SIMULADO UERJ - 2012
Nome: _________________________________________________________ Turma: ________
Opção de Língua Estrangeira: ______________________________________
SIMULADO UERJ
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INSTRUÇÕES
1. CARTÃO DE RESPOSTAS
Verifique se seu nome e o número de matrícula estão corretos.
Não se esqueça de marcar a sua opção de língua estrangeira no cartão-resposta.
Assine o cartão de respostas com caneta. Além da sua assinatura e da marcação das respostas,
nada mais deve ser escrito ou registrado no cartão, que não pode ser dobrado, amassado,
rasurado ou manchado.
2. CADERNO DE QUESTÕES
Ao receber a autorização para abrir este caderno, verifique se a impressão, a paginação e a
numeração das questões estão corretas.
Caso observe qualquer erro, notifique o fiscal.
As questões de números 16 a 21 da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias deverão ser
respondidas de acordo com a sua opção de Língua Estrangeira: Espanhol ou Inglês.
3. MARCAÇÃO DAS RESPOSTAS
Leia com atenção as questões e escolha a alternativa que melhor responde a cada uma delas.
Marque sua resposta cobrindo totalmente o espaço que corresponde à letra a ser assinalada,
conforme o exemplo abaixo. Utilize caneta preta ou azul.
As respostas em que houver falta de nitidez ou marcação de mais de uma letra não serão
registradas.
INFORMAÇÕES GERAIS
O tempo disponível para fazer a prova, incluindo a marcação do cartão de respostas, é de 4
(quatro) horas.
Ao terminar a prova, entregue ao fiscal somente o cartão de respostas.
Não é permitido, durante a prova, a utilização de máquinas ou relógios de calcular, aparelhos de
reprodução de som ou imagem, com ou sem fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de
consulta de qualquer espécie.
Também não é permitido se ausentar da sala levando consigo o cartão de respostas.
Boa prova!
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
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TEXTO I
MÁQUINA DO TEMPO
Mais que minha própria morte e a morte das pessoas que amo, o que me dói é a
possibilidade da morte prematura da nossa terra. Porque é certo que ela vai morrer.
Tudo o que nasce morre. O trágico será se ela morrer antes da hora, assassinada por
nós mesmos, seus filhos. Escrevi uma série de crônicas para as minhas netas, contando
como era a minha vida de menino, na roça. Escrevi para minhas netas: avô contando
estórias... Mas o divertido foi que aqueles que mais gostaram foram os velhos. Eles
sabiam aquilo sobre que eu estava falando.
Existe sempre a fantasia de que, num
momento futuro, será possível criar uma máquina que nos permitirá viajar através do
tempo, da mesma forma como existem máquinas que nos permitem viajar através do
espaço: bicicletas, carros, navios, aviões... Mas acontece que a dita máquina do tempo
já existe. Só que ela não é feita com plástico e metais e nem é movida à gasolina. A
máquina do tempo é feita com palavras. E ela se chama “literatura”. A palavra nos
transporta através do tempo: ela nos faz viajar por mundos que não mais existem. E a
prova de que estamos viajando pelo passado está em que “reconhecemos” os lugares
por onde passamos e sentimos as mesmas emoções que sentíamos quando estávamos
vivendo neles no presente. Agora estou preparando minha máquina do tempo para uma
outra viagem. Entrei no livro O universo: seu início e seu fim e comecei a viajar pelo
tempo. O livro me levou para 15 bilhões de anos atrás. A temperatura era da ordem de
um bilhão de graus. Foi então que aconteceu a grande explosão, o Big Bang, com a qual
o universo se iniciou. E pensando sobre esse evento fantástico enquanto caminhava – é
preciso cuidar do coração – meus pensamentos foram interrompidos pelas sibipirunas
floridas, o amarelo contra o verde das folhas e o azul do céu... E me assombrei de que
coisas tão lindas e mansas tivessem nascido de uma explosão há 15 bilhões de anos...
Do caos nasceram ordem, vida e beleza, da mesma forma como uma bolha de sabão sai,
perfeita, do canudinho que o menino sopra... Aí fiquei com medo que a bolha estourasse
antes da hora. Porque é isso, precisamente, que essa coisa a que damos o nome de
progresso está fazendo. Todos os candidatos a presidente, todos, indistintamente, de
direita e de esquerda, prometem “progresso”. Mas nenhum deles promete preservar a
natureza. Qualquer menino sabe que a bolha de sabão é frágil. Não pode crescer
sempre. Se crescer além do limite, ela estoura. E nossa terra é precisamente uma bolha
frágil que navega pelos espaços vazios, bolha onde apareceram, miraculosamente, as
condições para que a vida viesse a existir. Mas, se essas condições desaparecerem, a
vida deixará de existir. Muitas críticas justas já se fizeram ao capitalismo, de um ponto de
vista ético, em virtude de sua tendência de produzir pobreza e concentrar riqueza. Mas
raramente se fala sobre o capitalismo como um sistema autodestrutivo que, para existir e
gozar de saúde, tem de estar num processo de crescimento constante: mais empregos,
mais trabalho, mais devastação da natureza, mais monóxido de carbono no ar, mais lixo
03
– seis bilhões de quilos de lixo por dia! - , mais exploração dos recursos naturais, mais
florestas cortadas, mais poluição dos mananciais... Até quando a frágil bolha suportará?
ALVES, Rubem. Quarto de badulaques. São Paulo: Parábola, 2003. pp. 83-85
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01
Para criticar o comportamento do ser humano, que vem destruindo o planeta em que vive, o autor
do texto I utiliza, na construção do texto, estratégias que demonstram seu envolvimento
emocional e sua posição diante do tema. Dos fragmentos retirados abaixo, uma dessas
estratégias está inadequadamente assinalada ou caracterizada em:
a) “Mais que minha própria morte e a morte das pessoas que amo, o que me dói é a possibilidade
da morte prematura da nossa terra” (linhas 1/2) – uso da 1ª pessoa.
b) “Porque é isso, precisamente, que essa coisa a que damos o nome de progresso está fazendo”
(linha 26/27) – construção coloquial de valor pejorativo.
c) “O livro me levou para 15 bilhões de anos atrás” (linha 14) – utilização de hipóteses para sua
argumentação.
d) “Até quando a frágil bolha suportará?” (última linha) – comparação.
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02
“Mas raramente se fala sobre o capitalismo como um sistema autodestrutivo que, para existir e
gozar de saúde, tem de estar num processo de crescimento constante: mais empregos, mais
trabalho, mais devastação da natureza, mais monóxido de carbono no ar, mais lixo ... “
O trecho acima, retirado do final do texto I, assinala a ausência de denúncia de um aspecto do
capitalismo, que, sintetizando, poderíamos dizer se tratar de um aspecto:
a) dialético
b) metafórico
c) homogêneo
d) irrelevante
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03
“Do caos nasceram ordem, vida e beleza, da mesma forma como uma bolha de sabão sai,
perfeita, do canudinho que o menino sopra...” (texto I)
Só não participa da imagem da bolha de sabão, levando em conta o desenvolvimento temático do
texto de Rubem Alves, a ideia de:
a) fugacidade
b) limitação
c) perenidade
d) debilidade
04
TEXTO II
Vista do crepúsculo, no final do século
Está envenenada a terra que nos enterra ou desterra.
Já não há ar, só desar.
Já não há chuva, só chuva ácida.
Já não há parques, só parkings.
Já não há sociedades, só sociedades anônimas.
Empresas em lugar de nações.
Consumidores em lugar de cidadãos.
Aglomerações em lugar de cidades.
Não há pessoas, só públicos.
Não há realidades, só publicidades.
Não há visões, só televisões.
Para elogiar uma flor, diz-se: “Parece de plástico”.
GALEANO, Eduardo. De Pernas pro Ar – A escola do mundo ao avesso. Porto Alegre:
L&PM, 1999. p.232.
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04
O título do texto II, “Vista do crepúsculo, no final do século”, encontra-se expressivamente
ratificado através de alguns recursos textuais. O único recurso que não mantém a ideia do título é:
a) a presença de formas verbais do presente do indicativo
b) a reiteração de estruturas sintáticas
c) desenvolvimento temático através da contraposição de ideias
d) a indeterminação dos sujeitos das ações verbais
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05
“Está envenenada a terra que nos enterra ou desterra.” (v. 1)
No verso em destaque, o prefixo da forma verbal desterra assume simultaneamente as noções de
negação e afastamento, sentidos que são reiterados ao longo de todo o texto. Assume igualmente
essas duas noções a seguinte palavra:
a) chuva
b) nações
c) flor
d) consumidores
05
TEXTO III
Cuidado, estamos à deriva!
No início do século passado, o cientista alemão R. Weneger afirmou, para espanto
geral, que os continentes flutuavam. Sabemos hoje que esses continentes são imensas
placas que se movimentam constantemente e que muitas vezes se chocam, produzindo
efeitos devastadores como o recente maremoto na Ásia. Essas catástrofes têm efeitos
os mais diversos sobre o planeta. A Terra, longe de ser um lugartranquilo, sempre foi
palco de grandes cataclismos. É um processo natural que caracteriza o dinamismo do
mundo em que vivemos. O nosso clima nunca foi totalmente estável, sofrendo variações
para mais ou para menos em termos de temperatura, distribuição de chuvas e
irregularidades sazonais. As mudanças climáticas fazem parte desse quadro, que
determina a extinção, manutenção ou evolução de espécies. Só que agora, ao se tornar
a espécie dominante, o ser humano com sua intensa atividade vem favorecendo
alterações drásticas em todos os níveis dos ecossistemas. O aquecimento global é uma
consequência dessa atitude.
O efeito estufa, que é o esquentamento excessivo da atmosfera, provocado pelo
consumo cada vez maior dos combustíveis fósseis, pode trazer mudanças climáticas
irreversíveis. O CO2 é um gás refrator do infravermelho, isto é, deixa passar esse raio,
mas o impede de retornar, esquentando o ambiente, como numa plantação de rosa. O
problema é que o carbono dos combustíveis fósseis não pertence ao ciclo do carbono
atual. É esse excesso de CO2 lançado na atmosfera que provoca todo o problema. É
fato comprovado que a Terra se tornou mais quente 0,6 graus centígrados em apenas um
século. Parece pouco, mas para o ambiente e o clima em geral, os efeitos são negativos.
Esse aumento de temperatura está relacionado até com a proliferação de mosquitos
transmissores da dengue e da malária no mundo. Outra consequência estaria ligada ao
descongelamento das calotas polares que, em apenas um século, elevaram em 15 cm o
nível das águas dos oceanos. Se esse nível continuar aumentando, poderá afetar
seriamente a vida das populações costeiras ou provocar alterações de correntes
marinhas comprometendo os ecossistemas marítimos, além das já mencionadas
variações pluviométricas, aumentando em algumas regiões e diminuindo em outras,
como é o caso, hoje, do Rio Grande do Sul, que vive um período de seca em plena época
chuvosa.
Mas o que acentua demasiadamente essas mudanças climáticas é a nossa
inconsequente relação com a natureza. A quase totalidade da paisagem do nosso
planeta já foi alterada por nós. Derrubamos, queimamos, pavimentamos e concretamos
superfícies cada vez maiores do nosso ambiente. A isso se denomina progresso. A
regra é crescer e crescer. Crescer quantitativamente apenas. Para abastecer as
grandes cidades, as monoculturas extinguiram a exuberância interativa dos
ecossistemas. Selecionaram algumas espécies e decretaram a morte de inúmeras, as
chamadas “ervas daninhas”. E com os animais o processo foi idêntico.
O homem não pode negligenciar o fato de que, como espécie dominante, vive também
num ecossistema integral (atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera) e que ele é apenas
um elo dessa imensa cadeia. A forma civilizatória atual, baseada em paradigmas ainda
da Revolução Industrial do século XIX, se revela antiecológica e, portanto, incompatível
com um desenvolvimento autossustentável.
O ser humano tem de acordar do seu torpor narcísico ao se considerar superior a
tudo. Precisamos refazer nosso projeto civilizatório, criando novos modelos de relação
com o mundo e com os outros. Criar uma ecopedagogia, uma educação que valorize ao
máximo a interrelação necessária entre todas as coisas, que incentive uma ética da
solidariedade e da cooperação com as comunidades viventes do nosso planeta. Essa
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ecopedagogia poderá nos dizer como nos tornamos realmente sábios, honrando o que
acreditamos ser: “Homo sapiens”.
Alfeu Trancoso, JB Ecológico, março de 2005.
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06
É comum no nosso código linguístico dispormos de uma variedade de recursos para expressar
uma mesma modalidade discursiva, ou seja, há várias maneiras de marcar a forma como o
enunciador do texto se coloca em relação ao que é declarado. Nos enunciados abaixo, as
palavras assinaladas denotam o mesmo valor modal, exceto em:
a) “Outra consequência estaria ligada ao descongelamento das calotas polares” (linhas 24/25)
b) “O homem não pode negligenciar o fato de que, (...)” (linha 39)
c) “Criar uma ecopedagogia, uma educação que valorize ao máximo (...)” (linhas 46/47)
d) “Se esse nível continuar aumentando” (linha 26)
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07
Embora o texto III não seja um texto literário, seu autor, em alguns momentos, faz uso de
imagens metafóricas para atrair a atenção do leitor e envolvê-lo no seu discurso. Essa estratégia
retórica só não está presente em:
a) “Cuidado, estamos à deriva!” (título)
b) “O ser humano tem de acordar do seu torpor narcísico aos se considerar superior” (linha 44)
c) “Sabemos hoje que esses continentes são imensas placas que se movimentam
constantemente” (linhas 3/4)
d) “A Terra, longe de ser um lugar tranquilo, sempre foi palco de grandes cataclismos” (linhas 5/ 6)
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“Mas o que acentua demasiadamente essas mudanças climáticas é a nossa inconsequente
relação com a natureza.” (linha 26)
Tendo em vista o caminho argumentativo do texto, o trecho acima tem a função de:
a)
reafirmar a tese do autor de que o ser humano é o responsável pelas drásticas
alterações que o ecossistema vem apresentando;
b)
estabelecer uma visão contrária ao que vinha sendo exposto no texto;
c)
corroborar a ideia desenvolvida no parágrafo anterior;
d)
introduzir o argumento que será explicitado no parágrafo seguinte.
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“Esse aumento de temperatura está relacionado até com a proliferação de mosquitos
transmissores da dengue e da malária no mundo”. (texto III)
A palavra em negrito tem, para efeito de enunciação, a função de destacar a seguinte ideia:
a) probabilidade
b) incondicionalidade
c) imprevisibilidade
d) possibilidade
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O termo polifonia designa o fenômeno pelo qual, num mesmo texto, se fazem ouvir “vozes” que
falam de perspectivas diferentes das do enunciador do texto e com as quais esse enunciador se
identifica ou não. O recurso polifônico só não foi utilizado no seguinte trecho do texto III:
a) “No início do século passado, o cientista alemão R. Weneger afirmou, para espanto geral, que
os continentes flutuavam. “ (linhas 1 e 2)
b) “Outra consequência estaria ligada ao descongelamento das calotas polares que, em apenas
um século, elevaram em 15 cm o nível das águas dos oceanos.” (linhas 24 a 26)
c) “Selecionaram algumas espécies e decretaram a morte de inúmeras, as chamadas “ervas
daninhas”.”(linhas 37/38)
d) “Essa ecopedagogia poderá nos dizer como nos tornamos realmente sábios, honrando o que
acreditamos ser: “Homo sapiens”.” (linhas 49/50)
TEXTO IV
PASSAREDO
Francis Hime e Chico Buarque
Ei, pintassilgo
Oi, pintaroxo
Melro, uirapuru
Ai, chega-e-vira
Engole-vento
Saíra, inhambu
Foge, asa-branca
Vai, patativa
Tordo, tuju, tuim
Xô, tié-sangue
Xô, tié-fogo
Xô, rouxinol, sem-fim
Some, coleiro
Anda, trigueiro
Te esconde, colibri
Voa, macuco
Voa, viúva
Utiariti
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Bico calado
Toma cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí
Ei, quero-quero
Oi, tico-tico
Anum, pardal, chapim
Xô, cotovia
Xô, ave-fria
Xô pescador-martim
Some, rolinha
Anda, andorinha
Te esconde, bem-te-vi
Voa, bicudo
Voa, sanhaço
Vai, juriti
Bico calado
Muito cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí
In: Francis: Som Livre, 1977
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A forte presença da função apelativa da linguagem no texto IV se evidencia pela reiteração das
formas do imperativo e do vocativo, como: “Some, coleiro”, “Te esconde, colibri”, “Voa,
macuco”.
Por sua vez, a expressividade do uso reiterado dessas formas se manifesta no verso “que o
homem vem aí”, em que o conectivo destacado tem valor de:
a) finalidade
b) explicação
c) condição
d) consequência
TEXTO V
Toda Mafalda. RJ: Martins Fontes, 2a edição, 1997
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Mafalda é a famosa personagem criada pelo argentino Joaquim Salvador Lavado, mais
conhecido por Quino. Segundo Umberto Eco, escritor e crítico literário italiano, ela é “uma
heroína irascível que rejeita o mundo como ele é... reivindicando seu direito de continuar sendo
uma menina que não quer se responsabilizar por um universo adulterado (...)”
Na tira acima, o habitual senso crítico da personagem está voltado principalmente
a) para a valorização da memória nacional de seu país;
b) para o comportamento inadequado e incoerente do povo;
c) para o conceito de pátria propagado pelo Estado;
d) para a construção de um falso passado histórico de glórias
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13
O uso do pronome “essas”, no segundo quadrinho do texto V, revela, por parte da personagem
Mafalda:
a) um distanciamento das discussões intelectuais, em privilégio dos problemas concretos
b) uma valorização do patriotismo idealista, em detrimento das questões ambientais
c) uma aproximação dos assuntos que, em geral, são pertinentes ao bem da pátria
d) um desconsolo diante da sua impotência de transformação da realidade
TEXTO VI
JOGOS
Carlos Manes
Paladino ou mago?
O garoto hesita
entre espada flamejante
ou bastão transformador.
Mundos esquivos estendem
florestas
bytes
tijolos amarelos.
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Pais, assustados, convidam-no
a passear na cidade
de cimento e sujo. Inútil.
O bracinho ágil não quer o sal da terra.
Quer desenhar com o mouse
místicos, traiçoeiros anéis.
Com um clic mapeia o universo.
Com dois destrói tudo;
cria e recria
polígonos de mistério e graça.
Já o tempo, hábil jogador,
num único lance
rouba-lhe decisivos,
inadiáveis pontos.
Disponível em: http://www.carlosmanes.com.br/poesia
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14
Considerando o sentido geral do texto, a noção semântica obtida pelo emprego do diminutivo
em “O bracinho ágil não quer o sal da terra” é reiterada em:
a) “cria e recria”
b) “Com um clic mapeia o universo”
c) “rouba-lhe decisivos”
d) “Pais, assustados, convidam-no”
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15
O texto VI recria uma atmosfera bem conhecida do homem contemporâneo em que se
contrapõem realidade e simulação. O verso do texto II que melhor representa essa mesma
contraposição é:
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a) “Não há visões, só televisões”
b) “Já não há chuva, só chuva ácida”
c) “Já não há sociedades, só sociedades anônimas”
d) “Já não há ar, só desar”
My journey: an accidental activist
I wasn‟t born to be an activist. Quite the opposite, really. I was born to be the stereotypical “good,
racist
Afrikaner” in Apartheid South Africa. My family supported Apartheid and all of them worked for
the
Apartheid regime at some stage in their lives.
I grew up in a home that did everything the Apartheid government wanted us to do. We were part
of the
Dutch Reformed Church; we watched rugby – the sport of the white Afrikaner. I went to school at
Paarl
Gymnasium – one of the best Apartheid schools in South Africa. I attended the University of
Stellenbosch
– the “brain trust” of the Apartheid policies and politics. We read the Apartheid government
approved
newspapers and watched their TV. I benefited from the education they provided and the money
they paid
my dad. I was made for a life supporting and working for the Apartheid government.
I was well on my way to become one of them. I did everything they expected me to do. I was a
young racist
Afrikaner, ready to take my place in their world. Well, at least the small world within the white
community in
South Africa.
Somewhere along the line things didn‟t work out the way they planned. I became everything that
Apartheid
was against – an activist with a social conscience who loves being an “African” on the global
stage. Instead of being the man they wanted me to be, I became the man I wanted to be. It hasn‟t
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always been easy. It hasn‟t always been fun. But it always felt right. From Stellenbosch to
Seattle, Mali to Monterrey, and Lusaka to London – no matter where the road took me, it always
felt right, and it always felt as if I belonged. That‟s the beauty of life – you can be who and what
you want to be no matter where you come from.
HENK CAMPHER http://angryafrican.net
____________
16
There is a dramatic contrast between Henk, the Afrikaner, and Henk, the African.
This contrast is best represented by the following words:
a) small world and global stage
b) regime and government
c) London and Seattle
d) apartheid policies and politics
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17
In the text, Henk Campher describes a transition he experienced in his life.
His shift in political orientation was primarily due to:
a) regime pressure
b) racial tolerance
c) value change
d) religious influence
Political activism
Earlier this year I had the privilege to sit in on a lunch discussion with James Carroll, a Boston
Globe columnist who was visiting my university to give a speech on his latest book. The
dialogue eventually came around to discussing the differences between youth protests today
and those during the 1960s. He suggested that youth in the latter period had more of an
influence than today simply because they were able to involve politicians in their rallies, petitions
and causes. Conversely, when today‟s youth hold a demonstration in front of a parliament
building or contest a particular aspect of an institution, their forms of protest lack influence to
cause change because they do not have any political figures or individuals involved in their
particular protest.
13
At this point, the issue of how we as youth can attract politicians to become part of our
campaigns and protests in order to successfully effect political change should be explored. First,
we as Canadian youth must become involved in organizations and groups that address current
social and political issues that affect us. Involvement increases youth awareness and influence.
Groups or organizations that deal with issues such as the environment, poverty, gender equality
and others that may be of interest to you are worth joining. Organizational involvement gives
youth a platform from which to express their opinions about issues of importance. Involvement
does not have to be centred on issues on a grand scale; more local events may persuade
you to get involved. Joining an organization that is dedicated to, for example, preventing the
closing of a local public school or big box stores from entering the neighbourhood, are also
avenues where engaged youth can make a difference. By simply involving ourselves with these
issues and organizations, we allow ourselves the opportunity to meet people of influence,
whether they be politicians or others who have a direct influence on social and political events in
our communities, cities, provinces or country.
Involvement in community issues and political campaigns are great opportunities to gain access
to individuals such as politicians and community leaders. These connections can then be used
in our favour when attempting to advance our own cause or demonstrations. Any argument will
have a greater influence when it is supported by members of the political community.
If you are dedicated to making a difference in your community, or are dedicated to a cause and
are frustrated that your voice is not being heard, try to acquire political leaders‟ attention and aid
in pursuing causes that affect and concern youth. Our young political ancestors of the 1960s did
this effectively; it is time that the youth of the current generation learn from their example and
attempt to gain established political support for our causes.
Fausto
www.apathyisboring.com
____________
18
The text presents a comparative analysis of political involvement in different decades.
According to Carroll, the conflicting attitude between youth generations of the 1960s and of
today is expressed in the following statement:
a) traditional institutions are conscious of political needs
b) effective activism is attainable with political support
c) community engagement is sustained by political action
d) cooperative actions are dependent on political organizations
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____________
19
The title and the words in the logo anticipate the theme of the text.
This combination reinforces the idea that political engagement should be viewed as:
a) risky
b) tiresome
c) stimulating
d) complex
____________
20
Involvement in community issues and political campaigns are great opportunities to gain
access to individuals such as politicians and community leaders. (l. 41-44)
The fragment above highlights the importance of:
a) local engagement
b) civic behavior
c) active partnership
d) government influence
____________
21
Conversely, when today’s youth hold a demonstration in front of a parliament building or contest
a particular aspect of an institution, their forms of protest lack influence to cause change (l. 10-13)
The notion expressed by the underlined word is that of:
a) reiteration
b) opposition
c) alternation
d) conformation
Texto I:
Crítica a la no-violencia
El entorno educativo se ha llenado de todo un discurso y una pedagogía dirigida a inculcar la
conducta no violenta en los alumnos. Una pedagogía que aboga por una resolución pacífica y
dialogada de los conflictos. Esto suena de maravilla y de hecho es muy positivo en muchos
casos, sin embargo el descartar la violencia y verla como un camino siempre desacertado tiene
un trasfondo mucho más complejo que va más allá de las simples relaciones personales y que
merece la pena analizar. Es curioso ver como toda manifestación de violencia por parte de
15
algún colectivo de personas, trabajadores, estudiantes, etc., es siempre condenada sin dilación
por muy injusto que sea el motivo de esa rabia que la produce: despidos, explotación. Este
hecho es como digo, curioso y susceptible de reflexión de por sí, pero aún lo es más cuando lo
comparamos con las manifestaciones violentas que se producen desde el estado y sus
instituciones.
Cuando
hablamos
de
intervenciones
policiales,
represión
de
manifestaciones,
intervenciones militares, etc., el hecho se carga inconscientemente de una increíble legitimidad,
que crea una condena mucho más débil, por no decir inexistente, y que hace referencia a una
actitud respecto a unas fuentes de violencia diferentes y no a hechos concretos justificados o
no. Por lo tanto el continuo bombardeo desde las escuelas para inculcar el rechazo a la
violencia se hace con un doble sentido, porque ese rechazo no es igual para cada caso y
depende de quien la ejerza. Recordemos que los educadores en muchas ocasiones
justificamos la acción violenta por parte de las fuerzas represivas del estado para acabar con
los "ladrones malos" o la gente que no sigue la ley y mandamos el mensaje de la necesidad de
que exista un cuerpo con legitimidad para ejercer la violencia y guardar el orden, sin ni siquiera
hacer cuestionar los cimientos de ese orden y sus injusticias. Este tipo de educación, no crítica
y fomentadora de reflexiones y discrepancias va poniendo esas bases para que en un futuro
también legitime ese tipo de acciones de los estados y que con el peso de la misma sociedad,
medios de comunicación, etc. reproducirán esa manera de pensar.
Deberíamos de recordar para intentar completar esta reflexión, que el mensaje: "la violencia
nunca llega a ninguna parte", tan oído hasta la saciedad, es uno de los mayores aliados del
nuevo orden económico mundial, el cual a su vez cuenta con ese tipo de violencia legitimada a
la que no duda recurrir en caso de encontrarse con obstáculos.
Para terminar he de dejar claro que mi intención es la de conseguir una visión sobre la
violencia que se base, no en verdades absolutas y rechazos ciegos, sino en razonamientos y
valoraciones de las fuentes de esas expresiones y las estimaciones de sus consecuencias,
además de una legitimidad basada en la justicia social y no en las leyes de mercado.
CLAUDIO VELÁSQUEZ http://www.lahaine.org
____________
16
El título anticipa la tesis defendida en el texto argumentativo.
El autor defiende la siguiente posición con relación al movimiento de la no-violencia en el
entorno educativo:
a) resistir a sus líderes
b) cuestionar su legitimidad
c) involucrarse en sus acciones
d) validar su modo de organización
16
_____________
17
"la violencia nunca llega a ninguna parte"
Según lo expuesto en el artículo, esta frase popular debe evaluarse como:
a) una opinión general a ser apoyada
b) una verdad incontestable a ser revista
c) un recurso persuasivo a ser demostrado
d) un objetivo educativo a ser desarrollado
_____________
18
Para Velázquez, existe un conflicto social relacionado al crecimiento de la violencia.
Este conflicto se expresa a través de la siguiente afirmación:
a) La población desea una vida tranquila que demanda prácticas violentas de las
instituciones del poder.
b) La escuela intenta imponer una actitud pacífica que se opone a la naturaleza violenta
de la humanidad.
c) La vida moderna requiere sumisión a la violencia que implica un proceso educativo
pacífico del pueblo.
d) Los individuos son recriminados por su agresividad que es fruto de violencias
practicadas por grupos sociales.
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19
A lo largo del texto, se percibe que el autor pertenece a la clase de los profesores.
El fragmento que comprueba la asociación entre Velázquez y el magisterio es:
a) "El entorno educativo se ha llenado de todo un discurso y una pedagogía dirigida a
inculcar la conducta no violenta en los alumnos." (l.1-2)
b) "Cuando hablamos de intervenciones policiales, represión de manifestaciones,
intervenciones militares, etc., el hecho se carga inconscientemente de una increíble
legitimidad," (l.13)
c) "Recordemos que los educadores en muchas ocasiones justificamos la acción violenta
por parte de las fuerzas represivas del estado" (l.20-21)
d) "Este tipo de educación, no crítica y fomentadora de reflexiones y discrepancias va
poniendo esas bases para que en un futuro también legitime ese tipo de acciones" (l.l2527)
17
Com base na imagem e no texto abaixo, responda às questões de
números 20 e 21.
EL MURALISMO LATINOAMERICANO
El muralismo, el más antiguo en la expresión del hombre, siempre buscó dialogar reteniendo
pasajes históricos, relatando fábulas, reviviendo hechos y fantasías para cuestionar y
confrontar los pensamientos y los sentidos. Los maestros muralistas estaban convencidos que
la principal función del muralismo no era decorativa, sino comunicacional. (...) Los muralistas
entienden que los problemas de las naciones giran alrededor de la invasión de las culturas
dominantes y del exacerbado individualismo que llevó al artista a perder el compromiso con el
pueblo y a dedicarse a hacer arte para el mercado o para pequeños grupos de entendidos. Un
arte público y social como el muralismo rescata los valores nacionales, crea conciencia de
grupo y proyecta un compromiso de nación para construir entre todos. Esto se comprueba con
el surgimiento de grupos muralistas donde no existe un líder determinado, sino que las obras
son realizadas colectivamente (...).
DEL VITTO CRISTIAN http://www.minotaurodigital.net
_____________
20
El Sub-comandante Marcos y Emiliano Zapata son los dos líderes mexicanos de
movimientos populares que se ve en el mural presentado en la foto.
El fragmento del texto que justifica el origen de esa clase de pintura es:
a) “El muralismo (...) siempre buscó dialogar reteniendo pasajes históricos, relatando
fábulas, reviviendo hechos y fantasías” (l.1-2)
b)“Los muralistas entienden que los problemas de las naciones giran alrededor de la
invasión de las culturas dominantes”(l.5-6)
c) “del exacerbado individualismo que llevó al artista a perder el compromiso con el
pueblo y a dedicarse a hacer arte para el mercado” (l.7-8)
d) “el surgimiento de grupos muralistas donde no existe un líder determinado,”(l.11-12)
18
_____________
21
Según el texto, se puede comprender la función principal del arte muralista como la de:
a) representar el arte oficial
b) borrar la historia de una nación
c) expresar la visón de un individuo
d) apoyar un sentimiento de grupo
19
CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
_____________________________________________________
_____________
22
O estudo do equilíbrio das populações utiliza conceitos matemáticos e biológicos. Dentre os
biológicos, destaca-se o conceito de predação, relação entre presa e predador, que tende a
estabelecer o equilíbrio entre esses indivíduos.
Levando-se em consideração que não há interferência ou alteração dos fatores ambientais,
assinale a opção que melhor representa um exemplo típico de predação, como é o caso
observado entre populações de lebres e linces.
a)
b)
c)
d)
_____________
23
Pílula antiarroto para vacas “reduz” efeito estufa
Na luta contra o aquecimento global, o cientista Winfried Dochner, da Universidade de
Hohenheim, na Alemanha, apresentou uma arma inusitada: pílulas antiarrotos para vacas.
A solução criada para o problema tem o tamanho de um punho fechado: uma superpílula
batizada de “Bolus”, composta de substâncias microbiológicas que se dissolvem no estômago
das vacas durante vários meses, ajudando na digestão.
(http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1512350-EI8278,00.html.)
A preocupação do cientista alemão se justifica em
controlar o arroto das vacas, pois elas liberam em
seu processo digestivo:
a) dióxido de enxofre, um dos gases responsáveis
pelo aquecimento global.
20
b) gás metano, um dos gases responsáveis pelo
efeito estufa.
c) CFC, responsável pelo buraco na camada de
ozônio.
d) óxido de nitrogênio, um dos gases responsáveis pela chuva ácida.
_____________
24
Observe o diagrama adiante, que mostra a quantidade de calor Q fornecida a um corpo.
O valor de Q• indicado no diagrama, em calorias, é:
a) 200
b) 180
c) 128
d) 116
_____________
25
Em várias regiões do mundo, a dieta das populações humanas é predominantemente vegetariana.
O aumento da quantidade e qualidade das proteínas vegetais é um dos objetivos das pesquisas
agrícolas e muitas se dedicam, por exemplo, ao estudo de micro-organismos que vivem
associados às raízes de plantas leguminosas. O interesse nesses micro-organismos justifica-se
porque eles
a) sintetizam proteínas a partir do N2 atmosférico, disponibilizando-as para as plantas.
b) fixam NO2 na forma de nitratos, que podem ser utilizados no metabolismo de proteínas.
c) fixam o N2 atmosférico em íons amônio, que podem ser utilizados pelas plantas para a síntese
de proteínas.
d) sintetizam N2 na forma de nitritos, que podem ser utilizados para a síntese de proteínas.
21
_____________
26
O limoneno, um hidrocarboneto cíclico insaturado, principal componente volátil existente na
casca da laranja e na do limão, é um dos responsáveis pelo odor característico dessas frutas.
limoneno
Observando-se a fórmula estrutural acima e com base na nomenclatura oficial dos compostos
orgânicos (Iupac) O limoneno é denominado:
a) 1-metil-4-isopropenil-cicloexano.
b) 1-metil-2-(4-propenil)-cicloexeno.
c) 1-isopropenil-4-metil-cicloexeno.
d) 1-isopropenil-4-metil-3-cicloexeno.
_____________
27
Numa visita à residência de sua irmã, Maria presenteou cada uma de suas sobrinhas Ana e
Beatriz com um boneco inflável “João Teimoso”. Os dois bonecos, após estarem totalmente
cheios, são semelhantes e têm alturas de 50 cm, o recebido por Ana, e 1m, o da sua irmã
mais velha.
Presente da Ana
Presente da Beatriz
Assim que receberam, os bonecos estavam totalmente vazios. Para encher completamente o
da Ana, Maria utilizou 60 sopros. Para encher o da Beatriz ela precisou soprar
aproximadamente:
a) 60 vezes
b) 120 vezes
22
c) 240 vezes
d) 480 vezes
_____________
28
Na molécula de CH4 , o átomo de carbono está localizado no centro de um tetraedro regular e
os quatro átomos de hidrogênio estão em seus vértices. Portanto, as quatro ligações
covalentes C-H são iguais entre si e estão dirigidas do centro para os vértices do tetraedro
regular.
Designando por θ a medida do ângulo formado por duas dessas ligações, tem-se:
a) cos θ = -
3
2
b) cos θ = -
1
2
c) cos θ = -
1
3
d) cos θ = -
3
5
_____________
29
Em uma experiência, Nara conecta lâmpadas idênticas a uma bateria de três maneiras
diferentes, como representado nas figuras
23
Considere que, nas três situações, a diferença de potencial entre os terminais da bateria é a
mesma e os fios de ligação têm resistência nula.
Sejam P(Q) , P(R) e P(S) os brilhos correspondentes, respectivamente, às lâmpadas Q, R e S.
Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que
a) P(Q) > P(R) e P(R) = P(S).
b) P(Q) = P(R) e P(R) > P(S).
c) P(Q) > P(R) e P(R) > P(S).
d) P(Q) < P(R) e P(R) = P(S).
_____________
30
Na natureza, são frequentes os exemplos de relações benéficas entre indivíduos, mesmo de
espécies diferentes, como é o caso do caranguejo paguro e da anêmona. O caranguejo
aumenta sua proteção vivendo em conchas abandonadas e permitindo que anêmonas produtoras de substância urticante contra predadores - se depositem nelas. As anêmonas, por
sua vez, ganhando mobilidade, capturam melhor os alimentos.
O tipo de interação descrito é denominado:
a) colônia
b) sociedade
c) amensalismo
d) protocooperação
_____________
31
Observando a geometria da molécula do fluoreto de boro (BF3), podemos afirmar que a
razão entre a distância dos núcleos dos átomos de boro e flúor, e a distância dos núcleos de
quaisquer átomos de flúor é igual a:
a)
1
3
b)
3
3
c)
3
2
d)
1
2
24
_____________
32
O medidor de energia elétrica de uma residência, conhecido por “relógio de luz”, é
constituído de quatro pequenos relógios, cujos sentidos de rotação estão indicados
conforme a figura:
A medida é expressa em kWh. O número obtido na leitura é composto por 4 algarismos. Cada
posição do número é formada pelo último algarismo ultrapassado pelo ponteiro.
O número obtido pela leitura em kWh, na imagem, é
a) 2614 .
b) 3624 .
c) 2715 .
d) 3725 .
_____________
33
Duas esferas, uma de massa m e outra de massa 2m, sofreram colisão enquanto estavam se
movendo ao longo de uma direção x, livres da ação de quaisquer forças externas. Após a
colisão, as esferas mantiveram-se unidas, deslocando-se para a direita com velocidade de 2
m/s, como mostra a figura.
Assinale a alternativa que apresenta o par de valores possíveis para as velocidades das
esferas antes da colisão.
a)
b)
c)
d)
25
_____________
34
Um mecânico de uma equipe de corrida necessita que as seguintes medidas realizadas em um
carro sejam obtidas em metros:
a) distância a entre os eixos dianteiro e traseiro;
b) altura b entre o solo e o encosto do piloto.
Ao optar pelas medidas a e b em metros, obtêm-se, respectivamente,
a) 0,23 e 0,16
b) 2,3 e 1,6
c) 23 e 16
d) 230 e 160
_____________
35
Um homem que se submeteu ao processo abaixo ilustrado.
pt.wikinoticia.com
Dois anos após, dosou a concentração de testosterona em seu sangue e descobriu que esse
hormônio encontrava-se com uma taxa muito abaixo do normal esperado.
Imediatamente
buscou ajuda médica, pedindo a reversão do processo a que se submetera. Diante disso, o
pedido do homem.
26
a) não tem fundamento, pois a testosterona é produzida por glândulas situadas acima dos
ductos, próximo à próstata.
b) não tem fundamento, pois o seccionamento impede unicamente o transporte dos
espermatozoides dos testículos para o pênis.
c) tem fundamento, pois a secção dos ductos deferentes impede o transporte da testosterona
dos testículos para o restante do corpo.
d) tem fundamento, pois a testosterona é produzida no epidídimo e dali é transportada pelos
ductos deferentes para o restante do corpo.
_____________
36
O amoníaco (NH3) é um gás incolor, com odor característico e de elevada solubilidade em
água. É empregado na fabricação de fertilizantes nitrogenados e como fluido de refrigeração,
dentre outras aplicações.
A solução aquosa de amoníaco é denominada de amônia, sendo constituída por uma parte de
NH3 que permanece solubilizado e por outra parte resultante da reação do amoníaco com a
água:
NH3 (g) + H2O (ℓ) → NH4OH (aq).
9,0
8,0
7,0
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0
.
. .
.
..
...
11,0
10,0
.
concentração (mol/L)
A reação de decomposição do amoníaco, que regenera hidrogênio e nitrogênio, está
representada no seguinte diagrama:
H2
N2
NH3
1,0
2,0
3,0
tempo (h)
Pode-se estimar a velocidade de decomposição do NH3 (g), mol.L-1.h–1, ao longo de 2 horas de
reação (0–2h), sendo igual a
a) 4,5
b) 3,0
c) 2,5
d) 1,5
27
_____________
37
As gaivotas utilizam um método interessante para conseguir degustar uma de suas presas
favoritas – o caranguejo. Consiste em suspendê-lo a uma determinada altura e aí abandonar
sua vítima para que chegue ao solo com uma velocidade de 30 m/s, suficiente para que se
quebre por inteiro. Adota-se, para o local, g = 10 m/s2. Considerando-se desprezíveis todas as
perdas possíveis durante a queda, a altura de elevação utilizada por essas aves é, em metros:
a) 15
b) 30
c) 45
d) 60
_____________
38
clinimater.com.br
Pela observação da esquematização acima que indica as modificações que ocorrem no
ovário e no endométrio, respectivamente, durante o ciclo menstrual, nos permite concluir que
os hormônios que atuam no ciclo menstrual se distribuem da seguinte maneira:
a) do dia 0 ao dia 4 ocorre elevação das taxas de FSH e de Progesterona no plasma
sanguíneo.
b) no dia 0 a taxa de Progesterona no plasma sanguíneo começa a se elevar se equilibrando
com a taxa de Estrógeno.
c) a partir do dia 4 ocorre elevação da taxa de Estrógeno e a partir do dia 14 ocorre elevação
da taxa de Progesterona no plasma sanguíneo.
d) do dia 0 ao dia 14 ocorre elação das taxas de FSH e de Progesterona e queda da taxa de
Estrógeno no plasma sanguíneo.
28
_____________
39
Supondo-se a existência de soluções aquosas de diferentes ácidos fracos, de mesma
concentração, por exemplo 0,01 mol.L–1,
Constante de ionização
Ka
pH
I
6,4 x 10–7
A
3,00
II
–3
B
3,73
–6
C
4,10
–5
D
3,60
–6
E
2,06
III
IV
V
8,1 x 10
3,6 x 10
2,5 x 10
1,6 x 10
associe a coluna das concentrações de ionização ácida, Ka, correspondentes aos monoácidos
(I, II e III) e aos diácidos (IV e V) com a coluna de pH das soluções designados por A, B, C, D
e E.
a) I-C; II-E; III-B; IV-A; V-D;
b) I-C; II-B; III-E; IV-D; V-A;
c) I-C; II-E; III-B; IV-D; V-A;
d) II-C; I-E; III-B; IV-A; V-D;
_____________
40
A massa específica de certa madeira é 0,80 g/cm3. Jogando-se um pedaço dessa madeira na
água, de massa específica 1,0 g/cm3, a porção da madeira que emergirá da água, após o
equilíbrio, será:
a) 25%
b) 80%
c) 20%
d) 75%
_____________
41
A figura refere-se a um sistema cartesiano ortogonal em que os pontos de coordenadas (a, c)
e (b, c), com a 
1
, pertencem aos gráficos de y = 10x e y = 2x, respectivamente.
log5 10
29
A abscissa b vale:
a) 1.
b)
1
.
log3 2
c) 2
d)
1
.
log5 2
_____________
42
Em recente experimento com um acelerador de partículas, cientistas norte-americanos
conseguiram sintetizar um novo elemento químico.
O Grande Colisor de Hádrons (em inglês: Large Hadron Collider - LHC) do CERN, é o maior
acelerador de partículas e o de maior energia existente do mundo. Seu principal objetivo é
obter dados sobre colisões de feixes de partículas, tanto de prótons a uma energia de 7 TeV
(1,12 microjoules) por partícula, ou núcleos de chumbo a energia de 574 TeV (92,0
microjoules) por núcleo. O laboratório localiza-se em um túnel de 27 km de circunferência,
bem como a 175 metros abaixo do nível do solo na fronteira franco-suíça, próximo a Genebra,
Suíça.
TeV (teraelétrons-volt ou trilhões de elétrons-volt).
30
Esse novo elemento químico foi produzido a partir de átomos
de cálcio (Ca), de número de massa 48, e de átomos de
plutônio (Pu), de número de massa 244. Com um choque
efetivo entre núcleos de cada um dos átomos desses
elementos, surgiu o novo elemento químico.
Sabendo que nesses choques foram perdidos apenas três
nêutrons, os números de prótons, nêutrons e elétrons,
respectivamente, de um átomo neutro desse novo elemento
são:
Por dentro do LHC.
a) 111; 178; 111.
b) 111; 292; 111.
c) 114; 187; 114.
d) 114; 175; 114.
_____________
43
No quadro abaixo estão enumeradas algumas características que podem ou não estar
presentes nos vários grupos de vegetais.
Característica
Briófitas
Pteridófitas
I Meiose gamética
Sim
Sim
II Fase gametofítica predominante
Sim
Não
III Presença de tecidos condutores
Não
Sim
IV Necessidade de água para reprodução
Sim
Não
Estão corretas apenas:
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) III e IV.
31
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
_____________________________________________________
_____________
44
Mao –Tsé-Tung
Joseph Stalin
A Revolução Chinesa (1949) parecia definitivamente pintar o oriente de vermelho durante a
Guerra Fria. Entretanto, na década de 1950, o mundo surpreendeu-se com as rivalidades
entre soviéticos e chineses, que acabaram fragilizando a luta socialista por lá. Qual das
opções abaixo explica a ruptura citada ?
a) Mao-tsé-tung negou seguir as instruções stalinistas e montou um regime próprio,
caracterizado pela existência de um país socialistas, com a presença de zonas econômicas
especiais, nas quais o capitalismo acontece.
b) OS chineses negaram qualquer intervenção soviética, pois alegavam que ao contrário do
leste europeu, que devia obediência aos soviéticos por ter sido libertado por eles, os
chineses venceram a Segunda Guerra graças ao esforço de seu próprio povo.
c) Chineses reclamaram a pouca participação soviética na Guerra da Coreia e contestavam
a política de Kruschev, pois ela pregava a desestalinização, justamente a base do
socialismo maoista em construção.
d) Chineses foram totalmente contrários à quantidade de recursos enviados por soviéticos
para sustentar o socialismo cubano, afirmando que tal financiamento poderia auxiliar o
desenvolvimento de áreas de influência mais importante naquele período.
_____________
45
"Aproximadamente 600 pessoas integrantes de diversos movimentos sociais ocupam, desde
ontem pela manhã, o prédio da 2• Superintendência Regional da Companhia de
Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) em Bom Jesus da Lapa (BA). Os
manifestantes são contra o projeto do governo federal de transposição das águas do Rio S.
Francisco [...] O comando da ação está a cargo da Articulação Popular pela Revitalização do
Rio São Francisco."
In: Correio da BAHIA. "Manifestantes ocupam sede da Codevasf". 17/04/2007, Aqui
Salvador, p. 3)
32
Um argumento contra a obra de transposição das águas do Rio São Francisco é que é mais
importante revitalizá-lo. O rio estaria comprometido por transformações em sua bacia. Sobre
essas transformações pode ser dito que
a) na região do médio São Francisco em direção a sua foz há a presença dinâmica do
agronegócio, grande consumidor das águas do rio.
b) o regime de chuvas, em razão do aquecimento global, já foi alterado na região da bacia do
São Francisco, provocando uma diminuição do volume das águas.
c) o rio, sobrecarregado com o uso de suas águas pelo agronegócio, sobrevive graças aos
cuidados com as matas ciliares do seu curso e de seus afluentes.
d) uma reserva de vitalidade para o rio são as represas, como de Sobradinho, que terminam
funcionando como depósitos de águas despoluídas.
_____________
46
“O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno,
lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo.
Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano
aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes:
„Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de
todos e que a terra não pertence a ninguém!‟”. (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a
origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos
Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.)
O filósofo e escritor suíço Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) foi uma figura de transição do
Iluminismo. Em uma de suas importantes obras, Discurso sobre a origem e os fundamentos da
desigualdade entre os homens, Rousseau glorifica os valores da vida natural e ataca a
corrupção, a avareza e os vícios da sociedade civilizada.
Com base na leitura do texto acima, podemos afirmar que para Rousseau:
a) A desigualdade é um fato natural, autorizada pela lei natural, independentemente das
condições sociais decorrentes da evolução histórica da humanidade.
b) A finalidade da instituição da sociedade e do governo é a preservação da individualidade e
das diferenças sociais.
c) O processo de socialização corrompeu o homem, tornando-o egoísta e mesquinho para com
os seus semelhantes.
d) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com os
outros homens.
33
_____________
47
O gráfico, ao apresentar o percentual da arrecadação de impostos na composição do PIB Produto Interno Bruto -, possibilita identificar transformações na economia brasileira durante o
século XX. Considerando o período entre as décadas de 1930 e 1970, a alternativa que
relaciona um aspecto das transformações verificadas e sua respectiva justificativa é:
a) regularidade dos ganhos sobre operações financeiras - estabilidade monetária
b) redução da arrecadação de impostos sobre importações - protecionismo alfandegário
c) aumento da riqueza gerada pela produção industrial - apoio governamental para as
indústrias
d) ampliação dos impostos sobre a renda de pessoas físicas e jurídicas - flexibilização da
política fiscal
_____________
48
34
O cartaz acima foi utilizado em campanha para tentar rever a forma como se deu o
processo de privatizações no Brasil, que assim como em toda a América Latina, é
contestado ainda no século atual. Qual das alternativas abaixo explica o contexto que
levou à adoção do neoliberalismo por aqui.
a) Busca por melhorar os níveis de distribuição de renda e incrementar programas sociais,
tendo em vista o desprezo a esses aspectos pelas ditaduras que marcavam o continente.
b) Necessidade de reforçar os laços democráticos que voltavam ao continente, que já tinha
se livrado das ditaduras de direita e esquerda.
c) Falta de competitividade e endividamento dos Estados Latinos, aliadas a necessidade
de novos horizontes ao capitalismo internacional, sob efeitos da crise da década perdida.
d) Incentivar a participação do Estado na economia, na saúde e educação, desprezados
durante as décadas anteriores.
_____________
49
Há muito tempo que o Comitê Olímpico Brasileiro aspirava sediar os Jogos Olímpicos no Brasil.
Para tal, inscreveu o Rio de Janeiro como candidato aos Jogos de 2012, que concorreu com
outras cidades, mas acabou desclassificado. Aponte a principal característica que dificultou a
escolha do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2012.
a) Má infraestrutura de transporte.
b) Sítio urbano inadequado.
c) Desigualdade social elevada.
d) Desemprego da população.
_____________
50
Guerra, improvável; Paz, impossível.
35
A frase acima foi amplamente ouvida após a Segunda Guerra Mundial. A Guerra Fria fazia o
clima beligerante permanecer no ar. Cada pequeno conflito ganhava dimensões grandiosas,
graças ao patrocínio e a influência das duas potências em choque. Qual dos conflitos abaixo
está diretamente relacionado à guerra fria e corretamente retratado ?
a) Guerra da Coréia - coreanos do norte invadiram a Coréia do Sul
b) Nascimento da Yugoslávia –apoio americano a um país socialista multiétnico da região
balcânica.
c) Guerra Civil Espanhola - tentativa de Franco de impedir o avanço do socialismo na Espanha
d) Guerra de Independência da Palestina - após o nascimento do Estado de Israel
_____________
51
Analisando o gráfico a seguir quanto à distribuição da população brasileira por
ocupação, é correto afirmar:
a) Os dados permitem dizer que diminuiu gradativamente o percentual de trabalhadores que
contribuem para a previdência.
b) Em consequência da composição da ocupação, observa-se que o grau de informalidade
caiu, dando continuidade, e até aprofundando, à tendência esboçada em todos os anos
anteriores.
c) O gráfico mostra dados bastante positivos no que tange ao mercado de trabalho. Há um
crescimento expressivo da geração de novas ocupações desde 2004 e grande parte delas
formais.
d) A informalidade é medida pelo trabalho assalariado sem carteira e o trabalho por conta
própria, embora não sofram influência da pressão competitiva que a abertura da economia
causa no setor.
36
_____________
52
Leia o texto a seguir.
Estado Violência
Sinto no meu corpo
A dor que angustia
A lei ao meu redor
A lei que eu não queria
Estado violência
Estado hipocrisia
A lei que não é minha
A lei que eu não queria (...)
(TITÃS. Estado Violência. In: Cabeça dinossauro. [S.L.] WEA, 1986, 1 CD (ca. 35‟97”). Faixa 5
A letra da música “Estado Violência”, dos Titãs, revela a percepção dos autores sobre a relação
entre o indivíduo e o poder do Estado. Sobre a canção, é correto afirmar:
a) Mostra um indivíduo satisfeito com a sua situação e que apoia o regime político instituído.
b) Representa um regime democrático em que o indivíduo participa livremente da elaboração
das leis.
c) Relata os sentimentos de um indivíduo alienado e indiferente à forma como o Estado elabora
suas leis.
d) Apresenta um indivíduo para quem o Estado, autoritário e violento, é indiferente a sua
vontade.
_____________
53
Governo Médici (1969-1974)
Governo Lula (2003-2010)
htpp://wikipedia.org
37
Um slogan busca divulgar uma idéia importante de forma simples e direta, além de traduzir
valores e intenções, sobretudo se utilizado para fins de propaganda política.
As propostas do governo Médici e do governo Lula relacionadas aos slogans acima estão
identificadas, respectivamente, na seguinte alternativa:
a) defesa da segurança nacional – integração sociocultural
b) distribuição equilibrada de renda – socialização da riqueza
c) diminuição das desigualdades jurídicas – democracia racial
d) qualificação da mão de obra fabril – desenvolvimentismo econômico
_____________
54
Numa rede mundial de comunicações, a eficiência e a centralidade são essenciais em setores
onde se requerem interações pessoais de tomadores de decisões importantes.
(Harvey, 2005:177)
De acordo com o texto, é preciso
a) capacitar mão-de-obra industrial para o mercado de trabalho globalizado.
b) democratizar as informações e ampliar a participação popular nas decisões.
c) propor metas educacionais de médio prazo para formar tomadores de decisão.
d) investir mais em transporte e em transmissão de dados que na educação superior.
_____________
55
O ano de 1922 foi um marco na transformação da sociedade brasileira, durante o qual se
assistiu a diversos movimentos de contestação da ordem, além das comemorações do
centenário da independência.
Caracterizam a década de 1920 os seguintes acontecimentos históricos:
a) eclosão da Revolta da Vacina e crescimento de Aliança Liberal
b) instalação da Semana de Arte Moderna e eclosão da Revolta da Chibata
c) início da reforma urbana do Rio de Janeiro e instituição da Política dos Governadores
d) rebelião tenentista do Forte de Copacabana e fundação do primeiro partido comunista
brasileiro
_____________
56
(I)
Quem trabalha é que tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde São Januário
Leva mais um operário:
Sou eu que vou trabalhar (Wilson Batista/Ataulfo Alves – 1940)
38
(II)
E se é grande o céu, a terra e o mar
O seu povo bom não é menor (...)
Quem vê o Brasil que não tem fim
Não chega a saber por que razão
Este país tão grande assim
Cabe inteirinho em meu coração! (João de Barros/Alberto Ribeiro/Alcir Pires Vermelho-1940))
(III)
Para nos orientar
No Brasil não falta nada
Mas precisa trabalhar (...)
E quem for pai de 4 filhos
O presidente manda premiar...
É negócio casar (Ataulfo Alves/Felisberto Martins – 1941)
(IV)
Acertei no milhar!
Ganhei 500 contos não vou mais trabalhar
E me dê toda roupa velha aos pobres
e a mobília podemos quebrar (Wilson Batista/Geraldo Pereira – 1940)
A difusão de uma ideologia disciplinadora sobre o cotidiano dos indivíduos, promovida pelo
governo Vargas, e a resistência popular a essa ideologia são expressas, respectivamente,
pelos fragmentos de números:
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) III e IV
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Foi do capitão do barco que ouvi dizer pela primeira vez que o mundo iria se acabar se
continuassem matando os animais do rio. Hoje, o rio Magdalena está morto, com suas águas
apodrecidas e seus animais extintos. Os trabalhos de recuperação dos quais tanto falaram os
sucessivos governos que nada fizeram requereriam o plantio técnico de uns sessenta milhões
de árvores em noventa por cento de terras privadas, cujos donos teriam que renunciar, só por
amor à pátria, a noventa por cento de sua renda.
(Adaptado de MÁRQUEZ, Gabriel
García. "Viver para contar". Rio de Janeiro: Record, 2003.)
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Gabriel García Márquez, recordando sua vida na Colômbia, fornece um exemplo real do
conflito entre políticas de preservação ambiental e a exploração dos recursos naturais.
A alternativa que indica uma intervenção prioritária do Estado contra o processo de degradação
ambiental da bacia do rio Magdalena é:
a) desapropriação das terras
b) requalificação da mão-de-obra
c) regularização de reservas ecológicas
d) reordenação do processo produtivo
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Meu mestre Euclydes da Cunha, deformado pelo Brasil oficial, cometeu um grave erro de
interpretação ao afirmar que como raça, os portugueses brancos eram superiores aos índios e
aos negros. Gilberto Freyre deu um passo adiante em relação ao autor de Os Sertões, mas, ao
fazê-lo, transferiu o erro de Euclydes da Cunha do campo biológico para o cultural, pois
considerava a cultura européia superior à negra, e essa superior à indígena. Ao fazer esta
afirmação, não me excluo das deformações que também me atingiram por ter nascido e me
educado no Brasil oficial; nem me esqueço que Sylvio Romero, Euclydes da Cunha, Gilberto
Freyre e outros muito contribuíram para corrigir aquelas deformações que sofri pelo fato de
pertencer à classe privilegiada brasileira.
(BIOLOGIA E CULTURA, Revista Bravo 06/2000 n.33 – editora D’Ávila)
Que tipo de preconceito é o retratado pelo escritor paraibano Ariano Suassuna em seu relato
abaixo?
a) O antropocentrismo.
b) A xenofobia.
c) O preconceito social.
d) O etnocentrismo.
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Juscelino Kubitschek e Emílio G. Médici são duas figuras representativas das décadas de
1950 e 1970. Essas duas décadas correspondem, respectivamente, aos seguintes
contextos políticos no Brasil:
a)
estatismo e liberalismo
b)
privativismo e populismo
c)
agrarismo e caudilhismo
d)
desenvolvimentismo e autoritarismo
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A história em quadrinhos ilustra a relação entre oferta e procura como propulsora da dinâmica
de mercado.
Essa relação, no entanto, representa um problema central para a economia, indicado na
seguinte alternativa:
a) caráter contraditório do salário, que tanto é um custo para o empregador como é a base do
consumo no mercado.
b) desequilíbrio provocado pela ação do Estado na economia, que tanto promove a
acumulação como evita as crises econômicas.
c) desestímulo à poupança, que tanto aumenta o consumo nas nações desenvolvidas como
amplia o mercado de produtos primários.
d) efeito negativo da redução dos lucros da economia globalizada, que tanto incentiva
investimentos como produz o equilíbrio entre oferta e procura.
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TABELA PERIÓDICA
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SIMULADO UERJ - 2012 - Marista Centro