Mesa: Educação e Cidadania Título: A Inflação Legislativa Educacional e a Insegurança Jurídica Autor: Lincoln Villas Boas Macena Orientador: Ana Maria Viola de Souza Curso: Direito do Estado Instituição: UNISAL/Lorena Resumo: O Direito Educacional está se estruturando como ramo do direito numa busca de ser tida como ciência autônoma da mesma forma que os demais ramos de direito (penal, civil, administrativo, tributário e outros), que rege o conjunto de normas, princípios, leis e regulamentos relacionados à área da Educação e àqueles que ainda não fazem parte desta, uma vez que nossa Constituição Federal de 1988 diz: art. 205 “A educação é direito de todos e dever do Estado e da Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Está o Direito Educacional incluso na esfera pública e privada, pois é compromisso de ambos, tendo limites e controle para ambos os setores da Administração do Estado com intenção de romper a fragilidade do artigo de lei, visando exclusivamente, condições para que tal preceito aconteça. Não pode ser restringido apenas a alunos, professores, administradores de Instituições de Ensino, especialistas e técnicos, pois a Sociedade, a Família, e principalmente o Estado estão envolvidos por força de Lei, mesmo que, por fragilidade da lei não atuem nesta área tão carente de nossa sociedade. A educação está contemplada na Constituição como garantia dos direitos sociais, aplicada num núcleo comum junto das garantias dos direitos dos trabalhadores, direitos do meio ambiente sadio, direitos à saúde e outros, que em nossa realidade, se encontram enfraquecidos, onde tentou a Carta Magna, dar meios e mecanismos de efetividade a tais garantias, ainda não exploradas como devida em nosso País. Diante de tal realidade, urge em nosso meio, a necessidade de uma consolidação da legislação educacional, evitando a insegurança jurídica frente à imensa demanda de normas legais que regem a educação. Título: A Mulher Negra em Cargos de Chefia: Representações no Ambiente de Trabalho Autora: Josélia da Silva Nascimento Orientador: Vanderlei de Souza Curso: Automação de Escritórios e Secretariado com Ênfase em Comércio Exterior Instituição: Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba Resumo: A farta oferta de força de trabalho favorece processos de seleção cada vez mais subjetivos. Estes critérios, essencialmente subjetivos, têm impacto mais visível para as mulheres de modo geral, porém com maior incidência sobre a mulher negra que, para encontrar um espaço no mercado de trabalho, precisa lutar contra dois preconceitos: de cor e de sexo. Pelo exposto, o objetivo deste estudo foi a discussão sobre a discriminação contra a mulher afro-brasileira no mercado de trabalho, especificamente para ocupar cargos de chefia. Para discutir este assunto e tentar focalizar alguns dos principais fatores que inviabilizam o acesso da mulher negra a este mercado, apresentamos dados estatísticos que comprovam a precária situação da afro-brasileira e observando o número reduzido de universitários e professores afro-descendentes na Faculdade de Tecnologia de Indaiatuba (FATEC-ID) foram distribuídos questionários para os alunos com o objetivo de averiguar a relevância da discussão deste tema na instituição de ensino e quais cargos eram ocupados por mulheres negras nas empresas onde estes alunos trabalhavam; realizamos, ainda. entrevistas com algumas mulheres afro-brasileiras que ocupam cargo de chefia. Complementando o trabalho, destacamos alguns programas antidiscriminatórios que estão sendo desenvolvidos no Brasil para minimizar a discriminação racial. O estudo pretendeu estimular a reflexão sobre a importância da discussão desse tema, não somente dentro do meio acadêmico, como também em todos os segmentos da sociedade, a fim de que possamos aprender a conviver com a diversidade étnica. Título: Alternativa Pedagógica Para Formar Cidadãos Autora: Adriana Faria de Almeida Orientadora: Maria Ignês Carlos Magno Curso: Pedagogia Instituição: UNISAL/São Paulo Resumo: Alternativa Pedagógica para formar cidadão tem como eixo central algumas alternativas encontradas por professores que contribuíram numa formação mais cidadã de seus alunos. Isso surgiu a partir de um artigo da revista Nova Escola, onde uma educadora faz um resgate da cidadania de seus alunos, através de filmes mudos de Charlie Chaplin. Essa reportagem me motivou, pois em uma simples ação, essa professora conseguiu muito mais do que transmitir conteúdos: ela ajudou esses alunos a conquistar sua própria cidadania. Partindo disso, procurei primeiro enfatizar a ação pedagógica do professor, que passa ser o principal instrumento de desenvolvimento das ações, para isso ele deve possibilitar mudança nas suas atitudes e ações; por isso, falo em projetos que se transformaram na maneira mais fácil de realizar mudanças numa prática pedagógica. Depois de algumas pesquisas, acabei por centralizar meu tema na formação cidadã que leve o aluno à conscientização de seus direitos e deveres. Acredito que uma escola deve preocupar-se em ensinar muito além de conteúdos, mais auxiliar o aluno a buscar sua cidadania , e isso só irá acontecer quando tratarmos cidadania não como um modismo, porque todos acham bonito, mas como uma conquista cheia de significado para o aluno, como diz o professor Pedro Demo Afirmar, em seu livro Política, Educação e Cidadania: “Cidadania não se cria, se conquista”. Com todos esses pontos, afirmo que a cidadania é um direito de todos e, principalmente, através da educação, que acredito ser a melhor junção. A escola é primeiro caminho pelo qual um educando deve construir sua própria cidadania Título: Pluralidade Cultural - Uma análise docente no ensino médio. Autor: Tatiane Pereira de Souza Faria Motta Orientadora: Tânia Mara Tavares da Silva Curso: Pedagogia Instituição: UNISAL/Americana Resumo: A pesquisa que venho realizando tem como temática a questão da diversidade cultural e a maneira como este tema vem sendo tratado na escola. O objetivo deste trabalho é tentar elucidar como a questão da diversidade cultural tem sido tratada teoricamente, privilegiando o âmbito da educação. Desta forma, baseada em literatura na área e no documento elaborado pelo MEC - Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), mais especificamente o tema “Pluralidade Cultural” e na análise qualitativa que vimos realizando, o presente estudo visa discutir a relação entre as diferentes culturas, encontradas no interior das escolas, e detectar as práticas pedagógicas utilizadas pelos educadores para trabalhar a temática em questão e analisar o que os alunos do Ensino Médio pensam sobre o assunto em debate. Escolhemos como objeto empírico para efetuar a análise uma escola de Ensino Fundamental e Médio da rede pública de ensino da cidade de Americana - SP. Título: Racismo e Educação: O papel das políticas afirmativas e a visão dos alunos da graduação do UNISAL sobre elas. Autor: Fabrine Mara Fernandes Orientadora: Tânia Mara Tavares da Silva Curso: Pedagogia Instituição: UNISAL/Americana Resumo: Esta pesquisa se propõe a estudar de que maneira as relações raciais se expressam no ensino superior, enfocando especificamente a reserva de vagas para os afro-descendentes no Ensino Superior. O tema é polêmico e um dos principais problemas é a dificuldade de definição de negro ou afro-descendente num país que apresenta uma miscigenação tão grande. Além disso, a sutileza através da qual o racismo se insere em nosso país produz uma falsa sensação de cordialidade entre as diferentes etnias, mas na medida em que o “outro” ganha uma nova dimensão no cenário nacional, evidenciam-se os conflitos. Foi possível observar, através da pesquisa, que a discussão em torno da diversidade cultural não é recente, porém ainda deixa lacunas, e produz equívocos, não só na área da Educação, mas em todos os setores de nossa sociedade. Acredito que seja importante saber qual a visão dos educandos da graduação do Centro UNISAL sobre as relações raciais que envolvem a Educação. Muitas das questões que se colocaram a partir da polêmica em torno do sistema de cotas, colocam em xeque nossa suposta “democracia racial”, e, embora essa reserva de vagas seja vista como um importante passo para a comunidade negra, este pode ser dado tanto em direção à integração, quanto ao caminho contrário, o da segregação. Sempre se pensa na “questão do negro”, porém se faz necessário entender que entre os negros existe uma grande diversidade cultural, já que a África, que rendeu tantos escravos ao nosso país, possui muitas culturas, e, os negros escravizados no Brasil, são provenientes dessas diferentes culturas. Além disso, através do fenômeno da mestiçagem, essas diferentes culturas que constituíram o Brasil, fizeram uma “coligação” por meio da incorporação de novos elementos à sua cultura, fazendo então uma reelaboração de sua própria cultura.