Assistência ao
Trabalho de Parto
Roberta Ferreira
Ana Cavalcanti
28 de abril de 2009
Assistência ao Parto

GRAU DE RECOMENDAÇÃO E FORÇA DA
EVIDÊNCIA
A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor
consistência
B: Estudos experimentais ou observacionais de menor
consistência
C: Relatos de casos (estudos de consistência não
controlada)
D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em
consensos, estudos fisiológicos ou de modelos animais
Assistência ao Trabalho de Parto
ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO

DEFINIÇÃO
(D)
Segundo período de parto PASSIVO
Segundo período de parto ATIVO
Assistência ao Trabalho de Parto

DURAÇÃO
Primíparas
Multíparas
Com analgesia X Sem analgesia

ACOG (2000)
(D)
American College of Obstetricians and Gynecologists. Operative Vaginal Delivery.
Washington, DC. American College of Obstetricians and Gynecologists, 2000.
ACOG Pratical Bulletin 2000.
Primíparas
Analgesia
Sem Analgesia
3 horas
2 horas
Multíparas
Analgesia
Sem Analgesia
2 horas
1 hora
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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO
Estudo observacional retrospectivo California (D)
How long is too long: Does a prolonged second stage of labor in nulliparous women
affect maternal and neonatal outcomes? Am J Obstet Gynecol 2004; 191: 933-8. 41.
Cheng YW, Hopkins LM, Caughey AB.
Complicações (2o. período > 3 horas)
Nulíparas: Corioamnionite, endometrite, lacerações,
hemorragia pós-parto, risco de cesariana e parto
instrumental
Multíparas: Aumento da morbidade materna e fetal
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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO
•
Posicionamento da Parturiente
Talha litotômica (Laborie Duncan)
Posição Lateral (Sims)
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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO
•
Posicionamento da Parturiente
Imersão em água
Posição Vertical
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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO
•
Posicionamento da Parturiente
Posição Lateral e Vertical ( A )
Position for women during second stage of labour. (Cochrane Review). In The
Cochrane Library, 2007 Issue 4. Oxford: Update Software. 44. Gupta JK,
Hofmeyr GJ
Redução do segundo período do parto
Redução de alterações do BCF
Redução de dor grave
Redução de episiotomia
Maior perda de Sangue (sem repercussões
clínicas)
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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO
•
Posicionamento da Parturiente
Imersão em água ( D )
Position for women during second stage of labour. (Cochrane Review). In The
Cochrane Library, 2007 Issue 4. Oxford: Update Software. 44. Gupta JK,
Hofmeyr GJ
Maior satisfação materna
Sem evidência clínica de efeito benéfico
“Mulheres devem ser encorajadas a parir na
posição que lhes for mais confortável, com o
balanço das evidências a favor de posturas nãosupinas” ( A )
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•
Puxos ( A )
Puxos Precoces:
Reduzem o período expulsivo *
Maior chance de lesões do assoalho pélvico
Puxos Tardios:
Aumento do período expulsivo passivo e redução
da fase ativa
Menor chance de Aplicação de Fórceps
Menor chance de cesariana
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•
Monitorização da vitalidade fetal ( D )
- Ausculta fetal intermitente
- Ausculta durante e após a contração
- Por pelo menos 1 minuto e a cada 5 minutos
ACOG Practice Bulletin #70: Intrapartum Fetal Heart Rate Monitoring. Obstet
Gynecol 2005; 106. 1453-60
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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO
PERÍODO
•
Episiotomia
Conceito clássico:
Facilitar o parto, reduzir trauma
perineal e facilitar o reparo
Conceito atual:
Trauma perineal provocado
Não deve ser usada de rotina ( A )
Episiotomy for vaginal birth. In: The Cochrane
Library, Issue 1, 2007. Oxford: Update Software.
Carroli G, Belizan J.
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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO
•
Episiotomia seletiva ( A )
Menos trauma posterior
Mais trauma anterior
Menor necessidade de sutura
Menos complicações na cicatrização
Não houve diferença na dispareunia, incontinência
urinária, dor intensa ou trauma perineal grave
A recomendação atual da OMS é de restringir o uso da
episiotomia, não devendo ultrapassar uma taxa de 10%.
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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO

Práticas para reduzir o Trauma Perineal
Massagem perineal intraparto
Manobras de Ritgen
Técnica de flexão
Compressas Mornas
“Hand on Hand off”
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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO

Práticas para reduzir o Trauma Perineal
- Técnica de flexão e a manobra de Ritgen não devem ser
utilizadas porque agem contra o mecanismo normal do
parto ( D )
- Não foram encontradas diferenças significativas na
freqüência de lacerações genitais entre os métodos com
compressas, massagens ou hand on ou hand off ( A )
- A decisão de utilizar ou não essas práticas deve ser
tomada pela paciente e seu obstetra ( A )
- Os fatores efetivos para aumentar a integridade perineal
são: evitar episiotomia, parto instrumental e massagem
perineal antes do parto ( A )
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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO

Fórceps X Vácuo-extrator
Período expulsivo prolongado
Exaustão materna
Prolapso de cordão ou DPPNI
FCF não tranquilizadora
Eclâmpsia
Cardiopatias
(D)
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
Fórceps X Vácuo-extrator
Vácuo-extrator: ( A )
Mais fácil de usar
Menor morbidade materna
Menor uso de anestesia geral ou regional
Menor dor perineal
Maior risco de cefalematoma
Maior risco de hemorragia retiniana
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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO

Acolhimento do RN
Aspiração rotineira não é necessária ( A )
Não se recomenda aspiração após desprendimento do pólo
cefálico em casos de LA meconial ( A )
Contato pele a pele precoce ( A )
Oropharyngeal and nasopharyngeal suctioning of
meconium-stained neonates before delivery of
their shoulders: multicentre, randomised
controlled trial. Lancet. 2004; 14-20; 364: 597602. Vain NE, Szyld EG, Prudent LM, Wiswell TE,
Aguilar AM, Vivas NI.
Assistência ao Trabalho de Parto
ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO

Ligadura do cordão umbilical
Clampeamento tardio do cordão umbilical ( 2 min )
Melhora do hematócrito
Melhora da ferritina
Redução de anemia
(A)
Late vs early clamping of the umbilical cord in full-term neonates: systematic review
and meta-analysis of controlled trials. JAMA 2007 21; 297: 1241-52. Hutton EK,
Hassan ES
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ASSISTÊNCIA AO TERCEIRO PERÍODO
Do nascimento ao Delivramento
Descolamento da placenta do leito uterino
Tempo em torno de 30 minutos
Prolongado > 30 minutos
Assistência ao Trabalho de Parto
ASSISTÊNCIA AO TERCEIRO PERÍODO
Manejo ativo da dequitação:
Massagem uterina
Ligadura imediata do cordão
Não clampear porção materna do cordão
Tração controlada do cordão
Uso da ocitocina
Uso da ergotamina
Uso de misoprostol
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ASSISTÊNCIA AO TERCEIRO PERÍODO
Revisão da cavidade uterina e do trajeto
Indicações específicas como no caso de hemorragia nãodecorrente de hipotonia uterina ( D )
Revisão dos anexos ( D )
Silberstein T, Wiznitzer A, Katz M, Friger M, Mazor
M. Routine revision of uterine scar
after cesarean section: has it ever been
necessary?Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol
1998;
78: 29-32.
Assistência ao Trabalho de Parto
ANTIBIOTICOPROFILAXIA (B/D)
Profilaxia intraparto para Estreptococo do Grupo B em
gestantes colonizadas
Ou sem a cultura com Fatores de risco:
Prematuridade
Febre materna intraparto
Tempo de bolsa rota > 18 h
Pen cristalina EV ataque + manutenção até o parto
Smaill F. Intrapartum antibiotics for Group B streptococcal colonisation (Cochrane Review). In:
The Cochrane Library, Issue 4, 2007. Oxford: Update Software.
Assistência ao Trabalho de Parto
PROFILAXIA DE ACIDENTES TROMBOEMBÓLICOS
Não está indicada ( D )
Pacientes de alto risco:
Trombofilias
Obesidade extrema
Imobilização prolongada
Condições crônicas pré-existentes
OBRIGADA!
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