IMPACTO ECONÔMICO NO TRANSPORTE COLETIVO
As empresas que operam o transporte coletivo urbano quase nunca são auto-suficientes, isto
é, a receita gerada com a entrada de passagens e taxas de propaganda, não é suficiente para
cobrir as despesas com folha de pagamento, manutenção e combustível.
A Companhia do Metrô de São Paulo, por exemplo, teve no ano fiscal de 2003 um prejuízo de
aproximadamente 350 milhões de reais.
O restante da verba necessária para cobrir as despesas do sistema precisa ser pesadamente
subsidiado pelo Município ou Estado, gerando um financiamento muito caro aos cofres da
cidade e/ou estado que causa frequente querelas públicas e grande debate político.
Mesmo assim, muitas cidades observam que novos sistemas de transporte coletivo urbano
possuem benefícios econômicos substanciais, provocando o desenvolvimento sócio econômico
da região e, inclusive, com aumento no valor do metro quadrado de terra da região.
Com um sistema de transporte coletivo bem planejado como a ferrovia, aparentemente tem um
impacto maior de credibilidade por ser um sistema fixo dando a nítida impressão que a
construção desse tipo de transporte significa assumir um objetivo em longo prazo
providenciando o deslocamento de pessoas a localidades específicas.
O planejamento e a eficiência nesses casos é elemento crucial para o desenvolvimento da
região abrangida pelo sistema maximizando os benefícios econômicos e ambientais do
investimento público incentivando um maior desenvolvimento dentro do raio de ação do
sistema implantado.
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A eficiência e outros atrativos desenvolvimentistas fazem a alegria dos urbanistas, já os do
poder público alegam que esse tipo de serviço é ineficiente, não é prático e geram altos custos
de construção e manutenção exatamente por gerar altos valores em subsídios, valores estes
muitas vezes inexistentes nos cofres públicos.
Poucos municípios tem a habilidade de abrir concessões para um operador de transporte
coletivo urbano privado para o desenvolvimento da região com uma errada ideia de que isto
atrairá elementos indesejáveis e bandidagem por causa do avanço socioeconômico que
necessariamente esse serviço trará para a região.
As pessoas contrárias ao transporte coletivo alegam que o custo da construção e manutenção
de um quilômetro de metrô, por exemplo, superam em muito o valor do quilômetro construído
de vias expressas urbanas, embora não desloquem o mesmo número de pessoas. Aqueles
que propõem o transporte coletivo contestam veementemente os dados anteriormente citados.
Por causa do advento chamado congestionamento de trânsito, mais e mais pessoas nos
Estados Unidos têm optado pelo transporte coletivo, um aumento de aproximadamente 21,0%
que representa mais que o aumento de veículos novos colocados no mercado no mesmo
período e excluindo aqueles que utilizam o transporte aéreo.
Vários estados americanos que eram contrários ao transporte coletivo e a favor de vias
expressas urbanas já estão investindo maciçamente na melhoria do transporte coletivo urbano.
Exemplo: Colorado e Utah.
O impacto econômico por onde passa um transporte coletivo eficiente, planejado e moderno é
visível. O comércio no entorno das estações revigoram e o metro quadrado do solo quase que
triplica de valor principalmente nos bairros mais distantes, trazendo assim, um alento aos que
ali se estabeleceram para morar ou instalar seu ponto comercial.
Embora haja contradições, a verdade é que a tendência mundial é que o transporte coletivo
urbano se modernize cada vez mais com eficiência e tecnologia avançada, fazendo com que
mais e mais usuários deixem seus automóveis em casa para utilizar o coletivo, mesmo em
ritmo lento.
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