27/3/2009
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO
HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO
Aristóteles (384-322 a.C.)
Platão (427-347 a.C)
Xenofontes (440-335 a.C.)
Mercantilismo( século XVI)
Adam Smith
Fisiocracia (século XVIII)
Escola Clássica (1723-1790)
Teoria Neoclássica (1870 – século XX)
Karl Marx
Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves
UNESP – Sorocaba -SP
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Teoria Keynesiana (1883-1946)
John Keynes
QUESTÕES FUNDAMENTAIS
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Período recente (a partir de 1970)
EVOLUÇÃO E “ESCOLAS”
Qual a origem da riqueza?
Qual a origem do “lucro”?
O que determina o “valor” das coisas?
O que é e quais as funções do dinheiro?
É justa uma sociedade onde a riqueza não é
distribuída de forma eqüitativa?
Por que algumas economias crescem mais do que
outras? Etc.
Primórdios
GREGOS
Xenofontes: “econômico” (oikos = casa; nomos = lei)
conhecimentos práticos de administração doméstica.
Aristóteles: Crematística (Chrema, posse ou riqueza) aspectos
práticos das transações comerciais (preços, moeda etc).
ROMANOS: preocupações limitadas, mais voltados para
a política do que economia.
IDADE MÉDIA: comércio mediterrâneo; igreja defesa do
“preço justo” e do „equilíbrio econômico”; moral cristã;
formação de corporações e bancos.
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MERCANTILISMO (1450-1750)
MERCANTILISMO
Primeira escola econômica.
Apesar de não representar um conjunto técnico
homogêneo, o mercantilismo
tinha algumas
preocupações explícitas sobre acumulação de
riquezas de uma nação. O acúmulo de metais
(ouro e prata) adquiri grande importância, e
aparecem idéias mais elaboradas sobre a moeda.
Considerava-se que o governo de um país seria
mais forte e poderoso quanto maior fosse seu
estoque de metais preciosos. Com isso, a política
mercantilista
acabou
estimulando
guerras,
exacerbou o nacionalismo e manteve a poderosa e
constante presença do Estado em assuntos
econômicos.
Preceitos
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de administração pública para
aumentar a riqueza da nação e do
“Príncipe”;
Reflete as diversas transformações de uma
sociedade onde o comércio passa a ter um
papel cada vez mais importante;
Políticas
comerciais
e
coloniais
mercantilistas;
Fortalecimento da unidade nacional e das
metrópoles em detrimento às colônias.
Referências: Colbert, Cantillion e Petty.
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CRIAÇÃO CIENTÍFICA DA ECONOMIA
(1750-1870)
FISIOCRACIA (SÉCULO XVIII)
iniciais: “Quadro Econômico”
(1758), de Quesnay; a “Riqueza das
Nações” (1776), de Adam Smith.
Fisiocracia (1760-1770): Quesnay “doutrina
da ordem natural”; “interdependência entre
atividades econômicas”; “distribuição”,
“vínculos entre riqueza e trabalho”.
Escola Clássica: Adam Smith, David
Ricardo, Malthus, Stuart Mill, Say – “valor”,
“origem da riqueza”, “distribuição da
riqueza”.
Marx: tradição clássica revista, criando uma
tradição de pensamento crítico.
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FISIOCRACIA
A presença do governo era desnecessário devido às leis
da natureza, que era suprema;
A função do soberano era servir de intermediário para que
as leis da natureza fossem cumpridas;
A riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da
natureza em atividades econômicas, como lavoura, pesca
e a mineração.
Escola francesa
Acreditava que a terra era única fonte de riqueza
Acreditava que havia uma ordem natural que fazia
com que o universo fosse regido por leis naturais,
absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela
Providencia Divina (que justificava a nobreza)
Dr. François
Quesnay, autor da obra Tableau
Économique, o primeiro a dividir a economia em
setores.
Transformação da obra no sistema de circulação
monetária input-output criado no século XX pelo
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economista russo, naturalizado norte-americano,
Wassily Leontif, da Universidade de Harvard
Marcos
Laissez faire, laissez aller, laissez passer.("deixai fazer, deixai ir,
deixai passar“) Ideologia do Mercado Livre nas trocas comerciais.
ESCOLA CLÁSSICA
Adam Smith (1723-1790)
Jean Baptiste Say (1768-1832)
David Ricardo (1772-1823)
Thomas Malthus (1706-1834)
John Stuart Mill (1806-1873)
Encorajava-se a agricultura e exigia-se que as pessoas
empenhadas no comércio e nas finanças fossem
reduzidas ao menor número possível;
Os organicistas (fisiocratas)
associaram conceitos de
Medicina à Economia: circulação, fluxo, órgão e funções.
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Escola Clássica
ADAM SMITH (1723-1790)
Autor da tese de que um impulso psicológico individual
poderia ter efeito sobre a prosperidade ou a ruína
econômica de um país.
NOTA DE ADAM SMITH
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Escola Clássica
O economista escocês é quem ilustra a nova
cédula de 20 libras que o tesouro britânico lançou
na terça-feira 13 de março/07. É a primeira vez que
uma personalidade da Escócia é homenageada. A
cédula de Smith substitui a nota da rainha
Elizabeth II
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Escola Clássica
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ADAM SMITH (1723-1790)
ADAM SMITH (1723-1790)
Publica
“A Riqueza das Nações” - 1776
Abrange questões econômicas, desde as
leis de mercado e aspectos monetários, até
a distribuição do rendimento da terra,
concluindo
com
um
conjunto
de
recomendações políticas.
Teoria do Valor trabalho, que distingue dois
valores de troca:
em 1776 a obra “A Riqueza das
Nações”;
Pergunta Central: como uma sociedade de
indivíduos livres e “egoístas” (pois buscam
seu próprio interesse) pode funcionar?
Resposta: a concorrência, através de
preços livremente formados nos mercados
gera a eficiência social.
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um natural e daí o preço natural que
corresponderia ao trabalho incorporado em
cada bem.
Outro → preço de mercado , o qual tenderia
na média, a se aproximar do preço natural
Escola Clássica
ADAM SMITH (1723-1790)
Escola Clássica
ADAM SMITH (1723-1790)
Assim:
“Cada pessoa, em busca de melhorar a si mesma, sem
pensar nas demais, depara-se com uma legião de outras
pessoas com motivações semelhantes. Como resultado,
cada agente do mercado, ao comprar e vender, é forçado
a equiparar seus preços aos oferecidos pela
concorrência.”
No
mundo da “livre concorrência” de Adam Smith,
um vendedor que tiver um preço “acima do
mercado”, não conseguirá vender seu produto;
um trabalhador que pedir um salário “muito alto”
não conseguirá trabalhar.
O mercado tem duas funções centrais:
Disciplinar a concorrência
Garantir a melhor “alocação de fatores”: ou seja, os
fatores de produção serão direcionados para a
produção somente daquilo que a sociedade “quer
comprar”.
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Escola Clássica
ADAM SMITH (1723-1790)
Escola Clássica
ADAM SMITH (1723-1790)
Mercado
atua como uma “mão invisível”;
= “sistema auto-regulador”, baseado na
flexibilidade de preços. É o laissez-faire.
Outros Insights de Adam Smith:
Mercado
A divisão do trabalho aumenta a produtividade (ex.:
fábrica de alfinetes);
Comércio internacional é importante fonte de
crescimento das nações.
Limitações
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Escola Clássica
O Estado na economia deveria corresponder apenas à proteção da
sociedade contra eventuais ataques e à criação e à manutenção de
obras e instituições necessárias.
Considerava-se que a causa da riqueza das nações é o trabalho
humano e que um dos fatores decisivos para aumentar a produção é
a divisão do trabalho, isto é, os trabalhadores deveriam especializarse em algumas tarefas
A divisão do trabalho, decorre da tendência inata da troca, que
finalmente é estimulada pela ampliação dos mercados
de suas idéias:
Nem sempre o mercado funciona como ele previu.
O capitalismo transformou-se muito desde seu tempo.
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Advogava a idéia de que todos os agentes em sua busca de lucrar o
máximo acabam promovendo o bem estar de toda a comunidade.
(mão invisível)
Não aceitação do Estado na Economia:
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Escola Clássica
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JEAN BAPTISTE SAY (1768-1832)
Retornou a obra de Smith, ampliando-a e organizando-a;
Subordinou o problema das trocas de mercadorias a sua
produção;
Lei de Say: “a oferta cria sua própria procura”
Crença de que um mercado livre sempre se ajustaria
automaticamente
O aumento da produção transformar-se-ia em renda dos
trabalhadores e empresários, que seria gasta na compra
de outras mercadorias e serviços;
Rejeitou completamente a perspectiva da produção ou a
abordagem da teoria do valor trabalho
Iniciou a teoria do valor utilidade, afirmando que a
capacidade humana, com a ajuda do capital, dos
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agentes naturais e das propriedades, juntos criavam
todo o tipo de utilidade, que é a fonte primária do valor
DAVID RICARDO (1772-1823)
Partindo das idéias de Smith, desenvolveu alguns modelos
econômicos;
A teoria da renda da terra e do lucro, onde ele discute a renda
auferida pelos proprietários de terras mais férteis;
Teoria do valor trabalho, só se interessava pelas mercadorias
que podiam ser reproduzidas livremente;
Determinação de preços com diferentes composição de
capital
Distribuição da renda e a teoria do valor trabalho;
Impossibilidade da superprodução
Teoria das vantagens comparativas e o comércio
internacional;
Inaugurou o raciocínio matemático.
Escola Clássica
DAVID RICARDO (1772-1823)
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Escola Clássica
DAVID RICARDO (1772-1823)
Durante toda a sua vida, David Ricardo atacou os
terras-tenentes por causa da atividade
economicamente inútil de cobrar alugueis dos
trabalhadores rurais sem contribuírem para o
crescimento da nação inglesa.
Os Princípios de economia política, publicada em
1820, é de difícil entendimento, devido ao elevado
raciocínio das teses econômicas e da política
econômica expostas neste livro, que foi usado por
muitos anos nas universidades da Inglaterra
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Escola Clássica
Escola Clássica
THOMAS MALTHUS (1766-1834)
JOHN STUART MILL (1806-1873)
Primeiro economista a sistematizar uma teoria
geral sobre a população;
Excesso populacional: enquanto a população
crescia em progressão geométrica, a produção de
alimentos seguia em produção aritmética;
Advogou o adiamento de casamentos, a limitação
voluntária de nascimentos nas famílias pobres, e
aceitava as guerras como uma solução para
interromper o crescimento populacional;
Viveu em uma época tumultuada, de intensos
conflitos de classe e a Revolução Industrial;
Teoria da superprodução.
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Escola Clássica
Sintetizador do pensamento clássico;
Consolida o exposto por seus antecessores, e avança ao
incorporar mais elementos institucionais e ao definir melhor
as restrições, vantagens e funcionamento de uma economia
de mercado;
Tentativa de integrar a teoria do valor trabalho e a perspectiva
utilitarista;
Precursor da escola econômica neoclássica marshalliana;
defende reformas liberais e intervenção governamental
Tinha estilo elegante e judicioso
Distribuição e trocas
Salários: maneira de aumentar os salários era através da
educação
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Escola Clássica
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KARL MARX (1818 – 1883)
ESCOLA MARXISTA
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KARL MARX (1818 – 1883)
Contribuições
Marx descreveu o capitalismo dos grandes cartéis e dos
crescentes conflitos entre “capital e trabalho”;
Smith: “ordem e o progresso” versus Marx: “desigualdade
e instabilidade”;
Em Marx o crescimento no capitalismo é cheio de
“armadilhas” (sem os mecanismos de auto-correção de
Smith);
As crises econômicas seriam recorrentes e gerariam:
Concentração/centralização de capitais: as empresas
menores e mais frágeis seriam eliminadas a cada crise.
Os conflitos “capital x trabalho” se agravariam com a
crescente “proletarização”.
Karl Marx (1818-1883)
Friedrich Engels (1820-1895)
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KARL MARX (1818 – 1883)
OS SALÁRIOS E A “MAIS-VALIA”
Centrais:
Conceito de exército de reserva industrial
Tecnologia como motor da concorrência (e, para Marx, a fonte
da expropriação do trabalho não-pago – a MAIS-VALIA);
Leitura histórica do capitalismo;
Introduziu os conceitos fundamentais do socialismo;
Apresentou a polêmica lei de tendência e a derrocada final do
capitalismo.
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KARL MARX (1818 – 1883)
PROPRIEDADE PRIVADA E ASSALARIAMENTO
Para Marx, o valor da força de trabalho (SALÁRIO) se baseia nos
insumos de trabalho necessários à subsistência e ao treinamento
dos trabalhadores (manutenção).
As condições impostas no sistema capitalista obrigam os
trabalhadores a vender, em cada jornada, mais tempo de trabalho do
que o necessário para pagar suas exigências de manutenção, o que
cria um excedente de trabalho não pago que é apropriado pelo
capitalista: a MAIS-VALIA.
Marx chama a atenção para o fato de que os capitalistas, uma vez
pago o salário de mercado pelo uso da força de trabalho, podem
lançar mão de duas estratégias para ampliar sua taxa de lucro:
estender a duração da jornada de trabalho mantendo o salário
constante - o que ele chama de mais-valia absoluta; ou ampliar a
produtividade física do trabalho pela via da mecanização - o que ele
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chama de mais-valia relativa.
KARL MARX (1818 – 1883)
Enquanto a sociedade não tinha propriedade privada não
existiam classes sociais determinadas.
A partir do momento em que a sociedade passou a
entender que a produção social era de direito de
pessoas ou de famílias isoladamente, a propriedade
privada estava instaurada.
Na
industrialização, a propriedade privada e o
assalariamento separam o trabalhador dos meios de
produção; como conseqüência, separam o trabalhador
do fruto do seu trabalho que foi apropriado pelo
capitalista.
Essa expropriação cria um exército de reserva industrial
(trabalhadores disponíveis), que acaba pressionando
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para baixo tanto os salários quanto as condições de
trabalho.
O CAPITALISMO E A LUTA DE CLASSES
O modo de produção capitalista, enquanto se reproduz em
proporções cada vez maiores, reproduz também em idênticas
proporções e em número crescente a classe dos operários privados
de propriedade – proletariado.
A acumulação do capital não faz mais do que reproduzir esta
relação
(dominação/exploração)
numa
escala
igualmente
progressiva: com mais concentração de renda por um lado, e, com
mais assalariados por outro.
A acumulação do capital promove ao mesmo tempo aumento do
proletariado e da exploração do trabalhador assalariado.
O que recria o proletariado não é apenas a pobreza natural, mas
30 a
pobreza artificialmente provocada.
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KARL MARX (1818 – 1883)
VALOR-TRABALHO POR KARL MARX
Criticava a abordagem pragmática da ciência
econômica e propõe-se um enfoque analítico, em
que a Economia interage com os fatos históricos e
sociais;
Mercadorias - “Valor trabalho”: valor de uso e valor
de troca, foi influenciado pelo teoria de valor
trabalho de Ricardo;
Acreditava no trabalho como determinante do
valor, mas era hostil ao capitalismo competitivo e à
livre concorrência, pois afirmava que a classe
trabalhadora era explorada pelos capitalistas
Mais-valia, troca e a esfera da circulação;
Trabalho, força de trabalho e a definição de
capitalismo.
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REAÇÃO NEOCLÁSSICA (1870-1929)
Segundo essa teoria, o valor econômico de uma mercadoria
(ou, mais exatamente, de uma mercadoria "reproduzível" grande parte dos teóricos do valor trabalho deixam de lado
mercadorias não reproduzíveis, como obras de arte, etc.) é
determinado pela quantidade de trabalho que, em média, é
necessário para a produzir, incluindo aí todo o trabalho
anterior para produzir suas matérias primas, máquinas, etc.).
Por esta teoria o preço de uma mercadoria reproduz a
quantidade de tempo de trabalho nela colocado, sendo o
trabalho o único elemento que realmente gera valor.
Num exemplo clássico entre os teóricos do valor-trabalho, a
razão porque um diamante é mais valioso que um copo de
água (mesmo que o copo de água possa ter mais utilidade) é
porque dá, em média, mais trabalho, encontrar e extrair um
diamante do que um copo de água.
32
TEORIA NEOCLÁSSICA
Retorno aos princípios básicos das ciências econômicas.
Revolução Marginalista: “recursos escassos x usos
alternativos”; “valor de utilidade”.
O “neoclassicismo” ou “marginalismo” desloca a temática
da discussão do valor e distribuição da tradição clássica
(“valor-trabalho”) para a visão do valor utilidade e dos
custos de produção.
Destaques: Escola Austríaca (Menger, Jevons, BöhmBaverk); Escola de Viena (Walras e o “equilíbrio geral”);
Marshall e a Escola de Cambridge (“equilíbrio parcial”).
Em oposição, surgem a Escola Histórica Alemã e as
escolas da tradição marxista.
Privilegiou aspectos microeconômicos da teoria;
Crença na economia de mercado e em sua
capacidade auto reguladora fez com que os
teóricos econômicos não se preocupassem tanto
com a política e o planejamento macroeconômico;
Sedimentaram o raciocínio matemático explícito
inaugurado por Ricardo, procurando isolar os fatos
econômicos de outros aspectos da realidade social;
Para eles, o Estado não deveria se intrometer nos
assuntos do mercado, deixando que ele fluísse
livremente, ou seja, o Liberalismo econômico.
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34
TEORIA NEOCLÁSSICA
TEORIA NEOCLÁSSICA- ALFRED MARSHALL
Matemático que se tornou economista, publicou Princípios de
Economia Política;
Utilizava a Matemática aplicada como meio de investigação e
análise de fenômenos econômicos, e o raciocínio lógico e as
aplicações práticas como meio de exposição desses mesmos
fenômenos.
Foi fundador do grupo tradicional de economia neoclássica do
século XX, que combina sua defesa do capitalismo laissez-faire com
uma grande flexibilidade, que admite pequenas reformas, visando
ao funcionamento menos cruel do sistema econômico;
Incluiu o elemento tempo na teoria econômica
Com a introdução do fator tempo, na distinção entre longos períodos
e curtos períodos, Marshall conseguiu determinar a importância
tanto do custo de produção (para longos períodos) como da utilidade
marginal (para curtos períodos), na formação do valor das
mercadorias.
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Passou a considerar que os preços são determinados
simultaneamente por fatores de custos e de demanda.
Outros teóricos importantes foram:
William Jevons, Léon Walras, Eugene Bohm-Bawerk, Joseph
Schumpeter, Vilfredo Pareto, Arthur Pigou e Francis
Edgeworth.
Evolução da microeconomia;
O comportamento do consumidor é analisado profundamente.
Satisfação do consumo;
Teoria marginalista;
Interação de muitos mercados simultaneamente;
Teoria do desenvolvimento econômico;
Teoria do capital e dos juros;
Teoria quantitativa da moeda.
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DOUTRINA UTILITARISTA NEOCLÁSSICOS
na Inglaterra
David Hume, James Mill, e Jeremy
Bentham
Ligado ao hedonismo,
Sustenta que os atos humanos não deve
ser julgados e justificados moralmente
apenas pelas suas intenções, mas também
por seus resultados e conseqüências
práticas, desde que não nocivos em si.
Acreditavam na possibilidade de harmonia
e interesses, desde que elaborados as
instituições próprias ao seu adequado
equacionamento.
TEORIA MARGINALISTA NEOCLÁSSICOS
Com exceção do marxismo, a partir de 1870 os
economistas aos poucos deixaram de considerar a
economia como uma disciplina eminentemente política e
centraram sua reflexão no estudo da teoria e dos
problemas práticos, deixando de lado qualquer outra
incursão no terreno da ideologia.
A teoria econômica seria seu campo específico e natural
de
trabalho,
enquanto
à
economia
política
corresponderia a aplicação de suas análises e
contribuições.
Desenvolve-se
O marginalismo constitui a corrente teórica mais
importante desse período. Sua principal característica foi
o abandono da teoria clássica do valor-trabalho,
substituída pelo conceito de utilidade.
37
TEORIA MARGINALISTA NEOCLÁSSICOS
38
VALOR-UTILIDADE - NEOCLÁSSICOS
comprovaram
que o valor é atribuído conforme a
utilidade e a raridade do bem ou serviço em
questão.
Segundo
os marginalistas, o valor
de um bem não depende em
última análise da quantidade de
trabalho a ele incorporado, mas
sim da utilidade da última unidade
produzida desse bem (utilidade
marginal).
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TEORIA MARGINALISTA NEOCLÁSSICOS
O valor da utilidade marginal se define como sendo
o valor, para o consumidor, representado por uma
unidade adicional de alguma mercadoria.
Para exemplificar: para um consumidor que esteja
com fome, a primeira fatia de pão tem uma utilidade
enorme. Essa utilidade vai decrescendo à medida que
se vai adicionando mais unidades. A décima fatia de
pão já representará uma utilidade bem menor que a
primeira. A trigésima fatia de pão terá uma utilidade
quase nula e a centésima poderá até ter uma
utilidade marginal negativa se causar, em nosso
40
consumidor, uma indigestão.
OPOSIÇÕES AO NEOCLASSISMO
As
teorias marginalistas possibilitaram um
conhecimento profundo das economias de livre
mercado e constituíram o vínculo entre a escola
clássica e a economia moderna.
As principais escolas marginalistas foram a de
Viena,
representada
principalmente
pelo
austríaco Karl Menger; a de Lausanne, que teve
como principais teóricos o francês Léon Walras e
o italiano Vilfredo Pareto; e a de Cambridge,
cujo fundador, o britânico Alfred Marshall,
procurou conciliar as teorias clássicas e as
marginalistas.
41
Escola Institucionalista
Economia do Bem-Estar
Thorstein Veblen (1857-1929) – rejeitou o conceito neoclássico
de que o homem, na esfera econômica, seria racionalmente
dirigido e calculista, afirmando que o mesmo sofre influências
das instituições predominantes, e possui o hábito da “exibição
emulativa”, "consumo conspícuo“ (afirmação de status perante
outros indivíduos), e da busca por imitar os padrões de consumo
da classe mais rica.
Arthur C. Pigou (1877-1959) - desafiou a tradição neoclássica
relativamente à substituição da ação industrial privada pelo
Estado, na esfera econômica.
Para ele certos empreendimentos não lucrativos para os
empresário privados eram muito necessários à comunidade.
Debates das décadas de 1920 e 1930
42
Crise do pós-guerra e Crise das bolsas de 1929 evidenciaram a
insuficiências das teorias vigentes para a solução dos problemas
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TEORIA KEYNESIANA
TEORIA KEYNESIANA
John Maynard Keynes em 1933 publicou: Teoria
geral do emprego, dos juros e da moeda
Preocupava-se com implicações práticas da teoria
econômica;
A teoria de Keynes consegue mostrar que a
combinação das políticas econômicas adotadas até
então não funcionava naquele momento;
43
KEYNES E O CAPITALISMO
O objetivo de Keynes, ao defender a intervenção do
Estado na economia não é, de modo algum, destruir o
sistema capitalista de produção. Muito pelo contrário,
segundo o autor, o capitalismo é o sistema mais eficiente
que a humanidade já conheceu (incluindo aí o
socialismo). O objetivo é o aperfeiçoamento do sistema,
de modo que se una o altruísmo social (através do
Estado) com os instintos do ganho individual (através da
livre iniciativa privada). Segundo o autor, a intervenção
estatal na economia é necessária porque essa união não
ocorre por vias naturais, graças a problemas do livre
mercado (desproporcionalidade entre a poupança e o
investimento e o "Estado de Ânimo" ou, como se diz no
45
Brasil, o "Espírito Animal", dos empresários).
CRISE ESTRUTURAL DO CAPITALISMO
A
instabilidade econômica começa a se
manifestar no fim da década de 1960 e irrompe
com força na década de 1970, causada por:
dois choques sucessivos nos preços mundiais do
petróleo.
endividamento excessivo a que se submeteram os
países subdesenvolvidos em seu afã de tentar superar
a crise petrolífera.
taxas de lucratividade continuamente decrescentes e
um mercado de ações moribundo nos Estados Unidos.
alta contínua da inflação nos países desenvolvidos
Surge
um forte movimento, no sentido de reduzir
o poder regulatório dos Estados nacionais na
economia, apoiados nos pressupostos
47
neoclássicos.
Não existem forças de auto-ajustamento na
economia (discordando da lei de Say: "a oferta cria
sua própria demanda")
Para ele o livre mercado pode, durante os períodos
recessivos, não gerar demanda bastante para
garantir o pleno emprego dos fatores de produção
devido ao "entesouramento" das poupanças.
Nessa ocasião seria aconselhável que o Estado
“intervisse” criando déficits fiscais para aumentar a
demanda efetiva e instituir uma situação de pleno
emprego.
Isso geraria um aumento da capacidade produtiva
da economia, de forma suficiente para garantir o
pleno emprego, mas em excesso provocaria um
aumento da inflação
44
O ESTADO DO BEM-ESTAR SOCIAL
Seguindo o modelo norte-americano e as idéias
keynesianas, países como Inglaterra, França e
Alemanha criam o Estado do Bem-Estar Social
(WELFARE-STATE), um sistema que garantia aos
cidadãos saúde, educação e aposentadoria.
Esse modelo começa a desmoronar na década de
1970, com o agravamento da crise estrutural do
capitalismo, abrindo as portas para uma nova
doutrina
econômica
chamada
NEOLIBERALISMO.
46
CRITICAS A TEORIA KEYNESIANA
Os monetaristas → associados à Universidade de Chicago e
tem como economista de maior destaque Milton Friedman.
Denunciaram a inflação como sendo o resultado do aumento
da oferta de moeda pelos bancos centrais.
Responsabilizaram os impostos "elevados" e os tributos
"excessivos", juntamente com a regulamentação das
atividades econômicas, como sendo os culpados pela queda
da produção e do aumento da inflação.
propunham para a crise seria a redução gradativa do poder
do Estado, com a diminuição generalizada de tributos, a
privatização das empresas estatais e redução do poder do
Estado de fixar ou "autorizar" preços.
Diminuindo ou neutralizando a força dos sindicatos, haveria
novas perspectivas de emprego e investimento.
48
8
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CRITICAS A TEORIA KEYNESIANA
PÓS KEYNESIANOS
Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar
o pleno emprego e o controle da inflação,
considerando, sobretudo, as negociações dos
sindicatos com os empresários por aumentos
salariais.
Os fiscalistas recomendam o uso de políticas
fiscais ativas e acentuado grau de intervenção do
governo
Realizaram uma releitura da obra de Keynes,
procurando mostrar que ele não negligenciou o
papel da moeda e da política monetária.
Enfatizam o papel da especulação financeira e,
como Keynes, defendem um papel ativo do Estado
na condução da atividade econômica
49
O NEOLIBERALISMO
O NEOLIBERALISMO
O Neoliberalismo vem procurando resgatar a total
independência da esfera econômica;
O Estado pode até garantir certa igualdade política,
mas não deve se intrometer no mercado
econômico.
Na prática, o neoliberalismo tem como
característica primordial o afastamento do Estado
em relação à gestão de diversos setores da
economia. Diferencia-se do liberalismo clássico
quanto à circulação internacional de bens e
capitais (globalização).
O NEOLIBERALISMO
50
No
neoliberalismo há a preocupação em se
formar blocos econômicos que sob
justificativa de maior facilidade na
circulação da produção cria verdadeiras
fortalezas protecionistas em torno das
economias mais fortes.
Esse
é o atual modelo de Estado praticado
no Brasil, EUA, e muitos países Europeus,
com
algumas
variações.
(Socialdemocratas)
51
52
NEOCLÁSSICO
O
MERCADO defendido pelas correntes
político-econômicas
neo-liberais
dominantes de hoje é aquele onde
teríamos:
Liberdade aos agentes econômicos
Leis
(trabalhistas,
tributárias,
ambientais...) mais brandas
Baixa intervenção Estatal na economia
Estado fora do setor produtivo
Estado fora do setor de serviços
fiscais,
53
9