COMUNICADO DE IMPRENSA
Para impulsionar o combate ao Ébola e reforçar no futuro os serviços assentes na
comunidade, a UNICEF aumenta o montante do apelo para 500 milhões de dólares
NOVA IORQUE/GENEBRA, 12 de Dezembro de 2014 – A UNICEF anunciou hoje a ampliação da operação de combate
ao vírus do Ébola na África Ocidental durante os próximos seis meses, com um custo estimado de 500 milhões de
dólares – dos quais até agora apenas 24 por cento (125.7 milhões) estão assegurados.
Os fundos permitirão ao Fundo das Nações Unidas para a Infância continuar a responder às duas maiores fontes de
transmissão do Ébola – o não-isolamento dos pacientes diagnosticados e as sepulturas precárias – bem como
aproveitar oportunidades para reforçar os sistemas de prestação de cuidados primários de saúde e de apoio social
numa das regiões mais pobres do mundo.
“A UNICEF está a acelerar o seu trabalho no seio das comunidades para travar o surto, apoiar o isolamento inicial dos
casos, promover a inumação em segurança, bem como fomentar a sensibilização e o conhecimento da doença e seus
riscos,” afirmou o Dr. Peter Salama, Coordenadora Global da UNICEF para o Ébola. “Mas ao levarmos a luta contra o
Ébola para junto das comunidades, podemos também aproveitar para ajudar a construir serviços robustos de
cuidados de saúde primária e outros serviços sociais que irão trazer benefícios a longo prazo às crianças e suas
famílias, uma vez vencido o Ébola.”
O financiamento através do apelo destina-se a:
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Promover comportamentos preventivos que salvam vidas, incluindo práticas de sepultura segura e
isolamento inicial através de campanhas nos meios de comunicação social, campanhas porta-a-porta, assim
como a formação e colocação de cerca de 60.000 voluntários da comunidade;
Apoiar até 300 Centros Comunitários de Cuidados (CCC), centros de transição, centros de observação e
instalações para isolamento rápido nas áreas rurais;
Proporcionar serviços de protecção infantil a até 10.000 crianças cujos pais ou cuidadores tenham sucumbido
ao Ébola;
Manter stocks de Equipamentos Pessoais de Protecção (Personal Protective Equipment -PPE) e outros artigos
cruciais relacionados com o combate ao Ébola, tais como aqueles que são essenciais para a prevenção e o
controlo da doença; e
Manter ou preparar o retomar em segurança dos serviços básicos de saúde e educação.
“Não foi por coincidência que o Ébola emergiu em três países cujos sistemas de saúde eram,” afirmou o Dr. Salama.
“Os serviços de saúde pública nos países afectados pelo Ébola podem vir a emergir com muito mais força se
realizarmos os investimentos adequados agora, nos lugares certos – acima de tudo à porta das comunidades onde as
pessoas mais precisam desses serviços cruciais.”
“Ao apostar na formação de mais voluntários locais, mais estruturas físicas perto da casa das pessoas, apoiar os
trabalhadores comunitários nas áreas da saúde e assistência social, e capitalizar a identificação de muitos
sobreviventes do Ébola para ajudar a prestar cuidados a quem está afectado e em risco, podemos simultaneamente
combater a doença hoje e começar a definir maneiras de ministrar vacinas, tratar a má nutrição, melhorar os cuidados
pré-natais e potenciar melhores resultados no futuro,” afirmou.
A resposta ao Ébola apoiada pela UNICEF também tem impacte noutros sectores para além da saúde. Com escolas
encerradas, a UNICEF está a trabalhar com o Ministério da Educação e outros parceiros para apoiar a aprendizagem
contínua através da transmissão de aulas nas estações de rádio nacionais e locais, e módulos de auto-ensino.
Continuam ainda os esforços para a eventual reabertura de escolas em condições de segurança. Dezenas de milhares
de professores estão a receber formação sobre técnicas de apoio psicossocial, prevenção do Ébola e ambientes de
aprendizagem protectores, também para reforçar as respostas assentes na comunidade.
A UNICEF está também a apoiar os países em risco de surto de Ébola para que estejam preparados, através de
campanhas pró-activas de sensibilização e, em antecipação de algum surto, apoiando protocolos para a vigilância,
detecção e gestão de casos.
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Para impulsionar o combate ao Ébola e reforçar no futuro