cobertura (%) 6.3 Moncarapacho 1 50 50 3.3 Olhão 1 76 76 2.9 Pechão 0 0 0 0 Respostas Sociais Lar para Idosos Centro de Dia Centro de Convívio Serviço de Apoio Domiciliário Freguesias Nº Cap. Ut. Acordo Quelfes 1 30 25 1.7 Total do Concelho 4 186 181 2.7 % Fuseta 1 70 45 14.7 Moncarapacho 0 0 0 0 Olhão 1 120 120 4.5 Pechão 1 24 20 5.5 Quelfes 0 0 0 0 Total do Concelho 3 214 185 3.1 % Fuseta 0 0 0 0 Moncarapacho 0 0 0 0 Olhão 0 0 0 0 Pechão 0 0 0 0 Quelfes 0 0 0 0 Total do Concelho 0 0 0 0.0 % Fuseta 1 25 20 5.3 Moncarapacho 1 16 16 1.1 Olhão 2 52 52 2 Pechão 0 0 0 0 Quelfes 0 0 0 0 Total do Concelho 4 93 88 1.3 % 236 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Fonte: INE - Censos 2001 (Resultados Definitivos) CDSS de Faro - Unidade de Protecção Social de Cidadania Núcleo de Respostas Sociais – 31/12/2010 5.3. RESPOSTAS SOCIAIS PRIORITÁRIAS Embora o concelho apresente em termos globais taxas de cobertura medianas, tem ainda algumas necessidades prementes, essencialmente na área da Saúde. As respostas sociais consideradas prioritárias e urgentes para o concelho de Olhão são as seguintes: • Serviço de Apoio Domiciliário • Lar de Idosos • Lar especializado em doenças neuro degenerativas • Creche • CAO – (Área da Deficiência) • Apoio domiciliário para cuidados continuados (reabilitação e controlo clínico) • Unidade de atendimento e tratamento na área da Saúde Mental • Apoio domiciliário e acompanhamento especializado na área da doença Mental • Apoio domiciliário / Unidade de Internamento na área dos cuidados paliativos • Centro de Emergência Social • Centro de Apoio à Vitima • Centro de Acolhimento Temporário 237 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 ANEXOS Deixamos aqui um agradecimento a todos os que directa ou indirectamente colaboraram connosco neste processo de elaboração do presente documento, especialmente a todas as entidades que aceitaram o nosso convite e participaram no Workshops temáticos realizados, deixando o seu contributo bem como a todas as entidades que nos cederam informação. ANEXO 1 WORKSHOP’S REALIZADOS E PARTICIPANTES WORKSHOP 1 – “O Envelhecimento” – 25 de Fevereiro de 2011 Santa Casa da Misericórdia de Olhão ENTIDADES PRESENTES Municipio de Olhão Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação da Fuzeta Centro de Saúde de Olhão Associação Tempus Elos Clube de Olhão Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Moncarapacho Santa Casa da Misericórdia de Moncarapacho ACASO - Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão Grupo de Bem Fazer “Celeiro de Amor” Santa Casa da Misericórdia de Olhão Agrupamento de Escolas Dr. Alberto Iria Centro Social Nossa Sr. do Carmo Segurança Social – Serviço Local de Olhão Clube da Simpatia Casa do Povo do Concelho de Olhão Junta de Freguesia de Olhão Clube da Simpatia Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Olhão 238 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 WORKSHOP 2 - “Juventude” – 04 de Março de 2011 Escola EB 2/3 Dr. Alberto Iria ENTIDADES PRESENTES Municipio de Olhão Centro Distrital de Faro da Segurança Social Segurança Social – Núcleo Local de Olhão Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Olhão – Equipa de Protocolo de RSI Casa da Juventude de Olhão ASMAL - Associação de Saúde Mental do Algarve PIEC – Programa para a Inclusão e Cidadania Direcção Regional do Algarve do Instituto Português da Juventude ACASO - Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação da Fuzeta Casa do Povo do Concelho de Olhão Centro Social Nossa Sr. do Carmo Associação Tempus Santa Casa da Misericórdia de Olhão Agrupamento de Escolas Dr. Alberto Iria Agrupamento de Escolas João da Rosa – Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família MOJU – Movimento Juvenil Olhanense WORKSHOP 3 – “Saúde” – 04 de Março de 2011 Biblioteca Municipal ENTIDADES PRESENTES Hospital Distrital de Faro Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Moncarapacho Grupo de Bem Fazer “Celeiro de Amor” ASMAL - Associação de Saúde Mental do Algarve Municipio de Olhão Segurança Social – Núcleo Local de Olhão ACASO - Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração ou Reabilitação de Olhão Sporting Clube Olhanense Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação da Fuzeta 239 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 WORKSHOP 4 – “Emprego / Desemprego” – 18 de Março de 2011 Biblioteca Municipal ENTIDADES PRESENTES Municipio de Olhão MOJU – Movimento Juvenil Olhanense Associação Tempus ASMAL - Associação de Saúde Mental do Algarve Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação da Fuzeta Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Moncarapacho Casa do Povo do Concelho de Olhão Junta de Freguesia da Fuzeta Centro Social Nossa Sr. do Carmo Santa Casa da Misericórdia de Olhão Grupo de Bem Fazer “Celeiro de Amor” Associação Nacional Jovens Empresários IEFP – Centro de Emprego de Faro Junta de Freguesia de Pechão WORKSHOP 5 - “Infância” – 24 de Maio de 2011 Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação da Fuzeta ENTIDADES PRESENTES Municipio de Olhão CPCJ – Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Olhão Santa Casa da Misericórdia de Olhão Segurança Social – Núcleo Local de Olhão Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação da Fuzeta Agrupamento de Escolas Dr. Alberto Iria Agrupamento Vertical de Escolas de Moncarapacho Agrupamento Vertical de Escolas Prof. Paula Nogueira Casa do Povo do Concelho de Olhão Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Olhão Centro de Saúde Olhão MOJU – Movimento Juvenil Olhanense Associação Tempus Agrupamento de Escolas João da Rosa Centro Social Nossa Sr. do Carmo 240 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 ANEXO 2 ENTIDADES QUE CONSULTADAS CEDERAM Instituto Nacional de Estatística Municipio de Olhão INFORMAÇÃO E ENTIDADES Divisão de Acção Social Divisão de Educação Divisão de Desporto Divisão de Cultura Divisão de Águas e Saneamento Divisão de Assunto Urbanos Divisão de Desenvolvimento Económico Gabinete de Comunicação Junta de Freguesia da Fuseta Junta de Freguesia de Moncarapacho Junta de Freguesia de Olhão Junta de Freguesia de Pechão Junta de Freguesia de Quelfes ACES Central, Centro de Saúde de Olhão Equipa Técnica Especializada de Tratamento de Olhão Instituto de Emprego e Formação Profissional Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Gabinete de Estratégia e Planeamento Direcção Regional de Educação do Algarve Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Alberto Iria Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família Agrupamento Vertical de Escolas João da Rosa Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família Agrupamento Vertical de Escolas José Carlos da Maia Agrupamento Vertical de Escolas Prof. Paula Nogueira 241 Diagnóstico Social Olhão Agrupamento Vertical de Escolas Dr. João Lúcio Agrupamento Vertical de Escolas de Moncarapacho Escola Secundária Francisco Fernandes Lopes Junho 2011 Centro Novas Oportunidades Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Grupo de Trabalho sobre Estatísticas da Demografia Guarda Nacional Republicana Policia de Segurança Publica Associação Portuguesa de Apoio à Vitima Tribunal Judicial de Olhão Bombeiros Municipais de Olhão Instituto da Segurança Social, IP Casa da Juventude Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Olhão Gabinete de Apoio à Saúde Mental Infantil Equipa de Intervenção Precoce Projecto “Bom Sucesso” Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão Centro de Bem Estar Nossa Senhora de Fátima Centro Social Nossa Senhora do Carmo Grupo de Bem Fazer “Celeiro de Amor” Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação da Fuzeta Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Moncarapacho Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Olhão Obra Nossa Senhora das Candeias Santa Casa da Misericórdia de Moncarapacho Santa Casa da Misericórdia de Olhão Associação Tempus Associação Vida Abundante Associação de Solidariedade Social dos Professores – Delegação do Algarve Sociedade São Vicente de Paulo – Conferência de Olhão 242 Diagnóstico Social Olhão Sociedade São Vicente de Paulo – Conferência de Quelfes Fundação Algarvia de Desenvolvimento Social Movimento de Apoio à Problemática da Sida Junho 2011 243 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 ANEXO 3 REDE SOCIAL DE OLHÃO A Rede Social, criada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 197/97, é definida como um fórum de articulação e congregação de esforços, baseado na adesão livre por parte das autarquias e das entidades públicas e privadas que nela queiram participar. Este programa tem como finalidade combater a pobreza e exclusão social e promover o desenvolvimento social, nomeadamente através da procura de soluções "próximas" das comunidades, privilegiando os recursos locais e a mobilização das entidades e populações para a participação activa na resolução dos problemas. A Rede Social em Olhão Com o objectivo de procurar conjugar esforços tendo em vista a erradicação ou atenuação da pobreza e exclusão e a promoção do desenvolvimento local, o Município de Olhão apresentou a sua candidatura, em Outubro de 2004, ao Programa de Apoio à Implementação da Rede Social, no Concelho de Olhão, tendo sido aprovada pelo Instituto da Segurança Social – Área de Cooperação e Rede Social, em Janeiro de 2005. Propõe-se criar no Concelho de Olhão novas formas de conjugação de esforços, fomentando a formação de uma consciência colectiva dos problemas sociais existentes no Concelho e contribuir para a activação dos meios e agentes locais, de modo a definir prioridades e planear de forma integrada e integradora, com o esforço conjunto de todos. Os objectivos só serão cumpridos com o empenho e a colaboração de todos os parceiros, na identificação de problemas e respostas, com base na igualdade entre os intervenientes, e na consensualização dos objectivos, detectando e informando o CLASO das situações sociais problemáticas e participando nas actividades promovidas pela Rede Social. 244 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Resultados Esperados • Constituição da Parceria (CLAS); • Elaboração do Regulamento Interno; • Concepção do Pré Diagnóstico e Diagnóstico Social; • Elaboração do Plano de Desenvolvimento Social; • Elaboração do Plano de Acção; • Concepção do sistema de Informação; • Criação de um modelo de articulação que facilite a cooperação entre as diversas estruturas de parceria. Objectivos da Rede Social ESTRATÉGICOS • Desenvolver culturas de parceria efectiva e dinâmica, articulando a intervenção social dos diferentes agentes locais; • Promover dinâmicas de planeamento integrado e sistemático, potenciando sinergias, competências e recursos a nível local; • Garantir uma maior eficácia do conjunto de respostas sociais nos concelhos e freguesias. ESPECÍFICOS • Induzir o diagnóstico e o planeamento participados; • Promover a coordenação das intervenções ao nível concelhio e de freguesia; • Procurar soluções para os problemas das famílias e pessoas em situação de pobreza e exclusão social; • Formar e qualificar agentes envolvidos nos processos de desenvolvimento local, no âmbito da Rede Social; • Promover uma cobertura adequada do concelho por serviços e equipamentos; • Potenciar e divulgar o conhecimento sobre as realidades concelhias. 245 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Estrutura Operativa CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL (CLASO) O CLASO é um fórum de parceria estratégica para a coordenação e intervenção no desenvolvimento social do concelho, e tem como finalidade a concepção e avaliação da política social local, visando a erradicação ou atenuação da pobreza e da exclusão social. É composto por entidades públicas e privadas implantados na área do concelho, com representação obrigatória da Câmara Municipal de Olhão e do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social. O processo de adesão é voluntário e concretizado através de formulário próprio e registo em acta. COMPOSIÇÃO DO CLASO A.E.D.M.A.D.A. - Associação para o Estudo da Diabetes Mellitus e Apoio ao Doente do Algarve ACRAL – Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve -Secretariado de Olhão Agrupamento de Centros Saúde do Algarve I Central Agrupamento de Escolas E.B. 2/3 Dr. João Lúcio Agrupamento de Escolas E.B. 2/3 João Da Rosa Agrupamento Vertical da Escola José Carlos da Maia Agrupamento Vertical de Escolas de Moncarapacho Agrupamento Vertical Escolas Dr. Alberto Iria Agrupamento Vertical Prof. Paula Nogueira de Olhão Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão ASMAL - Associação de Saúde Mental do Algarve Associação Pró-Partilha e Inserção do Algarve (Banco Alimentar contra a Fome do Algarve) Associação de Solidariedade Social dos Professores – Delegação do Algarve Associação dos Escuteiros De Portugal, Grupo N.º 6 Associação Tempus Associação Vida Abundante 246 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Casa do Povo do Concelho de Olhão Centro de Bem Estar Social Nossa Senhora de Fátima Centro Social Nossa Senhora do Carmo Clube da Simpatia Clube Desportivo Marítimo Olhanense Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Olhão Comissão Para a Igualdade de Género Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português – Agrup. 554 Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação da Fuseta Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Moncarapacho Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Olhão Direcção Regional de Educação do Algarve Elos Clube de Olhão Equipa Técnica Especializada de Tratamento do Sotavento Olhão Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes For-Mar - Centro de Formação Profissional, Sector das Pescas Grupo de Bem Fazer “Celeiro de Amor” Guarda Nacional Republicana - Posto Territorial de Olhão Instituto da Segurança Social, I.P. - Centro Distrital de Faro Instituto de Emprego e Formação Profissional Instituto Português da Juventude – Delegação Regional Junta de Freguesia da Fuseta Junta de Freguesia de Moncarapacho Junta de Freguesia de Olhão Junta de Freguesia de Pechão Junta de Freguesia de Quelfes Liga dos Combatentes – Núcleo Regional de Olhão MAPS – Movimento de Apoio à Problemática da Sida MOJU – Associação Movimento Juvenil em Olhão Município de Olhão Obra N.ª Senhora das Candeias 247 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Oficina D’ Afectos – Centro Terapêutico para o Desenvolvimento Humano PIEC – Programa para a Inclusão e Cidadania Policia de Segurança Pública Rancho Folclórico Infantil da Ria Formosa Rockestra – Associação Juvenil para o Desenvolvimento Cultural Rotary Clube de Olhão Santa Casa da Misericórdia de Moncarapacho Santa Casa da Misericórdia de Olhão Sociedade Recreativa Progresso Olhanense Sociedade São Vicente de Paulo – Conferência de Olhão Sociedade São Vicente de Paulo – Conferência de Quelfes Sporting Club Olhanense NÚCLEO EXECUTIVO O Núcleo Executivo é o órgão técnico operativo do CLASO, constituído por sete elementos, incluindo obrigatoriamente um representante do Município de Olhão, um representante do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social e um representante das IPSS's. A formalização do Núcleo Executivo é deliberada em plenário do CLASO. Compete ao Núcleo Executivo concretizar as actividades previstas no Plano de Trabalho do CLASO. COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO EXECUTIVO Sara Patrocínio, Técnica Superior de Educação e Intervenção Comunitária, pela Câmara Municipal de Olhão - Coordenação Célia Branco, Técnica Superior de Serviço Social, pela Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão Sónia Nobre, Técnica Superior de Serviço Social, pelo Centro Distrital da Segurança Social de Faro – Serviço Local de Olhão 248 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 Maria Trindade Semedo, Técnica Superior de Serviço Social, pelo Agrupamento de Centros de Saúde do Algarve I, Central Carla Henriques, Técnica Superior de Serviço Social, pela Santa Casa da Misericórdia de Olhão Micaela Barros, Técnica Superior de Psicologia e Professora do 2.º e 3.º Ciclo na área das Ciências Sociais e Humanas pelo Agrupamento de Escolas Dr. Alberto Iria Vânia Rodrigues, Técnica Superior de Educação Social, pela Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação da Fuzeta 249 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 ANEXO 4 SIGLAS E ABREVIATURAS AA - Alcoólicos Anónimos ACES – Agrupamento de Centros de Saúde ADI – Apoio Domiciliário Integrado AEC – Actividade Extra Curricular APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima APD – Associação Portuguesa de Deficientes APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com ARS – Administração Regional de Saúde ATL – Actividades de Tempos Livres CAFAP – Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental CAT – Centro de Atendimento a Toxicodependentes CAV – Centro de Apoio à Vida CCDR – Comissão de Coordenação do Desenvolvimento Regional CDSS – Centro Distrital de Segurança Social CEF – Curso de Educação/Formação CLASO – Conselho Local de Acção Social de Olhão CME – Conselho Municipal de Educação CMO – Câmara Municipal de Olhão CPCJ – Comissão de Protecção de Crianças e Jovens CRVCC – Centro de Reconhecimento de Validação e Certificação de Competências DAS – Divisão de Acção Social DLD – Doenças de Longa Duração EFA – Educação e Formação de Adultos ETAR – Estação de Tratamento de Aguas Residuais GAAF – Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família GASMI – Grupo de Apoio à Saúde Mental Infantil 250 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 GAV – Gabinete de Apoio à Vitima GNR – Guarda Nacional Republicana IDT – Instituto da Droga e Toxicodependência IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional INOFOR – Instituto para a Inovação na Formação IP – Intervenção Precoce IPJ – Instituto Português da Juventude IPSS- Instituição Particular de Solidariedade Social IRS – Instituto de Reinserção Social ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa ISSS – Instituto Superior de Serviço Social JF – Junta de Freguesia OMS – Organização Mundial de Saúde ONG – Organização Não Governamental OPC – Órgãos de Policia Criminais PAII – Programa Integrado e Apoio a Idosos PCA – Percursos Curriculares Alternativos PDS – Plano de Desenvolvimento Social PEETI – Programa para a Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil PIDDAC – Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento PIEC – Programa para a Inclusão e Cidadania PIEF – Programa Integrado de Educação e Formação PIIP – Projecto Integrado de Intervenção Precoce PNAI – Plano Nacional de Acção para a Inclusão POEFDS – Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social POSC – Programa Operacional para a Sociedade do Conhecimento PROGRIDE – Programa para a Inclusão e Desenvolvimento PSP – Policia de Segurança Pública QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional RSI – Rendimento Social de Inserção SBSI – Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas 251 Diagnóstico Social Olhão Junho 2011 SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras SNIPI – Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância SPO – Serviço de Psicologia e Orientação TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação TO – Terapia Ocupacional UALG – Universidade do Algarve UNIVA – Unidade de Inserção na Vida Activa 252