O PLANEJAMENTO E A AVALIAÇÃO
INICIAL/DIAGNÓSTICA
Profa. Me. Michele Costa
(Professora do Curso de Pedagogia das Faculdades COC) CONVERSAREMOS SOBRE:
• Planejamento e Avaliação: coerência entre o discurso e a prática
Meus oito anos
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Casimiro de Abreu INTERATIVIDADE
Como podemos possibilitar um trabalho mais significativo na Educação Infantil utilizando das reflexões realizadas sobre planejamento e avaliação? O primeiro passo para realizarmos um trabalho
significativo é atrelarmos nossa ação docente à
propostas pautadas de intencionalidades
pedagógicas.
Independente da atividade realizada pela educadora,
seja ela uma brincadeira, música, treatro, banho e/ou
alimentação, é necessário que a atividade seja
acompanhada de interações que favoreçam a troca
de idéias, experiências e que também
proporcione um o olhar atento às crianças
e suas manifestações.
É necessário que a nossa ação pedagógica
contemple:
•Brincadeiras
•Interações e relações sociais
•Conhecimento do mundo natural e social
•Educação e cuidado
•Diferentes linguagens
•Organização espaço/temporal
Atrelado a estas propostas o professor deve planejar suas
atividades e interações para que nestes
momentos ele possa interferir no desenvolvimento
da criança proporcionando-lhe uma interação
rica e produtiva na instituição escolar.
PLANEJAR É PRECISO!
Planejar nos permite antecipar ações para atingir certos
objetivos!
Precisamos traçar os objetivos que pretendemos alcançar de
acordo com os conteúdos e habilidades para cada faixa etária.
Assim como, pensar nas metodologias, atividades a serem
desenvolvidas e algumas formas de avaliarmos o
conhecimento do aluno (avaliação diagnóstica,
formativa e somática).
VÍDEO
PLANEJAR É PRECISO!
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/videoalfabetizacao-profa-planejar-preciso-parte-1-546265.shtml
Vimos que assim como o planejamento a avaliação é uma das mais importantes ferramentas à disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da escola.Pois, permite ao professor encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado das crianças e oferecer alternativas para uma evolução/desenvolvimento mais segura. AUTOAVALIAÇÃO
DEFINIÇÃO: Análise oral ou por
escrito que o professor se indague
sobre a qualidade do processo de
aprendizagem oferecido ao aluno.
RELATÓRIO
INDIVIDUAL
DEFINIÇÃO: Análise do desempenho
DEFINIÇÃO: Texto produzido pelo
do aluno em fatos do cotidiano escolar
aluno depois de atividades práticas ou
projetos temáticos. Assim como, durante ou em situações planejadas
o ano letivo.
FUNÇÃO:Averiguar os
conhecimentos prévios dos alunos
e verificar se ele adquiriu os
conhecimentos previstos. Assim
como, avaliar o real nível de
apreensão de conteúdos, interação
(durante e depois) de atividades
realizadas coletivas ou individuais
APLICABILIDADE: É essencial APLICABILIDADE: É essencial
que o professor acompanhe
que a cada atividade ou projeto
realizado o professor avalie o que TODOS os detalhes participação
dos alunos, durante as atividades e
foi realizado, a participação dos
relacione isto com e o que foi
alunos e o que foi almejado e
concretizado. De como a traçar um almejado e concretizado. E depois
disponibilizem estas informações.
panorama sobre os resultados
obtidos.
FUNÇÃO: Permite
o professor
adquirir capacidade de analisar
o que aprendeu. Use esse
documento ou depoimento
como uma das principais fontes
para o planejamento dos
próximos conteúdos.
OBSERVAÇÃO
FUNÇÃO: Obter mais
informações sobre as áreas afetiva,
cognitiva e psicomotora. Permite o
professor perceber como o aluno
constrói o conhecimento, seguindo
de perto todos os passos desse
processo.
APLICABILIDADE
O professor deve ter sempre em
mãos tabelas,
fichas e bloco
de anotações
para registrar
as informações
Vejamos alguns exemplos de tabelas:
Objetos
Beatriz Daniel Carlos Laura Bruna
Escorregador
X
X
Cangorra
X
X
Priscila
X
X
Trepa‐trepa
X
Piscina de bolinhas
X
Balanço
X
X X
X X X
X
AVALIAÇÃO E O PLANEJAMENTO
Permitem o professor refletir sobre:
• Algumas modalidades organizativas (atividades permanentes, seqüências didáticas, projetos didáticos e organização do ambiente);
•Interações: devemos entender que as trocas fazem parte do processo de ensino‐aprendizagem (conhecer as características individuais e coletivas, tipos de interação e construção da identidade); •Orientação do processo de ensino‐aprendizagem Acompanhar os passos da criança em seu processo
de desenvolvimento e lhe dar ferramentas para
progredir/evoluir sempre.
Cipriano Carlos Luckesi (2002), lembra que uma boa avaliação acompanhamento dos alunos e envolve três passos:
• Saber o nível atual de desempenho do aluno (etapa também conhecida como diagnóstico);
• Comparar essa informação com aquilo que é necessário ensinar no processo educativo (qualificação);
• Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados (planejar atividades, sequências
didáticas ou projetos de ensino, com os
respectivos instrumentos avaliativos para cada etapa).
Cipriano Luckesi (2002), ao discutir sobre avaliação chama a atenção do professor à
importância de acompanhar o desenvolvimento do aluno. Para tanto, é
necessário diagnosticar seu conhecimento diante as propostas de atividades. Assim, é
necessário pensarmos várias maneiras de colocar os nossos alunos a se expressarem, pois enquanto é avaliado, o educando expõe sua capacidade de raciocinar, sua visão de mundo, cultura, relações com o meio e dificuldades. INTERATIVIDADE
VIMOS QUE ....
Observar, anotar, replanejar, envolver todos os
alunos nas atividades de classe, fazer uma
avaliação precisa e abrangente é fundamental para
nossa prática cotidiana. Vimos também, que os
resultados obtidos não devem ficar arquivados.
Com base nesta reflexão lhes pergunto:
E agora, o que fazer
com os resultados?
Segundo Luckesi (2002), a avaliação interessa a
quatro públicos:
• ao aluno, que tem o direito de conhecer o próprio
processo de aprendizagem para se empenhar na
superação das necessidades;
• aos pais, corresponsáveis pela Educação dos
filhos e por parte significativa dos estímulos que
eles recebem;
• ao professor, que precisa constantemente avaliar
a própria prática de sala de aula;
• à equipe docente, que deve garantir continuidade
e coerência no percurso escolar de todos os
estudantes.
Desta forma,
Vamos planejar, avaliar e socializar os resultados
obtidos !
Referências Bibliográficas
• ABRAMOWICZ, A.; WAVSKOP,G. Creches: atividades para crianças
de zero a seis anos. São Paulo: Moderna, 1995.
• BASSEDAS, HUGUET, & SOLÉ, Aprender e ensinar na educação infantil. Porto Alegre; Cortez, 1999. • BRASIL, Ministério da Educação. Referencial Educacional Nacional
para a Educação Infantil. Brasília, 1998.
• HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre:
Artmed, 2001.
• HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação na pré‐escola: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. 7ª ed. Porto Alegre‐RS: Mediação. 1996.
•
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Mito & Desafio. Uma perspectiva construtivista. 10ª ed. Porto Alegre‐RS: Educação e realidade, 1993.
Referências Bibliográficas
• HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover. 2. ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2002.
• HOFFMANN, Jussara. Avaliar para ensinar, não para dar nota. In: A Revista do Professor Nova Escola, nº 159 jan/fev, 2003. p. 27. • KRAMER, Sônia. Com a pré ‐ escola nas mãos: uma alternativa curricular para a Educação Infantil. São Paulo: Ática, 1989.
• KRAMER, S. A Política do pré‐escolar no Brasil:a arte do disfarce. Rio de Janeiro: Achiamé,1989.
• LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato
de avaliar a aprendizagem?. In:Revista Pátio. nº
12, fevereiro 2000. Ed. Artemed, ano 4.
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