FestivAl de AlMAdA - PROGRAMA Director: Joaquim Benite Edição: Rodrigo Francisco Capa: Pormenor de S/ título, de José loureiro, óleo s/ papel, 2012 Textos e traduções: sarah Adamopoulos e Maria João espadinha Design: Armando vale Distribuição gratuita Índice 4 O Grande Teatro regressa aos palcos da nossa vida, por Maria Emília Neto de Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Almada 6 Um grande esforço em contexto de crise, por Joaquim Benite, Director do Festival de Almada 8 Homenagem 2012: Cecília Guimarães Espectáculos 11 A idade de ouro, direcção artística de Pedro G. Romero 12 Herodíades, de Giovanni Testori, encenação de Jorge Silva Melo 13 O sonho da razão, a partir de Diderot, Voltaire, Marquês de Sade e Voisenon, encenação de Luis Miguel Cintra 14 O Mercador de Veneza, de William Shakespeare, encenação de Ricardo Pais 15 Enquanto vivermos, co-criação de Pedro Gil e Romeu Costa, direcção artística de Pedro Gil 16 Para Louis de Funès, de Valère Novarina, encenação de Philip Boulay 17 Nora, de Henrik Ibsen, encenação colectiva 18 Hábito, a partir de Fernando Pessoa, encenação de Roberto Bacci e Anna Stigsgaardd 19 Fantasia Fausto, a partir de Goethe, encenação de Peter Stein 20 Lisboa, encenação de Anna Stigsgaardd 21 A véspera do dia final, criação de Yael Ronen e a Companhia, encenação de Yael Ronen 22 Dois de nós, criação e encenação de Ana Pepine e Paul Cimpoieru 23 La Valse, realização de João Botelho, coreografia de Paulo Ribeiro A sagração da Primavera, direcção e coreografia de Olga Roriz 24 Murmúrios dos muros, criação e encenação de Victoria Thierrée-Chaplin 25 +-0 (Um acampamento no subárctico), criação e encenação de Christoph Marthaler 26 Que fazer? (O regresso), de Jean-Charles Massera e Benoît Lambert, encenação de Benoît Lambert 27 O Sr. Ibrahim e as flores do Corão, de Eric-Emmanuel Schmitt, versão cénica e encenação de Miguel Seabra 28 A controvérsia de Valladolid, de Jean-Claude Carrière, versão cénica e encenação de João Mota Actos complementares 30 Exposições 32 Encontros da Cerca 34 Colóquios na Esplanada 35 Música na Esplanada Informações úteis 36 Acessos 38 Contactos 39 Reservas O Grande Teatro regressa aos palcos da nossa vida C onstituindo desde há largos anos uma referência incontornável no panorama das Artes Cénicas e do Teatro português e internacional, o Festival Internacional de Teatro de Almada traduz na sua génese e na sua essência, com inteira fidelidade, os princípios e os valores que afirmamos como essenciais num quadro de desenvolvimento equilibrado, sustentável e solidário. A cada ano, sempre no início do verão, o Festival oferece-nos uma nova oportunidade para que suba à boca de cena o que de melhor a produção portuguesa e estrangeira da atualidade tem para nos mostrar, ao mesmo tempo que assegura que um público muito diversificado e muito vasto possa assistir aos espetáculos levados à cena nos diferentes palcos utilizados, lotando-os por completo. A programação da 29ª Edição do Festival, que fará chegar até nós produções com origem em Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Alemanha, Roménia, Dinamarca e Israel, mesmo contida pela redução das verbas atribuídas pela Secretaria de Estado da Cultura, que obrigou a cortes substanciais no orçamento do Festival, cumpre uma vez mais com rigor o desígnio de promoção do conhecimento e do saber, e da sua disseminação. 29.º Festival de Almada Para todos nós, em Almada, deve constituir por isso motivo de grande satisfação poder continuar a oferecer ao mundo um programa que reúne, em intensos quinze dias, um amplo conjunto de manifestações culturais que têm o Teatro como ponto cardeal central mas que nele não se esgotam, percorrendo outras formas e outras expressões do saber e do conhecimento, que complementam e enriquecem este magnífico empreendimento cultural anual que é o Festival Internacional de Teatro de Almada. Aqui chegámos em resultado da frutuosa cooperação estabelecida entre a Câmara Municipal de Almada e a Companhia de Teatro de Almada. Câmara Municipal que, no atual contexto de consideráveis dificuldades financeiras que os Municípios em geral vêm enfrentando mantém inalterável a sua contribuição face a 2011. Nesta oportunidade, e mais uma vez, quero aqui, registar publicamente o máximo reconhecimento pelo extraordinário contributo que o trabalho persistente, determinado e arrojado da Companhia de Teatro de Almada, superiormente dirigida pelo seu Encenador de sempre Joaquim Benite, vem representando para a concretização do desígnio municipal de desenvolvimento sustentável e solidário. Através do Diretor da Companhia de Teatro de Almada, transmito igualmente o meu sincero reconhecimento e apreço pela excelência do trabalho de toda a Companhia, saudando todos os atores, encenadores e técnicos do Festival, e também o público, fiel e crescente, sem o qual jamais seria possível a grande festa e expressão de Cultura que é a atividade da Companhia em geral, e o Festival de Almada em particular. Registo de igual forma uma saudação muito especial à Personalidade Homenageada nesta edição do Festival, Cecília Guimarães, um dos nomes grandes dos palcos portugueses, uma atriz justamente consagrada pela sua extraordinária carreira teatral iniciada em Lisboa em 1953, e que passou ainda pelo grande écran do cinema português e pela televisão, e saúdo vivamente o artista plástico José Loureiro que este ano emprestou a sua criatividade e competência à concepção do cartaz do Festival Internacional de Teatro de Almada. Às Companhias e Artistas participantes nesta 29ª Edição do Festival Internacional de Teatro de Almada, aos Jornalistas e ao Público em geral, sejam todos muito bem vindos a Almada. Viva o Teatro! 29.º Festival de Almada Maria Emília Neto de Sousa Presidente da Câmara Municipal de Almada Um grande esforço em contexto de crise O 29.º Festival de Almada realiza-se no quadro condicionante das crises de instituições tão fortes como a União Europeia, e do sistema financeiro e económico europeu que afectam o nosso País. Esta situação é agravada pela tradicional fraqueza do apoio público à Cultura em Portugal. Tal como muitas outras instituições, o Festival enfrenta, por isso, dificuldades financeiras acrescidas. Uma atitude derivada, por um lado, da prudência realista, mas também, por outro lado, do gosto do risco (que foi sempre uma característica do Festival) permite-nos combinar alguma redução inevitável no número de produções e cortes substanciais (sobretudo na publicidade) com uma ainda mais criteriosa e oportuna selecção dos espectáculos apresentados. Reunir no mesmo evento teatral nomes como Peter Stein (um Mestre que marcou o teatro do século XX), Christoph Marthaler, um dos mais importantes encenadores do momento, a companhia alemã Schaubühne am Lehniner Platz, numa co-produção com o Teatro Nacional de Telavive resultante de uma profunda reflexão sobre o conflito israelo-árabe, a companhia belga tg STAN, e ainda espectáculos que pela sua qualidade resumem o que de melhor se faz no teatro mundial — é uma proeza de que justamente nos orgulhamos. 29.º Festival de Almada A diversidade da programação vem numa das principais tradições do Festival. Neste plano podem incluir-se a produção de novo circo Murmúrios dos muros, um espectáculo dirigido por Victoria Thierrée-Chaplin, filha de Charles Chaplin; a performance Lisboa, pela companhia italiana Fondazione Pontedera Teatro; o espectáculo de mímica Dois de nós, pelo grupo romeno Passe-Partout; e o Espectáculo de Honra Que fazer? (o regresso), do Théâtre Dijon Bourgogne, protagonizado por François Chattot. No Institut Français de Portugal Philip Boulay apresenta-nos um texto de um dos principais autores franceses da actualidade, Valère Novarina (Para Louis de Funès). No domínio da dança, além da participação da Companhia Nacional de Bailado, com La valse / A sagração da Primavera, um grande espectáculo de flamenco marca a abertura do Festival, no dia 4 de Julho, com a apresentação do notável bailarino Israel Galván, cuja exibição no Festival de Avignon constituiu um enorme êxito. Do lado português, assinalem-se os espectáculos O Mercador de Veneza, com direcção de Ricardo Pais, pela Companhia de Teatro de Almada; O sonho da razão, com encenação de Luis Miguel Cintra, produção do Teatro da Cornucópia; A controvérsia de Valladolid, encenação de João Mota para a Comuna - Teatro de Pesquisa; Herodí- ades, pelos Artistas Unidos, encenação de Jorge Silva Melo; O senhor Ibrahim e as flores do Corão, pelo Teatro Meridional, encenação de Miguel Seabra; e Enquanto vivermos, de Pedro Gil e Romeu Costa. Os espectáculos O Mercador de Veneza, de Shakespeare, pela Companhia de Teatro de Almada; Nora, de Ibsen, pelo grupo tg STAN; O senhor Ibrahim e as flores do Corão, de Eric-Emmanuel Schmitt, pelo Teatro Meridional; e Enquanto vivermos, de Pedro Gil e Romeu Costa, em co-produção com a Culturgest, constituem estreias absolutas. Tenho as mais fundadas esperanças de que o público vai aderir ao esforço que fizemos para manter o Festival no patamar de qualidade, de diversidade, e de actualidade que constitui uma referência sempre associada ao Festival de Almada. 29.º Festival de Almada Joaquim Benite Director do Festival de Almada Homenagem 2012: Cecília Guimarães A os cinco anos Cecília Guimarães (n.1927) começou a frequentar as matinées domingueiras de teatro infantil: «Íamos, a minha irmã e eu, ver A história da Carochinha, A Maria Rita, e outras histórias para crianças ao Teatro Nacional, e aqueles actores deslumbravam-me. Lembro-me de ver a Adelina Abranches a fazer de avó da Maria Lalande, com quem vim a contracenar, por exemplo n’As três irmãs [de Tchekhov]». Ao deslumbramento que o teatro desde cedo lhe provocou («Depois dessas matinées, eu chegava a casa e pegava numas cadeiras e fazia o meu próprio teatro»), ter-se-á juntado um inequívoco talento para as letras e as artes: «Costumo dizer que fui para o teatro porque não percebia nada de matemática!». Chegada ao Conservatório de Teatro em 1944, «para desgosto da minha mãe, que dizia que não tinha andado a criar-me para eu ser artista, mas com a bênção do meu pai, que sempre me apoiou», foi submetida a um exame de admissão cujo júri era integrado pela actriz Maria Matos: «Sabe alguma coisa de cor? perguntou ela com aquela maneira que tinha de falar, e eu disse o poema O dia de anos, do João de Deus.» 29.º Festival de Almada Em 1953 estreou-se profissionalmente no Teatro da Rua da Fé em A qualquer hora o Diabo vem, de Pedro Bom, mas seria o cinema que a lançaria, quando fez uma inesquecível Juliana em O primo Basílio (do romance homónimo de Eça de Queiroz, de cujo elenco fez também parte João Villaret, e que conheceria uma versão radiofónica, com Curado Ribeiro a fazer de Basílio), fita de António Lopes Ribeiro com que em 1959 obteve o Prémio do SNI para a Melhor Actriz: «Depois andei uns dois anos a fazer pequenos papéis, puseram-me de castigo, como ainda hoje acontece com quem ganha um prémio em Portugal». De personalidade vincada, ficou conhecida no meio teatral desse outro tempo como uma actriz de espírito independente, a quem Palmira Bastos terá chamado a Padeira de Aljubarrota, e outros a Maria da Fonte. Em 1962, integrada já na Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro (onde ficaria até à sua extinção em 1974), fez As oito mulheres, de Robert Thomas, interpretando «uma solteirona, numa peça policial cujo final a censura mudou. Foram ao ensaio-geral [o chamado ensaio de censura] e cortaram o tiro com que a peça terminava. Mas depois levámos a peça ao S. João do Porto e fizemos o texto com o tiro, carago!» Com o 25 de Abril, trocou o teatro de repertório pelo teatro contemporâneo, arriscando-se mesmo ao mais experimental, mudança de paradigma que em nada a afectou, pois para ela «é tudo teatro, e faço com a mesma paixão, e o melhor que sei e posso, dando tudo por tudo como sempre fiz. Tenho uma grande capacidade de adaptação.» De todo esse teatro de que ainda assim participou de corpo inteiro, alguns momentos a terão especialmente marcado: quando, em 1984, com o Teatro Experimental de Cascais, fez A aurora da minha vida, do dramaturgo brasileiro Naum Alves de Souza, numa encenação de Carlos Avilez; quando, em 1990, integrada já na Companhia de Teatro de Almada, foi distinguida com o Prémio Garrett pelo seu desempenho em Felicidade e erva-doce, peça de Peter Shaffer, encenada por Joaquim Benite – com quem no ano seguinte faria Dias inteiros nas árvores, de Marguerite Duras, um texto para ela inesquecível; e, finalmente, quando fez com os Artistas Unidos a peça Terrorismo, dos irmãos Presniakov, levada à cena por Jorge Silva Melo no Teatro Taborda em 2004. 29.º Festival de Almada Sarah Adamopoulos Um entendimento da evolução do mundo teatral português em que contudo não cabem todos os “modernismos”: «O que fizeram às pancadas de Molière?», tão-pouco aceita com naturalidade que se faça teatro de autor feito a partir daquele outro escrito pelos grandes autores clássicos, numa desmontagem cujos processos e finalidades questiona: «Como se pode fazer teatro a partir de Shakespeare? Ou se faz Shakespeare ou não se faz!» espectáculos DANÇA Sevilha ESPANHA A Negro Producciones Apoio: Embaixada de Espanha em Lisboa La edad de oro A idade de ouro Direcção artística de Pedro G. Romero A Israel Galván PALCO GRANDE 29.º Festival de Almada Intérpretes Israel Galván (Coreografia) David Lagos (Canto) Alfredo Lagos (Guitarra) Som Pedro León Luz Rubén Camacho QUA 4 22H00 11 O sevilhano Israel Galván (n.1973) tem feito furor (mas também gerado polémica) com a sua forma de abordar o flamenco, quebrando o gesto e a tradição. Integrado desde 1994 na Compañia Andaluza de Danza, foi já distinguido com o Prémio Nacional de Dança para a Melhor Criação (Ministério da Cultura de Espanha, 2005), com o Grande Prémio de Dança do Syndicat de la Critique (França, 2010) ou ainda com o Prémio Max de las Artes Escénicas para o Melhor Intérprete Masculino (Espanha, 2011). Filho de bailarinos sevilhanos, Israel Galván de los Reyes cresceu no mundo dos tablaos e queria ser futebolista. “Nijinski do flamenco”, como já lhe chamaram, Galván tem sido exímio a fazer novo com o velho, colhendo consensos até mesmo entre os mais puristas e conservadores, que o consideram “o mais velho dos novos bailarinos”. © Félix Vázquez chamada edad de oro do flamenco terá acontecido algures entre o final do séc. XIX e os anos 30 do séc. XX, período em que a arte andaluz de sapatear atingiu o seu apogeu de pureza e excelência. A idade de ouro recupera essas qualidades do melhor flamenco, recriando-o a partir de imagens inspiradas, por exemplo, pelo cinema de Buñuel ou pela literatura de Kafka. Homenagem e ruptura, o espectáculo enfrenta os dogmas e oferece, com insolente sensualidade, um momento de modernidade absolutamente inédito na História do flamenco. Duração 1H20 Classificação M/ 12 Escola D. António da Costa ALMADA TEATRO Lisboa PORTUGAL ARTISTAS UNIDOS Co-apresentação: Festival de Almada HERODÍADES Giovanni Testori © Jorge Gonçalves Encenação de Jorge Silva Melo Elmano Sancho 12 29.º Festival de Almada E ste é um dos Três prantos que, no final da sua vida, escreveu Giovanni Testori. Intensa variação sobre a morte de São João Batista e do desejo recalcado de Herodíades, é uma obra inclassificável, como o é o seu autor, que agora revelamos em Portugal. Provavelmente, trata-se de um ajuste de contas, como ele mesmo disse, com a tradição de onde vinha, e de que nunca se afastara: o catolicismo, transmitido quer pela religião ingénua da mãe, quer pela tumultuosa reflexão dos grandes artistas do barroco (e do barroco lombardo). Testori, o autor das novelas que deram origem ao Rocco de Visconti, o tradutor de Rimbaud e de São Paulo, foi um dos maiores inventores do teatro do século XX, propondo, no final da vida, uma reconciliação dramática entre a doutrina católica e o ardor sexual, o vitupério e a caridade, à procura do lugar “daquele que traz o escândalo”. E, estupefactos, ouvimo-lo no seu combate com a linguagem, com o corpo, com a nudez da cena, com o espectáculo de feira, com a pobreza. Nas origens e em continuidade de tanta arte que se faz e se fez em Itália, sulfuroso, paradoxal, transpirado, sujo, lírico e ordinário: um teatro indispensável. acusado de obscenidade devido à temática homossexual. Um elemento crucial na sua escrita é a utilização de uma linguagem original criada pela fusão do dialecto lombardo com o francês e o inglês. Com a morte da mãe (1977), Testori aproxima-se da religião e do grupo católico Comunhão e Liberdade. Todo este processo irá culminar com a adaptação cénica do seu romance In exitu e na publicação dos Três prantos (Cleopatras, Herodíades e Mater Mor Angustiosa). Giovanni Testori (1923-1993) foi poeta, novelista, dramaturgo, historiador de arte, pintor e crítico literário. É de 1954 o seu primeiro romance, Il Dio di Roserio. A primeira incursão de Testori no teatro foi com L’Arialda, em 1960, texto Teatro da Politécnica Intérprete Tradução Cenografia e figurinos Luz Vídeo Imagem Montagem Produção Elmano Sancho Miguel Serras Pereira Rita Lopes Alves Pedro Domingos Leandro Fernandes José Luís Carvalhosa Miguel Aguiar Vânia Rodrigues Andreia Bento Língua Português Duração 0H50 Classificação M/ 16 Artistas Unidos LISBOA QUI 5 19H00 SEX 6 19H00 SÁB 7 19H00 DOM 8 19H00 TER 10 19H00 QUA 11 19H00 QUI 12 19H00 SEX 13 19H00 SÁB 14 19H00 TEATRO DA CORNUCÓPIA Co-apresentação: Festival de Almada O SONHO DA RAZãO Colagem de textos de Diderot, Voltaire, Marquês de Sade e Voisenon Adaptação e encenação de Luis Miguel Cintra onde se afirmou como actor e encenador, foi já distinguido com vários prémios, entre os quais o prestigiado Prémio Pessoa. É presença habitual no Festival de Almada, tendo apresentado nos últimos anos autores como Jean Genet, Luís de Camões, Edward Bond e Heinrich von Kleist. Língua Português Duração 2H00 (aprox.) Classificação M/ 16 Teatro da Cornucópia Luis Miguel Cintra, formado pela Old Vic Theatre School, é uma figura central do teatro português contemporâneo. Director do Teatro da Cornucópia, que fundou em 1973 com Jorge Silva Melo, e Teatro da Cornucópia LISBOA QUI 5 21H00 SEX 6 21H00 SÁB 7 21H00 DOM 8 16H00 29.º Festival de Almada Intérpretes Dinarte Branco Leonor Salgueiro Luis Miguel Cintra Tradução Luís Lima Barreto Luiza Neto Jorge Manuel João Gomes Cenografia e figurinos Cristina Reis Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção 13 U ma rapariga toma conta de um filósofo que parece moribundo. Vem o padre, vem o médico, vampiros tanto do pensamento do velho, como da inocência da moça. A paixão pela Liberdade e pela Razão, o sonho de um pensamento novo e de uma nova humanidade, torna-se pesadelo, povoado por galos e galinhas. O célebre diálogo do Marquês de Sade entre o padre e o moribundo e o cinismo de uma mundana marechala vêm pôr fim ao pequeno dies irae. É um jogo cénico para três actores, criando novo texto a partir de trechos dos diálogos filosóficos dos iluministas franceses. São questões tão graves como a Civilização face à Barbárie, a hipocrisia Social, o Casamento, a Igreja Católica, os privilégios de classe, o valor subversivo da libertinagem, a conquista da Liberdade, etc. que são abordados em tom de brincadeira. Esconde-se atrás destes textos a vontade de uma mudança social pré-revolucionária. A revolução de 1789 virá trazê-los para a vida pública. O espectáculo inventa os corpos frágeis das vidas humanas por onde a História sempre passa. Passados uns anos, a vida humana já se pode tornar em teatro de boulevard. E rouba o título à famosa gravura de Goya: O sonho da razão engendra monstros. Lisboa PORTUGAL TEATRO TEATRO Almada PORTUGAL Companhia de Teatro de Almada Em parceria com o Teatro Nacional São João RECRIAÇÃO O MERCADOR DE VENEZA William Shakespeare © João Tuna Encenação de Ricardo Pais A 14 29.º Festival de Almada peça de Shakespeare (1564-1616) O Mercador de Veneza, publicada em 1600, foi representada pela primeira vez em 1605 e entrecruza duas intrigas: a que decorre na Veneza sombria e mercantil, e a que tem por cenário a beleza de uma Belmonte supostamente virtuosa. Oportuna reflexão sobre o poder, a finança e a exclusão, este “Mercador” labora sobre a ambivalência e a consanguinidade irresolvida e conflitual entre judeu e cristão. Ricardo Pais refunde em Almada o espectáculo estreado em 2008 no Teatro Nacional São João. Intérpretes Albano Jerónimo João Reis Sara Carinhas Pedro Penim Lígia Roque Pedro Frias Ivo Alexandre Maria João Pinho André Gomes André Albuquerque Daniel Fialho Eduardo Breda e João Farraia Pedro Manana Tradução Daniel Jonas Versão livre de Ricardo Pais e Daniel Jonas Cenografia Pedro Tudela Figurinos Bernardo Monteiro Música Vitor Rua Desenho de som Francisco Leal Desenho de luz Nuno Meira Assist. de encenação Manuel Tur Voz e elocução João Henriques Ricardo Pais é sistematicamente comentado pelos aspectos mais insignificantes do seu trabalho, respeitado por tudo aquilo que lhe não interessa e ignorado por tudo aquilo por que tem lutado. Neste sentido qualquer currículo seu é uma inutilidade. Nasceu em 1945 e espera morrer o mais tarde possível. Enquanto não Língua Português cumpre o seu sonho de comprar um jazigo Duração 2H30 (com intervalo) em Itália, agradece a todos os que virem Classificação M/ 12 O Mercador de Veneza que estejam atentos ao seu respeito e paixão pelos Actores (que em certos momentos da sua carreira Teatro Municipal de Almada tem adquirido foros de Escola) e à sua ALMADA luta cândida pela transparência narrativa SALA PRINCIPAL e de sentido. Ricardo Pais QUI 5 21H30 SEX 6 21H30 TEATRO Lisboa PORTUGAL Culturgest | AnaPereira.PedroGil Co-apresentação: Festival de Almada CRIAÇÃO ENQUANTO VIVERMOS Co-criação de Pedro Gil e Romeu Costa Direcção artística de Pedro Gil © José F. Azevedo Pedro Gil Intérpretes Pedro Gil Romeu Costa Espaço cénico Pedro Silva Som Pedro Costa Vídeo João Gambino Direcção de produção Ana Pereira Produção e apoio à dramaturgia Susana Cecílio Residência Negócio – ZDB Língua Português Duração 2H00 Classificação M/ 18 Pedro Gil é actor profissional desde 1999. Culturgest É fundador da estrutura AnaPereira.Pedro- LISBOA Gil, que produz trabalhos de e em co- PALCO DO GRANDE AUDITÓRIO -criação com outros artistas. Enquanto criador destacam-se os espectáculos Ho- QUI 5 21H30 SEX 6 21H30 SÁB 7 21H30 mem-legenda e Mona Lisa Show. DOM 8 21H30 29.º Festival de Almada Pedro Gil Romeu Costa é actor profissional desde 2000. Trabalhou com vários criadores, entre os quais João Brites, Madalena Vitorino, Maria Emília Correia, Miguel Loureiro, Gonçalo Amorim, Bruno Bravo, Miguel Seabra, Pedro Gil, Nuno Pino Custódio, Natália Luíza, Beatriz Batarda, Olga Roriz, Adriano Luz, Nuno Carinhas, Clara Andermatt e Marco Martins. 15 E m 1998, ainda sem carta de condução, tive de ir ao teatro por causa da prova de cultura geral de acesso ao Conservatório. Um amigo meu, espectador profissional, levou-me ao já extinto Teatro do Século. Foi a minha primeira vez num teatro – não quero que as anteriores contem. Tenho a sensação de que adorei os actores e o texto e de ter dado algumas gargalhadas embora não me lembre de quase nada, apenas que havia dois homens e uma mulher e um deles, a dado momento, deitava-se com ela numa cama e debaixo dos lençóis fingiam fazer coisas. Ainda não tenho certezas sobre o que irá acontecer neste espectáculo que agora vos tento apresentar, mas sei que o que mais gostava era de, no fim de tudo, ir com uma ou duas pessoas comer um bife ao Snob – como da primeira vez – e uma vez despachado o assunto do espectáculo, falar de muitas outras coisas, de uma forma nítida e disponível, com alguma ternura e muitos palavrões. Talvez o vinho ajudasse. Ao longo da conversa, à medida que pisássemos as falas uns dos outros, chegaríamos a novas ideias e gesticularíamos muito, as paixões reacender-se-iam, brindaríamos a tudo e a mais alguma coisa, desenharíamos projectos por entre nuvens de fumo, e os nossos olhos humedecer-se-iam de entusiasmo e riso. TEATRO Paris FRANÇA Wor(l)ds…cie Apoio: Institut Français de Portugal Co-produção: Le Forum/Blanc-Mesnil Co-apresentação: Festival de Almada | Institut Français de Portugal Pour Louis de Funès Para Louis de Funès Valère Novarina Encenação de Philip Boulay 16 29.º Festival de Almada Valère Novarina (n.1947) viu a sua primeira peça teatral, L’atelier volant, levada à cena em 1974, seguida, em 1976, de uma sua adaptação de Henrique IV, de Shakespeare. Autor de dezenas de grandes textos para teatro (mas não só, e bastará dizer que escreve todos os dias), Novarina já encenou também alguns deles. Artista-total, no sentido em que Almada Negreiros o era, Novarina mantém desde meados dos anos 80 uma constante e intensa actividade como pintor, por vezes de telas que usa nos seus espectáculos. vaux, Musset, ou Fellini. Depois de em 2006 ter levado Koltès à Culturgest (no âmbito do Festival de Almada), em 2010 Philip Boulay encenou no TMA Uma visita inoportuna, de Copi. Nesse mesmo ano criou Para Louis de Funès em Avignon. Philippe Durand Intérprete Philippe Durand Direcção técnica Abdénor Mezlef Tradução para legendas Ângela Leite Lopes Jorge Silva Melo Joana Frazão Língua Francês Depois de ter sido secretário do famoso teLegendado em português atrólogo Bernard Dort, Philip Boulay (n. Duração 1H00 1968) fez-se notar com uma sua encenaClassificação M/ 12 ção de Na solidão dos campos de algodão, de Bernard-Marie Koltès, um autor a que Institut Français de Portugal tem regressado várias vezes. Entre as vá- LISBOA rias obras que tem encenado contam-se textos de Tabucchi, Molière, Mishima, Mari- SEX 6 21H00 SÁB 7 19H00 © Black Spring Graphics P ara Louis de Funès começou por ser representado em casas particulares pelo actor Pierre Ascaride nos anos 90, tendo sido levado à cena pela primeira vez em 1998. Verdadeiro elogio do Actor, não é especificamente sobre o famoso comediante francês Louis de Funès (1914-1983), constituindo antes um longo poema centrado no ofício e no lugar do Actor no Mundo. Um texto sobre o que verdadeiramente acontece quando as palavras sobem pelo corpo do Actor acima, “como fumo que sai dos homens”. Um texto-programa e um manifesto, de escuta atenta e obrigatória para todos os que amam o Teatro. tg Stan Co-produção: Maria Matos Teatro Municipal, Lisboa, BIT Teatergarasjen, Bergen, Kaaitheater, Bruxelas Co-apresentação: Festival de Almada | Maria Matos Teatro Municipal CRIAÇÃO NORA Henrik Ibsen Antuérpia BÉLGICA TEATRO Encenação colectiva tg STAN Intérpretes Wine Dierickx Jolente De Keersmaeker Tiago Rodrigues Frank Vercruyssen Figurinos An d’Huys Desenho de luz Thomas Walgrave Língua Inglês Legendado em português Duração 1H30 Classificação M/ 12 Maria Matos Teatro Municipal LISBOA SEX 6 21H30 SÁB 7 21H30 DOM 8 21H30 SEG 9 21H30 29.º Festival de Almada O colectivo tg STAN foi fundado em 1989 por Jolente De Keersmaeker, Damiaan De Schrijver, Waas Gramser e Frank Vercruyssen (quatro actores saídos nesse ano do Conservatório de Antuérpia), e desde 1997 já se apresentou por cinco vezes no Festival de Almada. A sigla STAN (que significa Stop Thinking About Names – “Parem de pensar em nomes”) reflecte de forma clara o espírito que presidiu à formação deste grupo, caracterizado pelo enfoque dado ao trabalho do actor, e pelo carácter não-dogmático da construção do seu repertório, que vai de Cocteau a Anouilh, passando por Tchecov, Thomas Bernhard, Wilde, Ibsen ou Diderot. Apesar de a companhia trabalhar sem encenador e de recusar o consenso enquanto objectivo final durante o processo de criação, os espectáculos deste colectivo demonstram uma forte unidade. 17 N ora (ou Casa de bonecas), de Henrik Ibsen, traça o despertar de Nora Helmer da sua nunca antes questionada vida de conforto doméstico e conjugal. Tendo sido sempre subjugada tanto pelo seu pai como pelo seu marido, Torvald, Nora questiona-se enfim sobre o fundamento de tudo aquilo em que acredita quando o seu casamento é posto à prova. Muito mais do que um mero estudo histórico da sociedade do século XIX, a peça constitui, numa perspectiva actual, uma análise alarmante sobre as relações entre homens e mulheres, questionando se a condição da mulher realmente mudou desde 1879. Trata-se de um conto impressionante sobre a condescendência moralista e a hipocrisia social, e de uma subtil crítica ao consumismo e às potenciais armadilhas que poderão existir na vida das famílias da classe média na Europa de 2012. TEATRO Pontedera ITÁLIA FONDAZIONE Pontedera TEATRO Apoio: Instituto Italiano de Cultura de Lisboa ABITO Hábito © Roberto Palermo A partir de O livro do desassossego de Fernando PESSOA Encenação de Roberto Bacci e Anna Stigsgaard H 18 29.º Festival de Almada ábito é a história simples de um homem comum que numa manhã, em vez de vestir a sua vida normal, sai de casa pela janela e perde-se nas ruas do seu mundo do dia-a-dia, que já não reconhece. O que procura? Será possível um ser humano perder-se a si mesmo? Depois de vários anos de leituras e releituras do Livro do desassossego, Hábito consiste numa homenagem a Fernando Pessoa / Bernardo Soares. A Lisboa de um guarda-livros ressoa na música e nas canções desta performance, misturando-se com a agitação de doze bicicletas que dão vida ao espaço da acção, tornando-o constantemente móvel. Intérpretes Coro em bicicleta Dramaturgia Arranjos musicais Cenário e figurinos Desenho de luz Elisa Cuppini Francesco Puleo Savino Paparella Tazio Torrini Alice Casarosa Alice Maestroni Chiara Coletta Cristina Valota Irene Rametta Julia Filippo Sara Morena Zanella Silvia Tufano Simone Evangelisti Valentina Bechi Stefano Geraci Roberto Bacci Anna Stigsgaard Clio Gaudenzi Márcio Medina Fabio Sajiz Roberto Bacci é licenciado em História Língua Italiano do Teatro pela Universidade de Pisa. Em Legendado em português 1974 funda o Centro per la SperimentaDuração 1H20 zione e la Ricerca Teatrale, desde 1999 Classificação M/ 12 conhecido como Fondazione Pontedera Teatro. É director artístico do centro desde Escola D. António da Costa essa altura, tendo trabalhado com artis- ALMADA tas como Jerzy Grotowski, Eugenio Bar- PALCO GRANDE ba, Peter Brook, Anatolij Vassiliev, Raoul Ruiz, Julian Beck e Judith Malina. SÁB 7 22H00 Co-apresentação: Festival de Almada | São Luiz Teatro Municipal Theatro Circo de Braga FAUST FANTASIA Fantasia Fausto A partir de Fausto de Goethe Encenação de Peter Stein Peter Stein Intérpretes Peter Stein (Voz) Giovanni Vitaletti (Piano) Música Arturo Annecchino Tradução para legendas João Barrento Língua Alemão Legendado em Português Duração 1H10 Classificação M/ 12 SALA PRINCIPAL 29.º Festival de Almada Peter Stein (n.1937) foi assistente de Fritz Kortner no Kammerspiele de Munique, onde veio a assinar em 1967 a sua primeira encenação: Salvo, de Edward Bond. Entre 1970 e 1985, assumiu a direcção da Schaubühne, companhia que rompeu com o modo de trabalhar da generalidade dos teatros municipais, criando um modelo alternativo marcado pela autonomia artística. SEG 9 21H00 TER 10 21H00 19 P eter Stein revisitou o poeta maior da língua alemã em 2000 quando criou, para a Exposição Universal de Hannover, Fausto I e II – um espectáculo de 19 horas interpretado por Bruno Ganz e que é um dos marcos do teatro europeu do século XX. É este o espectáculo que está na origem de Fantasia Fausto que é apresentado nesta edição do Festival de Almada: um recital para declamador e piano, a partir de excertos da primeira parte do Fausto de Goethe. Com música de Arturo Annecchino e interpretação ao piano de Giovanni Vitaletti, Fantasia Fausto constitui uma homenagem à identidade poética da língua alemã, que a voz e a presença em cena de Peter Stein tornam imperdível. © Lorenza Daverio PETER STEIN Berlim ALEMANHA TEATRO São Luiz Teatro Municipal LISBOA TEATRO Pontedera ITÁLIA Fondazione Pontedera Teatro Apoio: Instituto Italiano de Cultura de Lisboa Co-apresentação: Festival de Almada | Festival ao Largo LISBOA Encenação de Anna Stigsgaard L 20 29.º Festival de Almada Anna Stigsgaard é licenciada em literatura comparada e árabe pela Universidade de Copenhaga. Entre 2003 e 2005 estudou encenação com Eugenio Barba no Odin Teatret, na Dinamarca, e com Kasper Holten, na Ópera Real Dinamarquesa. Desde 2005 tem trabalhado como encenadora em países como Portugal, Itália e Brasil. Em Portugal encenou Meu coração viagem (2009) e A feliz idade (2010), espectáculos apresentados no Imaginarius, Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira. © Roberto Palermo isboa é um espectáculo de rua em bicicleta, no qual onze actores-músicos vestidos de preto se deslocam circulando através da cidade, caindo, dançando e pedalando em direcção ao céu. Nesta performance, o poeta move-se pelas ruas e pelas praças numa busca da sua cidade. Com ele, estão os seus heterónimos: guiam-no, enganam-no, cantam e dançam para ele, e, com a leveza, velocidade e fascínio das suas bicicletas, transformam cada cidade que visitam numa Lisboa imaginária. As onze figuras entram em lojas, aparecem em varandas, exploram jardins, descem escadarias de igrejas e percorrem praças e ruas ecoando canções portuguesas melancólicas ou músicas dançáveis. Depois de uma tournée que percorreu várias cidades da Dinamarca, Itália, Brasil e Japão, o espectáculo chega finalmente à cidade que o inspirou. Intérpretes Alice Casarosa Alice Maestroni Chiara Coletta Cristina Valota Irene Rametta Julia Filippo Sara Morena Zanella Silvia Tufano Simone Evangelisti Stefano Franzoni Valentina Bechi Duração 1H00 Classificação M/ 6 Largo de São Carlos LISBOA SEG 9 22H00 Schaubühne am Lehniner PLaTz Co-produção: Habima National Theatre Israel em colaboração com a Comédie de Reims Co-apresentação: Festival de Almada | Teatro Nacional D. Maria II The day before the last day A véspera do dia final © Heiko Schäfer Criação de Yael Ronen e a Companhia Encenação de Yael Ronen E streada em 2011 na Schaubühne, A véspera do dia final aborda a fé religiosa e a identidade dos povos. A um tempo irónica e profunda, a peça é sobre um fim do Mundo próximo dominado pela pergunta: quem somos? Um futuro que revela um ano de 2030 pejado de conflitos identitários e nacionalismos, grandemente propagados pelos estandartes das religiões. Um mundo em que se faz emergir uma mulher judia, um antigo cristão, um muçulmano sem fé, um ateu radical e alguns agnósticos, uns e outros em busca de terra-firme onde existir e a que pertencer. Intérpretes Cenografia e figurinos Dramaturgia Vídeo Música Luz Alemão, inglês, hebreu e árabe Legendado em português 1H40 M/ 12 SALA GARRETT 29.º Festival de Almada Língua Knut Berger Niels Bormann Shredy Jabarin Rotem Keinan Orit Nahmias Yusef Sweid Maryam Zaree Magda Willi Irina Szodruch Benjamin Krieg Yaniv Fridel Erich Schneider TER 10 21H00 QUA 11 21H00 21 Filha de gente do teatro (o seu pai dirige o Teatro Nacional de Israel), Yael Ronen (n.1976) é uma das mais estimulantes e polémicas figuras teatrais da actualidade. Em 2007 começou a colaborar com a Schaubühne e em 2009 recebeu o New Theatrical Realities Prize. Abordando-os através do riso, Ronen pega nos temas sensíveis do racismo e do preconceito para falar de cada um de nós e das nossas mais perigosas contradições. Berlim ALEMANHA | Telavive ISRAEL TEATRO Duração Classificação Teatro Nacional D. Maria II LISBOA TEATRO Bucareste ROMÉNIA Passe-Partout Dan Puric Theatre Company Apoio: Instituto Cultural Romeno de Lisboa TWO OF US Dois de nós Criação e encenação de Ana Pepine e Paul Cimpoieru D 22 29.º Festival de Almada Ana Pepine (n.1985), natural de Bucareste, é actriz e marionetista e trabalha profissionalmente desde 2004, sobretudo em criações teatrais romenas. Em 2009 foi distinguida com o prémio para a Melhor Actriz-Marionetista da Academia Nacional de Teatro e Cinema de Bucareste. Ane Pepine é ainda professora de Pantomima em projectos de formação teatral de arte-terapia para pessoas portadoras de deficiência. © Tomoaki Minoda ois de nós, é uma parábola poética ao amor, usando o movimento dos corpos, uma delicada expressão lírica e um domínio raro da ilusão cénica. Conta a história de um casal que se ama, se separa e se reencontra para se amar de novo. Teatro contemporâneo em toda a sua extensão inovadora e performativa, Dois de nós foi distinguido em 2010 com a medalha de ouro do Festival Internacional de Teatro e Pantomima de Belgrado (Sérvia) e tem recebido menções críticas que consensualmente o consideram o resultado de uma perfeita combinação de teatro, dança e pantomima. Intérpretes Ana Pepine Paul Cimpoieru Coreografia Lelia Marcu Desenho de luz Gabi Petrescu Ilustração musical Ana Pepine Paul Cimpoieru Paul Cimpoieru (n.1978) é coreógrafo, actor e mimo, tendo já participado em dezenas de espectáculos de teatro e dança, a maior parte produções para o Teatro Duração 0H55 Nacional de Bucareste e para a CompaClassificação M/ 12 nhia de Teatro Passe-Partout, do encenador romeno Dan Puric. Paul Cimpoieru tem viajado pelo Mundo, em digressões Escola D. António da Costa que o levaram já a países como a China, ALMADA PALCO GRANDE o Canadá, a Áustria ou a Grécia. QUA 11 22H00 Companhia Nacional de Bailado LA VALSE (Curta-metragem) Realização de João Botelho Coreografia de Paulo Ribeiro ADirecção SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA e coreografia de Olga Roriz Lisboa PORTUGAL CINEMA | DANÇA A La Valse, acabada de compor por Maurice Ravel (1875-1937) em 1919, teve a sua génese por volta de 1906, quando o compositor decide fazer um tributo à valsa e a Johann Strauss II (1825-1899). O resultado final acaba por ser influenciado pela guerra, com o romantismo a perder dominância e o ritmo da valsa a derivar frequentemente para o caos, numa metáfora sobre a Europa de então. Nesta curta-metragem, o coreógrafo Paulo Ribeiro e o realizador João Botelho partem da composição de Ravel para conceber um olhar cinematográfico sobre o movimento dos corpos. LA VALSE Intérpretes Bailarinos da Companhia Nacional de Bailado Música Maurice Ravel Produção CNB/Ar de Filmes A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA SALA PRINCIPAL 29.º Festival de Almada Intérpretes Bailarinos da Companhia Nacional de Bailado Música Igor Stravinski Cenografia Pedro Santiago Cal Figurinos Olga Roriz Pedro Santiago Cal Desenho de luz Clemente Cuba QUI 12 21H30 SEX 13 21H30 23 Com música de Igor Stravinski (18821971) e coreografia de Vaslav Nijinski (1890-1950), A Sagração da Primavera estreou em 1913 em Paris, e é considerada até hoje uma das mais conhecidas e controversas obras na História da dança. Olga Roriz respeita o guião de Stravinski e Roerich que serviu de inspiração a Nijinski, mas transforma a postura mental, e consequentemente a física, da Eleita. Atribui-lhe o reconhecimento por ter sido a escolhida e, refutando qualquer sofrimento, personifica nela a vontade de dançar até morrer. Henriet Ventura e artistas da CNB © Ricardo Brito Companhia Nacional de Bailado apresenta um programa duplo, composto pela curta-metragem La Valse e pelo bailado A Sagração da Primavera. Duração 1H15 (com intervalo) Classificação M/ 4 Teatro Municipal de Almada ALMADA TEATRO Paris FRANÇA Compagnie des Petites Heures Co-apresentação: Festival de Almada | Culturgest MURMURES DES MURS Murmúrios dos muros Criação e encenação de Victoria Thierrée-Chaplin D 24 29.º Festival de Almada Filha de Charlie Chaplin e de Oona O’Neill, Victoria Chaplin estreia-se no cinema com A condessa de Hong Kong, realizado pelo seu pai em 1967. Após o casamento com Jean-Baptiste Thierrée, cria com o marido o Cirque Bonjour, que dá origem ao Cirque Imaginaire, e ao Cirque Invisible. Os espectáculos apresentados por esta dupla em França, nos anos 70, cobrem o casal de fama. Após um período de afastamento, em 2003 concebe para a sua filha, Aurélia Thierrée, O oratório de Aurélia, repetindo a experiência no ano passado, com Murmúrios dos muros. © Richard Haughton epois de ter apresentado, em 2005, Oratório, Aurélia Thierrée regressa a Lisboa com um espectáculo de novo circo que tem obtido elogios unânimes durante a sua digressão europeia: “Um espectáculo gracioso e belo” (The Guardian); “Fantástico, onírico, original e coroado de graça” (La Libre Belgique); “Mágico, vertiginoso e malicioso” (Télérama). Em Murmúrios dos muros Aurélia evolui no chão e no ar com a graça que lhe é característica. Utilizando objectos com formas inventivas, estranhas criaturas que surgem de combinações improváveis, cenários que se transformam, ou cúmplices invisíveis, esta artista, única e inclassificável, é capaz de criar universos de uma beleza hipnótica, marcados pela ilusão e pela magia. Intérpretes Aurélia Thierrée Jaime Martinez Magnus Jakobsson ou Antonin Maurel Cenografia Victoria Thierrée-Chaplin Figurinos Véronique Grand Jacques Perdiguez Monika Schwarzl Victoria Thierrée-Chaplin Coreografia Victoria Thierrée-Chaplin Armando Santin Direcção técnica François Hubert Operação de luz Thomas Dobruszkes Operação de som Samuel Montoya-Perez Direcção de cena Antoine Gianforcaro Aderecistas Sophie Bellin Brian Servetnyk Duração 1H20 Classificação M/ 12 Culturgest LISBOA GRANDE AUDITÓRIO QUI 12 21H30 SEX 13 21H30 SÁB 14 21H30 DOM 15 17H00 Apoio: Nordic Culture Fund, Nordic Culture Point e Danish Arts Council Co-apresentação: Festival de Almada | Centro Cultural de Belém +-0 (A subarCtic base camp) +-0 (Um acampamento no subárctico) © Anna Viebrock Criação e encenação de Christoph Marthaler Copenhaga DINAMARCA TEATRO Unlimited Performing Arts Christoph Marthaler Língua Alemão, francês, dinamarquês e gronelandês Legendado em português Duração 2H10 Classificação M/ 12 GRANDE AUDITÓRIO 29.º Festival de Almada Temerário arqueólogo do pensamento alemão, o suíço Christoph Marthaler (n.1951) faz um teatro impregnado de música – Marthaler foi flautista, oboísta e compositor, antes ainda de se tornar encenador de teatro e de ópera. Nos anos 90, entre outras criações, encenou, para a Volksbühne, Mess up the european! Mess him up!, Mess him up!, Mess him up!, Really mess him up!, um polémico exercício sobre a identidade histórica alemã. Entre 2000 e 2004 dirigiu a Schauspielhaus de Zurique e em 2010 foi artista associado do Festival de Avignon. SEX 13 21H00 SÁB 14 21H00 25 S e o gelo da Gronelândia derretesse o planeta inteiro ficaria ameaçado – eis a razão que levou Christoph Marthaler e a sua equipa durante sete semanas para a gelada Nuuk, a inóspita capital da Gronelândia, para a preparação de +– 0, um trabalho sobre o Norte absoluto e o seu silêncio e estranheza. Mais do que uma fábula ecológica, é um ensaio poético e compassivo sobre a deriva da própria Humanidade. “Uma outra viagem, de uma outra lógica”, para escutar como se lêssemos Borges, um dos autores evocados no texto escrito pela equipa de Marthaler. Intérpretes Bendix Dethleffsen Bettina Stucky Gazzaalung Qaavigaq Jürg Kienberger Marc Bodnar Nukâka Coster Waldau Raphael Clamer Rosemary Hardy Sasha Rau Ueli Jäggi Dramaturgia Malte Ubenauf Stefanie Carp Cenografia e figurinos Anna Viebrock Direcção musical Rosemary Hardy Colaboração musical e piano Bendix Dethleffsen Colaboração artística Gerhard Alt Desenho de luz Phoenix (Andreas Hofer) Som Fritz Rickenbacher Director técnico Peter Riis Mørk Centro Cultural de Belém LISBOA TEATRO Dijon FRANÇA Théâtre Dijon Bourgogne – CDN Apoio: Institut Français Co-apresentação: Festival de Almada | Theatro Circo de Braga Espectáculo de Honra QUE FAIRE? (LE RETOUR) Que fazer? (O regresso) Jean-Charles Massera, Benoît Lambert (e convidados) Encenação de Benoît Lambert clássico shakespeareano que integrou o programa da edição de 2010 do Festival de Almada, Chattot voltou a Portugal o ano passado com Que fazer? – a peça escolhida pelo público do Festival em 2011 para regressar este ano. © V. Arbelet Martine Schambacher tem trabalhado com importantes encenadores franceses, caso de Matthias Langhoff, Jean-Louis Hourdin ou Irène Bonnaud. “Actriz de estilo límpido e translúcido”, tem-se sobretudo notabilizado no repertório de teatro contemporâneo, no qual diz sentir-se mais realizada. François Chattot e Martine Schambacher 26 29.º Festival de Almada D uas pessoas comuns dão consigo numa cozinha cheia de livros suculentos como se diante de um abismo político e metafísico, enquanto tentam redescobrir posições de combate. Que fazer? é uma viagem eloquente, poética e burlesca pela história do pensamento ocidental, através de alguns textos que o fundam – um voluptuoso exercício de convocação das ideias, que faz do pensamento uma iguaria para deleite de todos. Intérpretes François Chattot Martine Schambacher Cenário e luz Antoine Franchet Figurinos Violaine L. Chartier Música Yann France Jean-Marc Bezou Movimento Véronique Ros de la Grange Trabalho vocal Pascal Sangla Ass. de encenação Maxime Contrepois Direcção de cena Jean-Pierre Dos Operação de luz Victor dos Santos Marcenaria François Douriaux Língua Francês Legendado em português Duração 1H30 Classificação M/ 12 François Chattot (n.1953) é director do Escola D. António da Costa ALMADA Théâtre Dijon-Bourgogne desde 2007. PALCO GRANDE Depois de um Hamlet em versão cabaret, na revisitação de Matthias Langhoff do SÁB 14 22H00 TEATRO MERIDIONAL CRIAÇÃO O SR. IBRAHIM EEric-Emmanuel AS FLORES DO CORÃO Schmitt Lisboa PORTUGAL TEATRO Versão cénica e encenação de Miguel Seabra Auditório Fernando Lopes-Graça 29.º Festival de Almada Eric-Emmanuel Schmitt é um dos dramaturgos de língua francesa mais lidos e representados no Mundo. Os seus livros foram traduzidos para 43 línguas e as suas peças são representadas regularmente em mais de 50 países. Continua a escrever imparavelmente – muitas vezes ao ritmo de uma peça ou mais por ano. Em 2000 recebeu o Grande Prémio de Teatro da Academia Francesa, pelo conjunto da sua obra teatral, e em 2004 o Grande Prémio do Público, em Leipzig. Intérpretes Miguel Seabra Rui Rebelo Tradução Carlos Correia M. Oliveira Espaço cénico Marta Carreiras Miguel Seabra Figurinos Marta Carreiras Música original e sonoplastia Rui Rebelo Desenho de luz Miguel Seabra Montagem Marco Fonseca Nuno Figueira Operação de luz e som Nuno Figueira Produção executiva Natália Alves Direcção de produção Maria Folque Direcção artística do Teatro Meridional Miguel Seabra Natália Luiza SEG 16 21H30 TER 17 21H30 27 Teatro Meridional Miguel Seabra e Rui Rebelo © Nuno Figueira E m Paris, nos anos 60, Momo, um rapazinho judeu de onze anos, torna-se amigo do velho merceeiro árabe da rua Bleue. Mas as aparências iludem: o Senhor Ibrahim, o merceeiro, não é árabe, a rua Bleue não é azul e o rapazinho talvez não seja judeu. No ano em que o Teatro Meridional comemora 20 anos de existência e numa altura em que o contexto social e político promove a insegurança, contamos uma história em que a simplicidade e a dimensão afectiva são o esteio da representação: o “encontro” de um homem com outro homem que aconteceu no tempo de uma vida. Se cada um de nós olhar para trás na sua vida, perceberá certamente que existiu, existiram e/ou existem figuras tutelares que determinam as pessoas que hoje somos. E, porque tantas vezes nos cruzamos com elas sem lhes devolver o seu significado profundo ou as deixamos partir sem lhes dizer a importância que tiveram, este é um texto sobre a escolha de caminhos e a importância da amizade. Língua Português Duração 1H20 (Aprox.) Classificação M/ 12 Fórum Romeu Correia ALMADA TEATRO Lisboa PORTUGAL Comuna - TEATRO DE PESQUISA A CONTROVÉRSIA DE VALLADOLID Jean-Claude Carrière Versão cénica e encenação de João Mota 29.º Festival de Almada 28 Virgílio Castelo Intérpretes Alexandre Lopes Álvaro Correia Carlos Paniágua Carlos Paulo Carlos Vieira de Almeida Mia Farr Miguel Sermão Pessoa Júnior Virgílio Castelo e as crianças João Marcos Ruben Carvalho Tradução Carlos Paulo Cenografia António Casimiro Figurinos Carlos Paulo Assistente de encenação Hugo Franco Desenho de luz Paulo Graça Autor polivalente, Jean-Claude Carrière é formado em letras e história. Foi sobretudo autor de guiões para o cinema, tendo ficado célebre pela sua colaboração permanente com Luis Buñuel, durante 19 anos. Escreveu também para Milos Forman, Volker Schondorff, Andrzej Wajda ou Jean-Paul Rappeneau. No teatro foi colaLíngua Português borador de Jean-Louis Barrault e Peter Duração 1H45 Brook, tendo escrito adaptações de textos Classificação M/ 12 como o Mahabharata. Como dramaturgo publica L’aide mémoire (1968) e A controvérsia de Valladolid (1999). Ao longo da Escola D. António da Costa sua carreira recebeu vários prémios, in- ALMADA PALCO GRANDE cluindo um Óscar e um Prémio Molière. QUA 18 22H00 © Ana Gomes Q uando Carlos V suspende as guerras da conquista, nem o estatuto dos índios nem o seu futuro tinham sido definidos. Foram estas as premissas que, por iniciativa do Papa Paulo III e sob a arbitragem do seu legado, o Cardeal Salvatore Roncieri levou a debate num convento em Valladolid em 1550. Juan Gines Sepúlveda publicou em Roma, em 1543, uma obra intitulada Democratas Alter, ou as justas causas da guerra, na qual justificava as guerras levadas a cabo contra os índios nas Novas Terras. Quando tentou publicá-la em Espanha, enfrentou a oposição dos dominicanos de duas grandes universidades, a de Alcalá e a de Salamanca. Na presença do legado do Papa, foi obrigado a defender a sua obra, ante a oposição de frei Bartolomeu de Las Casas, que defendia a causa dos índios: esta é A controvérsia de Valladolid. actos complementares EXPOSIÇÃO DOCUMENTAL Homenagem a Cecília Guimarães Concepção e design: Armando Vale E m 2012 a actriz Cecília Guimarães comemora 59 anos de carreira, ao longo dos quais colaborou com quinze companhias de teatro portuguesas: mais regularmente com a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro (19611974), o Teatro Experimental de Cascais (1979-1986) e a Companhia de Teatro de Almada (1990-1993). O seu arquivo pessoal, de 12 volumosos dossiers de capa preta cuidadosamente datados e catalogados, inclui documentos que vão desde fotos, críticas e programas, até contratos de trabalho, telegramas e correspondência com várias personalidades do teatro. Os artigos seleccionados não se limitam a detalhar a longa carreira no teatro, no cinema e na televisão de uma das mais destacadas actrizes portuguesas desde a segunda metade do século XX até aos nossos dias: eles testemunham o contacto regular e frutuoso de Cecília Guimarães com alguns dos mais importantes homens e mulheres de teatro do nosso tempo. Escola D. António da Costa ALMADA JUNTO AO PALCO GRANDE 4 a 18 de JULHO 15H00 ÀS 24H00 EXPOSIÇÃO DOCUMENTAL 1971-2011: 40 Anos de Teatro Concepção: André Gomes | Design: João Gaspar 30 29.º Festival de Almada C oincidindo com os 40 anos de carreira de Joaquim Benite como encenador (comemorados em 2011), o percurso da Companhia de Teatro de Almada é indissociável do do seu fundador e director. Nesta exposição documental faz-se o percurso cronológico das peças da CTA, desde a criação do Grupo de Campolide (o grupo de teatro amador que esteve na origem da Companhia) até ao ano passado. Nas fotos, materiais gráficos e críticas a espectáculos que integram esta mostra, pode observar-se a evolução artística da Companhia lidera- da por Joaquim Benite, assim como a intensa actividade de divulgação e animação culturais levada a cabo em Almada desde 1977 (ano em que o grupo passa do Teatro da Trindade para a sala da Academia Almadense) e da qual o Festival de Almada é uma das manifestações mais preciosas. Escola D. António da Costa ALMADA SALA POLIVALENTE 4 a 18 de JULHO 15H00 ÀS 24H00 EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS Inverno no Árctico José Loureiro N a exposição que o autor do cartaz desta edição do Festival de Almada apresenta na Casa da Cerca, as pinturas são mostradas como rebocadores coloridos à deriva no Mar da Palha. Mover grandes navios na correnteza, com força e perícia: é isso que se espera de um bom rebocador. Mas um rebocador sem o peso de um navio às costas, quase dança. Pode até imaginar-se uma coreografia para essas belas máquinas bojudas no grande palco do Mar da Palha. Algo de semelhante se passa com este pequeno conjunto de pinturas, reunidas sob o título Inverno no Árctico. José Loureiro nasceu em Mangualde em 1961. Vive e trabalha em Lisboa. Elege, como momentos marcantes da sua formação artística, duas leituras: o poema Deslumbramentos de O Livro de Cesário Verde, de Cesário Verde; e o capítulo de Guerra e Paz, de Leão Tolstoi, onde é narrada a batalha de Borinodó. Actualmente, toda a sua vida gira em torno de três palavras: priolo, filamento e aro. Casa da Cerca Centro de Arte Contemporânea ALMADA 22 de JUNHO a 2 de SETEMBRO TER A SEX DAS 10H00 ÀS 18H00 SÁB E DOM DAS 13H00 ÀS 18H00 Encerra às Segundas e feriados INSTALAÇÃO Waiting for Godot Raija Malka Teatro Municipal de Almada ALMADA GALERIA 22 de JUNHO a 30 de SETEMBRO QUI A SÁB DAS 18H00 ÀS 20H00 | DOM DAS 15H00 ÀS 19H00 Em dias de espectáculo a galeria está aberta até às 22H00 29.º Festival de Almada Raija Malka estudou na Helsinki School of Art and Design e especializou-se em Paris com o escultor Daniel Graffin. Depois da sua primeira exposição em Helsínquia, em 1987, produziu vários espectáculos na Finlândia e noutros países, designadamente no Japão. Para além do seu trabalho plástico em nome próprio, Raija Malka tem colaborado como cenógrafa e figurinista com compositores, dramaturgos e encenadores. Professora com uma longa carreira universitária, dedica também parte do seu tempo à educação pela arte. Vive em Lisboa desde 2009. 31 E stabelecendo uma analogia com Godot, a personagem que se faz esperar na conhecida obra de Samuel Beckett, esta exposição de Raija Malka aborda também o tema da espera. Numa instalação aller-retour, a artista plástica finlandesa faz convergir várias pinturas e uma caixa negra num espaço inteiramente branco. ENCONTROS DA CERCA A crise no teatro N os países civilizados (verbi gratia a Alemanha, a França, a Itália, a Inglaterra, a Espanha, etc.) desconhecer tudo o que diz respeito ao teatro, ou não acompanhar as suas actividades, é um motivo de constrangimento e de vergonha. Para muitos destes países, o índice de desenvolvimento teatral (vide o caso da Alemanha) é o principal indicador do desenvolvimento cultural. Ao contrário, no nosso País, com uma das mais altas iliteracias da Europa, não ir ao teatro é uma atitude normal, que não mereceria a crítica de ninguém. O Teatro di prosa, na acepção italiana, o Teatro de arte, na acepção inglesa, russa e alemã, o Teatro Público, na acepção francesa, é misturado e avaliado com subprodutos de natureza parateatral, e é empurrado cada vez mais para uma lógica de mercado que continua a alastrar na sociedade consumista em que vivemos. Sem instrução não pode desenvolver-se o hábito da frequência de teatros. O esforço de criar um público é uma tarefa que cabe ao Ministério da Educação e ao Ministério da Cultura, que nunca mais vemos inaugurar um tipo de colaboração que poderia desempenhar um papel fulcral na formação de públicos. Ibsen, Brecht, Genet, Shakespeare, Garrett, Thomas Bernhard ou Schnitzler são, para uma maioria esmagadora dos portugueses, ilustres desconhecidos. Ao Teatro de Arte cabe hoje a responsabilidade de defesa da cidadania, da democracia e dos seus valores, numa luta que terá certamente sucessivos desfechos, derrotas e vitórias, e que se inscreve na História da Cultura. O resto é silêncio. Joaquim Benite Director do Festival de Almada Participantes 32 29.º Festival de Almada André Albuquerque (Actor, membro do CENA - Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espectáculo e dos Audiovisuais) António Pinto Ribeiro (Programador de Teatro da Fundação Gulbenkian) Carlos Vargas (Presidente do Conselho de Administração do Teatro Nacional D. Maria II) Daniel Oliveira (Jornalista) Fernando Mora Ramos (Encenador, Director do Teatro da Rainha) Joaquim Benite (Encenador, Director do Festival de Almada) Jorge Silva Melo (Encenador, Director dos Artistas Unidos) José Luís Ferreira (Director do São Luiz Teatro Municipal) José Peixoto (Encenador, Director do Teatro dos Aloés) Mark Deputter (Director do Maria Matos Teatro Municipal) Tónan Quito (Actor, Encenador, membro do Grupo Truta) Casa da Cerca Centro de Arte Contemporânea ALMADA SÁB 7 10H30 ENCONTROS DA CERCA O Teatro Ibero-Americano e a crise que nos rodeia Em colaboração com o Festival Ibero-americano de Teatro de Cádis N esta época conturbada em que vivemos, na qual a conjuntura económica influencia fortemente todas as esferas da acção humana, o mundo da arte teatral também se vê afectado, e obrigado a empreender alterações profundas que de alguma forma mitiguem as consequências desta contingência. Sempre se disse que o conceito de crise, qualquer que fosse a sua acepção, estava ligado ao acto teatral: a crise de ideias, a crise de criatividade, a crise de estilos, a crise de dramaturgias, a crise de financiamentos, etc. Mas actualmente estamos perante um novo conceito: o da crise económica mundial, que está a provocar uma reorganização das estruturas sociais, políticas, filosóficas e artísticas que rodeiam o universo teatral. Por este motivo, parece-nos adequado e oportuno poder reflectir em conjunto com os profissionais de teatro, para que possamos tomar consciência do momento histórico que vivemos, tentando não só compreendê-lo, mas também partilhar opiniões e encontrar formas de combate. Pepe Bablé Director do Festival Ibero-americano de Teatro de Cádis Participantes Carlos Gil (Espanha), Director da revista de teatro Artez Luís Masci (Uruguai), Encenador Manuel Sesma (Espanha), Crítico de teatro da revista Primer Acto Margarita Borja (Espanha), Coordenadora do Encontro de Mulheres das Artes Cénicas ALMADA 29.º Festival de Almada SÁB 14 10H30 33 Ibero-americanas, do Festival Ibero-americano de Teatro de Cádis Mario Rojas (Chile), Professor da Universidade Católica de Washington Nelsy Echavez-Solano (Colômbia/Estados-Unidos), Professora da Universidade St. John’s, Minesota Osvaldo Obregón (Chile/França), Professor Honorário da Uni. Franche-Comté, investigador do teatro latino-americano Pepe Bablé (Encenador, Director do Festival Ibero-americano de Teatro de Cádis) Casa da Cerca Centro de Arte Contemporânea COLÓQUIOS NA ESPLANADA C umprindo uma das tradições do Festival, programámos um conjunto de colóquios nos quais é dada a oportunidade ao público de contactar de perto com alguns dos criadores, portugueses e estrangeiros, que participam nesta edição. Peter Stein: uma fantasia de Fausto Vera San Payo Lemos conversa com Peter Stein sobre o Fausto, de Goethe, que o encenador apresenta numa versão em forma de recital. SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL - JARDIM DE INVERNO | QUI 5 18H30 Ricardo Pais: recriar o Mercador de Veneza Ricardo Pais aborda a experiência de recriar em Almada o texto de Shakespeare que estreou em 2008 no Teatro Nacional São João, no Porto. ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | SEX 6 18H00 A Fondazione Pontedera Teatro Os encenadores Roberto Bacci e Anna Stigsgaard apresentam um dos mais inovadores projectos teatrais italianos, sedeado na periferia de Florença. ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | DOM 8 18H00 Encontro com Jorge Silva Melo e Elmano Sancho O encenador e o intérprete de Herodíades, de Testori, conversam sobre a criação deste polémico texto da dramaturgia italiana contemporânea. ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | SEG 9 18H00 Yael Ronen: o teatro israelita contemporâneo A encenadora israelita Yael Ronen situa os efeitos da apresentação de A véspera do dia final no contexto do conflito israelo-árabe. ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | QUA 11 18H00 Encontro com a Companhia Nacional de Bailado A directora da CNB, Luísa Taveira, apresenta La valse/A sagração da Primavera, contextualizando o espectáculo no repertório da sua companhia. ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | SEX 13 18H00 34 29.º Festival de Almada Encontro com François Chattot e Martine Schambacher Os protagonistas do Espectáculo de Honra deste ano conversam sobre a actualidade da divertida comédia política de Jean-Charles Massera. ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | DOM 15 18H00 Os 20 anos do Teatro Meridional Miguel Seabra e Natália Luiza, directores artísticos do Teatro Meridional, fazem o balanço dos 20 anos de actividade desta companhia. ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | TER 17 18H00 MÚSICA NA ESPLANADA Duo de canto e guitarra clássica ara Carneiro (soprano) e Bruno Ribeiro (guitarra clássica) juntam-se S num recital para homenagear a música espanhola, apresentando obras de compositores variados, como Manuel de Falla, Francisco Tárrega e Fernando Sor. QUA 4 21H00 Gelsomina Menounquarto ioletta e Virginia, com apenas um clarinete, um acordeão e as suas V vozes, prometem uma viagem ao sul de Itália, o seu país de origem. Neste recital apresentarão tarantellas sicilianas e napolitanas, tanto vocais como instrumentais. SÁB 7 21H00 Pálinka edicado exclusivamente à apresentação de Danças Ciganas do munD do, o grupo balcânico Pálinka apresenta uma performance temperada com um toque de romantismo que promete transportar o público para um mundo fantástico e cheio de humor. QUA 11 21H00 French swing café ylvie C. (voz), Jorge Silva (piano e voz) e Gabriel Godoi (guitarra e voz) S prometem recriar o imaginário do Cabaret, com marcas latinas de Tango, Bolero e Bossa-nova, reinventando-se com o swing dos anos 20, 30 ou 40 que evoca a idade de ouro do jazz. s mexicanos Psappha ensemble de percussões (Fernando Correa, O Alejandro Inda, Edmund Lagner e Diego Rojas) vêm pela primeira vez a Portugal apresentar um concerto invulgar em que, através dos instrumentos de percussão, nos transportam pelo Mundo, da Austrália aos Estados-Unidos, da Sérvia ao México. QUA 18 21H00 35 Psappha ensemble de percussões 29.º Festival de Almada SÁB 14 21H00 ACESSOS HORÁRIOS DOS AUTOCARROS (TST) Carreira 152 - Pç.ª de Espanha Pç.ª S. João Baptista (Almada). Partidas de Lisboa Dias úteis Entre as 06H30 e as 00H45. Sábados, domingos e feriados Entre as 06H35 e as 00H45. Partidas de Almada Dias úteis Entre as 07H30 e as 00H00. Sábados, domingos e feriados Entre as 06H00 e as 00H00. Pragal >> Lisboa Dias úteis Entre as 05H49 e as 00H59 Três últimos comboios às 22H59, 23H59 e 00H59. Sábados, domingos e feriados Entre as 05H49 e as 00H09 com intervalos de 30 minutos. Setúbal >> Pragal Dias úteis Entre as 05H49 e as 00H18 Três últimos comboios às 22H18, 23H18 e 00H18. Sábados, domingos e feriados Entre as 05H57 e as 22H57 com intervalos de 30 minutos. Carreira 160 - Pç.ª do Areeiro Pç.ª S. João Baptista. Pragal >> Setúbal Partidas de Lisboa Dias úteis Dias úteis Entre as 06H00 e as 01H45 Entre as 07H00 e as 21H40. Três últimos comboios às 00H15, Sábados, domingos e feriados 01H00 e 01H45. Entre as 07H00 e as 21H15. Sábados, domingos e feriados Entre as 07H00 e as 01H00 com Partidas de Almada intervalos de 30 minutos. Dias úteis Entre as 06H00 e as 20H45. Sábados, domingos e feriados HORÁRIO DOS BARCOS Entre as 06H15 e as 20H30. (transtejo e softlusa) Carreira 176 - Cidade Universitária / Pç.ª S. João Baptista. Partidas de Lisboa Dias úteis Entre as 08H10 e as 20H00. Sábados, domingos e feriados Entre as 15H00 e as 18H00. Partidas Cais do Sodré Dias úteis Entre as 05H40 e as 01H40 Três últimos barcos às 00H20, 01H00 e 01H40. Sábados, domingos e feriados Entre as 05H30 e as 01H40. Partidas de Almada Dias úteis Entre as 06H45 e as 19H30. Sábados, domingos e feriados Entre as 14H15 e as 17H15. Partidas Cacilhas Dias úteis Entre as 05H20 e as 01H20 Três últimos barcos às 00H05, 00H40 e 01H20. Sábados, domingos e feriados Entre as 05H20 e as 01H20. HORÁRIOS DOS COMBOIOS (Fertagus) Lisboa (Areeiro) >> Pragal Dias úteis Entre as 05H43 e as 01H28 Três últimos comboios às 23H58, 00H43 e 01H28. Sábados, domingos e feriados entre as 06H43 e as 00H43 intervalos de 30 minutos. HORÁRIO DO METRO (MTS) Horário de Verão Dias úteis Entre as 05H00 e as 01H47 Sábados, domingos e feriados Entre as 05H00 e as 01H58. Horário de Inverno Todos os dias entre as 05H00 e as 02H04. Contactos E GPS ALMADA Teatro Municipal de Almada | Av. Prof. Egas Moniz, Almada | 21 273 93 60 | www.ctalmada.pt GPS Latitude 38.676238, Longitude -9.160173 Escola D. António da Costa | Av. Prof. Egas Moniz, Almada GPS Latitude 38.677009, Longitude -9.159218 Fórum Romeu Correia | Praça da Liberdade, Almada | 21 272 49 20 GPS Latitude 38.678575, Longitude -9.157797 Casa da Cerca | Rua da Cerca, Almada | 21 272 49 50 GPS Latitude 38.405892, Longitude -9.93503 LISBOA Teatro Nacional D. Maria II | Praça D. Pedro V, Lisboa | 21 325 08 00 GPS Latitude 38.714483, Longitude -9.139705 Centro Cultural de Belém | Praça do Império, Lisboa | 21 361 24 00 GPS Latitude 38.696396, Longitude -9.207428 Culturgest | Rua Arco do Cego, Lisboa | 21 790 51 55 GPS Latitude 38.741038, Longitude -9.143034 São Luiz Teatro Municipal | Rua António Maria Cardoso, 38, Lisboa | 21 325 76 40 GPS Latitude 38.709709, Longitude -9.142497 38 29.º Festival de Almada Teatro Maria Matos | Av. Frei Miguel Contreiras, Lisboa | 21 843 88 00 GPS Latitude 38.745871, Longitude -9.138592 Teatro da Cornucópia | Rua Tenente Raúl Cascais, Lisboa | 21 396 15 15 GPS Latitude 38.71798, Longitude -9.154004 Largo de São Carlos (Teatro Nacional São Carlos)| Largo de São Carlos, Lisboa | 21 325 30 45 GPS Latitude 38.4235, Longitude -9.0830 Teatro da Politécnica | Rua da Escola Politécnica, 56, Lisboa | 21 391 67 50 GPS Latitude 38.43316, Longitude -9.9525 Institut Français de Portugal | Avenida Luís Bivar, 91, Lisboa | 21 311 14 00 GPS Latitude 38.44352, Longitude -9.85833 RESERVAS E ASSINATURAS Assinatura para todos os espectáculos GERAL Assinatura para todos os espectáculos JOVEM Assinatura para todos os espectáculos CLUBE DE AMIGOS DO TMA 70€ 45€ 65€ A Assinatura do Festival de Almada dá direito à entrada em todos os espectáculos realizados no Palco Grande da Escola D. António da Costa, na Sala Principal do Teatro Municipal de Almada e no Fórum Municipal Romeu Correia, num dos dias programados para a respectiva apresentação. Nas salas de lotação reduzida, no Teatro Nacional D. Maria II, na Culturgest, no Centro Cultural de Belém, no São Luiz Teatro Municipal e no Maria Matos Teatro Municipal, o acesso livre dos detentores de títulos de Assinatura está dependente dos lugares disponíveis. ATENÇÃO: As reservas de lugares de Assinatura só são respeitadas até 48h antes do início do espectáculo. ALMADA Bilhete inteiro Escola D. António da Costa - Palco Grande A IDADE DE OURO HÁBITO DOIS DE NÓS Que fazer? (O regresso) A CONTROVÉRSIA DE VALLADOLID 20€ 15€ 15€ 20€ 15€ O MERCADOR DE VENEZA La Valse | A Sagração da Primavera 15€ 20€ 15€ 6€ a 17€ (a) 9€ a 17€ (b) 17,5€ a 20€ 15€ (c) 12€ (d) 18€ (d) 15€ (e) 12€ (f) 10€ (g) Teatro Municipal de Almada - Sala Principal Fórum Romeu Correia O Sr. Ibrahim e as Flores do Corão (a) Descontos para jovens até 25 anos, séniores com mais de 65 anos, desempregados, grupos (mais de 15 pessoas), profissionais do espectáculo, famílias, deficientes e associações de estudantes. (b) Descontos para estudantes, para menores de 30 anos, maiores de 65 anos, pessoas com deficiência e acompanhante, desempregados e profissionais do espectáculo. (c) Descontos para jovens até 30 anos, séniores com mais de 65 anos, pessoas com deficiência e acompanhante, desempregados, profissionais do espectáculo, funcionários da CML e empresas municipais (extensível a acompanhante) e grupos (mais de 10 pessoas). (d) Descontos para jovens até 30 anos, séniores com mais de 65 anos e profissionais do espectáculo. (e) Descontos para jovens até 25 anos, séniores com mais de 65 anos e estudantes. (f) Descontos para jovens até 25 anos e estudantes. (g) Descontos para jovens até 25 anos, séniores com mais de 65 anos e grupos (mais de 10 pessoas), 4ª feiras: 5€. 39 Teatro Nacional D. Maria II - Sala Garrett São Luiz Teatro Municipal - Sala Principal Centro Cultural de Belém - Grande Auditório Maria Matos Teatro Municipal Culturgest ENQUANTO VIVERMOS - Palco do Grande Auditório MURMÚRIOS DOS MUROS - Grande Auditório Teatro da Cornucópia Institut Français de Portugal Teatro da Politécnica 29.º Festival de Almada LISBOA Equipa do 29.º Festival de Almada Director Joaquim Benite Directores-adjuntos Rodrigo Francisco Carlos Galvão (Coordenação da produção) Director técnico José Carlos Nascimento Administração Maria Laita e Susana Fernandes Direcção de montagem Guilherme Frazão Cartaz José Loureiro Serviços Centrais Ana Patrícia Santos e Cláudia Teles Produção Paulo Mendes Comunicação e imprensa Maria João Espadinha Edições Sarah Adamopoulos Consultor artístico André Gomes Design João Gaspar e Armando Vale Exposições Exposição de José Loureiro - Casa da Cerca Coordenação: Ana Isabel Ribeiro Waiting for Godot - Galeria do TMA Raija Malka Homenagem a Cecília Guimarães Concepção e design: Armando Vale CTA - 40 Anos de Teatro Concepção: André Gomes Design: João Gaspar Exposição histórica do Festival 40 29.º Festival de Almada Concepção e design: Armando Vale Legendagem Alexander Gesner, David Pais, Eduardo Brandão e Pedro Ferreira Acolhimento Miguel Martins, Pedro Walter, Elena Polverosi e Glenda Balucani Assinaturas e público Ana Patrícia Santos, Cláudia Teles, João Farraia, Miguel Martins e Pedro Walter Equipa técnica central Paulo Horta, António Antunes, João Martins e Miguel Laureano (TMA) Rui Simão e Tasso Adamopoulos (Palco Grande) Vídeo e site Cristina Antunes e Jorge Freire Responsáveis técnicos Guilherme Frazão (TMA) Manuel Mendonça (Fórum Romeu Correia) José Carlos Nascimento (TNDM II e Palco Grande) Rui Marcelino (CCB) Paulo Prata Ramos (Culturgest) Hernâni Saúde (São Luiz Teatro Municipal) Jorge Esteves (Teatro do Bairro Alto / Cornucópia) José Rui (Maria Matos Teatro Municipal) Dominique Le Gué (Institut Français de Portugal) Francisco Vicente (Teatro Nacional de São Carlos) Fotografia Rui Carlos Mateus Recepções Teresa Gafeira e João Figueiredo Dias Bilheteira Sofia Bravo Estagiários (Escola Secundária D. Pedro V) Ana Catarina, Ana Fonseca, Bruno Miguel, Carolina Girão, Cláudia Almeida, Fábio Pinto, Gonçalo Bispo, Joana Henriques, Lara Matos, Mariana Varela, Sara Monteiro, Tânia Veloso e Tiago Filipe Estagiários (Escola Secundária Anselmo de Andrade) Abigail Vital, Ana Sousa, Bruno Alvarez, Cláudia Garcia, Edivânia Santos, Estela Zambujo, Guilherme Rosa e Joana Francisco