FEA Escola de Verão Voluntariado
Évora, 06 de Junho de 2013
criados para pertencer
na cidade ajudamos a criar pontes
para que ninguém de sinta excluído
encontro de vizinhos?!...
a pessoa sem abrigo e a pessoa voluntário
Conhecemo-los pelas suas necessidades.
E se os conhecessemos pelo nome?!..
o que é ESTAR sem abrigo?
privação social... nudez social, relações sociais superficiais
processo auto-destrutivo, repetidos e monótonos dias, lógica
da sobrevivência
viver frequentemente nos limites, encurralado(a)s no
presente, ter pouca ou nenhuma consciência do tempo
incapacidade de definir preocupações e desejos
perda de laços afiliativos !!!
“a RUA" é, para o sem abrigo, um meio muito hostil, no qual
a sua integridade psicológica se encontra ameaçada.
pessoas invisíveis…
todos precisamos ser reconhecidos
o ecosistema PSA em Lisboa
milhares pessoas sem abrigo (e sem tecto)
dezenas+ de entidades públicas e privadas
Rede Social, “troica” (CML, SCML, Seg-Social), grupos de
trabalho distribuição alimentar, alojamento, etc.
dezenas de técnicos, centenas de voluntários, inúmeros
contactos diários
apoio em alimento, vestuário, saúde, alojamento
cada proposta é uma contribuição de valor, mas:
demasiada exposição pessoal
resposta excessiva, descoordenada/ desconexa
assistencialismo, por vezes impessoal
os Jantares Comunitários no
ecosistema
necessidades materiais imediatas relativamente
cuidadas, mas:
escassas oportunidades relacionais
importância da dignidade na distribuição
estigma social > reforço da identidade negativa
(exclusão)
os Jantares contribuem com algum "aroma"
Vou quentinha cá dentro! ("Teresa", pessoa sem abrigo);
Aqui é diferente de lá fora. ("Pedro", pessoa sem abrigo);
Tem sido uma escola para a minha vida… (Helena,
voluntária);
Descobri que não passo de um menino mimado. (Paulo,
voluntário)
um aroma no ecosistema
“Ele
conhece
o meu
nome!”
Há um “antes” e um “depois” dos Jantares Comunitários.
Há um “antes” e um “depois” de conhecer o Sr. José, o Sr.
Silva, o Sr. Carlos, o Agostinho, o Pedro, a Beta, o Mário, a
Paula e outros tantos que chegarão e ficarão também no
nosso dia-a-dia, muito para além do intervalo de 15 entre
cada Jantar. (Cristina, voluntária)
o que são os Jantares Comunitários?
iniciativa do Serve the City Lisboa
“Projecto Emblemático” do Ano Europeu do
Voluntariado (Comissão Europeia)
espírito de parceria e complementaridade:
o que são os Jantares Comunitários?
um espaço seguro e confortável
uma refeição quente e completa
partilhada por 300 PESSOAS:
“sem abrigo” (170) e voluntários (130)
quinzenalmente, em Alcântara (+ em breve…)
conversa lado-a-lado, olhos-nos-olhos, troca de
experiências e afectos (dar e receber)
o que são os Jantares Comunitários?
5 equipas de voluntários (total 130 pessoas)
EVJ (60) – voluntários de organizações parceiras e
outros (com e sem experiência “de rua”)
EVC (10) – preparam refeição
EVA (5) – acolhem e acompanham entradas/saídas
EVC (5) – coordenam serviço
EVS (50) – preparam sala, põem mesas, servem
mesas, limpam, arrumam
empresas, escolas, associações, igrejas, grupos ad-
hoc
cobrem custos da iniciativa (1.200 + 600)
impactos dos Jantares Comunitários
impactos dos Jantares Comunitários
Mensagens (à Cidade):
"a pessoa sem abrigo", "a pessoa voluntário”
o valor, a dignidade, a singularidade de cada um
a identidade além das circunstâncias de vida
"nascidos para pertencer…”
a presença (ponto de partida, independente da
contribuição de cada um)
diálogo e cooperação
vidas elevadas, mudanças (PSA e voluntários)
A maravilha de tudo, é sabermos que somos todos iguais.
Certas decisões levaram a que algumas vidas fossem menos
boas, mas olhando para esta foto, vocês sabem quem é
quem? (voluntária)
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Serve the City Lisboa