ARTE CONTEMPOR ÂNE A
DA ÁFRIC A DO SUL
19 de março
a 15 de maio
de 20 11
David Goldblatt
Diana Hyslop
Dineo Seshee Bopape
Kagiso Pat Mautloa
Lawrence Lemaoana
Lerato Shadi
Mary Sibande
Roger Ballen
Sam Nhlengethwa
Santu Mofokeng
Thenjiwe Nkosi
Tracey Rose
William Kentridge
Daniella Géo
Curadora
Sant u Mofokeng
O ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS NEGRO / OLHE PARA MIM, 1997
Projeção de 80 slides, preto e branco – 5 seg por slide
Cortesia: O artista e Lunetta Bartz, MAKER, Joanesburgo
Passados 21 anos do anúncio da redemocratização da
África do Sul, em fevereiro de 1990, a produção artística
do país não deu lugar para que o tão reclamado fim do
apartheid gerasse uma crise de criação, como alguns
críticos temiam.
Se a arte sul-africana deixou de estar a serviço da luta
contra o regime segregacionista, ela sustentou o
dinamismo das estratégias artísticas ao expandir seus
modelos estéticos, formais e operacionais a partir de
sua internacionalização maciça e do fomento da
infraestrutura nacional. Ao mesmo tempo, as
contradições socioculturais remanescentes e o
reposicionamento, ainda em curso, de identidades
díspares conservaram a necessidade de questionamento
para além dos aspectos formais da arte.
Twenty-one years after the announcement of the
re-democratizing of South Africa, in February 1990, the
artistic production of the country has not permitted
that the much demanded end of apartheid would lead
to a crisis of creation, as some critics had feared.
Com onze idiomas oficiais e composta por diversos grupos
étnicos, incluindo sociedades tribais, a jovem democracia
procura se ajustar a sua pluralidade e a diminuir lacunas
distendidas pelo apartheid. Por sua vez, as artes visuais
se confirmam como uma plataforma de reflexão
fundamental, através da qual a atualidade – como um
presente em movimento, formado por tempos passados
e em constante evolução – é colocada em questão.
If South African art no longer is in the service of the struggle
against the segregationist regime, it has sustained the
dynamism of the artistic strategies by expanding its
aesthetic, formal and operational models as of its massive
internationalization and the fostering of domestic
infrastructure. At the same time, the remaining sociocultural contradictions and the repositioning, still
underway, of distinct identities, have preserved the need
for questioning that goes beyond the formal aspects of art.
Em meio à multiplicidade comum à prática
contemporânea, como que respondendo à
indispensabilidade de se reorganizar memórias,
rever conceitos, restabelecer percursos, reconstituir
a unicidade, a noção de (re)construção parece estar
em prevalência no processo de trabalho e sistema
de pensamento de autores os mais distintos.
With 11 official languages and comprised of different
ethnic groups, including tribal societies, this young
democracy is seeking to adjust itself to its plurality and
to reduce the gaps that had been amplified by apartheid.
For their part, the visual arts have confirmed themselves
as a platform of fundamental reflection, by which
a moving present, formed of times past and in constant
evolution – is put into question.
A exposição (Re)construções: Arte Contemporânea da
África do Sul apresenta uma seleção de artistas, tanto
jovens emergentes quanto aqueles com reconhecimento
internacional, cujas obras, realizadas no período
pós-apartheid, procuram ora reforçar, ora subverter,
representações sociopolíticas e culturais, criando novas
relações espaço-temporais. Em grande extensão,
informadas pela estética e pela lógica da colagem e
fundamentadas na repetição – seja por meio da
apropriação e recontextualização, do acúmulo ou do uso
de séries, da reencenação ou da montagem, do bordado
e da costura, do assemblage ou da própria colagem, do
desconstruir para reconstruir –, as obras, aqui expostas,
pelos gestos artísticos nelas investidos, não apenas nos
instigam a indagar sobre sua gênese, como também se
enunciam como reconstruções.
Diana Hyslop
LONE SHARK, 2004
Impressão digital de pintura
a óleo sobre fotografia,
65 x 95cm
Cortesia: A artista
William Kent rid ge
FÉLIX NO EXÍLIO, 1994
Filme-animação feita com
uma série de 40 desenhos
em carvão, pastel e gouache
sobre papel, 8 min 43 seg,
som (composição para trio
de cordas por Phillip Miller)
Cortesia: O artista
Sam Nhlengethwa
MINEIROS NO BANHO, 2004
Gravura em 4 cores impressa
à mão, 49,5 x 38,5 cm
Cortesia: O artista
e The Artists’ Press
Thenjiwe Nkosi
TORRE - RÁDIO DIFUSORA
ÁFRICA DO SUL, 2011
Estudo para pintura
sobre parede
Dimensões variadas
Cortesia: A artista
L awrence Lemaoana
TODOS EM FILA/LINHA, 2011
Tecido, 114 x 305 cm
Cortesia: O artista
In the midst of the multiplicity that is common in
contemporary practice, as if responding to the
indispensability to reorganize memories, revise
concepts, reestablish paths and reconstitute
uniqueness, the notion of (re)construction seems
to be prevailing in the work processes and the thought
systems of very different authors.
(Re)constructions: Contemporary Art in South Africa
presents a selection of both internationally renowned and
emerging young artists, whose artworks, developed in the
post-apartheid period, sometimes seek to strengthen and
other times to subvert socio-political and cultural
representations, creating new space-time relationships.
To a great extent, informed by collage, aesthetic and logic,
and based on repetition – whether through appropriation
and re-contextualization, through the accumulation or the
use of series, of reenactments or montages, of embroidery
and sewing, of assemblage or collage itself, of
deconstructing to reconstruct – the artworks that are
exhibited here, through the artistic gestures invested in
them, do not only encourage us to inquire about their
genesis but also signal themselves as reconstructions.
PREFEITO DE NITERÓI
Jorge Roberto Silveira
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE CULTUR A
Cláudio Valério Teixeira
SUBSECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE CULTUR A
Rafael Vicente
SUBSECRETÁRIO DE PL ANEJAMENTO CULTUR AL
Dalto Roberto Medeiros
FUNDAÇ ÃO DE ARTE DE NITERÓI
Presidente Marco Sabino Braga Ferreira
Superintendente Administrativo Ivan Macedo
Superintendente Cultural Francisco Aguiar
MUSEU DE ARTE CONTEMPOR ÂNEA DE NITERÓI
Diretor Geral Guilherme Bueno
Curadoria Daniella Géo
Produção Angélica Pimenta e Mayra Brauer
Coordenação geral Ana Regina Machado Carneiro
Produção executiva ARTVIVA Produção Cultural
A ssistentes Gleice Nolding e Luísa Mello
Projeto gráfico Dupla Design
A ssessoria de imprensa Mônica Riani
Revisão de tex tos Duda Costa e Rosalina Gouveia
Versão e tradução Ben Kohn, Renato Rezende e Steve Yolen
Mirante da Boa Viagem, s /nº Boa Viagem Niterói RJ
tel /fax [55 21] 2620 2400 / 2620 2481
mac@ macniteroi.com.br www.macniteroi.com.br
HORÁRIO DE VISITAÇÃO De terça a domingo, das 10 às 18h
VISITAS MEDIADAS PARA GRUPOS Agendamento pelos
telefones 2620 2400 / 2620 2481 ramal 29 [Divisão de Arte Educação]
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