Painel 1 - Bons ventos para tecnologia têxtil no esporte
Um mar de oportunidades se abre para os empresários quando se fala em tecnologia
têxtil para esportes. De segurança à funcionalidade, de conforto à recuperação, as
roupas são recrutadas a fazer parte dos resultados dos atletas, sejam eles olímpicos ou
de fim de semana. Este foi o tema debatido no primeiro Painel do Fórum Internacional
de Inovação Têxtil.
Entender a biomecânica do corpo, a troca térmica e também analisar os requisitos
específicos de cada modalidade, é o caminho inicial de quem vai desenvolver um fio,
tecido ou roupa para a prática esportiva. Segundo Mario Vaz, Investigador do
Laboratório de Biomecânica do Porto (Labiomep) que mantém parceria com a
Universidade do Porto, os têxteis têm sido muito pesquisados tecnologicamente pela
área da medicina e dos esportes. Além disso, também para os esportes adaptados
(esportes praticados por portadores de deficiência física) os pesquisadores portugueses
têm sido convidados a desenvolver e realizar testes para caracterização biométrica, a
exemplo do que já fazem, por exemplo, com a equipe de natação portuguesa. Para isso,
utilizam calças e camisetas com sensores, palmilhas 3D, pisos sintéticos, dentre outras
ferramentas para medir desempenho dos atletas.
Criado no Brasil pela Rhodia, empresa do Grupo Solvay, o Emana® já foi premiado por
sua tecnologia aplicado ao esporte e cosmética. Gabriel Gorescu, Gerente de Marketing
e Inovação da Unidade Global de Negócios Fibras, apresentou em detalhes as pesquisas
realizadas com atletas para desenvolvimento do fio emana, que acelera a micro
vascularização dos músculos, favorecendo a recuperação muscular e, também na área
cosmética, a redução de celulite.
A Santa Constância abordou a pesquisa e desenvolvimento que a empresa realizou para
lançar produtos para corredoras, como o top de sustentação e camisetas com troca
térmica. Além disso, apresentou o Lastol que, apesar de bastante elástico não impede a
transpiração na base dos seios. Maiôs com tecidos resistentes ao cloro e com proteção
UV também foram apresentados. Alessandro Pascolato, diretor da empresa, explicou
que o custo ainda tem sido questionado pelos revendedores, mas que os consumidores
percebem que, no fim, foi um bom investimento. Trata-se não somente de design e
conforto, mas também de funcionalidades melhores. “O custo maior é o que fazemos
em pesquisas, que são muitas” conclui Pascolato.
Ao final desse Painel, com mediação do iatista Lars Grael, a empresa de próteses
Otobock fez uma rápida apresentação sobre a tecnologia disponível aos esportes
paraolímpicos. “Quando as Paraolímpiadas começaram a ser transmitidas, eram apenas
alguns minutos no noticiário. Agora, já são horas de transmissão e os clubes começam a
incentivar e patrocinar equipes paradesportivas. O esporte é uma ótima forma de
reinserir essas pessoas na sociedade” explicou Wilson Zampini, Presidente da Ottobock
para a América Latina.
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