SECAGEM DE TOMATES VIA PROCESSO COMBINADO DESIDRATAÇÃO OSMÓTICA-VÁCUO* S. M. ALVES1 e A. M. SILVEIRA2 * 1 Mestranda do PPG-EQ/UFSCar - ; 2 Professor do DEQ/UFSCar C. P. 676, CEP: 13565-905 - São Carlos – SP *E-mail: [email protected] A secagem de tomates tem motivado uma série de pesquisas, uma vez que o mercado para o tomate seco vem exigindo uma melhora na qualidade do produto. A combinação da secagem e um pré-tratamento têm sido estudados para a minimizar as perdas nas condições estruturais do tomate e os danos térmicos causados durante a secagem. Com a finalidade de se obter um produto mais resistente ao tempo e de melhor qualidade, estudou-se a secagem deste fruto através do processo combinado desidratação osmótica e secagem a vácuo. A desidratação osmótica é uma técnica que retira uma grande parte da água contida no alimento baseada na imersão do alimento em soluções com menor atividade de água do que a do alimento. Para esta desidratação utilizou-se soluções de sacarose e NaCl como agentes osmóticos, verificando que a sacarose é mais efetiva na perda de água. Neste processo também se avaliaram outras variáveis do processo como velocidade de agitação e temperatura da solução, os quais permitiram concluir, através de uma análise do adimensional número de Biot, que o processo de transferência de massa é controlado pela difusão. Como a pele do tomate constitui uma membrana quase impermeável testou-se tratamentos físicos, perfurações, e químico, imersão em solução de NaOH, com a finalidade de melhorar a permeabilidade da mesma, verificando que o tratamento físico melhora a desidratação e não altera características do sabor do material comparativamente com o tratamento químico. A secagem propriamente dita foi realizada na estufa a vácuo, com temperatura de 55°C e 25 inHg de pressão de vácuo, estas condições foram determinadas através de testes preliminares e ofereceram menores tempos de secagem. Secaram-se tomates desidratados e não desidratados osmoticamente, verificando que as amostras desidratadas osmoticamente secaram em menores tempos que as amostras não desidratadas. Para avaliar a qualidade do produto final e o efeito que cada etapa exerce sobre o produto realizaram-se análises tais como: teores de fósforo, cálcio, ácido cítrico e ascórbico. Dependendo do qual constituinte se pretende reter é conveniente ou não realizar a desidratação osmótica. Os fenômenos da transferência de massa e encolhimento durante a desidratação osmótica foram avaliados pela aplicação de modelos já existentes na literatura, testados e validados em outros alimentos, observando que os mesmos representaram os dados experimentais. * Este trabalhou contou com o apoio financeiro do projeto PRONEX n° 41.96.08973.00 e do projeto FAPESP n° 00/15066-7