PROGRAMA DE UNIDADE CURRICULAR
Unidade Curricular:
Sócio Antropologia da Doença Crónica
Curso:
Curso de Pós Licenciatura e Mestrado em Enfermagem Médico-cirúrgica
Ano Lectivo
2015-2016
Ano Curricular
1º
Semestre
1º
Nº de Ects
6
Equipa Pedagógica:
 Regente/Coordenador
 Docentes
Maria Manuel Quintela
Maria Manuel Quintela, Eunice Sá, Andreia Costa, Lina Antunes
(2 Conferencista A Confirmar)
Compreender a relação saúde, doença e sociedade, reconhecendo as
dimensões sociais, culturais e políticas na construção da ‘doença crónica’. Por
um lado, analisando-a como uma categoria e problema de saúde pública e, por
Finalidade
outro lado, como uma experiência de vida que dialoga com uma diversidade de
lógicas de cuidados entre doentes, famílias, comunidade e profissionais de
saúde
Que no final da unidade curricular o estudante seja capaz de:
OA1.Compreender a relação entre saúde, doença e sociedade.
OA2.Descrever algumas perspectivas contemporâneas sobre as doenças
crónicas, particularmente no que concerne à saúde pública, epidemiologia e
indicadores de qualidade de vida.
OA3.Interpretar os indicadores de saúde relacionando-os com as situações
socio-culturais das populações e indivíduos.
Objectivos
OA4.Reconhecer a importância das dimensões socio culturais e políticas na
gestão da doença crónica a nível do individuo, grupo, família e comunidade.
OA5.Compreender a doença crónica como experiência de vida e de modelação
de quotidianos através de ferramentas teórico-metodológicas da antropologia e
sociologia da saúde.
OA6.Analisar e reflectir sobre a situação de doença crónica como uma situação
relacional de lógicas de cuidados entre doentes, famílias e profissionais de
saúde, destacando os enfermeiros (as)
I - DOENÇA, SAÚDE E SOCIEDADE
1. Saúde e doença: perspetivas socio-antropológicas
2. Das epidemias às doenças crónicas: relação saúde, sociedade e
Programa
história
3. De doenças crónicas a longa duração: análise de conceitos, categorias
e perspectivas. ‘
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I I - DOENÇAS CRÓNICAS e SAÚDE PÚBLICA
1. Doenças crónicas: perspectivas epidemiológicas
2. Qualidade de vida: indicadores e experiências
3. Educação para a saúde e gestão da doença: entre políticas de
cuidados e lógicas de vida
III – DOENÇAS, ‘DOENTES’ E PROFISSIONAIS
1. Doenças e ‘doentes’: entre diagnósticos e experiências de vida
2. Doenças ‘crónicas’, sofrimento, e profissionais de saúde:
representações sociais e visões de mundo
3. Pluralidade terapêutica e diversidade cultural: estudos de caso
Horas de Trabalho:
Total de Horas:
 Teóricas
 Seminário
 Teórico-Práticas
60
48
 Orientação Tutorial
12
 Praticas Laboratoriais
 Trabalho de Campo
 Estágio
As aulas de seminário terão a finalidade de apresentar os principais debates,
autores e conceitos sobre o tema, bem como metodologias utilizadas na
pesquisa
dessas
temáticas,
com
a
participação
dos
estudantes
e
conferencistas convidados. Nas aulas teórico-práticas serão discutidos textos,
artigos, capítulos de livro; e, apresentadas pelos estudantes situações vividas
em
contexto
profissional.
Poderão
nalgumas
sessões
ser
visionados
documentários e debatidos por um especialista no tema.
Metodologia
Os estudantes agrupar-se-ão por grupos de acordo com a escolha da sua área
especifica de mestrado e a partir da leitura de um livro (proposto pelo docente).
Esta leitura será efectuada ao longo do semestre, que os grupos apresentarão
em sala de aula, sob a forma de um seminário (ponto III), relacionando a leitura
desses estudos de caso com uma situação vivida em contexto profissional.
Para além da bibliografia geral, serão fornecidos ao estudante um conjunto de
textos específicos sobre as temáticas abordadas.
Terá dois momentos: um de grupo e outro individual. O primeiro, com uma
ponderação de 40% é constituído por um trabalho de grupo sobre a leitura de
Avaliação
um livro e apresentação de situações vividas em contexto profissional num
seminário. O segundo, com a ponderação de 60% consiste num ensaio escrito
individual sobre um dos pontos programáticos do programa ilustrado com uma
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situação vivida em contexto profissional e fundamentado com a bibliografia
principal da unidade curricular.
Augé, Marc; Herzlich, Claudine, 1986 (1984), Le Sens du Mal. Anthropologie,
histoire, sociologie de la maladie. Paris: Editions des Archives Contemporaines.
Bastos, Cristiana, 2002, Ciência, Poder, Acção, as respostas à sida, Lisboa,
ICS.
Bastos, C., Pereira, L., Quintela, M., 2001, “Antropologia da Saúde e da
Doença: perspectivas e terrenos de investigação ”, Dossier Etnográfica vol V
(2).
Carapinheiro, Graça, 2006, Sociologia da Saúde: estudos e perspectivas,
Coimbra, Pé de Página.
Boville, D. et al (2007) An Innovative Role for Nurse Practitioners in Managing
Chronic Disease Nursing Economics, 25(6), 359-364.
Cunha, Manuela Ivone; Durand, Jean-Yves (ed.) (2011), Razões de saúde:
poder e administração do corpo: vacinas, alimentos, medicamento, Lisboa: Fim
de SéculoGood, Mary-Jo D,; Brodwin; Paul; Good, Byron (orgs.), 1994, Pain as Human
experience. An Anthropological Perspective. Berkley: University of California
Press.
Fox, S. (2008) Living with chronic illness: a phenomenological study of the
health effects of the patient–provider relationship. Journal of the
AmericanAcademy of Nurse Practioners 20, 109–117.
Bibliografia Principal
Kleinman, A., 1995, Writing at the Margin: Discourse between Anthropology and
Medicine, Berkeley, University of California Press.
Meetoo,D. (2008) Chronic diseases: the silent global epidemic. British Journal
of Nursing,17 (21), 1320-1325
Minayo, Maria Cecilia; Coimbra, Carlos (edits), 2002, Antropologia, Saúde e
Envelhecimento,Rio de Janeiro, Fiocruz.
Mol, Anne Marie, 2008, The logic of care: health and the problem of patient
choice. London, Routledge.
Ogle, K.S., Swanson, G. M., Woodts, N., & Azzouz, F. (2000). ‘Cancer and
Comorbidity. Redefining chronic diseases’. Cancer, 88 (3), 653-66.
Quintela, Maria Manuel, 2011,”Seeking ‘energy’ vs . pain relief in spas in Brazil
(Caldas da Imperatriz) and Portugal (Termas da Súlfurea)”,
Anthropology&Medicine, 18:1, 23-35.
Stoller, Paul, 2004, Stranger in the village of the sick. A memoir of cancer,
sorcery and healing. Boston, Beacon Press.
Toombs, S.Kay et all (eds), 1995, Chronic Illness. From experience to policy,
Indianopolis, Indiana University Press.
Trostle, James A., 2005, Epidemiology and Culture, Cambridge.
Wilson, P., Kendall, S. & Brooks, F. (2007) ‘The Expert Patients Programme: a
paradox of patient empowerment and medical dominance’. Health and Social
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Care in the Community,15 (5), 426–438.
WHO, 2002, Innovative Care for Chronic Conditions: building block for action.
Geneva, World Health Organization.
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