IGREJA BATISTA GÊNESIS
Série: HÁBITOS EFICAZES DE CRISTÃOS VITORIOSOS
Grupos Pequenos Batista Gênesis
Lição 6 – A PRÁTICA EFICAZ DA AUTO AVALIAÇÃO
TEXTO B ÍBLICO :
(Salmos 139:24) - “E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno”.
Ponto Saliente:
“Um homem não é outra coisa senão o que faz de si mesmo” - Jean-Paul Sartre.
Para conhecer e pensar:
Sabedoria Judaica – “Impor a disciplina de ver o estado da sua alma é uma das grandes
vitórias do homem contra si mesmo”.
Objetivos deste estudo
 Enxergar os defeitos dos outros não ajuda a corrigir os meus.
 A humildade é o melhor coadjuvante para uma vida que evolui.
 Aprender o exercício do olhar para a alma.
 Tomar ações práticas de que produzam o valor da excelência nas minhas
ações.
Conteúdo:
Desde a infância, vamos adquirindo a habilidade de avaliação seja ela sobre coisas próximas,
pessoas ou situações. Passamos por experiências, acumulamos conhecimento, pelo paladar
identificamos e avaliamos sabores, pelo olfato aprendemos a decifrar e avaliar perfumes,
odores e até circunstâncias de risco. Aprendemos a avaliar o que nos machuca e o que
devemos evitar. Nada é difícil de avaliar, até que um dia aprendermos que para nos darmos
bem na vida iremos ter que aprender a nos avaliar. A auto avaliação é um exercício
fundamental para o crescimento da alma, o aprendizado nos fará progredir tanto no campo
humano, intelectual como também no espiritual. É penosa a tarefa de avaliar-se, já que o ser
humano tem a tendência de não ser tão crítico consigo mesmo. É duro reconhecer as nossas
imperfeições e os nossos defeitos. Saber que os nossos defeitos estão lá, que teimam em não
sair e que só serão vencidos se eu exercitar o perceber-me, se eu entender os prejuízos que
cada deficiência produz em mim e às vezes até nos outros. Um belo exemplo disto é o que
aconteceu com Davi. Ao não perceber-se frágil no dia que foi tentado, caiu. Só que sua queda
não produziu prejuízos apenas a si, a ressonância e o efeito de sua queda produziu prejuízos
em todas as direções. Talvez, por isto mesmo aprendeu a técnica da auto avaliação e nos
mostrou exemplos fartos disto nos Salmos. Percebemos claramente o quanto esta técnica ela
era evoluída em seu ser, do quanto havia feito disto um hábito saudável para sua vida. E
Jonas? A sua rebeldia quase fazia afundar um barco com toda sua tripulação e passageiros.
Sem contar que quase também morria engolido por um peixe. Quem não desenvolveu o
hábito e a técnica da auto avaliação certamente terá dificuldade em progredir, em melhorar-se
e por isto terá mais dificuldades em dar-se bem na vida. Pedro por exemplo quando foi avisado
por Jesus de que Satanás iria tenta-lo, não soube se avaliar. Percebeu-se de uma forma
completamente equivocada.
Ao que resolveu desenvolver a prática da auto avaliação vai aqui um aviso: Há que se ter
cuidado para que ela não o leve para a estrada da depressão. Sim, se eu reconheço uma
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fragilidade interior e não luto contra ela, se não reúno forças para debelá-la da minha vida,
facilmente posso cair em depressão.
A ignorância brasileira ou a irrelevância que o nosso povo aplica a tão necessária prática da
auto avaliação foi registrada pelo poeta Dorival Caymmi, na belíssima letra da música
“modinha para Gabriela”. Lá o personagem fictício ou não (a gente nunca sabe como surgem à
inspiração dos poetas, algumas vezes o que escrevem é pura ficção, outras vezes não, eles
viveram circunstancias parecidas na vida real) de Gabriela, diz: “Quando eu vim pra esse
mundo eu não atinava em nada. Hoje eu sou Gabriela, Gabriela he! Meus camaradas. Eu
nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela!” A verve
bem humorada do brasileiro vai a todo lugar. É só olhar para as propagandas na televisão que
a gente percebe o quanto a linda do humor atinge e agrada o brasileiro. A rebeldia de Gabriela
toma corpo na música, suas “tiradas” bem humoradas fez da música uma espécie de hino
nacional dos que não se auto avaliam. Gabriela entrou para a história pelo bom humor com
que ela trata aos que pedem uma mudança no seu comportamento. Acontece que a música
encerra de forma abrupta sem contar o final da história de Gabriela. Os que pensam poder
nascer assim e morrer assim, sem se importar no quanto seus defeitos irão produzir incômodo
nos outros, certamente terminará de forma amarga seus dias aqui. Podemos dar uma pausa
aqui para refletir em defeitos resistentes da nossa alma?
Vencer a si não é como vencer um oponente. Vencer um oponente é relativamente fácil, ele é
um inimigo físico, visível, quando perde uma luta vai embora cabisbaixo. Vencer a si é vencer
um inimigo invisível, pernicioso, resistente, interiorizado, a quem você não quer mal tratar,
que nos acompanha 24 horas por dia e mesmo quando perde teima em querer voltar a lutar.
Vencer a si é lutar contra algo que está arraigado na sua natureza, que lhe acompanha muitas
vezes através do seu “pacote genético” e contra a qual você muitas vezes terá que lutar por
toda existência. Quando você vence a si, aquela deficiência não é debelada em definitivo, suas
sementes ficam por ali, facilmente voltam a germinar se você voltar a alimentá-la, fazendo
renascer o mesmo adversário de sempre. Se para vencer um oponente é necessário Conhecer
suas estratégias, seu estilo de luta, ter habilidade e mais força que ele, para vencer a si é
necessário muita disciplina, persistência, uma boa dose de paciência e auto-observação. Foi o
filósofo grego Platão quem concluir de forma belíssima: “Você jamais conseguirá mudar o
mundo, se não aprender primeiro a mudar a si próprio”.
O que aprendeu a enxergar-se com a disciplina do que quer reconhecer suas próprias falhas
para aprender a melhorar seu interior, seu comportamento, também aprendeu a correr para
Deus nas horas em que as suas imperfeições denunciam a sua verdadeira identidade. Só nele e
por ele, motivaremos a nossa vida a uma constante busca pelo aperfeiçoamento (Cl 1.16).
Você já conseguiu mapear seus pontos fracos, suas regiões vulneráveis? Você já desenvolveu o
hábito de lutar contra estes pequenos e resistentes gigantes interiores?
Davi foi um homem muito a frente do seu tempo, ele como nenhum outro soube que o
caminho da excelência, a estrada que nos leva para vitória passava obrigatoriamente por uma
auto avaliação, pela necessidade de uma varredura das suas inclinações frágeis ao erro. Além
de ter aprendido a disciplina eficaz da auto avaliação, ele aprendeu a se tornar auxiliar adjunto
nesta tarefa, chamando Deus para direcioná-lo onde estavam suas falhas de caráter, suas
negligências espirituais e suas imperfeições de pensamentos. O grande Davi já abre o salmo
declarando seu conhecimento sobre o fato: “Senhor tu me sondas”. Que belo é saber que nós
temos um Deus que nos sonda, não para bisbilhotar a nossa vida, mas por que deseja
relacionamento. Ele nos avalia não para nos reprovar, mas para nos auxiliar na nossa
libertação, no nosso crescimento. A sondagem de um terreno é a primeira ação de quem quer
construir uma edificação. Necessária para a descoberta do tipo de solo, da sua capacidade
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para suportar o peso da edificação que será feita ali sem que ela tombe, a sondagem do solo
direciona e garante segurança ao construtor. Ele diz que “de longe Deus conhece nossos
pensamentos, sabe quando trabalho, quando descanso, conhece todos os nossos caminhos”.
Nas entrelinhas ele está dizendo que nós temos um Deus amigo, que sente prazer em nos
acompanhar a cada minuto do dia, de estar conosco. O nível de acompanhamento dele
conosco é tão profundo, que ele sabe as palavras que diremos antes mesmo que saiam da sua
boca. Não é incrível isto?
A grande trama que se desenvolve no salmo, no entanto, não tem a ver com o nível pleno de
conhecimento de Deus conosco, mas que não podemos escapar da sua presença: “Se subir aos
céus lá tu estás, se descer a minha sepultura lá também estás”. Mas que isto, Davi parecia ter
muito prazer nisto: “Tal conhecimento para mim é maravilhoso”. E tinha porque ele sabia que
esta era a grande chance da sua vida, depois de sessões infinitas de auto avaliação, de ser
divinamente guiado por caminhos melhores, por caminhos que o levasse até a eternidade. Há
uma vida com Deus. Por isto pedia a Deus para que ele também o avaliasse e a partir desta
avaliação ele o guiasse para que não viesse a incorrer novamente em erros, nem praticar ações
que produzissem a desqualificação dele para o Reino Eterno.
No Salmo 51:10, o mesmo homem que havia aprendido a disciplina da auto avaliação, agora
chamava Deus para ajuda-lo nesta árdua tarefa de melhorar-se, revela que descobriu a origem
de todo problema, de toda dificuldade de crescimento: “Cria em mim, ó Deus, um coração
puro, e renova em mim um espírito reto”. O problema está nas inclinações de um coração
impuro, e para resolver em definitivo ele pede ajuda divina contra as inclinações do seu
coração.
Aqui vão algumas dicas que poderão auxiliá-lo na prática da auto avaliação:
Procure enumerar quais são seus pontos fracos e fortes, as atividades para as quais você tem
mais facilidade e em quais pontos você tem mais dificuldades. Pense tanto em tarefas
relacionadas ao seu comportamento, sua espiritualidade, como à sua casa nas tarefas
cotidianas.
Comece pelos pontos positivos:
Ao descobrir suas qualidades, procure maneiras de mantê-las ou aprimorá-las. Por exemplo, se
você é bom em uma tarefa, procure uma maneira de executá-la mais rápido ou aplique alguma
maneira que possa transformar seu trabalho bom em excelente. A regra também vale para
qualidades pessoais; por exemplo, se você é um bom ouvinte, procure usar essa habilidade a
seu favor e trabalhe com base nisto, use como um diferencial.
Trabalhe os pontos negativos
Saber suas qualidades é a parte fácil. Agora, concentre-se nos defeitos enumerados em sua
lista, descubra o motivo deles e o que você pode fazer para superá-los. Se você tem
dificuldades para realizar certas tarefas, procure maneiras alternativas de realizá-las. Contudo,
se o defeito for comportamental, a resolução pode ser um pouco mais difícil.
Conclusão
Ao se conhecer, você será mais capacitado para liderar outras pessoas e se aperfeiçoar
diariamente, melhorando seu relacionamento no trabalho, com a família e, principalmente,
com você mesmo. Com isso, você notará uma grande evolução em seu desenvolvimento
pessoal. Você atrairá a presença de Deus à sua vida.
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