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Colaboradores e agradecimentos especiais desta edição
Mauro Silva Ruiz
Roberto Domenico Lajolo
John Shane, Cathy Martin y Randy Dazo - InfoTrend
Daniel Reyes – Uninet Imaging Argentina
Daniel Singermann – Multiparts
Valdir L. Queiroz
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida sob nenhum
conceito sem a permissão por escrito pelo editor. Se realiza todo o
esforço possível para assegurar a fidelidade do material editado.
De qualquer modo, o editor não assume nenhuma responsabilidade pelos
erros nos artigos nem são expressadas as opiniões do editor
Gustavo Molinatti
Cordenação
Geral
Colaboradores
Leonardo Valente é economista e profissional inscrito do
Conselho Profissional de Ciências Informáticas de Buenos
Aires. Tem sido produtor de meios especializados em
informática, e trabalhado nas áreas de sistemas e marketing de várias empresas. Atualmente dirige a Inkpro.net,
uma empresa de reciclagem ISSO 9001 com distribuidores
em toda Argentina, que ativamente trabalha no teste de cartuchos sob as
normas ASTM. Realiza, também, trabalhos de consultoria e implementação de sistematização e qualidade em empresas do setor.
Eng. Cássio Rodrigues é o responsável técnico pelo
Instituto que leva seu nome, referência no Mercado de
Recondicionadores onde capacita utilizando avançadas
metodologias educacionais que permitem o aumento da
qualidade nos processos técnicos e operacionais.
O ICR atua em todo o território brasileiro assim como
Américas Latina, Central e do Norte, levando palestras, cursos e consultorias para recondicionadores, distribuidores, fabricantes de insumos e
consumidores de produtos recondicionados.
Enrique Stura tem mais de 25 anos de experiência no
campo de eletrografia tendo atuado tanto em
Desenvolvimento e Produção de fotorreceptores de Sete
assim como em Marketing e Vendas de materiais para
reprografia. De 1999 até 2005 foi consultor e também
diretor técnico da Laser Toner do Brasil Ltda. empresa
brasileira de remanufatura de cartuchos para impressoras e copiadoras.
Das 2005 até hoje é Diretor técnico da UniNet Argentina na gerência
técnica. O trabalho inclui investigação e desenvolvimento de produtos
como suporte a UniNet Internacional, criação de manual e notas relacionadas com remanufatura, seminários, treinamento técnico. Software para
seguimentos de custos de remanufactura e ajuda a clientes locais e internacionais. Seus trabalhos são publicados em várias revistas internacionais.
Horácio Murúa é engenheiro químico e administrador de
empresas pela Universidade Mackenzie, com pós graduação em comércio exterior pela Fundação Getúlio Vargas e
em História pela Universidade de São Paulo. Foi diretor
industrial de diversas empresas multinacionais das áreas
químicas e farmacêuticas, realizou diversas conferências
sobre temas técnicos em congressos no Brasil, Estados Unidos e América
Latina. Possui patente de processos de fabricação, projetou e instalou
indústrias no Brasil, Argentina, Uruguai e França. É autor de vários artigos técnicos publicados na área de reciclagem de cartuchos de toner.
Consultor de projetos, implantação e validação de processos, atua hoje
na Ink Press do Brasil como gerente das áreas de marketing e exportação
e é instrutor dos cursos de reciclagem de cartuchos de toner, toner colorido e jato de tinta.
Alejandro Campos Responsável pela área técnica da
Servicint S.A., empresa com mais de 15 anos de experiência no mercado de insumos, trabalhou por mais de 10 anos
em sistemas de impressão de grande formato e gigantografias, dedicando-se há mais de 5 anos ao desenvolvimento
de sistemas de reciclagem de jato de tintas, matriciais e
Mariela Gentilini
Confêrencias
Silvia Fiasche
Administração
e Eventos
toners.
Adriana Ponce Coelho Cerântola é advogada especializada
em meio ambiente, sócia-fundadora de Santos & Cerântola
Sociedade de Advogados, docente e palestrante.
Estudio Connotar
Disenho e
Diagramação
4
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Arqta. Paulina
Molinatti
Tradução
Editorial
Gustavo Molinatti
Verde e Nacional
Há algumas semanas comprei para o meu filho um vídeo
game, com um único detalhe desfavorável já que sua
voltagem era de 110v, quando em casa tudo é 220v.
Nada que não se resolva com um transformador, pensei.
Mas apesar das explicações do caso sobre a precaução
no momento de conectá-la, a ansiedade foi mais forte
que meu discurso, e depois de algumas lágrimas e um
ou outro sermão, apareceu em minha mesa uma simpática fonte de console queimada. Comecei então a rastrear os provedores desse tipo de aparato tão específico (o
que não foi uma tarefa simples), até que consegui falar
com um que me gerou um pouco de confiança, baseado no conhecimento do produto que pedia e em seu
uso. Definido o modelo que buscava, chegou a pergunta inevitável : “você quer o original ou o alternativo?” ( ou
para ser mais exato, disse “ou o chinês”). Não precisava
que me explicasse que a compra do original seria mais
custosa e também mais segura. Apenas quis conhecer a
diferença de preço que, como imaginam, era considerável. A única pergunta que me animei a fazer foi sobre a
qualidade do produto “chinês” e a resposta foi a esperada: “ninguém reclamou até agora, ainda que o original...seja o original”. A decisão estava em minhas mãos
e compreendi que não estava comprando um artigo
sofisticado, o que fez o chinês ganhar a concorrência.
Em outras palavras, não estava querendo comprar uma
fonte, mas solucionar o uso do vídeo game.
Ao desligar o telefone, não pude evitar a analogía de
todo esse processo com o de um suposto cliente buscando comprar um cartucho para sua impressora. A
aparição do reposto “compatível” de origem asiática é
uma constante em todo o reino da eletro-eletrônica. E
quase não há a necessidade de que esse vendedor
argumente sobre as virtudes e defeitos de cada opção.
Está claro que ao mesmo preço e disponibilidade quase
sempre compraríamos o original. Agora vejam, o que
teria acontecido se o vendedor da minha fonte para
vídeo game tivesse me oferecido uma terceira opção de
um produto “reciclado”?. Eu teria mudado minha deci-
são se o argumento do vendedor sobre o produto reciclado
fosse baseado apenas no fato de ser mais barato que o original e igual (ou um pouco mais caro) que o compatível? É
difícil ser objetivo com essa resposta, ainda que com certeza só a teria considerado se o vendedor argumentasse
sobre outros fatores que me permitissem enxergar algum
benefício na aquisição do reciclado. Duvido que o preço
seja um bom argumento, mas despertar algum tipo de
consciência meio ambiental pelo reprocesso desse tipo de
produto e de como colaboraria dando trabalho aos meus
compatriotas seria sim um bom argumento. Suponho que
apoiar a vida nessas virtudes convenceria a mais de um
cliente, que até pode ser que pague um pouco mais por
esse produto verde e nacional. Isso sim, a qualidade do produto não deveria ser motivo de discussão, caso contrário
todos os seus benefícios cairiam como um castelo de cartas. Assim como quem quer comprar uma furadeira não
buscar uma ferramenta mas sim fazer buracos, quem busca
um cartucho não quer um recipiente de tinta ou toner, mas
quer que sua impressora imprima.
Outra conclusão a que cheguei é o quanto seria mais difícil
para o vendedor vender um produto reciclado contra a simples opção entre “o original ou chinês?”. Vender uma caixa
é muito mais simples.
Continuar apoiando a venda de um cartucho remanufaturado somente em seu menor preço significa não compreender
qual é o verdadeiro negócio que tem em suas mãos. As legítimas virtudes que deveriam guiar suas vendas são o compromisso e esforço para preservar o meio ambiente de
toneladas de lixo junto com a geração de empregos nacionais após o desenvolvimento da indústria tão necessário
para nossos países latinos. A introdução do serviço nesses
parâmetros é um grande aliado que fidelizará a relação com
seus clientes e permitirá protagonizar um futuro mais viável.
Nessa edição encontrarão muito material sobre os benefícios de trabalhar em políticas sustentáveis dentro da sua
empresa, quais são os problemas que atravessa o setor,
junto com algumas idéias que nos permitam debater e traçar convergências.
Nesta Edição
Atualidade
14 •
Entendendo as oportunidades de gestão de
impressão nos Estados Unidos, Europa Ocidental
e Asia
46 •
Terremoto no Japão: conseqüências a curto e
médio prazo para o mercado de TI
Tecnica
20 •
Montagem de um Laboratório de Reciclagem de
Cartuchos
24 •
ESD: O inimigo a espreita
28 •
Ultrassom: mocinho ou vilão?
Edição Número 44
Meio Ambiente
32 •
Práticas de sustentabilidade nas organizações:
um desafio que vai além da gestão ambiental
empresarial
40 •
Política Nacional de Resíduos Sólidos
Instruções
34 •
Remanuratura do Cartucho de Toner Samsung Serie
Ml1660
Região 1
8
Novos Produtos
70 •
Sem reciclagem não há responsabilidade social
65
Notícias Intenacionais
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
5
Novos Produtos
As últimas novidades do mercado da Uninet
Uninet geração X de toner e
componentes para a HP Laserjet
Pro CP1025NW
preço de apenas USD 180.00
Imprime 17ppm em preto e 4ppm em
cor. Essa impressora também tem
conectividade de rede via Ethernet
ou função wireless, como características de fábrica. O cartucho de toner
imprime 1200 páginas monocromáticas e 1000 páginas coloridas.
Los Angeles, CA – A UniNet tem o prazer de anunciar o lançamento da
Geração X de toner colorido, smartchip,
selo e componentes chave para uso no
cartucho da impressora laser colorida
HP CP 1025
Essa é a mais nova impressora colorida da HP, e o equipamento é único e utiliza o antigo design de carrossel, o que
significa que um único cartucho de cilindro é utilizado e os
cartuchos de toner giram ao redor do cilindro. Essa pequena
impressora tem características de última tecnologia a um
Essa é uma impressora que oferece uma excelente margem de lucro para os remanufaturadores já que os cartuchos precisam de reposição freqüente e são muito
fáceis de preparar
Uninet Absolute Black toner &
componente para a MFP Samsung
SCX-5935/5835/5635
5835) e 33ppm (SCX-5835/5635),
com funções de copiadora, escâner e
fax. Outras características incluem
resolução de 1200 x 1200dpi, disco
rígido de 80GB nos modelos
SCX5835 e SCX-5935. Os cartuchos
OEM vêm em versões de 4,000 e
10,000 páginas. Os cartuchos são
similares aos antigos cartuchos
Samsung do mercado, o que fará
dessa impressora uma opção bastante atrativa para os remanufaturadores.
A UniNet lança o toner Absolute Black,
cilindro, smartchip e componentes chave
para a remanufatura dos cartuchos da
multifuncional monocromática séries
Samsung SCX-5935
Baseado em um cartucho de engenharia
tudo em um, essas impressoras tem velocidade de impressão de 35ppm (SCX-
Uninet Absolute Black Toner &
Componentes para a Xerox
Phaser 3140, 3160
Essa compacta impressora é ideal
para pequenos grupos ou utilização
individutal. A 3120 imprime 18ppm e
a 3155 e a 3160 imprimem 24ppm.
Essa é sua opção de baixo custo
com características e opções limitadas. O cartucho de toner tudo em
um é fornecido nas versões para
1500 e 2500 páginas.
UA UniNet lança o toner Absolute
Black, smartchips, cilindros e componentes chave para a remanufatura dos
cartuchos monocromáticos das impressoras da série Xerox Phaser 3140,
3160.
Uninet Geração X de toner e componentes para a MFP IN HP
CM1415
cas e 600 x 400dpi para impressões
coloridas. O equipamento imprime
12ppm em preto e 8ppm em cor e convenientemente inclui um painel de controle touch screen colorido,incomum
em equipamentos de pequeno porte.
Também possui alimentação de papel
automática com capacidade para 35
páginas para escâner múltiplo de documentos. O cartucho OEM imprime
1300 páginas em cor e 2000 páginas
UA UniNet tem o prazer de anunciar o lançamento do toner colorido Geração X,
smartchip e componentes chave para a
remanufatura dos cartuchos das multifuncionais coloridas das séries HP CM1415
MFP.
Essa é uma das mais novas engenharias
de multifuncionais recentemente lançadas pela HP. Com
resolução de 600 x 600dpi para impressões monocromáti-
em preto.
Para mais informações favor contatar a UniNet através do telephone + 1 (424) 675-3300 ou do site www.uninetimaging.com.
8
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Novos Produtos
As últimas novidades do mercado da OCP
Novas tintas
Nº.301/Nº.61
OCP
para
os
cartuchos
HP
O departamento de pesquisa e desenvolvimento da OCP
lançou no mercado uma nova série de tintas para os cartuchos HP No.301/No.61. Além das já conhecidas BKP89 e
BKP249 tintas pigmentadas pretas, uma série de tintas em
três novas cores a base de água foram desenvolvidas para
garantir resultados de impressão similar a OEM.
A série de cartuchos HP No.301/No,61 é utilizada nos modelos de impressoras HP Deskjet series 1000 / 1050 2000 /
2050 / 3000 / 3050. As propriedades dos modelos correspondentes de impressoras são:
- impressão em tamanho A4
- resolução até 4800 x 4800 dpi
- possível impressão sem bordas
- Interface de alta velocidade USB 2.0
- máxima impressão em preto: 20 páginas por minuto
- máxima impressão em cores:16 páginas por minuto
Um lista completa de tintas adequadas para cartuchos HP
Nº.301 / Nº.61:
Impressora
Deskjet
1000 /
1050 /
2000 /
2050 /
3000 /
3050 /
series
Cartucho OEM
Tipo
Tinta (s) OCP
CH561
(No.61,301)
Pigmento Preto
BKP 89
BKP 249
CH561
(No.61,301)
Dye Cyan
Dye Magenta
Dye Amarelo
C 300
M 300
Y 300
CH561
(No.61,301)
Pigmento Preto
BKP 89
BKP 249
CH561
(No.61,301)
Dye Cyan
Dye Magenta
Dye Amarelo
C 300
M 300
Y 300
Tintas OCP para Brother LC 1100 também aplicáveis em cartuchos LC-1240/1280XL
Como os cartuchos LC-1100 , os LC-1240/1280XL contém
também as tintas Brother Innobella ™que garantirão impressões exatas em cada detalhe, cores brilhantes e qualidade
de impressão ideal. Os cartuchos LC-1240/1280XL são,
entre outros, desenvolvidos para as novas séries de impressoras multifuncionais Brother MFC. Especialmente os cartuchos LC-1280XL competirão com as HP Officejet que utilizam cartuchos HP No. 940.
As principais características dos cartuchos
1240/LC1280XL e LC-1240 são:
LC-1240 Starter / LC-1240 / LC-1280XL BK
390 páginas / 600 páginas / 2.400 páginas
(5% cobertura)
LC-1240 Starter / LC-1240 / LC-1280XL C
390 páginas / 600 páginas / 1.200 páginas
(5% cobertura)
LC-1240 Starter / LC-1240 / LC-1280XL Y
390 páginas / 600 páginas / 1.200 páginas
(5% cobertura )
LC-1240 Starter / LC-1240 / LC-1280XL M
10
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
LC-
Como já é conhecido nos cartuchos HP 300 e HP
300XL, estruturalmente quase idênticos, os novos cartuchos 301/301XL também estão equipados com um
número de série que é reconhecido pela impressora.
Isso conduz a um baixo nível de tinta visualizado pela
impressora ao colocar o cartucho novamente após a
recarga.
Os pesos brutos e netos bem como os volumes de recarga seguem na tabela abaixo:
Impressora
Color
Volumen
Peso
bruto
Peso
Liquido
Recarregado
CH561 (Nº.61,301)
Preto
20 g
25 g
5g
CH562 (Nº.61,301)
Cyan
Magenta
Amarelo
35 g
29 g
2g
CH563 (Nº.61,301)
Preto
38 g
24 g
14 g
CH564 (Nº.61,301)
Cyan
Magenta
Amarelo
42 g
29 g
4,5 g
As amostras, como sempre, estão disponíveis em embalagens de 0,25kg. Para amostras individuais e quantidades favor informar os detalhes do seu pedido.
390 páginas / 600 páginas / 1.200 páginas
(5% cobertura )
O departamento de pesquisa e desenvolvimento da OCP
lançou no mercado as seguintes tintar por serem também mais adequadas aos cartuchos iniciais LC-1240
/1280XL e LC-1240 :
Impressora
Cartucho OEM
Tipo
Tintas OCP
Brother MFC
J 6510 DW
J 6710 DW
J 6910 DW
LC-1240/1280XL BK
LC-1240/1280XL C
LC-1240/1280XL M
LC-1240/1280XL Y
Pigmento Preto
Cyan
Magenta
Amarelo
BKP 45
C 139
M 139
Y 139
As amostras, como sempre,
estão disponíveis em embalagens de 0,25kg. Para amostras
individuais e quantidade, favor
nos informar os detalhes do
seu pedido.
Para mais informações:
www.refimat.com.br / ocp.de
Novos Produtos
Las últimas novedades del mercado de Maxcolor
Novos modelos de cartuchos para impressoras
inkjet
A Maxcolor Sulamericana SA
incorporou à sua extensa
linha de consumíveis para
impressoras inkjet três novas
famílias de produto muito solicitado no mercado de impressão. Trata-se dos cartuchos
de tintas #210 e #211 e os
#40 y #41 compatíveis com as impressoras Canon e os
#985 compatíveis com a impressora Brother.
Os novos cartuchos MCI-210B e MCI-211C compatíveis
com impressoras Canon Pixma MX320 / MX330 / MP240 /
MP480 / MP490 bem como os MCI-40BK e MCI-41CL para
as impressoras Canon Pixma iP1600 / iP2200 / iP6220D /
MP170 / MP150 / MP450 / iP1700 / iP1800 / MP160 / MP180
e MP460 contam com o mesmo rendimento que o consumível do fabricante das impressoras mas a um preço muito
menor. Em troca, os MCI-985B/C/M/Y para as impressoras
Brother DCP-J125 / J315 / J515 / MFC-J220 / J265 / J415W
e J410 da nova familia
Maxcolor, a diferença da
versão OEM conta com
um desenho que proporciona um rendimento até
500% maior, tecnologia
inteligente que otimiza o
uso, diminuindo o custo
por página e o tempo de
impressão.
Apresentam-se em forma individual em cor preta, cyan,
magenta e amarela e com uma autonomia de impressão
de 1250 páginas em preto, 1700 para o cyan, 1500 em
magenta e 1400 em amarelo, superando amplamente o
oferecido pelo modelo do fabricante das impressoras.
Além disso, como todos os produtos Maxcolor, é novo,
não é remanufaturado e foi produzido com componentes
sob certificações ISO 9001. Dessa maneira estamos oferecendo uma alternativa mais econômica e de excelente
qualidade para os usuários desses modelos de impressoras.
Para mas información visite www.max-color.com
12
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Atualidade
Entendendo as oportunidades de gestão
de impressão nos Estados Unidos,
Europa Ocidental e Asia
Por John Shane, Cathy Martin
& Randy Dazo da InfoTrends
No artigo a seguir, a InfoTrends, uma consultoria líder em pesquisa de mercado na indústria de soluções para documentos e
imagens digitais, destaca as descobertas de suas últimas iniciativas em pesquisa de Gestão de Serviços de Impressão.
O que é Gestão de Serviços de Impressão?
Antes de entendermos as oportunidades para Gestão de
Serviços de Impressão (MPS), devemos primeiro compreender o que é Gestão de Serviços de Impressão. A Info Trends
define MPS como:
“Gestão de Serviços de Impressão são ofertas de serviços
que ajudam as empresas a resolverem seus pontos débeis
(normalmente em torno de custos de administração e/ou
processos de documentação) oferecendo melhoras contínuas, especialmente relacionadas com documentos,
impressão e cópia em uma organização”.
Há três segmentos importantes relacionados aos contratos
de MPS.
Nível 1 – Somente Insumos
Esses contratos normalmente incluem acordos de insumos
somente ou insumos e serviços de manutenção.
Nível 2 – Otimização de Hardware
Esses programas acrescentam ao nível 1 um passo adiante,
suprindo também os consumidores com melhoras contínuas
e recomendações sobre hardware e programas de insumos
durante o período do contrato. Esses programas de otimização focam a redução de custos no ambiente de impressão e
produção.
Nível 3 – Melhorias
Esses programas oferecem todos os serviços mencionados
nos níveis 1 e 2, mas também incluem soluções avançadas
e/ou serviços. Essas soluções e serviços podem incluir:
segurança, meio ambiente, administração de mudanças,
soluções de fluxo de trabalho, otimização que possam ajudar na eficiência dos processos e negócios e reduzir custos
de hardware/insumos.
Redução de Custos
Os acordos MPS estão cada vez mais populares entre as
empresas de todos os tamanhos como forma de administrar
melhor a impressão e economizar dinheiro. Algumas pesquisas anteriores feitas pela Info Trends sobre MPS concluíram
que os usuários economizavam em torno de 30% ao adotar
um contrato MPS. Nossa nova pesquisa confirma a conclusão anterior. Ao perguntarmos que nível de economia as
empresas obtiveram ao aderirem ao programa MPS, os
usuários responderam que essa economia estava em torno
de 25%. Também perguntamos aos provedores de MPS
quando acreditavam que seus clientes haviam economiza14 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
dos e suas respostas foram parecidas as de seus usuários, com uma média um pouco mais alta, em torno de
30%.
Gestão de Serviços de Impressão Reduz o Mercado
de Insumos Nos Estados Unidos e Europa Ocidental
Não nos pareceu suficiente conhecer apenas a economia total oferecida aos consumidores de MPS.
Precisávamos também compreender o percentual de
economia proveniente dos insumos. A Info Trends prognostica que os contratos de MPS reduzirão o consumo
de insumos de marca em torno de 10% e o consumo de
papel em uma quantidade similar nas empresas dos
Estados Unidos e Europa Ocidental até 2014. Em geral,
a Info Trends acredita que as MPS reduzirão o mercado
de insumos nas empresas em 2.6 bilhões de dólares nos
Estados Unidos e 1,56 bilhões de euros na Europa
Ocidental até 2014.
Atualidade
Redução em volume de impressão: um condutor
importante
A MPS produz uma redução significativa no volume de
impressão, portanto há uma diminuição no consumo de
insumos dentro do modelo MPS. Em média, a MPS permite as organizações reduzir seus volumes de impressão em percentuais entre 15 a 17% dependendo da
região, tamanho da empresa e quanto ganha a empresa
com um contrato MPS.
Combinado a outros esforços de redução de custos,
incluindo a mudança do volume de impressão a um nível
mais alto, com equipamentos de menor custo por página, restrições ao colorido e o uso de insumos não originais, os contratos MPS estão em condições de reduzir o
consumo de insumos de marca em percentuais que
variam entre 20% e 30% dependendo da região, tamanho da empresa e ano de contrato MPS.
muito mais alta do que a que esperávamos, considerando a
atual baixa disponibilidade de toners de qualidade confiável
para insumos coloridos. Lamentavelmente, parecia que aos
entrevistados era muito difícil distinguir a participação de terceiros em equipamentos coloridos do que nos monocromáticos.
Não perguntamos aos usuários sobre a atual participação
de insumos alternativos, já que imaginamos que não estariam capacitados a responder a essa pergunta com a propriedade que fariam os provedores. Contudo perguntamos a
eles se aumentaram, diminuíram ou permaneceram sem
mudanças no uso de insumos de marcas alternativas. A
maior parte dos usuários respondeu que acreditavam que o
uso de marcas alternativas havia permanecido igual, mas
muitos identificaram mais aumento que diminuição. Os resultados dos usuários e provedores sugerem uma mudança
modesta para os insumos alternativos sob contratos MPS.
Economias em Insumos de Marca
A maior parte das economias em insumos de marca é
conseguida através da redução global no volume de
impressão e na mudança para equipamentos com
menor custo por página. O uso de insumos de marcas
alternativas ainda que possa ser significativo, não é tão
grande se comparado com o uso e economia no mercado global. Em geral, o aumento do uso de insumos alternativos somente contribui com economias totais entre 12% no total de insumos de marca. A maior parte da economia vem das reduções no volume de impressão e na
mudança para equipamentos com menor custo por página (CPC). As economias remanescentes vêm de outros
esforços, incluindo o uso de toner de alto rendimento,
redução de preços e esforços similares.
Insumos alternativos
Economia de papel
A suposição atual na indústria sobre as MPS é que os
provedores de MPS utilizam toners e tintas alternativas
para economizar em insumos. Vimos que isso é verdade,
mas também detectamos que o nível de insumos alternativos nas MPS não é tão grande quanto pensávamos.
O consumo de papel também sofreu impacto com a redução
do volume de impressão e a mudança de páginas entre
equipamentos. O consumo de papel sob um contrato MPS
reduzirá em torno de 18% a 24%, dependendo da região,
tamanho da empresa e o ano do prognóstico. A maior parte
dessa redução provém das reduções globais do volume de
impressão seguido pela mudança de volume de impressão
para equipamentos de melhor desempenho e equipamentos
coloridos para monocromáticos, sendo que essa última
representa 98% da economia de papel.
Para os Estados Unidos e Europa Ocidental, os cálculos
estimados da InfoTrends sobre o uso de insumos de
marcas alternativas no mercado global, em termos de
valor está em torno de 20%-25% em toner monocromáticos e insumos alternativos. Para o colorido, os insumos
alternativos estão em torno de 5%. A participação de
marcas alternativas é maior nas impressoras que nas
copiadoras, mas a utilização está dentro de um patamar
similar
Pedimos que alguns provedores de soluções MPS nos
dessem uma idéia da participação do toner de marcas
alternativas nos produtos que estavam fornecendo. A
participação informada por eles quanto aos insumos de
remanufatura para dispositivos monocromáticos atualmente é surpreendentemente baixa: está abaixo da
média global para os equipamentos de escritório. Por
outro lado, a participação informada para o colorido é
Com frequência o papel não está incluído em um contrato
MPS, mas cerca de 13% do papel utilizado em MPS é proporcionado como parte dos serviços oferecidos pela gestão
de impressão. Há uma grande chance de aumentar a participação do papel nos acordos MPS através de um trabalho
associado aos comerciantes de papel.
Recomendações
É fundamental que os que se encontram na indústria de
insumos aprendam como relacionar-se com os efeitos das
MPS para que dessa forma tenham vantagens sobre as
novas oportunidades e diminuam o risco.
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
15
Atualidade
Prognóstico para Gestão de Serviços de Impressão
Equipamento OEM: Certifique-se de que seu equipamento é
a escolha correta para incluir em uma gestão de serviços de
impressão. Como é de se esperar que o volume de impressão se reduza em um contrato MPS, leve em conta que essa
redução significará uma necessidade de redução dos equipamentos. O maior risco para o negócio de um vendedor de
insumos estará em torno do harware.
Insumos OEM: os provedores MPS desejam oferecer insumos “inteligentes”, mais do que produtos de alto rendimento. Em torno de 73% dos provedores estão de acordo que é
mais importante que os insumos digam com precisão quando precisam ser trocados do que ter um alto rendimento de
páginas.
De acordo com a Info Trends, China, India e Austrália são
os países que mostram o maior potencial para desenvolver a gestão de serviços de impressão na região AsiaPacífico. Contudo, o estudo adverte que as estratégias
MPS devem ajustar-se de região a região para encarar
as idiossincrasias de cada país. A mesma proposta de
valor MPS utilizada nos Estados Unidos e Europa
Ocidental pode não ser relevante na Asia-Pacifico.
Provedores de marcas alternativas: Não suponha que essa
é uma escolha simples para um provedor MPS. Eles têm um
grande interesse em confiança e a qualidade de alguns
insumos de remanufatura, particularmente nos de copiadora dolorida. Devem garantir que o provedor de marcas alternativas não aumentará suas visitas de serviço ou perderá
qualidade. Para aproximar-se de um provedor MPS é preciso fazê-lo evidenciando confiança e qualidade.
Vendedores de Papel: busque vendedores de papel que o
ajudem a superar a barreiras da entrega de papel em seu
contrato MPS. Os provedores MPS nos apresentaram as
seguintes barreiras que aparecem quando incluem o papel
como parte de seu contrato de gestão de impressão: muita
variedade, alto custo de entrega, sem valor agregado e preços variáveis. Os comerciantes de papel que elegem como
aliados de seus negócios devem estar em condições de
diminuir essas barreiras.
Focando a Asia: oportunidades em gestão de serviços
de impressão
Durante os últimos cinco anos, a gestão de serviços de
impressão foi o maior fenômeno na indústria de equipamento de escritório nos Estados Unidos e Europa Ocidental.
Para países fora dos Estados Unidos e Europa Ocidental,
contudo, a oportunidade MPS é completamente diferente.
Ainda que as organizações devam estar pensando sobre a
estratégia MPS sobre uma base mundial, as oportunidades
regionais para esse tipo de contratos deverão ser bem compreendidas antes de realizar um investimento.
A região Asia-Pacífico representa o que poderíamos dizer
um dos mais interessantes mercados para competir por
espaço de equipamentos de escritórios. Dado que a maior
parte dos equipamentos e insumos para equipamentos de
escritório (incluindo insumos de remanufatura) são fabricados nessa região, cada país tem sua própria idiossincrasia
que pode afetar o resultado de uma estratégia MPS.
Para prover uma melhor compreensão da gestão de serviços de impressão nessa região, a InfoTrends recentemente
fez uma profunda pesquisa entrevistando consumidores
finais e canais na China, India e Austrália. A seguir comentamos alguns pontos chave do estudo mencionado.
16 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
China e India, por exemplo, são mercados emergentes
que ainda estão investindo em seu nível de estrutura TI
e de escritório. Devido a essa expansão, as premissas
básicas para uma MPS como otimização, tamanho adequado ou economia de custos quanto ao ambiente de
impressão e cópias nas empresas ainda não estão acontecendo. Nesses mercados, o posicionamento da MPS
deve basear-se na premissa de uma contínua gestão do
ambiente de impressão e copiadora do consumidor mais
do que uma economia de custos. Na Austrália, contudo,
o mercado é maduro e portanto se parece mais ao dos
Estados Unidos e Europa Ocidental em termos de potencial de crescimento para um programa MPS focado em
economia de custos e otimização.
Desafios a Enfrentar
Posicionar a proposta de valor MPS em regiões emergentes x desenvolvidas é precisamente um dos desafios
que enfrentam os provedores de MPS. Outro desafio de
crescimento MPS nesse mercado é a diversidade de
idiomas nessa região. Ao redor do globo ainda há o desafio na definição de “Gestão de Serviços de Imrpessão”
e uma grande necessidade de educação no mercado. O
idioma agrega outra complexidade a esse desafio, tornando ainda mais difícil educar os consumidores e provedores sobre o que são verdadeiros contratos de MPS.
Há sem dúvida uma brecha na educação MPS e isso
provavelmente se deve as diferentes mensagens enviadas pelos vendedores OEM sobre os programas MPS
nessa região. É importante para o provedor e comunidades de vendedores tratar esse vazio e aproximar-se de
grupos de possam definir MPS nessa região, ajudando
com esforços de educação em cada país.
Atualidade
Além disso, quase não existem vendedores de software
independentes que ajudem a gerar verdadeiros contratos
MPS em países que não falam inglês, devido a complexidade em desenvolver um software de duplo byte nesse mercado. Hoje vemos que há disponíveis somente soluções de
monitoramento OEM em alguns desses países. Para o canal
de vendedores que queiram fornecer gestão de serviços de
impressão a solução de alternativos é essencial. De acordo
com os resultados obtidos em nossas pesquisas, os clientes
desejam receber múltiplas capacidades do vendedor em
seus contratos MPS. Isso inclui suporte, manutenção, reabastecimento de insumos e uma administração global de
dispositivos. O canal joga um rol importante em oferecer
ferramentas para uma melhor aproximação da provisão de
múltiplos serviços do vendedor
marcas OEM. Por outro lado, os entrevistados na China
informaram que cerca de 60% de seus insumos vinham
de marcas alternativas. Isso tem sentido porque os insumos alternativos são em particular muito comuns no
mercado chinês.
Insumos MPS: Canais
Sobre a InfoTrends
A InfoTrends, uma empresa Questex, é consultora mundial em
estratégia e pesquisa de mercado para a indústria de soluções
de documentos e imagens digitais. Realiza pesquisas, análises,
prognósticos e assessoria para ajudar seus clientes a compreender as tendências de mercado, identificando oportunidade e
desenvolvendo estratégias para colaborar com o crescimento de
seu negócio. [email protected]
Quando perguntamos aos usuários sobre onde compraram
seus insumos, a maior parte dos entrevistados da Austrália
e China respondeu comerciantes independentes de equipamentos de escritório. Na India, por outro lado, a maioria citou
revendedores de TI como origem de seus insumos.
Recomendações
A gestão de serviços de impressão no mercado AsiaPacifico é pouco comum comparada com o resto do
mundo. Para termos sucesso, antes de entrar em algum
desses mercados é preciso ter uma sólida compreensão
dos fatores sócio econômicos que determinam o desenvolvimento das regiões.
Insumos MPS: Gestão
Aos participantes de uma pesquisa baseada em contratos
com dispositivos A4, perguntamos que tipo de empresa
administrava a compra de seus insumos. Quase a metade
dos entrevistados respondeu que seus insumos eram comprados através de um comerciante independente de equipamentos de escritório, enquanto que a maior porcentagem
dos entrevistados na India (28%) indicou que seus insumos
eram comprados de um provedor de Gestão de Serviços de
Impressão.
Sobre os autores
John Shane
John Shane é um líder da indústria, especialista em
materiais de marca como toner, tintas e cartuchos.
Como diretor de serviço de consultoria em comunicação de insumos, o Sr.Shane é responsável por todos os
prognósticos, artigos de pesquisa e cuidado de clientes
referentes a esses tópicos.
[email protected]
Cathy Martin
Como colaboradora do Serviço de Consultoria em
Comunicação de Insumos da InfoTrends, Cathy Martin
cobre uma ampla área de temas, incluindo novos produtos, tendências e canais de distribuição. Martin conduz a pesquisa em profundidade para muitos temas
relacionados
a
indústria
de
insumos.
[email protected]
Os entrevistados na Austrália estavam equitativamente divididos entre revendedores TI e provedores MPS.
Insumos MPS: OEM vs. Remanufatura
Os usuários na Austrália e India informaram que a maior
parte dos insumos de seus contratos de impressora era de
18 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Randy Dazo
Randall Dazo é Diretor de Soluções de Documentos na
Rede (NDS), Profissional e Gestão de Serviços de
Impressão (PMPS), e Serviços em Tendências de
Escaner de Imagens (IST), da Info Trends. Com mais de
duas décadas de experiência, Sr.Dazo conduz na
InfoTrends contínuas práticas de serviço de informação
nessa área sobre uma base glogal. Mr. Director de
Soluciones de Documentos en la Red (NDS),
Profesional y Gestión de Servicios de Impresión (PMPS),
y Servicios en Tendencias de Escaneo de Imágenes
(IST), de InfoTrends. Con más de dos décadas de experiencia, Mr. Dazo conduce en InfoTrends continuas
prácticas de servicio de información en esta área sobre
una base global. Sr. Dazo é responsável por todos os
prognósticos, artigos de pesquisa e cuidado do cliente
sobre esses temas.
[email protected]
Técnica
ESD: O inimigo a espreita
Situações como essa são muito comuns e reais. Cada dia
os provedores de insumos e repostos recebem centenas de
pedidos de RMA de mercadorias supostamente vendidas
com defeito. Mas a realidade é que a maioria das falhas não
acontece na linha de montagem, mas foram produzidas
posteriormente por um inimigo dos semicondutores, o chamado ESD.
O QUE É ESD?
ESD São as siglas em inglês para descargas eletrostáticas.
Essas descargas eletrostáticas se produzem de foram natural e não podem ser evitadas, mas podem ser controladas e
diminuídas.
Como se produz?
Vale lembrar que a corrente elétrica é gerada quando um
elétron salta de um átomo a outro. Quando um átomo recebe um elétron esse átomo fica carregado negativamente, e
o átomo que cedeu o elétron fica carregado positivamente,
isso é assim porque foi produzido um equilíbrio, já que normalmente os átomos possuem a mesma quantidade de elétrons e de prótons, alcançando átomos neutros. O salto de
um elétron de um átomo a outro é a corrente elétrica, sua
unidade de medida é o ampere. Um amper é igual a um
columbio que equilave a 62 trilhões de elétrons saltando de
átomo em átomo por segundo.
Por Daniel Singermann
Os dias secos são muito perigosos para os componentes
sensíveis as ESDs
tente? A resposta é, diante uma ponte de umidade, que
leve a carga para a terra. Por isso – seguindo o exemplo
anterior – quando descemos de um carro e tocamos
alguma parte metálica como a maçaneta da porta, sentimos uma faísca. Nesse momento servimos de ponte de
umidade para descarregar essas cargas que estavam
retidas nos materiais resistivos. Os elétrons passaram
por nosso corpo recombinando-se aos átomos a fim de
equilibrarem os nêutrons novamente.
Essa faísca que muitas vezes sentimos e que as vezes
podemos até ver é a parte perigosa do ESD. Essa faísca
pode ter muita voltagem, o suficiente para danificar componentes elétricos, inclusive nos casos de serem imperceptíveis. Uma pessoa trabalhando em uma mesa sem
proteção contra ESD pode chegar a produzir descargas
de 3000v dependendo do clima. Essa descarga ocorre
em um pico segundo, ou na bilionésima parte de um
segundo. Nós não nos damos conta de tanta voltagem
porque a quantidade de energia dissipada está abaixo do
nível de sensibilidade da pele, mas não tenhamos a
menor dúvida de que aos componentes eletrônicos isso
pode causar sérios danos.
Como a maioria de vocês deve saber há materiais que são
condutivos, que permitem a livre circulação de elétrons, e
materiais que resistem à passagem da corrente. Não vamos
chamá-los isolantes porque – como todo técnico eletrônico
sabe – não há materiais 100% isolantes.
Quando aplicamos cargas sobre um material resistente
essas cargas se mantêm, porque resiste a passagem da
corrente seja com o material que entra ou sai. Essas cargas
podem ser geradas de várias maneiras diferentes, entre
elas, por atrito entre materiais (veja o quadro de Cargas
Triboelétricas). Por exemplo nosso veículo é carregado eletrostaticamente quando ao viajar os pneumáticos rodam
sobre diferentes superfícies, e o vento bate no vidro e em
suas partes plásticas. Isso gera cargas eletrostáticas que se
mantém. Os dias com clima seco são propícios para que se
gerem cargas estáticas.
Agora a pergunta, Como se descarrega um material resis20 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
“As placas lógicas como são os formatter ou as placas de
comunicações, são muito sensíveis as ESDs e podem sofrer
falhas latentes”
Técnica
Tipo de falhas por ESD.
Quando um circuito composto por semicondutores como
é o caso das memórias, dos chips ou das placas, é
exposto a uma descarga eletrostática ESD, os danos que
podem acontecer são latentes ou catastróficos.
Os danos catastróficos são fáceis de descobrir já que a
peça ou insumo em questão não funcionará. Agora as
falhas latentes são mais difíceis de diagnosticar, quem
sabe a peça funcione, mas o fará de maneira intermitente, ou com erros. Por exemplo uma memória poderia
fazer com que o equipamento apresente erros, ou fique
lento, um formatter poderia ter problemas com alguma
porta de comunicação como o USB ou a Ethernet, até
pode funcionar e fazer com que a impressora produza
algum erro depois de funcionar aparentemente bem por
um tempo.
O certo é que se danificamos um componente por ESD,
nosso provedor se recusará a cobrir a garantia. Inclusive
alguns provedores por não contar com métodos para
diagnosticar se o dano foi causado pelo ESD, preferem
advertir o cliente que essas peças não tem garantia.
• Utilizem pulseira ou malha antiestática. Elas são muito econômicas e seguras. Somente devemos colocar a pulseira e
conectar a extremidade do cabo a um terra seguro, não faça
isso sobre o chassi da impressora. Além das pulseiras, há
luvas, almofadas antiestáticas e mantas para colocarmos
sobre o bando de trabalho.
• Se necessitarmos soldar um equipamento ou cartucho,
não é recomendável fazê-lo sobre as partes sensíveis a
ESD. Ou utilizamos uma pistola ionizadora, essas pistolas
se adaptam aos compressores de ar, substituindo as pistolas comuns. O ar ionizado neutraliza a carga estática sobre
o produto e sobre o pó.
• Ainda que não esteja relacionado diretamente a ESD é
bom ter em mente que se estamos trabalhando com uma
placa usamos um tipo de parafuso que o fabricante utilizou.
Os parafusos não são todos iguais, alguns tem o propósito
de assegurar um bom contato elétrico entre as partes,
outros um isolamento elétrico. Além disso, há parafusos
para unir diferentes tipos de materiais como chapas e plás-
Por isso devemos tomar cuidados ao comprar e manipular produtos com semicondutores que poderiam ser afetados pelo ESD.
“As pulseiras ou malhas antiestáticas são
econômicas e oferecem segurança se utilizadas corretamente”
“Ao aplicar ar para a limpeza dos Equipamentos, certirique-se
de somente aplicar os componentes com sensibilidade ESD
utilizando uma pistola ionizadora”
“As mantas antiestáticas são ideais para trabalhar em uma
mesa segura, onde possamos apoiar componentes sem
sofrer danos por ESD”
Como reduzir os riscos do ESD.
• Em primeiro lugar não retirem o chip ou a placa de sua
embalagem original até o momento de serem utilizadas.
• Não toque no produto com elementos metálicos ou
imantados.
“Os produtos sensíveis as ESDs devem vir fechados em uma
embalagem antiestática original”
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
21
Técnica
ticos, e o tamanho do parafuso deve ser igual ao
utilizado pelo fabricante, já que um parafuso
maior pode fazer massa com alguma outra
superfície produzindo danos.
• Quando adquirimos produtos que
correm risco de danos por ESD prestemos atenção a embalagem. Ela deve
ser antiestática. Os produtos devem
estar embalados individualmente, já
que se colocarmos vários em uma
mesma embalagem o simples atrito
pode danificá-los.
• Vejamos como manipula o vendedor, se
ele retira o produto das bolsas e coloca sem
proteção, hesite em comprá-lo, especialmente se
o provedor não garantir esse produto.
• Quando o provedor expressa diretamente que os chips, lâmpadas, cerâmicas ou
placas não tem garantia, assegure-se
de que o produto esteja em sua embalagem original.
Se tomarmos as medidas correspondentes poderemos conviver sem problemas com as ESDs. É um fenômeno natural, não vamos evitá-lo, contribuiu para manter o equilíbrio dos elementos. Somente resta prestar atenção
e não minimizar a importância de se proteger ao manipular os produtos sensíveis ao
ESD.
CARGAS TRIBOELETRICAS
A palavra triboeletricidade vem de uma palavra grega que denota a ação de atritar. De fato esse tipo de carga se
gera com o atrito dos materiais, quando fazemos isso geramos uma carga elétrica.
Os materiais se diferenciam em muitos aspectos como peso, textura, temperatura, cor, etc, mas também se diferencia em sua característica atômica. Alguns dos materiais tem átomos cujos elétrons tem muita afinidade e atração com seu núcleo, isso os torna bons receptores de elétrons distantes. Contudo esse não é o caso de todos os
materiais. Alguns materiais tem átomos onde o núcleo e elétrons não sentem tanta atração, por isso é fácil que
doem ou cedam elétrons. Esse dar e receber elétrons ocorre quando há atrito entre eles, deixando os que receberam elétrons com cargas negativas e os átomos que cederam elétrons com cargas positivas. Isso é carga triboelétrica, um fenômeno que ocorre por exemplo entre o toner que se encontra sobre o rolo de revelação e a doctor bar ou a lâmina dosadora ou Doctor Blade
Existe uma lista ou sequencia triboelétrica de materiais onde se listam produtos como o nylon, o outro e outros
em ordem conforme sua característica elétrica. Se atritarmos um material da lista com outro podemos saber qual
será carregado positivamente e qual negativamente, já que os que estão em cima da lista são doadores de elétrons e por isso receberão cargas positivas e os materiais que estão em baixo são bons receptores.
Sobre o autor
Daniel Singermann tem mais de 20 anos de experiência como técnico de impressoras laser, é autor do livro “Reparação de
impressoras, o guia definitivo do profissional” e atualmente é gerente do departamento técnico da Multiparts, empresa líder
no mercado de distribuição de partes e peças para impressoras. Se deseja mais informações técnicas ou comerciais você
pode entrar em contato com Daniel através do email ou MSN: [email protected] ou do telefone 54-11-4918-3201
22 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Técnica
Montagem de um Laboratório
de Reciclagem de Cartuchos
Por Eng. Cássio Arrizabalaga Rodrigues
Freqüentemente recebo perguntas de como montar um Laboratório de remanufatura de cartuchos de toner:
que processo usar, que maquinário implantar, que ferramentas adquirir. Perguntas importantes, porém considero um item básico para o sucesso de uma operação de remanufatura, devendo ser sempre pensada antes
de que se começa o trabalho.
Vamos comentar nas próximas páginas sobre o mínimo
necessário para se conseguir remanufaturar os cartuchos
mais comuns (e outros não tão comuns) do ramo, incluindo
algumas análises sobre quais podem ser os melhores investimentos para sua implantação ou ampliação.
Planejar sua produção de cartuchos é tão importante, principalmente porque é o coração de sua empresa. É onde
você irá manter sólido seu investimento e certamente é um
dos pilares para o Sucesso de seu negócio. Uma produção
de cartuchos de toner bem aparelhada e bem organizada
pode contribuir positivamente para a solidez da qualidade de
seus cartuchos.
Local
Uma área de toner, por definição, deve ser bem arejada e
iluminada, para que facilite o trabalho dos operadores.
Cuidado com luz solar direta, principalmente incidindo nos
cartuchos e nos OPCs, pois estes se danificam facilmente
sob exposição ao Sol (direto ou indireto).
Tenha áreas amplas e desimpedidas para a manufatura dos
cartuchos de toner e se possível, instale as impressoras de
teste em outra sala ou afastadas da área de envase ou
manipulação de pó.
domésticos não são aconselhados para limpeza de cartuchos, pois seus filtros não são projetados para pó de
toner.
Normalmente os filtros de aspirador retém cerca de 1kg
de resíduos, sendo que podem ser esvaziados e reinstalados novamente – lembramos que o resíduo deve ser
descartado em local apropriado.
Aspiradores são aconselhados para pequenas linhas de
produção, com até 10/15 toner por dia. Acima desta
quantidade (ou se estiver projetando um crescimento
para sua empresa), podem entrar em ação as estações
de limpeza, que são áreas preparadas para grandes
volumes de pó, também com filtros especiais e grandes
reservatórios de pó, variando de 5 a 20kg de toner descartado.
Estas estações são projetadas para grandes volumes de
trabalho, e para processos chamados de batelada, ou
processos segmentados de produção, onde os cartuchos são desmontados, limpos, cheios e remontados por
equipes de trabalho diferentes. Os aspiradores são mais
adaptados para serviços onde um único colaborador realiza todas as tarefas do cartucho, do início ao fim.
Ferramental
Exceto os cortadores de cartuchos, ou splitters, todas as ferramentas utilizadas no recondicionamento de cartuchos são encontradas em casas de ferragens. As
ferramentas especiais surgem
para auxiliar o processo, mas não
tê-las não impede o serviço.
Em relação às mesas para trabalho,
se for trabalhar peça a peça, reserve ao menos uma área quadrada de
60x60cm para o trabalho. Mantenha
a mesa sempre limpa com o ferramental organizado.
Sendo possível, reserve um conjunto total de ferramentas e aspirador
para toners monocromáticos e coloridos, porém, caso não seja possível, trabalhe um cartucho por vez,
limpando todo o ferramental antes
para minimizar contaminações.
Equipamentos
O mínimo exigido para uma manufatura de toner é um aspirador específico com filtros especiais para pó de
toner – existem disponíveis no
Mercado vários modelos de aspiradores, além de dois tipos de filtros
(um para toner monocromático e um
para toner colorido). Aspiradores
24 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Podemos dividir os materiais usados em grupos, como segue:
Aspirador Específico de toner.
Equipamentos de Proteção individual
Os equipamentos de proteção
individual, ou EPIs são, como o
nome diz, obrigatórios mesmo...
para cuidar da sua saúde e dos
seus colaboradores, e mesmo
para manter uma aparência limpa
no ambiente, devem ser usados –
você pode imaginar quão ruim
para a imagem de sua empresa
quando for atender um cliente no
Técnica
balcão com as mão sujas de pó de toner ou graxa.
- Luvas de procedimento
- Avental ou guarda-pó
- Máscara de partículas
Ferramentas Essenciais
As ferramentas propostas à frente podem ser encontradas na maioria das lojas de ferramentas. Procure material de primeira qualidade, e troque-as freqüentemente.
Adquira também pequenos alicates, por serem de mais
fácil manuseio e principalmente por tratarmos de peças
frágeis e pequenas, como toners, não peças de caminhões...
• Alicate pequeno de bico fino - usado para sacar pinos
e molas em cartuchos
• Alicate de corte pequeno - usado para sacar pinos e
molas em cartuchos
• Alicate tipo mini turquesa - usado para sacar pinos e
molas em cartuchos
• Chave de fenda pequena - normalmente usada como
alavanca
• Chave de fenda grande - normalmente usado como
alavancas
• Chave Philips normal (#1 ou #2) - usada para sacar a
maioria dos parafusos dos cartuchos
• Chave Philips pequena - usada para retirar parafusos
de alguns cartuchos
• Punção - para empurrar pinos
• Martelo pequeno - você não quer bater na punção com
suas mãos nuas, quer?
• Chave em “L” - sacar alguns pinos por dentro dos cartuchos
• Conjunto de chave Torx, em especial os números T6,
T7, T8, T10 e T15 - usadas para sacar alguns parafusos
de cartuchos Xerox, Oki ou Samsung mais modernos
• Broca pequena (#55) - para furar algumas carcaças e
ter acesso aos pinos de junção
• Estilete de lâmina larga - uso geral: corte, sacar molas,
retirar pequenas travas ou paredes internas...
• Multímetro, para medir resistência Ôhmica ou condutividade - usado para testar e detectar problemas em contatos elétricos em OPC, PCR, Mag Roller, Developer, ou
qualquer outro,
• Pincel de cerdas macias - limpeza geral
Ferramentas de produtividade
- Envasadores de toner
Substituem o enchimento manual, podendo ser carregados
com sacos de toner, de 9 ou 10 quilos.
- Aparafusadeira
Maior rapidez na desmontagem e remontagem dos cartuchos
Acessórios especiais
- Splitters ou separadores de cartuchos
Para cortar cartuchos da HP que serão lacrados, como
4096, 27, 61, 10, 11, 1338, 1339, 42 e outros.
Estes cortadores servem para trabalhar em grande escala
de cartuchos, não sendo interessante sua aquisição para
usuários novos ou pequenas linhas de produção.
Materiais de consumo
- Papel higiênico
- Papel toalha
- Papel para impressora de teste – não use reciclados, por
dificultarem a detecção de alguns defeitos
- Esponja macia
- Álcool isopropílico PA (Pureza 99,95%)
- Pano livre de fiapos
- Água deionizada
- Cera automotiva líquida
- Graxa condutiva especial
- Graxa Lubrificante Especial para Toner
- Pós lubrificantes especiais para lâminas de limpeza
- Soluções comerciais de limpeza de cilindros - Convém
sempre testar antes.
Matéria-prima comumente usada:
-Pó de toner, vendido de três formas: em frascos contendo a
dose específica para cada modelo, em frascos de 1kg e em
sacos (bags) de 9 ou 10 kg.
- Cilindro OPC
- Cilindro PCR
- Rolo Magnético ou capa de rolo magnético (“Mag Sleeve”)
- Lâmina dosadora
- Lâmina de limpeza
- Lacres
- Lâminas de recuperação
- Buchas de rolo magnético
- Parafusos de rosca soberba 3/32” (de toner)
- Molas de carcaça
- Molas de contato de rolo magnético
- Sacos para embalagem de toner ou “air bags”
- Caixas para embalagem
Impressoras de teste
Atualmente existem alguns equipamentos capazes de testar
inúmeros cartuchos de laser, simulando uma impressora.
Utilizando as voltagens padrão encontradas nas impressoras, estes equipamentos levantam o pó da seção de pó, utilizando baixa tensão no rolo magnético ou rolo de transferência, excitando o cilindro ótico e posteriormente limpando
o OPC com uma descarga de alta tensão gerada pelo PCR.
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
25
Técnica
Estes equipamentos podem testar individualmente as peças do cartucho,
como lâminas, cilindros e rolos, e os
mesmos erros encontrados nas
impressões podem ser vistos em
uma imagem gerada na superfície
do OPC. Operadores mais familiarizados com testes em impressoras
podem também detectar vida útil de
peças, qualidade de pó ou mesmo
qualidade dos componentes
internos. Como atualmente as
empresas fabricantes de
cartuchos OEMs lançam
várias impressoras por
ano, estas impressoras universais podem economizar muito,
pois elas podem trabalhar com cartuchos que ainda não
foram lançados, tal sua versatilidade.
O Mercado também pode oferecer impressoras transformadas, ou seja, impressoras que podem testar vários cartuchos além dos que ela foi desenhada para trabalhar. A transformação de uma impressora nem sempre é algo fácil de ser
feito, principalmente por envolver eletrônica fina e conhecimento técnico de manutenção e funcionamento de impressoras e cartuchos, pois alguns destes cartuchos possuem
contatos diferentes para as mesmas peças, dificultando sua
leitura pela máquina.
Porém, as transformações podem trazer alguns problemas,
principalmente erros de leituras de impressões, uma vez
que sutis diferenças de voltagens podem gerar impressões
indesejadas, como mais claras, escuras ou fundo (depósito
de toner em áreas indesejadas). Sempre analise com cuidado os testes gerados por impressoras transformadas.
Também com relação aos chips, se os cartuchos forem testados em máquinas que não as suas tradicionais, podem
ocorrer erros de leitura.
26 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Conclusões
Seu laboratório é provavelmente a mais importante
área de sua empresa. Se o tiver em boas condições,
muitos de seus problemas deixarão de ocorrer.
É claro que estas dicas são apenas o começo para
seu sucesso, mas de nenhuma maneira devem ser
evitadas. Pequenos gastos nesta fase se comportam
como grandes retornos de investimento no futuro.
Sobre o autor
O Instituto Cássio Rodrigues foi fundado em 2006, pelo Eng.
Cássio Rodrigues com o intuito de estudar, profissionalizar,
qualificar e melhorar o mercado de remanufatura.
Seu Fundador, hoje com mais de 15 anos de experiência no
ramo e verificando os motivos porque tantas empresas têm
dificuldades em manter os padrões de qualidade aliados a falta
de conhecimento não apenas no que se refere a questões técnicas, mas também, comercialização, fornecimento e logística, criou o instituto onde o aluno encontra soluções para
gerar um verdadeiro crescimento e lograr sucesso profissional. O mercado está mais exigente onde sobreviverão
somente os melhores.
Em abril de 2010 o Eng. Cássio Rodrigues assumiu a responsabilidade de gerir a filial de São Paulo do Mercado dos
Cartuchos Brasileiro, distribuidor oficial de suprimentos
Katun para impressoras e copiadoras, tornando-se o MEC em
São Paulo.
As marcas, modelos e imagens aqui postadas são utilizadas
meramente em caráter informativo.
Contatos para consultorias:
[email protected] ou
[email protected]
Técnica
Por Valdir L. Queiroz
Ultrassom:
mocinho ou vilão?
O mercado de Remanufatura tem uma grande carência de informações de como utilizar adequadamente as
máquinas e equipamentos, principalmente porque quase todos os equipamentos utilizados foram adaptados
de outros segmentos e existem muitos poucos estudos técnicos, com metodologia cientifica, sobre o assunto.
A HT PRINT DO BRASIL, já realizou estudos, com metodologia cientifica, sobre: Vapor, Água, Solução de Limpeza,
Enchimento a Vácuo, Bolhas, Umidade, Tinta, Pó de Toner,
Cilindros, Lâminas, Vazão e etc., porém o fato é que cerca
de 90% dos usuários não sabem com precisão como utilizar
um determinado equipamento, insumo e/ou produto e, com
isso, ao invés dos equipamentos/insumos/produtos ajudar
no processo de remanufatura, eles atrapalham.
Principalmente porque, grande parte, dos fabricantes/fornecedores destes equipamentos/insumos/produtos não vivenciou no dia a
dia, os problemas e necessidades do
remanufaturador e com isso passam
instruções de uso incorretas por absoluta falta de conhecimento.
Há cerca de três anos efetuamos um
estudo, com metodologia cientifica, e
comprovamos que no caso da selagem
dos cartuchos jato de tinta depois de
cheios, ( aquele vácuo na cabeça do
cartucho para trazer a tinta até a cabeça de impressão) a pressão adequada
do vácuo a ser aplicada, nesta selagem, é entre 200 a 300 mmHg. pois
quando se aplica o ar de selagem que
existem em quase todas as máquinas do mercado ( 500 a
600 mmHg) favorece-se a formação de micro bolhas no
“canal” entre a tela de proteção e a cabeça de impressão.
Pois bem, mais de três anos se passaram, e mesmo com
divulgação deste estudo em revistas, palestras, feiras e etc.
praticamente todas as maquinas fabricadas no mercado
continuam aplicando a pressão incorreta na selagem dos
cartuchos. Quase todas também não possuem uma simples
guia para introdução das agulhas, durante o enchimento, e
com isso, fura a tela de proteção do cartucho e aumenta em
até 10 vezes a possibilidade de o cartucho dar defeito posteriormente, nossos estudos comprovaram isso.
Após estas considerações estamos disponibilizando mais
um estudo, desta vez, sobre a utilização correta do
ULTRASSOM.
1. O que é ultrassom?
É o som produzido em altas frequências que pode ser definido como uma vibração. A Aplicação de ondas ultrassônicas dentro de uma solução de água forma centenas de milhares de micro bolhas que ao implodirem realizam a limpeza. O nível mais baixo de vibração produz bolhas maiores e
tem um alcance mais baixo e o nível mais alto produz bolhas menores e tem um alcance mais alto. Portanto, o alcan28 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
ce está diretamente ligado à taxa de vibração. Quando
esta taxa de vibração, ou ciclo, é expressa por unidade
de tempo (segundos), é chamada de frequência.
2. Qual a frequência ideal para uso em cartuchos?
A frequência dos ultrassons que existem no mercado
varia de 25 a 50 Khz. Quanto menor a frequência maior
é o tamanho das micro bolhas formadas, vide abaixo
figura 1:
Pelo exemplo acima e pelos testes que realizamos a frequência ideal é a de 40 Khz, estando esta frequência intimamente ligada à solução de limpeza utilizada.
3. Como ocorre a limpeza?
Basicamente, a limpeza por Ultrassom, consiste na
transformação de energia elétrica em energia mecânica,
provocando dentro de uma solução líquida um fenômeno
chamado de cavitação. Os equipamentos de limpeza por
Ultrassom, de um modo geral, são compostos de um circuito de potência, um transdutor piezoeléctrico e um recipiente aonde irá conter a solução. A principal particularidade deste tipo de técnica de limpeza é a cavitação
4. Qual a importância da solução de limpeza no uso do
ultrassom?
Veja abaixo a eficiência do ultrassom usado somente
com água e depois com água e solução de limpeza.
Pode-se observar claramente, que o uso da solução de
limpeza adequada, aumenta a eficiência do ultrassom
em até 10 vezes.
Veja fotos abaixo – Figura 2:
Técnica
Teste com água
s/ solução de limpeza
Teste com água e
c/ solução de limpeza
6. Qual a importância do nível de
liquido no ultrassom?
É de fundamental importância, pois a
determinado nível da altura do liquido em relação ao fundo do ultrassom, a quantidade e eficiência das
explosões das micro bolhas são
maiores ou menores. Pelos testes
que realizamos a altura ideal é de 50
mm de nível de liquido em relação ao
fundo da bacia do ultrassom.
7. A qual profundidade devo colocar
a cabeça do cartucho para limpeza?
A melhor altura é entre 5 a 10mm da
cabeça do cartucho submersa na
solução do ultrassom.
Observe que nesta lâmina de alumínio apenas 1 ponto de tamanho
médio foi “varrido” pelas ondas ultrassônicas e existem poucas marcas das
ondas nas outras partes da lâmina.
Observe que nesta lâmina de alumínio
existem 4 pontos “varridos” pelas
ondas ultrassônicas e toda a lâmina
esta marcada pelas implosões das
ondas ultrassônicas
5. Em qual parte do ultrassom a formação de bolhas é
maior?
Conforme figura 3, quanto mais ao centro do ultrassom
maior é a eficiência do mesmo devido à maior formação
de micro bolhas via ondas ultrassônicas.
8. Qual o melhor local no ultrassom
para colocar o cartucho?
Conforme a figura Nº3 o melhor local
corresponde à zona 3, que é onde
esta concentrado 70% da produção
de ondas ultrassônicas, ou seja, no
centro do ultrassom.
9. Que tipo de água devo colocar no ultrassom?
O ideal é que seja utilizado água deionizada ou destilada.
Caso não tenha poderá ser utilizado água de torneira,
porém com posterior limpeza da cabeça do cartucho com
solução de limpeza.
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
29
Técnica
10. Quanto de solução devo colocar na água do ultrassom?
Depende da concentração da solução, mas em sua grande
maioria, basta colocar de 10 a 20% de solução do volume
total de água.
11. Qual a função da solução?
A sua função é quebrar os laços entre as partes a serem limpas e a sujeira nelas contidas, facilitando, desta forma, a
quebra das bolhas de cavitação que irão remover a sujeira.
12. O uso do ultrassom pode danificar o cartucho?
Não há nenhuma restrição para o uso do ultrassom, porém
sua eficiência está diretamente relacionada ao uso de uma
boa solução de limpeza e a altura adequada da cabeça do
cartucho dentro do líquido. Quanto aos cartuchos HP 60,
901 e serie 700/800 color sugerimos utilizar as zonas 1 e 2
do ultrassom, conforme mostra a figura 3.
Pegue um pedaço de papel alumínio de 10 x 10 cm, destes usados na cozinha. Ligue o ultrassom com água e
solução, como se fosse usá-lo.
Segurando o papel alumínio em uma das pontas, mergulhe a outra ponta na solução, na zona 3. Após 5 (
cinco) minutos a chapa de papel alumínio deverá estar
perfurada e com as bordas destruídas pela cavitação,
mostrando o bom funcionamento do ultrassom.
Nível do líquido 1
Nível de liquido 2.
Zona onde deve ficar a cabeça
do cartucho
13. Qual o tempo ideal para deixar o cartucho no ultrassom?
Pelos nossos estudos o melhores resultados foram encontrados usando o período de 5 (cinco) minutos.
14. Os cestos que acompanham o ultrassom é ideal para o
uso em cartuchos?
Não é o ideal, pois o mesmo foi desenvolvido para limpeza
de peças diversas e não para uso no segmento de cartuchos. Conforme testes que realizamos ao colocar os cartuchos sobre o mesmo grande parte das ondas ultrassônicas
são bloqueadas e não cumprem sua finalidade, porém entre
possibilidade de não usá-lo e colocar o cartucho diretamente no fundo do ultrassom, é preferível usá-lo. O ideal é utilizar um pequeno suporte, próprio para cartuchos, (Cama p/
Ultrassom) de modo que as cabeças dos cartuchos fiquem
livres dentro da solução do ultrassom, conforme indicado na
figura 3 no nível de líquido 2.
Pastilha
Piezoeléctrica
Zona 2
20% das ondas.
Zona 1
10% das ondas
Zona 3
70% das ondas
15. Apenas o ultrassom é suficiente para limpeza de um cartucho?
Não é suficiente. Os procedimentos ideais para cartuchos
muito obstruídos são três: banho quente, ultrassom e sistema de ar/vácuo, sendo que o banho quente amolece a sujeira, o ultrassom quebra esta sujeira e o sistema de ar/vácuo
retira toda esta sujeira do interior do cartucho.
16. Como faço para saber se meu ultrassom está produzindo ondas ultrassônicas dentro dos padrões normais?
Faça o seguinte teste:
Sobre o autor / Breve Currículo
• Químico Industrial;
•Atuou durante 12 anos em grandes empresas na área de processo industrial, desenvolvendo soluções em Controle de Qualidade;
* Ministra Cursos e Palestras em todo o Brasil na área de reciclagem de cartuchos;
* Detentor de 5 deposito de patentes, todas na área de Remanufatura de cartuchos, todas já industrializadas e distribuídas por grandes
empresas desse segmento;
* Possui inúmeros estudos e pesquisas publicados na área de Jato de Tinta e Laser determinando, com metodologia cientifica, a vantagem/desvantagem da utilização de um determinado equipamento, insumos e/ou processo. Entre estes estudos: vapor, ultrassom, esponja, bolhas, umidade, água deionizada, solução limpeza, tinta, pó genérico x pó específico, desgaste de lâminas e cilindros e etc.
• Membro Titular do Comitê de Inovação Tecnológica do FEMEP – GO. Fórum Permanente da Pequena Empresa da Secretaria de
Planejamento do Estado de Goiás.
• Fundador da ARCEG – ( Associação dos Remanufaturadores de Cartuchos para Impressoras do Estado de Goiás)
Ganhador dos Prêmios:
• FINEP de Inovação Tecnológica instituído pelo Ministério da Ciência e Tecnologia,
• Premio Qualidade Brasil,
• Premio ABIQUA - Associação Brasileira de Incentivo a Qualidade;
• Premio MBC - Movimento Brasil Competitivo;
Dúvidas: Valdir L. Queiroz - Qco. Industrial - [email protected]
30 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Meio Ambiente
por Mauro Silva Ruiz / Roberto D. Lajolo / Adriana P. Cerântola
Práticas de sustentabilidade nas organizações:
um desafio que vai além da gestão ambiental empresarial
Há oportunidades de negócios na prestação de serviços na área ambiental. É crescente, por exemplo, o número de empresas especializadas em coleta de resíduos,
tratamento de efluentes, inventários de gases de efeito estufa e marketing verde. As
indústrias, por sua vez, também vêm se tornando mais verdes. O lema da administração de negócios dos últimos anos tem sido Green is Green, em uma analogia ao
dólar.
Várias empresas em nível mundial, signatárias do Pacto
Global, têm reportado suas evidências de comprometimento com a conservação ambiental. Este Pacto não é um instrumento regulatório, é um código de conduta proposto por
iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) com
objetivo de fomentar práticas de sustentabilidade por meio
da adoção de 10 princípios. Já são mais de 5.200 as organizações signatárias organizadas em redes pelo mundo. Um
dos princípios trata do compromisso com a inovação em tecnologias ambientalmente amigáveis (Princípio 9). Este e
32
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
outros fatores têm levado algumas empresas a priorizar
a inovação como uma abordagem estratégica da sustentabilidade, para diferenciação em um mercado cada vez
mais competitivo.
Este artigo não pretende esgotar a matéria, mas deseja
dar publicidade às práticas de sustentabilidade de organizações (empresas e instituições) que vão além de exigências legais e se surpreendem com os retornos econômicos.
Meio Ambiente
É o caso da Braskem que há dois anos implantou a primeira planta de polietileno “verde” e que atualmente vem
vislumbrando futuros negócios, enfatizando fontes de
matérias-primas renováveis (p. ex: resinas vegetais) e
definindo novas estratégias de pesquisas em biocombustíveis.
A Basf (Divisão de Tintas) vem reaproveitando entre 120
a 150 t / mês de PET (Politereftalato de etileno), adquirido de cooperativas de catadores de materiais recicláveis,
como matéria-prima para a produção de resinas alquídicas, utilizadas na fabricação das tintas Suvinil.
A Tetra-Pak tem se destacado no cenário nacional e
internacional por incentivar a coleta seletiva e investir na
reciclagem de suas embalagens. Em 2009, a empresa
reciclou cerca de 52.000 toneladas de embalagens longa
vida, integrando neste processo as diferentes partes da
cadeia de produção. Tendo adotado uma política de desenvolvimento de recicladores há vários anos, atualmente
a Tetra-Pak conta 32 recicladores que compram matéria
- prima de aproximadamente 500 cooperativas de catadores. Através da sua fábrica de reciclagem localizada
em Piracicaba – SP, ela aproveita o papel, que representa 75% da composição total da embalagem, extraindo
também o plástico (20%) e o alumínio (5%).
Empresas globais do ramo de cimento também vêm
estabelecendo metas de sustentabilidade, “casadas”
com estratégias de inovação, tendo em vista melhorar a
eficiência energética de seus processos produtivos,
aumentar o uso de combustíveis alternativos, reduzir
emissões de gases de efeitos estufa e prospectar novas
tecnologias, incluindo biocombustíveis. As microalgas,
por exemplo, vêm sendo objeto de atenção crescente,
como um importante combustível do futuro, por parte de
empresas globais como a Holcim.
A Natura processa cinqüenta e seis ativos da biodiversidade brasileira e tem se destacado por suas ações em
prol da sustentabilidade. Atualmente todos os sabonetes
que produz são feitos com gordura vegetal e as embalagens concebidas para serem biodegradáveis. Dentre
várias de suas iniciativas de destaque nesta área, em
2006 a empresa desenvolveu um projeto para incentivar
as consultoras a recolherem as embalagens de seus
clientes e encaminharem às cooperativas de reciclagem.
Assim, além de contribuir para reduzir o impacto ambiental, a iniciativa ajuda na geração de renda. Para a redução do gás carbônico, a ação principal que a empresa
desenvolve é a venda de refis. Desde 1983, introduziu os
refis dos produtos que gastam 54% menos massa. Com
esta ação, estima-se que desde então 2.200 toneladas
de embalagens deixaram de circular no mercado.
Uma iniciativa interessante é a das Casas Bahia que há
2 anos desenvolveu o programa socioambiental Amigos
do Planeta que tem como objetivo engajar os mais de
56.000 colaboradores da rede para atuar na conservação ambiental, não somente em suas lojas como nas
respectivas comunidades. O programa está baseado no
conceito dos 3Rs (redução, reutilização e reciclagem de
materiais) e inclui ações de conscientização, de mobilização e projetos de eco-eficiência para redução do consumo de recursos naturais e energia elétrica. Como
resultado, já encaminhou mais de 17.000 toneladas de
materiais para reciclagem, contribuindo para a não utilização de mais de 22.000 m3 de área nos aterros sanitários.
Entre os índices já alcançados, o programa também reduziu
45% o volume de copos plásticos e 20% o volume de papel
consumido pelos colaboradores. Além disso, já destinou
para o descarte correto mais de 3.300 toneladas de pilhas e
baterias e 23.000 lâmpadas. A verba proveniente da venda
dos materiais está sendo investida em dois projetos sociais
na área da educação.
Durante a última Conferência Global sobre Sustentabilidade
e Transparência, realizada de 26 a 28 de maio de 2010, em
Amsterdam, Ernst Ligteringen, presidente do Global
Reporting Initiative (GRI) declarou que o entusiasmo pela
sustentabilidade do Brasil chama a atenção e reforça a
necessidade de outros terem a mesma aceitação de sustentabilidade. O GRI é a organização que reúne redes ao redor
do planeta com a missão de desenvolver e promover, globalmente, diretrizes para relatórios de sustentabilidade a serem
utilizados voluntariamente por empresas.
Foram empresas brasileiras que venceram as seis categorias do prêmio GRI, realizado a cada dois anos: Banco do
Brasil, Banco Bradesco, Vale e Natura Cosméticos.
Em se tratando de sustentabilidade, vale a pena trazer um
breve esclarecimento sobre o que se entende por desenvolvimento sustentável. Esta expressão foi introduzida em
1987, no Relatório das Nações Unidas, intitulado Nosso
Futuro Comum, hoje considerado um marco a partir do qual
os problemas ambientais (escassez de água, poluição, lixo,
pobreza etc.) e o desenvolvimento começaram a ser observados dentro de uma perspectiva sistêmica e planetária. No
Brasil, este termo se popularizou na comunidade científica e
empresarial a partir da realização da Conferência das
Nações Unidas em Meio Ambiente e Desenvolvimento de
1992, que ficou conhecida como Rio-92.
Entende-se por desenvolvimento sustentável a perspectiva
do desenvolvimento que considera a utilização dos recursos
naturais no presente, para a produção de bens e serviços e
melhoria da qualidade de vida da população, de forma equilibrada de modo a não comprometer o uso desses recursos
pelas gerações futuras. Desenvolvimento sustentável pressupõe adoção de ações que combatam os modelos de produção, os padrões de consumo e o estilo de vida da sociedade moderna que, em geral, resultam em uso intensivo de
recursos naturais e em degradação ambiental.
Sob esta perspectiva, pode-se dizer que o conceito de desenvolvimento sustentável é mais um paradigma a ser seguido como um elemento norteador de ações e políticas que
possam minimizar os efeitos nefastos da degradação
ambiental, em nível global, regional e local.
Neste contexto, as mudanças climáticas e, em última instância, a sobrevivência da espécie humana já demandam reflexões profundas sobre a matriz energética, assim como as
políticas públicas para a conservação dos recursos naturais,
quais sejam, florestas, rios, solo e ar, dentre outros.
Para o economista e sociólogo Ignacy Sachs, a abordagem
fundamentada na harmonização de objetivos sociais,
ambientais e econômicos, primeiro chamada de ecodesenGuia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
33
Meio Ambiente
volvimento, e depois de desenvolvimento sustentável, não
se alterou substancialmente nos vinte anos que separam as
conferências de Estocolmo e do Rio. Para ele continua
valendo a recomendação de objetivos específicos para as
dimensões social, cultural, ecológica, ambiental, territorial,
econômica, e política (nacional e internacional). Quanto às
dimensões ecológica e ambiental, os objetivos do desenvolvimento sustentável estão centrados na preservação da
capacidade da natureza para a produção de recursos renováveis (como água e florestas), no controle do uso de recursos não renováveis (como minérios e combustíveis fósseis)
e na redobrada atenção para o potencial de auto-depuração
dos ecossistemas naturais.
O entendimento da amplitude deste conceito é importante,
uma vez que entre os desafios apresentados à humanidade
no século XXI destaca-se a necessidade de construir alternativas de desenvolvimento social e ambientalmente sustentáveis. Ou seja, ao se tratar de sustentabilidade aborda-se a
gestão ambiental num patamar que transcende os padrões
tradicionais de gestão, considerados nas políticas públicas e
nas empresas. As questões sociais, econômicas e políticas
também estão intimamente associadas às ambientais, criando um quadro de complexidade de grandes desafios a
serem enfrentados. É neste cenário que as iniciativas locais,
sejam elas de empresas, ONGs, grupos organizados de
cidadãos e municipalidades, em algumas situações, estão
fazendo a diferença em todo do mundo.
A sustentabilidade é um importante referencial para mudar
as práticas humanas atuais, por meio do desenvolvimento
de um novo estilo de vida com diferentes padrões de consumo; conscientização das novas gerações para enfrentamento dos problemas globais; e do estabelecimento de redes e
parcerias entre atores que podem fazer a diferença na conservação dos recursos naturais e geração de melhores condições de vida para populações em nível local, principalmente. Destaque-se que, neste caso, as ONGs podem e
devem ter papel preponderante.
Algumas estratégias para promover a sustentabilidade
incluem: aprender com os erros do passado para se desenvolver visão crítica da realidade; mudar a perspectiva do
curto prazo para o longo prazo; analisar os problemas e
questões ambientais sob uma ótica sistêmica relacionandoas com as questões sociais, econômicas e políticas; e
implantar políticas pró-ativas de conservação ambiental
incluindo cidadãos, ONGs, empresários e governantes
como elementos ativos neste processo.
Um componente importante da sustentabilidade é a capacitação, que envolve não somente a utilização do poder criativo da mente (brainpower), mas também mudanças de postura de cada cidadão. É necessário inovar no processo e na
forma de fazer, para desta forma influenciar os outros para a
mudança de comportamentos. É nesta seara que a educação ambiental, se planejada e executada com seriedade,
como base para a consciência crítica, ética e inovadora
(Agenda 21), poderá fazer a diferença, já que as bases para
a construção de uma sociedade sustentável incluem habilitação ao diálogo e debate para práticas sustentáveis; habilitação para a análise e interpretações das opções oferecidas
pelos políticos; e o envolvimento das comunidades na promoção do desenvolvimento local. Além disso, não podemos
34
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
esquecer que os quatro pilares para a educação para o
século XXI, segundo a UNESCO, são: (i) aprender a
aprender (conhecer); (ii) aprender a fazer (competência);
(iii) aprender a conviver (viver com; viver em grupo); e (iv)
aprender a ser.
As empresas e instituições globais já compreenderam
que o enfrentamento dos desafios relacionados à busca
pela sustentabilidade demanda a adoção de modelos de
gestão avançados, bem como de modelos de negócios
que propiciem um diálogo aberto com a sociedade.
Neste sentido, elas já se deram conta de que sem uma
definição clara dessas estratégias, não será possível
obter resultados de curto prazo, nem a necessária sustentabilidade dos seus negócios no médio e longo prazo.
A movimentação de grandes empresas na criação de
gerências de sustentabilidade e de inovação, pelo menos
em parte, deve relacionar-se a preocupações com esses
desafios.
Não podemos nos esquecer que as transformações
pelas quais passa o mundo atualmente, principalmente
no que concerne às questões ambientais, são muito
dinâmicas, superando a nossa capacidade de percepção
e, portanto, de resposta efetiva visando minimização de
seus impactos na sociedade. Neste contexto, por exemplo, o arcabouço legal que tem se formado para proteção
do meio ambiente, assim entendido o natural, artificial e
urbano, histórico, artístico, cultural e do trabalho, tem
criado instrumentos para coibir abusos. São mais de três
mil diplomas legais (leis, decretos, resoluções, instruções normativas, portarias etc.) considerando apenas
aqueles editados pela União e Estado de São Paulo.
Este arcabouço tem sido revisitado, atualizado, ampliado, discutido, gerado referências internacionais, reuniões
mundiais, protocolos de intenções e o mercado tem se
curvado a toda esta exposição e movimentação, já que
seus próprios padrões estão sendo revisitados para tentar assegurar menor impacto ao ambiente e à saúde
humana.
Na área ambiental responde pelo dano aquele que direta ou indiretamente contribuiu para a degradação.
No campo administrativo pode ser autuado tanto o infrator direto como aquele que contribuiu para a ação ilegal
como aquele que se beneficiou (risco proveito). E o valor
da multa por infração ambiental pode variar de R$ 50,00
a R$ 50.000.000.
Segundo a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei
Federal 6.938/81), as entidades e órgãos governamentais de fomento devem condicionar a aprovação de projetos de financiamento apenas a empreendimentos que
cumpram as normas, os critérios e os padrões expedidos
pelos órgãos ambientais.
Simultaneamente, a sociedade vem evoluindo de uma
visão cujas medidas eram majoritariamente corretivas
para uma visão em que se prioriza eliminar ou minimizar
a geração de poluentes na fonte, considerando todas as
etapas do processo produtivo, graças à grande exposição na mídia das mudanças climáticas globais e dos
Meio Ambiente
A visão de ciclo de vida de um
produto está sendo cada vez
mais exigida. Trata-se de estudo que consiste na elaboração
de um inventário de todas as
etapas do processo produtivo,
desde o fornecimento da
matéria-prima até o descarte,
para identificar o impacto
ambiental de cada fase dentro
de uma visão sistêmica.
Propicia o controle, via documentação, sobre as matériasprimas utilizadas e dos produtos, co-produtos e resíduos
gerados. É coerente com a
gestão empresarial orientada
por objetivos de construção de
boa reputação como um fator
estratégico de negócios.
desastres ambientais. Os casos do furacão Katrina e do
atual derramamento de óleo no Golfo do México, decorrente da explosão da plataforma Deepwater Horizon,
são exemplos ilustrativos desta exposição.
Sob este novo enfoque, resíduos e poluentes oriundos
de várias fontes e situações (como a do Golfo do México,
por exemplo), passam a ser vistos como ineficiências,
pelo fato de resultarem em perdas materiais e financeiras para as organizações e para a sociedade como um
todo. Neste sentido, deverão ser passíveis de redução
mediante uma gestão adequada, via adoção de programas de Produção mais Limpa e/ou pela adoção de
Tecnologias Limpas que minimizem a redução de perdas
concomitantemente à redução de riscos de acidentes.
Atualmente, já não basta que a empresa se preocupe
exclusivamente com os processos dentro dos limites de
suas unidades. Importa que ela se vincule a sua cadeia
produtiva neste mesmo sentido, reduzindo impactos
ambientais e sociais, ao mesmo tempo em que melhora
competitividade. Isso porque um produto, cuja linha de
produção aparentemente limpa, pode, em algum elo de
sua cadeia produtiva, ter uma etapa de processamento
muito impactante e agressiva ao meio ambiente ou à
saúde humana, como geração de resíduos tóxicos, por
exemplo. Exemplo prático é o sistema de curtimento de
couros com sais básicos de cromo que confere qualidades ao calçado, mas que também possuem potencial
carcinogênico na sua forma hexavalente.
O final da cadeia produtiva
demanda processos eficientes
de gestão de resíduos, o que
inclui esforços para a redução
de geração nas fontes. A legislação acompanha essa tendência, e no que diz respeito
aos resíduos da construção
civil, por exemplo, estimulando
a redução e reaproveitamento
dos materiais. Nesta direção, e
alinhando-se à perspectiva da
sustentabilidade, as construtoras e incorporadoras vêm adotando medidas para redução
da geração de resíduos nos canteiros de obras; a Prefeitura
de São Paulo está ampliando o número de ecopontos para
entrega voluntária de resíduos da construção civil, tendo em
vista a redução de disposição clandestina; e a indústria
cimenteira vem buscando parcerias com universidades e
instituições de pesquisa para viabilizar a fabricação de
novos produtos incorporando esses resíduos.
Por outro lado, o que aconteceu de maneira quase que informal por meio dos catadores de latas de alumínio e de papelão, hoje se tornou uma obrigação legal. Não somos responsáveis apenas pelos resíduos que geramos, mas também
pelos produtos que colocamos em circulação.
Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os
empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos
postos em circulação (Código Civil, art. 931).
Assim é que a logística reversa começou a ser incorporada
não apenas como boa prática empresarial, mas como cumprimento de obrigação legal, considerando o pós-venda, que
se caracteriza pelo retorno de produtos sem ou com pouco
uso à cadeia de distribuição; bem como o pós-consumo
que se refere a produtos usados em fim de vida útil e descartados por seus consumidores, que igualmente retornam
ao ciclo da atividade da empresa.
Essa responsabilidade pelo produto posto em circulação,
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
35
Meio Ambiente
além de normatizada, tem tido o reconhecimento crescente
dos tribunais brasileiros. A responsabilidade pelo produto
que se apoiava no paradigma “do berço ao túmulo” vem
sendo substituída por “do berço ao berço”, mediante redução na fonte. Estudos de ciclo de vida do produto e reciclagem de seus componentes, eco-design e eco-eficiência vêm
fazendo parte da gestão estratégica das corporações. A
grande chave é prevenir, pois além de ficar mais barato do
que remediar, melhora a imagem da empresa, e o meio
ambiente agradece!
Há um caso de empresa que envasa refrigerantes no
Paraná, e que foi condenada a recolher suas embalagens
PET de ruas e praças sob pena de pagamento de multa,
além de ser obrigada a implantar um programa de educação
ambiental para a sociedade local.
Este tipo de condenação tem origem na nossa Constituição
Federal, que estabelece a obrigação do poluidor / degradador reparar o dano causado ao meio ambiente. As condutas
e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções
penais e administrativas, independentemente da obrigação
de reparar os danos causados (Constituição Federal, art.
225, § 3º).
O PL 354/89 que institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), previsto para ser aprovado pelo Senado em
junho deste ano, após 19 anos de tramitação no Congresso
Nacional, traz como uma de suas principais determinações
a responsabilização da indústria e comércio pela destinação
de resíduos sólidos.
A gestão integrada dos resíduos sólidos já vem sendo adotada em alguns setores industriais, mas a partir da aprovação desta lei espera-se que essa adoção seja ampliada para
a gestão no contexto das cadeias produtivas. Esta visão é
importante nos diversos elos de uma mesma cadeia produtiva bem como na intersecção entre cadeias distintas. Nesta
última situação, são ilustrativos os casos de reutilização,
reúso e reciclagem de embalagens, com destaque especial
às latas de alumínio, que colocam o Brasil como o primeiro
do ranking da reciclagem desse tipo de resíduo.
De forma encadeada, serão responsáveis pelo destino do
lixo os fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e os titulares dos serviços públicos de
limpeza urbana e manejo de resíduos. Essa é a parte considerada mais inovadora da lei, pois todos serão responsáveis
pelo destino final do produto e pela conservação do meio
ambiente.
Se transformada em lei, a proposta deverá mudar radicalmente a forma de recolhimento de garrafas plásticas (PET),
latas de alumínio, vidros, papel de picolé e todo o tipo de
embalagens. Evitará, assim, que embalagens continuem a
ser jogadas nas ruas, causando sérios danos ao meio
ambiente, incluindo enchentes.
O governo e o setor empresarial poderão fazer acordos
setoriais para estabelecer as formas de recolhimento das
embalagens. A idéia é oferecer incentivos a quem utilizar as
cooperativas de catadores de lixo.
36
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
O referido projeto de lei também obriga os fabricantes e
revendedores a recolherem os resíduos sólidos perigosos, os resíduos de agrotóxicos, pilhas de baterias,
pneus, óleos lubrificantes, embalagens, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista e
produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
No Estado de São Paulo a responsabilidade pós-consumo dos fabricantes, distribuidores ou importadores já
está prevista na Lei 12.300/06 denominada Política
Estadual de Resíduos Sólidos e seu Decreto 54.645/09.
Este Decreto deixou para o órgão ambiental o dever de
estabelecer os produtos considerados causadores de
significativo impacto no meio ambiente. Isto foi feito muito
recentemente pela Resolução SMA 24, de 30/03/2010,
que estabeleceu:
Artigo 3º: Para fins de cumprimento do disposto nesta
Resolução, os produtos de que trata o artigo 1º, sujeitos
à responsabilidade pós-consumo, estabelecida pelo artigo 19 do Decreto Estadual nº 54.645, de 05/08/2009,
consistem em:
I - Filtros de óleo lubrificante automotivo;
II - Embalagens de óleo lubrificante automotivo;
III - Lâmpadas fluorescentes;
IV - Baterias automotivas;
V - Pneus;
VI - Produtos eletroeletrônicos;
VII - Embalagens primárias, secundárias e terciárias de:
a) alimentos e bebidas;
b) produtos de higiene pessoal;
c) produtos de limpeza;
d) bens de consumo duráveis.
Assim, fabricantes, importadores e distribuidores deverão:
- criar postos de entrega
- orientar os consumidores
- cumprir metas de recolhimento; e
- declarar a quantidade de recolhimento e destinação.
Nos últimos anos, cientistas e governantes de diversos
países vêm discutindo os efeitos nocivos de um desenvolvimento historicamente não planejado sobre as reservas naturais do planeta. As mudanças climáticas têm
sido apontadas como o efeito mais evidente da alteração
dos ecossistemas.
O Brasil foi pioneiro em negociar créditos de carbono originados de projeto de Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL). A Prefeitura de São Paulo, responsável
pela administração do Aterro Bandeirantes, implementou
um sistema de canalização dos gases gerados pela
decomposição dos resíduos evitando que fossem parar
na atmosfera. Esse seqüestro de gases de efeito estufa
(GEE) gerou créditos de carbono que foram negociados
na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) em 26 de
setembro de 2007. O banco holandês Fortis Bank NV/SA
pagou R$ 34.000.000,00 por 808.450 créditos de carbono.
O BNDES, que desde 2003 apóia ações de inovação
para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs),
lançou em 2009 um cartão que permite a contratação de
Meio Ambiente
Assim
é
que
a
I n t e r n a t i o n a l
Organization
for
Standardization (ISO)
lançou dentro da série
ISO 14000, normas e
critérios gerais para a
rotulagem ambiental.
No Brasil, este programa é coordenado pela
Associação Brasileira
de Normas Técnicas
(ABNT).
serviços de pesquisa e desenvolvimento fornecidos
por
Instituições
Científicas
e
Tecnológicas (ICTs)
credenciadas.
Entre os itens financiáveis estão: transferência de tecnologia, serviços técnicos especializados
em eficiência energética e impacto
ambiental, design,
prototipagem, respostas técnicas de
alta complexidade,
e avaliação da qualidade de produtos e
processos de software.
Outro exemplo de círculo virtuoso é o que ocorre com
empresas que possuem sistemas de gestão ambiental,
sejam eles certificados ou não. Em suas negociações, passam a exigir de fornecedores e prestadores de serviço o uso
de matérias-primas e insumos adequados a padrões de
qualidade alinhados às normas, regulamentos técnicos, e
diretivas estabelecidas no mercado internacional, em uma
verdadeira “corrente da responsabilidade compartilhada”.
Práticas e normas internacionais também influenciam as
ações empresariais no Brasil. A certificação RoHS
(Restrictions of the Use of Certain Hazardous Substances) é
uma delas e se refere à responsabilidade atribuída aos fornecedores de peças, componentes, embalagens e insumos
para a fabricação de alguns equipamentos e produtos eletroeletrônicos exportados para estados-membros da
Comunidade Européia, conforme a Diretiva RoHS, criada
em 27 de janeiro de 2003 e em vigência desde 1 de julho de
2006.
Um caso exemplar foi a certificação RoHS da Whirlpool, unidade de Joinville – SC, que atuou junto em sua cadeia produtiva e promoveu a certificação de 100% de seus fornecedores.
Para comunicar as práticas de sustentabilidade, indicando
aspectos ambientais positivos no uso de matéria-prima, produção ou descarte, as empresas valem-se da rotulagem de
seus produtos. Os rótulos ambientais, também conhecidos
como selos verdes tornaram-se estratégia de comunicação
para atingir um consumidor cada vez mais engajado na
temática ambiental e centro das atenções em um disputado
mercado.
Alguns selos verdes são adotados por iniciativa do próprio
fabricante para comunicar vantagens ambientais e sociais
de seus produtos quando comparados à concorrência,
porém as informações não se submetem à fiscalização ou
auditorias. Mas há também selos certificados por empresas
que fiscalizam e comprovam a veracidade das informações.
38
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Especificamente para o
setor moveleiro, o selo
verde surgiu a partir da
crescente preocupação
ambiental dos consumidores, principalmente do mercado europeu. Foi quando governos e ONGs de vários
países formularam um conjunto de normas para regular
o comércio de produtos provenientes das florestas tropicais através de acordos internacionais. Ficou definido
que as madeireiras que possuíssem o selo verde deveriam comercializar apenas produtos retirados das florestas de forma ambientalmente correta e enquadrados em
um plano de manejo certificado por organismos internacionalmente reconhecidos, como o Forest Stewardship
Council (FSC), sigla em Inglês para Conselho de Manejo
Florestal.
Antes restrito a produtos de madeira, como móveis e
painéis para construção civil, o selo da Certificação FSC
já pode ser encontrado em artigos tão diversos quanto
livros, papéis para impressão, lápis, talheres, embalagens e até em panfletos de ofertas de supermercado.
A fabricante de material escolar e de escritório FaberCastell foi uma das primeiras empresas de produtos de
consumo a receber a certificação no Brasil, em 1999. A
empresa tem 9.600 hectares de florestas certificadas em
Minas Gerais, e hoje exibe o selo na linha de produtos
batizada de Ecolápis.
Autores:
Mauro Silva Ruiz – geólogo, PhD em Geografia
(Planejamento em Recursos Naturais); pesquisador do IPT;
coordenador e professor do MBA em Gestão Ambiental e
Práticas de Sustentabilidade do Instituto Mauá de Tecnologia.
Roberto Domenico Lajolo – engenheiro mecânico, especialista em Tecnologia Ambiental; coordenador e professor
do MBA em Gestão Ambiental e Práticas de Sustentabilidade
do Instituto Mauá de Tecnologia.
Adriana Ponce Cerântola – advogada, mestre em
Tecnologia Ambiental; professora do MBA em Gestão
Ambiental e Práticas de Sustentabilidade do Instituto Mauá de
Tecnologia.
Meio Ambiente
por Adriana Ponce Cerântola
Política Nacional de Resíduos Sólidos
Em agosto do ano passado foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos que reuniu princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações a serem adotados pela União isoladamente ou em parceria com
Estados, Distrito Federal, Municípios e Particulares, visando a gestão integrada e o gerenciamento ambiental
adequado dos resíduos sólidos.
Em agosto do ano passado foi instituída a Política Nacional
de Resíduos Sólidos que reuniu princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações a serem adotados pela
União isoladamente ou em parceria com Estados, Distrito
Federal, Municípios e Particulares, visando a gestão integrada e o gerenciamento ambiental adequado dos resíduos
sólidos.
Em dezembro do ano passado esta lei foi regulamentada
40
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
pelo Decreto Federal 7404/10 que detalha seus procedimentos.
Passo a destacar os aspectos mais relevantes desses
diplomas legais.
Inicio pela hierarquia na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos que deve obedecer a seguinte ordem de
prioridade:
Logística Reversa
A implantação de sistemas de logística reversa objetiva a devolução dos resíduos sólidos ao gerador para
reaproveitamento no ciclo produtivo ou destinação
final ambientalmente adequada.
Estes sistemas serão implantados e operacionalizados mediante compromissos entre o poder público e
o setor privado por meio de Acordos Setoriais ou
Termos de Compromisso ou ainda mediante
Regulamento específico.
Por enquanto, pela PNRS são obrigados a estruturar
e implementar a logística reversa após o uso pelo
consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes de:
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim
como outros produtos cuja embalagem, após o uso,
constitua resíduo perigoso;
II - pilhas e baterias;
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
A responsabilidade pela logística reversa limita-se à
proporção dos produtos que forem colocados no mercado interno, conforme metas progressivas, intermediárias e finais, estabelecidas no instrumento que
determinar a sua implementação.
Os sistemas de logística reversa poderão ser estendidos a produtos comercializados em embalagens
plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o
grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao
meio ambiente dos resíduos gerados.
A definição de novos produtos e embalagens considerará a viabilidade técnica e econômica da logística
reversa, bem como o grau e a extensão do impacto à
saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados.
Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes desses produtos e/ou embalagens deverão
tomar todas as medidas necessárias para assegurar
a implementação e operacionalização do sistema de
logística reversa sob seu encargo, podendo, entre
outras medidas:
I - implantar procedimentos de compra de produtos
ou embalagens usados;
II - disponibilizar postos de entrega de resíduos reutiGuia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
41
Meio Ambiente
lizáveis e recicláveis;
III - atuar em parceria com cooperativas ou outras
formas de associação de catadores de materiais
reutilizáveis e recicláveis
Resíduos Perigosos
São resíduos perigosos aqueles que, em razão de
suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade,
apresentam significativo risco à saúde pública ou à
qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica.
A PNRS considera os geradores ou operadores de
resíduos perigosos empreendimentos ou atividades:
I - cujo processo produtivo gere resíduos perigosos;
II - cuja atividade envolva o comércio de produtos
que possam gerar resíduos perigosos e cujo risco
seja significativo a critério do órgão ambiental;
III - que prestam serviços que envolvam a operação
com produtos que possam gerar resíduos perigosos e cujo risco seja significativo a critério do órgão
ambiental;
IV - que prestam serviços de coleta, transporte,
transbordo, armazenamento, tratamento, destinação e disposição final de resíduos ou rejeitos perigosos; ou
V - que exercerem atividades classificadas em normas emitidas pelos órgãos do SISNAMA, SNVS ou
SUASA como geradoras ou operadoras de resíduos perigosos.
A instalação e o funcionamento desses empreendimentos ou atividades somente podem ser autorizados ou licenciados pelas autoridades competentes
se o responsável comprovar, no mínimo, capacidade técnica e econômica, além de condições para
prover os cuidados necessários ao gerenciamento
desses resíduos.
Estas empresas são obrigadas a se cadastrar no
Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos
Perigosos, integrado ao Cadastro Técnico Federal
junto ao IBAMA, além de indicar Responsável
Técnico habilitado para o gerenciamento desses resíduos.
Planos de Resíduos Sólidos
São planos de resíduos sólidos:
Estão sujeitos à elaboração do Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos (PGRS) os seguintes geradores:
42
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
I. de resíduos dos serviços públicos de saneamento básico;
II. de resíduos industriais;
III. de resíduos de serviços de saúde;
IV. de resíduos de mineração;
V. estabelecimentos comerciais e de prestação de servi-
Meio Ambiente
ços que:
a) gerem resíduos perigosos;
b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não
perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não
sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder
público municipal;
Município, microrregião, região metropolitana ou aglomeração urbana, que exerçam atividades características de um
mesmo setor produtivo e que possuam mecanismos formalizados de governança coletiva ou de cooperação em atividades de interesse comum, poderão optar pela apresentação do referido plano de forma coletiva e integrada.
VI. empresas de construção civil;
O plano deverá conter a indicação individualizada das atividades e dos resíduos sólidos gerados, bem como as ações
e responsabilidades atribuídas a cada um dos geradores.
VII. responsáveis pelos terminais e outras instalações e
serviços de transportes de portos, aeroportos, terminais
alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de
fronteira;
Conteúdo do PGRS
VIII. responsáveis por atividades agrossilvopastoris.
O plano de gerenciamento de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo:
O PGRS atenderá as determinações do Plano Municipal
de Resíduos Sólidos e deve ser incorporado ao processo de licenciamento ambiental e para aqueles empreendimentos e atividades não sujeitos ao licenciamento, a
aprovação do Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos caberá ao poder municipal.
I - descrição do empreendimento ou atividade;
Existe a possibilidade de soluções coletivas para
Empresas de Pequeno Porte e Micro empresas e arranjos produtivos locais, bem como a dispensa para aquelas
que gerem apenas resíduos sólidos domiciliares ou
assim equiparadas pelo poder público municipal.
III - observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do
Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), do
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do
Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária
(SUASA) e, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:
II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e a caracterização dos
resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados;
Os empreendimentos sujeitos à elaboração de Plano e
desde que localizados em um mesmo condomínio,
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
43
Meio Ambiente
a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos;
III - criação de
animais domésticos;
b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do
gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;
IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros
geradores;
V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em
situações de gerenciamento incorreto ou acidentes;
VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da
geração de resíduos sólidos e, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA, do SNVS e do
SUASA, à reutilização e reciclagem;
VII - se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
VIII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos;
IX - periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o
prazo de vigência da respectiva licença de operação a cargo
dos órgãos ambientais.
IV - fixação de habitações temporárias
ou permanentes;
V - outras atividades
vedadas pelo poder público.
Fica proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos
sólidos cujas características causem dano ao meio
ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reúso, reutilização ou recuperação.
O futuro
O setor de recondicionamento de cartuchos de toner e
tinta ainda não possui metas para estabelecimento de
sistemas de logística reversa, muito embora, aplica-se à
atividade a regra geral da responsabilidade por dano
causado pelo produto/resíduo ao meio ambiente, lembrando que esta responsabilidade estende-se do “berço
ao túmulo”.
A intenção da PNRS é estender os sistemas de logística
reversa para todos os setores. Por enquanto apenas
agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes,
lâmpadas e produtos eletrônicos foram expressamente
previstos na lei e metas de devolução estão sendo discutidas.
Proibições
São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos:
I - lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos
hídricos;
II - lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;
III - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e
equipamentos não licenciados para essa finalidade, exceto
na hipótese de emergência sanitária, e desde que autorizada e acompanhada pelos órgãos ambientais e de vigilância
sanitária.
O poder público poderá estabelecer outras vedações.
Ficaram proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos
ou rejeitos, as seguintes atividades:
I - utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;
II - catação, assegurada a definição de metas para eliminação e recuperação de lixões e reinserção social e econômica dos catadores;
44
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Os acordos setoriais que serão celebrados entre poder
público e empresariado mediante aprovação do órgão
ambiental permitem uma ampla discussão sobre as
necessidades e possibilidades e prometem ser uma
opção menos dolorosa do que a ordem baixada unilateralmente por um Regulamento.
Uma atitude preventiva é esperada para que as empresas não sejam pegas de surpresa com metas para sistemas de logística reversa que possam encarecer ou até
inviabilizar seus negócios.
Reuniões e discussões com suas Associações para planejamento são altamente desejáveis. Uma certa antecedência é fundamental, até porque estes Acordos
Setoriais exigem a apresentação de estudos e informações que embasem a proposta formulada pelo setor. A
FIESP já promove esta articulação com suas associadas
indústrias. Vamos planejar?
Sobre a autora
Adriana Ponce Coelho Cerântola é advogada especialista
em meio ambiente, sócia-fundadora de Santos & Cerântola
Sociedade de Advogados, docente e palestrante.
[email protected] (55 11) 3864-9501 e 99988885.
Atualidade
Fim do estoque e aumento de preços
Terremoto no Japão: conseqüências a curto e médio
prazo para o mercado de TI
Após o devastador terremoto seguido
pelo Tsunami que atingiu o Japão no dia
11 de março, ainda não sabemos ao
certo de que maneira e por quanto tempo
essa tragédia afetará a produção de componentes e produtos de informática e de
eletrônicos de consumo. Entre outras opiniões, o Banco Mundial prognostica que
no período de um ano as exportações do
país asiático se recuperarão em 80%.
Nessa nota, há um apanhado dos comunicados oficiais emitidos pelos principais
fabricantes nipônicos e a opinião de um
representante do mercado local.
O saldo que provocou o desastre natural
ocorrido no Japão: até o momento calcula-se que mais de 10.000 pessoas tenham perdido suas vidas, enquanto outras
13.500 continuam desaparecidas.
Ante esse sombrio panorama, os principais fabricantes de tecnologia, nos primeiros dias após a tragédia, como é de
se esperar, limitaram-se a emitir comunicados de condolências e informaram
sobre importantes doações, por exemplo,
à cruz vermelha local, para ajudar no resgate das pessoas acidentadas, sem dar
mais informações sobre os danos sofridos em suas respectivas plantas de produção.
A primeira reação dos fabricantes foi de suspender as atividades de suas plantas de produção, seja por estarem nas
áreas mais afetadas ou pelo desastre duplo dos cortes de
energia programados pelo governo japonês ou pela ausência de pessoal.
Além dos problemas próprios das plantas, somou-se ao
notável prejuízo dos circuitos logísticos, com portos e aeroportos destruídos ou fechados, e o racionamento do combustível.
O setor tecnológico foi um dos mais afetados pelo desastre
já que o Japão produz um quinto dos semicondutores do
planeta e – segundo a empresa CSLA – abastece o mundo
com 40% dos componentes eletrônicos.
Além disso, os fornecedores de outros componentes cujas
fábricas não foram afetadas, provavelmente notarão o
impacto em assuntos de logística, como as dificuldades para
proporcionar matérias primas e enviar produtos acabados. O
resultado: falta de estoque e a conseqüente alta dos preços.
46
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 43
O panorama das plantas
Panasonic, Fujifilm, Nikon e Canon também fecharam suas plantas em todas as
regiões afetadas, o que prejudica a fabricação de câmeras fotográficas digitais e
objetivas
A Kingston emitiu um pequeno comunicado em que expressa: “Somente podemos dizer que continuamos com a recopilação de informação, já que a situação
muda minuto a minuto. Nossa principal
preocupação nesse momento é a segurança e bem estar de todos os nossos
amigos, colegas e famílias.”
Por sua parte, em 14 de março, a Sony
informou em sua página na web que as
operações em várias instalações da
companhia haviam sido afetadas na
costa do pacífico de Tohoku, e que “está
monitorando o estado de cada um dos
lugares, ao mesmo tempo em que considera as medidas de recuperação mais
efetivas”. Nesse sentido, pararam ou
reduziram sua produção em oito plantas,
para avaliar os danos ou por conta dos
cortes de energia realizados, e informaram que essas medidas afetaram a produção de pilhas recarregáveis, CD, DVD
e mídias Blu-ray. “A empresa se encontra trabalhando fortemente em sua recuperação, contudo ainda não é possível
determinar o custo estimado dos danos causados nem
precisar quando retomaremos as operações das fábricas
envolvidas”, comunicou.
A Canon anunciava um “impacto leve” em suas fábricas
e nos escritórios das empresas do grupo na metade ocidental de Honshu: “Não há feridos nem danos significativos nos edifícios ou equipamentos”. Nesse sentido,
garanto que, no caso de que as operações possam ser
suspensas por um mês ou mais, terá em conta a utilização de lugares alternativos que não foram danificados
pelo terremoto como um meio para continuar a produção.
No dia seguinte, a Canon destacou que a empresa está
analisando seriamente a adoção de medidas para realizar o início o mais rápido possível das operações, mas
esclareceu que, sem dúvida, “nesse momento os tempos
concretos para que a produção possa ser reiniciada
ainda não podem ser determinados”. Assim mesmo,
estabeleceu um grupo de trabalho específico para que
tome as medidas necessárias na recuperação em questão.
Atualidade
Repercussões no âmbito local
Hernan Chapitel, gerente nacional para o Cone Sul da
Gigabyte, diz que o terremoto “sem dúvidas vai afetar
também a indústria do hardware em geral. Apesar de ser
política dos fabricantes ter estoque para no máximo dois
meses, depois disso veremos como progride a situação,
mas vai haver demora nos pedidos e com isso lamentavelmente haverá um aumento de preços”. E acrescenta:
“Por isso acreditamos que também será importante, frente a essa situação, estar preparados com nosso Service
Center para aqueles que não possam mudar a placa
mãe e optem por consertá-la”, disse, em alusão ao
recentemente inaugurado centro de RMA local da marca.
Maria Chen, gerente de vendas para a América Latina da
Foxconn, estimou que a falta de produtos vai começar a
acontecer entre maio e junho, e reconheceu que sua opinião pessoal é que o impacto possa ser sentido nos próximos 12 meses. “muitas empresas taiwanesas e coreanas vão poder se beneficial”, comentou.
Nesse sentido, comentou que, no caso específico de um
chip para uma placa de entrada, a empresa caiu na conta
de quem 60% dos provedores não poderão entregar os
produtos dentro do prazo. “Começamos a ver quem tem
mais estoque, quem tem os materiais para integrar mais
rápido, e sempre são as empresas maiores. As empresas maiores do mundo são as que vão receber os materiais necessários para sobreviver. Isso, sem dúvida, prejudicará as pequenas”, sentenciou.
Justin Yifu Lin, economista chefe e vice presidente do
Banco Mundial, disse que as perdas econômicas do país
asiático causadas pelo terremoto poderiam situar-se entre
2,5% e 4% do PBI, quer dizer, entre U$S 120.000 e U$S
230.000 milhões. Contudo sustentou que “depois de um ano,
as importações do Japão voltarão ao mesmo nível que tinham antes do terremoto, e suas exportações se recuperarão
em até 80%.
E continuam os tremores
O segmento de circuitos integrados é um dos que mais está
sofrendo, já que os dois maiores produtores a nível mundial,
Hitachi Chemical e Mitsubishi Gas Chemical, suspenderam
os trabalhos de suas plantas e ainda não tem data para a
retomada da produção.
Além disso, Hitachi produz as telas dos consoles portáteis
tridimensionais DS e dos telefones celulares LG.
A Toshiba, o fabricante mundial mais importante de memórias NAND Flash, parou sua fabricação. Segundo a empresa IHS iSuppli, a Toshiba produz um terço do total mundial
dessas memórias que são utilizadas como meio de armazenagem nos smartphones e tablets. Além disso, a empresa
japonesa paralisou os trabalhos em uma planta que se dedica a produção de microprocessadores e sensores de imagem.
Escassez que poderia se apresentar em outras áreas, até
que se estabilize a produção das gigantes nipônicas.
Enquanto isso não ocorre, as seqüelas do terremoto de
março seguirão afetando o setor tecnológico.
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 43
47
Instruções
Por Enrique E. Stura e Daniel Reyes (Laboratorio da Uninet Argentina)
Remanuratura do Cartucho de Toner
Samsung Serie Ml1660
As impressoras ML são compactas, medindo
apenas 184mm de altura, 224mm de comprimento e 341mm de largura, pesando 4,04kg.
No caso da SCX3200 as dimensões são um
pouco maiores, com 234mm x 300mm x
388mm e um peso de 7,4kg. A tensão de trabalho é de 220-240V 50/60Hz e o consumo
máximo em uso é menor do que 270 volts,
caindo para 40 volts no modo espera. A primeira impressão sai em aproximadamente 8
segundos.
Impressora Samsung
Series ML1660
Lançado no mercado no início de 2010, o modelo Samsung
serie ML1660 tem um custo baixo e está ao alcance de muitos clientes.
Até agora temos nesse mercado quatro modelos diferentes,
a ML1660, ML1665, ML1667 e a multifuncional SCX3200.
Todas elas imprimem 16ppm em A4 e 17ppm em Carta com
resolução de 1200 x 600dpi até 1200 x 1200dpi óticos que
aumentam eletronicamente para 4200 x 4200dpi no caso da
escâner SCX. Todos os modelos utilizam um cartucho tudo
em um com um chip que deve ser substituído em cada ciclo.
A impressora vem com um cartucho inicial de menor quantidade de toner, para apenas 750 páginas, e ao contrário do
que ocorreu com os cartuchos anteriores da marca, o cartucho inicial vem com seu chip.
Ao observar o cartucho que vem com o equipamento identificado como MLT-D104S
reconhecemos rapidamente certas características dessa marca ainda que o fabricante
tenha substituído os clássicos parafusos
laterais e os da tampa do reservatório por
rebites plásticos moldados, que devem ser
retirados e substituídos por parafusos para
acessarmos o interior do cartucho.
Comparando o cartucho inicial com o de reposição MLTD104/XAA não vemos diferenças físicas entre ambos, o
que significa uma adequação completa para o uso do
cartucho inicial para as 1500 páginas.
Nas fotos a seguir podemos observar os detalhes mais
relevantes do desenho da carcaça. O mais interessante
e inovador do desenho é que ao separar o cartucho em
suas duas partes básicas o OPC forma parte do reservatório de toner enquanto o PCR fica na seção de resíduos junto com a lâmina de limpeza e de recuperação.
Os modelos possuem um botão de impressão direta para qualquer arquivo que aparece no visor do
equipamento. Ver foto 2
Foto 4
48
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Instruções
Cartucho MLT-D105S lado chip
Foto 5.
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
49
Instruções
INSTRUÇÕES DE
REMANUFATURA
Ferramentas necessárias
1. Aspirador de Tóner
2. Chave de fenda pequena
3. Chave Philips média #3
4. Pinça com ponta
5. Furadeira elétrica pequena e broca de 2,35mm
6. Estilete
Foto 6
Insumos necessários
1. Toner específico para Samsung ML1660 de 45 grs
para 1500 páginas
2. Chip para 1500 páginas.
3. Cilindro OPC, opcional
4. Lâmina de limpeza ,opcional
5. Lâmina dosadora, opcional
6. Graxa condutiva
7. Pó lubrificante para lâmina de limpeza
8. Parafusos de 3mm de diámetro por 6mm de com
primento (8unidades)
1. Coloque o cartucho em posição horizontal com a lateral direita contendo o chip virada para você e com o canivete retire a cabeça do rebite plástico. Foto 9. Muito cuidado com essa operação para não resvalar na lâmina de
corte.
Foto7
Foto 8
50
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Foto 9
Instruções
2. Coloque o cartucho na posição
vertical, marque o centro exato e
utilizando a furadeira elétrica faça
um furo com uma broca de 2,35mm
a uma profundidade de 7mm. Ver
foto 10.
Foto 10
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
51
Instruções
Colocar o parafuso preto de 6 x 3mm no furo feito. Fotos 11 e 12
Foto 11
Foto 12
3. Repita o mesmo procedimento nos outros rebites
do cartucho. São 8 no total mas não desmonte ainda
nenhuma parte do cartucho. A idéia é ter todos os
pontos de rebites perfeitamente rosqueados para que
ao montar tudo novamente não existam possibilidades de nenhuma lateral ou tampa ficar desalinhado.
4. Uma vez montados os 8 parafusos e tendo finalizado a tarefa dos furos proceder com a desmontagem do cartucho.
5. Primeiro retire a lateral esquerda dos três parafusos e com a ponta do estilete separe apenas a junção
do cartucho para permitir a entrada de uma chave de
fenda pequena e iniciar a retirada da peça. Note que
na parte inferior da lateral há uma lingüeta que deve
ser destravada. Fotos 13,14 e 15
Foto 14
52
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Foto 13
Foto 15
Instruções
6. Retirar agora a lateral oposta
(lado do chip) com o mesmo procedimento. Foto 16
Foto 16
7. Desparafuse a tampa superior e
retire-a do cartucho. Fotos 17 & 18
Foto 16
Foto 16
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
53
Instruções
Separe o reservatório de toner
onde está o OPC e retire o eixo
do OPC deslizando da esquerda para a direita girando-o suavemente enquanto o retira. Foto
19. Tire o OPC do lugar. Foto
20
Foto 19
Foto 20
8. Desmontar o rolo de revelação desencaixando primeiro o lado esquerdo, depois o direito onde está a engrenagem e com
uma leve inclinação levantar e retirar o rolo completamente. Limpe o rolo com um pano seco e suave. Fotos 21 e 22
Foto 21
54
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Foto 22
Instruções
9. Retire a tampa do
depósito de toner e
aspire o conteúdo.
Foto 23
Foto 23
10. Desparafusar e retirar a lâmina dosadora. Aspirar completamente o rolo de alimentação e o resto do reservatório.
Fotos 24 e 25.
Foto 26
Foto 24
12. Revisar e limpar os selos e montar o rolo de revelação
colocando em ângulo primeiro a extremidade direita com a
engrenagem e depois a extremidade oposta. Pressionar as
extremidades até escutar um clic. Foto 27
Foto 25
11. Montar novamente a lâmina dosadora certificandose de que o selo no cartucho esteja integro em toda a
sua extensão. Foto 26
56
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Foto 24
Instruções
13. Carregar o reservatório de toner através do orificio do lado esquerdo e
em seguida fechar com a
tampa plástica. Foto 28
Foto 28
14. Limpar e montar o OPC na posição correta e deslizar o eixo girando-o suavemente com a ponta chanfrada primeiro a
partir do lado da braçadeira até a engrenagem. Foto 29
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
57
Instruções
Foto 29
Foto 30.
15. Pegar a outra parte e começar a desmontar o PCR
limpando-o com um pano suave. Foto 30
16. Desparafusar e retirar a lâmina de limpeza. Foto 31
17. Aspirar completamente o reservatório de resíduos cuidando da integridade da lâmina de recuperação para que
não seja marcada nem deformada.
18. Lubrificar a borda da lâmina de limpeza e colocá-la
no lugar parafusando-a firmemente.
19. Limpar com cotonetes as extremidades do PCR e aplicar uma pequena quantidade de graxa condutiva em
ambas. Montar o PCR na posição correta com o eixo
maior do lado esquerdo. Existe uma trava desse lado que
impede que o PCR seja montado ao contrario. Foto 32
Foto 32.
58
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Foto 31
Instruções
20. Unir as duas partes e
começar a instalação da
tampa com seus parafusos.
Fotos 33 e 34
21. Colocar a lateral
Foto 33
Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
59
Instruções
Foto 34
esquerda em seu lugar fazendo
coincidir o chanfrado do eixo
OPC com a trava da lateral.
Empurre a lateral até que fique
firme, montada e parafusada..
Foto 35
Foto 35
22. Limpar e lubrificar com uma
pequena quantidade de graxa
condutiva os contatos da tampa
oposta, substituir o chip deslizando-o a partir de sua cavidade e
instalando-o novamente.
Parafusar a lateral em seu lugar.
Foto 36
NOTA: Em condições normais de
uso, a impressora necessitará ler
o chip para imprimir, por isso é
recomendável usar um chip de
teste e não um chip definitivo.
Uma vez provado o cartucho retire o chip de teste e substitua-o
com o chip que vai ao cliente.
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Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Foto 36
Instruções
IMPRESSÃO DE
FOLHA DE TESTE
Ligar a impressora e quando
estiver pronta aperte o botão
“One Touch” e mantenha-o
pressionado durante três
lampejos rápidos e depois
três lampejos lentos de luz,
então solte o botão
IMPRESSÃO DA
FOLHA DE INSUMOS
Ligar a impressora e quando
estiver pronta aperte o botão
“One Touch” e mantenha-o
pressionado durante três
lampejos rápidos e depois
três lampejos lentos de luz, e
ao iniciar o lampejo rápido
novamente solte o botão.
Essa folha é muito completa
e fornece os seguintes dados:
* Contador de páginas
* Capacidade
* Toner restante
* Provedor
* Páginas equivalentes impressas
* Média de Cobertura de impressão
* Data do producto
* Serie do CRUM
* Páginas impressas
* Tipo de cartucho
* Pontos impressos
* Vida útil do Fusor
* Conta de Motor ligado e % de vida
* Vida Útil do Rolo de Transferência
* Toner utilizado
* Vida Útil do Rolo de pickup
* Contagem de substituição de toner
* Vida útil da almofada de separação
* ID de marca
* Contagem de erros diversos (travas,
calor, alta temperatura, sem calor)
* ID de Suministro
DEFECTOS REPETITIVOS
Para determinar a possível origem de uma falha de impressão meça com uma régua milimétrica a separação entre um
defeito repetitivo e o seguinte na folha e cheque a
seguinte informação::
OPC
62,83 mm
Rolo de pressão
64,0 mm
Rolo de fusão
64,0 mm
Rolo Transferência
38,0 mm
PCR
26,0 mm
Rolo de revelação
45,0 mm
Produzido por Enrique E. Stura e Daniel Reyes. Laboratório da Uninet Argentina.
Para mais informação visite www.uninetimaging.com
Sobre a autor :
Enrique Stura tem mais de 25 anos de experiência no campo de eletrografia tendo atuado tanto em Desenvolvimento e Produção de
fotorreceptores de Sete assim como em Marketing e Vendas de materiais para reprografia. De 1999 até 2005 foi consultor e também
diretor técnico da Laser Toner do Brasil Ltda. empresa brasileira de remanufatura de cartuchos para impressoras e copiadoras. Das
2005 até hoje é Diretor técnico da UniNet Argentina na gerência técnica. O trabalho inclui investigação e desenvolvimento de produtos como suporte a UniNet Internacional, criação de manual e notas relacionadas com remanufatura, seminários, treinamento técnico.
Software para seguimentos de custos de remanufactura e ajuda a clientes locais e internacionais. Seus trabalhos são publicados em várias
revistas internacionais.
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Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Região 1 · Noticias
ARGENTINA
Sem reciclagem
não há responsabilidade social
Como comentei em meu artigo “Unidos pelo Espanto”,
estou profundamente convencido de que chegou a
hora de impor o reciclado
como uma alternativa meio
ambiental, resgatando o
papel central do uso de cartuchos remanufaturados (bem
como qualquer outro tipo de
produtos sob as senhas reduzir/reutilizar/reciclar), como
medida inequívoca do compromisso social de cada
organização.
Quando comecei a trabalhar
com a idéia falamos com o
Gustavo, que se aproximou
de alguns colegas em eventos da indústria em Março,
onde a boa recepção nos
levou a convocar a todos que queriam se juntar a nós.
De que se trata a iniciativa?
Basicamente, a idéia é de levar adiante o slogan “Sem
Reciclagem não há Responsabilidade Social” como um lema
independente de marcas ou empresas, conhecendo cada
um de nossos produtos e ações de comunicação. A fim de
concentrar todas as adesões, desde meados de março está
disponível no site www.rsesreciclar.com.ar , onde vamos
apresentar notícias vinculadas à reciclagem, e as empresas
e organizações podem apresentar suas atividades nesse
sentido.
O lugar dos recicladores
Os recicladores tem um lugar especial nesse site, alem de
mostrar o compromisso com os clientes, todos os recicladores, do produto que seja, do lugar onde estejam localizados,
podem aparecer no site e utilizar toda a imagem de comunicação, marca e logos, em seus produtos e materiais de difusão. Serão ordenados por ramo, e por ordem de chegada,
pedindo o único compromisso estar de acordo com os princípios da iniciativa (Reciclagem é meio ambiente, trabalho
nacional e competência leal), e utilizar o slogan em seus
produtos ou comunicação em um prazo não maior que os 6
meses após a incorporação.
E as OEM?
Essa é claramente uma campanha para tomar uma posição
firme a favor da reciclagem: tanto a respeito das empresas e
organizações que decidiram utilizar cartuchos originais
exclusivamente, como os que optaram por imitações descartáveis (claramente a pior opção para o meio ambiente).
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Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 44
Também é uma contra-ofensiva de “guerra” com os recursos que temos a mão, frente as empresas anti-reciclagem dos fabricantes OEM. Nesse caso, também temos
que destacar (e já o fazemos) desde o site, que um reciclado é uma alternativa superior, dado que tecnicamente
trata-se de Re-utilizar (superior a reciclar em termos
meio ambientais) um cartucho, e não de destruí-lo a nível
de materiais para construir algo novo, que consome
muito mais recursos e energia.
O que mais posso fazer?
A partir do site rsesreciclar.com.ar vamos continuar nos
aproximando de idéias para melhorar a comunicação do
conceito com nossos clientes. Uma boa idéia é publicarmos o resumo das economias e benefícios alcançados
para o meio ambiente e a mão de obra nacional durante
o último ano. Se não sabem como fazer, escrevam para
[email protected] e com prazer vou ajudá-los
com exemplos.
Estamos juntos nessa! Obrigada pelo seu apoio!
Lic. Leonardo Valente
Tech as Service SRL
Cramer 640 Oficina 7G – C1426ANN – Bs. As.
Tel.(011) 4551-8274 Cel.(011) 15-5923-0525
Undiano 460 – B8000JLJ – Bahía Blanca
Tel.(0291) 455-6275 Cel.(0291) 15-646-4849
[email protected]
www.gentecnologico.com.ar
Notícias Internacionais
A Uninet contrata representantes de vendas Oasis e adquire fórmulas de toner e inventário da Oasis
A UniNet tem o orgulho de anunciar a expansão de sua
força de vendas bem como a aquisição de fórmulas e
toner e o inventário da Oasis.
Nestor Saporiti, CEO da UniNet, deu as boas vindas a Joe
Jean como Gerente de Desenvolvimento de Negócios
Tecnicos,
Tammy
Davis
como
Gerente
de
Desenvolvimento de Negócios e Brandy Wright como
Gerente de Desenvolvimento de Negócios, e expressa sua
admiração pelo legado da Oasis Imaging,. “Estou honrado
por ter unido a nossa equipe de vendas esses profissionais tão experientes e estar em condições de continuar
administrando as formulas mais populares de toner da
Oasis”, afirmou.
O Diretor Técnico, Mike Josiah também acrescentou “os
clientes são os verdadeiros ganhadores aqui: eles continuarão recebendo todos os produtos de qualidade Oasis
e suporte técnico, agora com acesso as marcas de toner
superiores da UniNet e tecnologia ASiC Smartchips para
nomearmos algumas, bem como distribuição em todo o
mundo.” “nossos clientes terão o máximos desses experientes profissionais.” De acordo com Joe Dovi, Gerente
Geral da UniNet “a incorporação de veteranos da indústria
como Joe Jean, Brandy Wright e Tammy Davis à equipe de
vendas da UniNet ajudará a oferecer a nossos clientes o
melhor serviço de vendas personalizado e suporte”.
A UniNet nomeia Brandy Wright como
Gerente de Desenvolvimento de Negócios
para o mercado norte americano
A Uninet contrata Joe Jean como Gerente
Técnico de Desenvolvimento de Negócios para
o mercado norte americano
A UniNet tem o prazer de anunciar a expansão de sua
força de vendas com a nomeação de Brandy Wright
como Gerente de Desenvolvimento de Negócios para
o Mercado da costa leste dos Estados Unidos. Nesse
cargo, Brandy Wright será responsável pelo aumento
de oportunidade de desenvolvimento de negócios para
o mercado da costa leste dos Estados Unidos para
fomentar o contínuo crescimento da UniNet.
Wright é uma profissional da indústria de remanufatura de toner com mais de 15 anos de experiência em
vendas, técnica e administração. Seu último cargo foi
como Gerente Nacional de Vendas em Produtos de
Imagens Oasis. Nestor Saporiti, Presidente e CEO da
UniNet, comentou que “estamos encantados de ter
Brandy Wright unida a família UniNet. A experiência de
Brandym unida a suas relações com vários clientes
chave, trouxe um grande valor ao escritório da costa
leste. A Srta.Wright é muito conhecida na indústria de
imagens, e tenho certeza que continuará apoiando as
necessidades dos remanufaturadores e servindo a
crescente demanda de soluções UniNet na região.”
“Estou muito feliz em trabalhar com um líder de primeira classe na indústria. Espero ajudar a nossos valiosos
clientes e diversificar suas ofertas de produtos”, disse
Brandy Wright.
A UniNet anuncia a expansão de sua força de vendas
com a contratação de Joe Jean como Gerente Técnico
de Desenvolvimento de Negócios para o Mercado NorteAmericano. Joe Jean é um profissional da indústria de
remnaufatura de toner e traz uma rica experiência de
mais de 20 anos. Seu início na indústria foi em 1990 com
a Nashua Corporation, como Técnico em Controle de
Qualidade, e mais tarde em Desenvolvimento de Novos
Produtos. Foi essencial no desenho de linhas de produção e implantação de processos de produção, bem como
instruções de capacitação para desenvolvimento de
novos produtos. Seu último cargo foi como Gerente
Técnico Regional em Produtos de Imagens Oasis.
Nestor Saporiti, Presidente e CEO da UniNet, comentou
que “é um prazer dar as boas vindas a Joe Jean a família UniNet: a ampla experiência e perspicácia que Joe
traz a nossa equipe agregará um valor considerável na
ajuda do crescimento contínuo da UniNet. A incorporação de Joe a nossa equipe é parte do compromisso da
nossa empresa para oferecer a nossos clientes o melhor
suporte técnico, serviço e qualidade.
“Estou entusiasmado com a união à equipe UniNet.
Espero trabalhar para um líder mundial cujo objetivo é
oferecer aos remanufaturadores o melhor produto e
informação técnica disponível.”acrescentou Joe Jean
Para mais informações favor entrar em Contato com a UniNet através do
telefone + 1 (424) 675-3300 ou do site www.uninetimaging.com
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