Área: Fitopatologia-Nematologia
PROGRESSO DE RAMULARIA AREOLA EM CULTIVARES DE ALGODOEIRO NO CERRADO SUL-MATOGROSSENSE.
Alfredo Dias1, Gustavo de Faria Theodoro1
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UFMS- Universidade Federal do Mato Grosso do Sul/ Fundação Chapadão ([email protected]),
UFMS- Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
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A mancha de ramulária é uma das principais doenças da cotonicultura brasileira, responsável por
perdas significativas, podendo chegar a 75% em cultivar suscetível. A resistência genética a doenças
trata-se, certamente, do meio mais seguro e econômico para o controle de patógenos no
algodoeiro, entretanto existem poucas informações a respeito do assunto. Esses fatores, associados
a indícios da existência de variabilidade genética desse patógeno, tornam indispensáveis a
avaliação de cultivares, quanto ao seu desempenho em face da evolução dessa doença nas
principais regiões produtoras do país. O objetivo do presente trabalho foi avaliar em condições de
campo a evolução da mancha de ramulária em diferentes cultivares de algodoeiro em Chapadão do
Sul-MS. O experimento foi instalado na área experimental da Fundação Chapadão no ano agrícola
de 2012, a semeadura foi realizada no dia 27/12/2011, em sistema de produção convencional em
área anteriormente cultivada com algodão. O manejo fitossanitário de pragas e plantas daninhas na
área experimental foi realizado de maneira semelhante para as três cultivares, de acordo com as
recomendações técnicas utilizadas na região. Não foi realizado o manejo químico com fungicidas
com intuído de determinar a resposta genética de cada cultivar, sendo elas: FMT 701, FMT 705 e
FMT 709. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições,
compostos por parcelas de 21,6 m2 cada. Durante todo o desenvolvimento da cultura foi realizado
o monitoramento para identificar o momento da primeira detecção de R. areola em cada cultivar.
Foram feitas avaliações da severidade da mancha de ramulária, utilizando escala diagramática, em
20 folhas escolhidas ao acaso na metade inferior e o mesmo na metade superior da planta, nas
duas linhas centrais da parcela e nos estádios fenológicos F8, F10, F11, F15, C1 e C5. Em seguida, foi
determinada a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Utilizando o software
estatístico SASM-Agri (Versão 3.2.4), os dados originais normais foram transformados e
comparados pelo teste Skott-Knot á 5% de probabilidade. Os primeiros sintomas da mancha de
ramulária foram observados no dia 19/03/2012, aos 79 dias após a emergência da cultura, nas
cultivares FMT 701 e FMT 709, enquanto que na cultivar FMT 705, aos 107 dias (16/04/2012). A
confirmação da etiologia da doença foi feita por meio da análise da presença de estruturas
reprodutivas do patógeno em folhas com sintomas da R. aerola, no Laboratório de Fitopatologia da
UFMS. Foi constatado que a cultivar FMT 701 proporcionou a maior evolução da mancha de
ramulária seguido da cultivar FMT 709 e por último o menor progresso do patógeno na cultivar
FMT 705. Para as condições de Chapadão do Sul-MS, a cultivar FMT 705 apresentou resistente a R.
areola enquanto que a cultivar FMT 701 foi suscetível.
Brasilia, 3-6 Setembro 2013
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