PROGRAMA DE UNIDADE CURRICULAR
Unidade Curricular:
Antropologia e Saúde Pública
Curso:
Curso de Pós Licenciatura e Mestrado em Enfermagem - Área de
Especialização em Enfermagem Comunitária
Ano Lectivo
2014-2015
Ano Curricular
1º
Semestre
1º
Nº de Ects
6
Equipa Pedagógica:
• Regente/Coordenador
Prof.ª Adjunta Maria Manuel Correia de Lemos Quintela
• Docentes
Prof.ª Maria Manuel Quintela
2 Conferencistas a confirmar
Finalidade
Capacitar os estudantes para compreender e problematizar a Saúde Pública
como uma questão complexa, transnacional, global e multicultural utilizando as
ferramentas teórico-conceptuais da Antropologia da Saúde. Pretende-se que os
enfermeiros (as) possam responder de uma forma compreensiva e crítica a
problemas emergentes na saúde pública que se colocam na prática da
Enfermagem Comunitária.
Objectivos
Que no final da unidade curricular os estudantes sejam capazes de:
OA1.Problematizar a relação entre saúde, cultura e sociedade.
Conhecer e relacionar premissas antropológicas com o conhecimento e prática
da saúde pública e comunitária.
OA2.Identificar interfaces entre a antropologia e a enfermagem de saúde
comunitária.
OA3.Compreender e analisar a diversidade cultural de respostas das
populações, grupos, famílias e indivíduos aos Programas de Saúde.
OA4.Interpretar os indicadores de saúde relacionando-os com as situações
socio-culturais das populações e indivíduos.
1.
2.
3.
4.
5.
Antropologia e Saúde Pública: temáticas e abordagens;
Paradigmas de Saúde: do Higienismo a Alma- Ata;
Problemas de Saúde Pública: dos textos aos contextos etnográficos;
Entre as epidemias e o «risco»: das populações às «pessoas»;
Cuidar Comunidades e famílias: situações de vida e saúde no
quotidiano;
6. Migrantes, Religião e Saúde;
7. Estados e “culturas de saúde”: desigualdades e vulnerabilidades.
Programa
Horas de Trabalho:
• Teóricas
Total de Horas:
54
• Teórico-Práticas
16
• Seminário
• Orientação Tutorial
5
• Praticas Laboratoriais
• Trabalho de Campo
12
• Estágio
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PROGRAMA DE UNIDADE CURRICULAR
Metodologia
As aulas teóricas alternam com as aulas teórico-práticas. No final haverá um
seminário com especialistas do tema. Numa das sessões será visionado um
documentário, seguido de debate.
Para além da bibliografia geral, serão fornecidos ao estudante um conjunto de
textos específicos sobre as temáticas abordadas, bem como serão
apresentadas algumas etnografias por especialistas dos temas no conjunto do
programa proposto. Os estudantes terão ainda que realizar um pequeno
«trabalho de campo» sobre uma das temáticas propostas no programa.
Avaliação
A avaliação é contínua e tem dois momentos: um primeiro (40%) de grupo
consiste num exercício de natureza prática, realizado em contexto profissional
sobre uma das temáticas da unidade curricular em que o estudante utilizará a
técnica de entrevista e /ou observação – participante que apresentará em sala
de aula; e um segundo (60%) consistirá na redacção individual de um texto
sobre a temática trabalhada no exercício prático e fundamentado teoricamente.
Augé, Marc; Herzlich, Claudine, 1986 (1984), Le Sens du Mal. Anthropologie,
histoire, sociologie de la maladie. Paris: Editions des Archives Contemporaines.
Bastos, Cristiana, 2002, Ciência, Poder, Acção, as respostas à sida, Lisboa,
ICS.
Bastos, C., Pereira, L., Quintela, M., 2001, “Antropologia da Saúde e da
Doença: perspectivas e terrenos de investigação ”, Dossier Etnográfica vol V
(2).
Cabral, Villaverde, Manuel (coord.), 2002, Saúde e Doença em Portugal,
Lisboa, ICS.
Carapinheiro, Graça, 2006, Sociologia da Saúde: estudos e perspectivas,
Coimbra, Pé de Página.
Cunha, Manuela Ivone; Durand, Jean-Yves (edits), 2011, Razões de saúde:
poder e administração do corpo: vacinas, alimentos, medicamento, Lisboa: Fim
de Século,
Bibliografia Principal
Fassin, Didier, 2012, ‘O sentido da saúde: antropologia das politicas da vida in
Saillant, Francine; Genest, Serge (orgs)’, Antropologia médica: ancoragens
locais, desafios globais. Rio de Janeiro, Fiocruz, pp. 375-390.
Kleinman, A., 1995, Writing at the Margin: Discourse between Anthropology and
Medicine, Berkeley, University of California Press.
Hahn, Robert (edit.), 1999, Anthropology in Public Health. Bridging Differences
in Culture and Society. Oxford: Oxford University Press
Lupton, Deborah, 2002, The Imperative of Health. Public Health and the
regulated body. London: Sage Publications.
Marks, Lara; Worboys, 1997, Migrants, Minorities and Health. Historical and
contemporary studies. London, Routledege.
Pereira, Luís S.; Pussetti, Chiara (orgs.), 2009, Os Saberes da Cura.
Antropologia da Doença e Práticas Terapêuticas, Lisboa, ISLA.
Porter, Dorothy, 1993, “Public Health” in Bynum,W.F.; Porter, Roy (edit.)
Companion Encyclopedia of the History of Medicine. London: Routledge,
ESEL, 7 de outubro de 2014
PROGRAMA DE UNIDADE CURRICULAR
pp1231-1261.
Sobral, José; Silveira e Sousa, Paulo; Castro, Paula;Lima, Luísa, 2009, A
Pandemia Esquecida.Olhares comparados sobre a Pneumónica 1918-1919.
Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais.
Trostle, James A., 2005, Epidemiology and Culture, Cambridge
ESEL, 7 de outubro de 2014
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