ANAIS ELETRÔNICOS III ENILL Encontro Interdisciplinar de Língua e Literatura. 29 a 31 de agosto de 2012, Itabaiana/SE: Vol.03, ISSN: 2237-9908 1 O TEXTO LITERÁRIO COMO FERRAMENTA NO TRABALHO COM A LEITURA1 COSTA, Elaine Dantas (Graduanda UFS) SILVA, Fernanda Alaíde da (Graduanda UFS) SANTOS, Nicaelle Viturino dos (Graduanda UFS) INTRODUÇÃO O texto literário traz em si um caráter plurissignificativo, o que possibilita um debate mais aberto acerca da temática desenvolvida no contexto escolar e sócio comunicativo dos sujeitos. Promovendo com isso, uma incitação no indivíduo, que passa a buscar a comprovação da hipótese levantada no ato da leitura. A ssim, buscamos neste trabalho, trazer à baila, algumas reflexões acerca da utilização do texto literário em sala de aula e, de como este pode servir de ferramenta para o professor no trabalho com a leitura. Entendendo leitura como uma forma de construção de conhecimento, podemos identificá-la como uma atividade prazerosa e de enriquecimento cultural. Tal qual defende Soares (2000, p.19), a leitura é “uma forma de lazer e de prazer, de aquisição de conhecimentos e de enriquecimento cultural, de ampliação da s condições de convívio social e de interação”. Nesse caminho, vale considerar algumas implicações acerca de empreendimentos que podem auxiliar no desenvolvimento de uma leitura menos inocente, posto que, tem-se como um dos objetivos da escola, propiciar um ambiente de debate para que o aluno possa desenvolver-se enquanto cidadão consciente de seus direitos e deveres, capaz de criticar e transformar a realidade que o cerca. Isso é proposto pelos PCN’s - Parâmetros Curriculares Nacionais - documento que visa um melhor desenvolvimento da Educação no Brasil e, por isso, traz proposições para que os profissionais da educação tenham um direcionamento acerca do trabalho a ser elaborado e efetivado no contexto escolar. Nesse viés, os PCN’s defendem que a leitura do texto literário é um processo construtivo e que ultrapassa a barreira da mera decodificação, pois 1 Trabalho apresentado à disciplina Literatura Portuguesa IV ministrada pela professora Gisélia Mendes no período 2012.1. ANAIS ELETRÔNICOS III ENILL Encontro Interdisciplinar de Língua e Literatura. 29 a 31 de agosto de 2012, Itabaiana/SE: Vol.03, ISSN: 2237-9908 2 O texto literário está livre para romper os limites fonológicos, lexicais, sintáticos e semânticos traçados pela língua: esta se torna matéria- prima (mais que instrumento de comunicação e expressão) de outro plano semióticona exploração da sonoridade e do ritmo, na criação e recomposição das palavras, na reinvenção e descoberta de estruturas sintáticas singulares, na abertura intencional a múltiplas leituras pela ambiguidade, pela indeterminação e pelo jogo de imagens e figuras. Tudo pode tornar-se fonte virtual de sentidos, mesmo o espaço gráfico signos não- verbais, como em algumas manifestações da poesia contemporânea (BRASIL, 1998, p.27). Nessa perspectiva, Ferreira e Dias (2002) salientam que Ao ler, o indivíduo constrói os próprios significados, elabora suas próprias questões e rejeita, confirma e/ou reelabora as suas próprias respostas. É ele quem escreve ou reinscreve o significado do escrito a partir de sua própria história (FERREIRA E DIAS, 2002, p. 2). Com isso, entendemos que, diante das várias possibilidades interpretativas que os textos (literários) permitem, é importante que o docente assuma seu papel de mediador, elaborando estratégias que auxiliem o aluno a desenvolver sua competência leitora, lapidando os juízos e possibilitando aos discentes uma ampliação, a partir dos textos, do conhecimento que eles já trazem. Nesse caminho, entendemos que a leitura, quando trabalhada no ambiente escolar, está na interface do despertar do gosto pelo ato de ler e da obrigação - esta última levando ao tédio e ao desprazer em fazer leituras. Na medida em que o aluno relaciona a leitura ao seu universo de conhecimento, reconhecendo-se enquanto partícipe de um determinado contexto de produção de sentidos, ele desperta seu interesse pela leitura, posto que esta passa a ser Um processo no qual o leitor, embasado nos seus conhecimentos prévios sobre o assunto, atua de forma determinante na construção de significado do texto, (...) este processo não se reduz a um simples ato de decodificação textual, no qual o leitor terá que, simplesmente, extrair informações do texto, decodificando-o; mas consiste em uma atividade extremamente complexa na qual o sujeito-leitor se porta ativamente, estabelecendo objetivos e elaborando hipóteses a serem confirmadas durante o ato da leitura (SANTOS, ANDRADE, SANTOS, SANTOS, 2011, p.5). No entanto, o que ocorre em boa parte das escolas, são atividades voltadas para a decodificação, ou seja, para a depreensão de aspectos superficiais do texto, centradas em habilidades mecânicas, inteiramente desvinculadas dos usos sociais da ANAIS ELETRÔNICOS III ENILL Encontro Interdisciplinar de Língua e Literatura. 29 a 31 de agosto de 2012, Itabaiana/SE: Vol.03, ISSN: 2237-9908 3 linguagem (ANTUNES, 2003, p. 27). Tais atividades servem (em sua maioria) como exercícios avaliativos, que se limitam à recuperação de elementos literais e superficiais do texto. Tornando com isso, a leitura e o trabalho com o texto literário uma atividade maçante “incapaz de suscitar no aluno a compreensão das múltiplas funções sociais da leitura” (ANTUNES, 2003, p.27). Mediante o exposto, entendemos que o trabalho com a leitura deve ultrapassar a fase da decodificação e passar a ser efetivado enquanto um ato de interação, em que o discente seja partícipe ativo na construção dos sentidos e paulatinamente torne-se um leitor autônomo. Nesse caminho, acreditamos que o texto literário seja uma das ferramentas mais pertinentes para que essa ideia seja concretizada, devido ao seu caráter plurissignificativo, que proporciona leituras múltiplas concernentes com as vivência s de cada leitor, além de trazer em si características singulares da fala, da escrita e do próprio contexto sócio cultural no qual foi elaborado, mas, ultrapassa-o tornando-se atual mesmo tendo sido escrito em uma época distante. Contanto e a partir das nossas próprias experiências ao cursar os Ensinos Fundamental e Médio, entendemos que o ato da leitura pode tomar dimensões inadequadas no contexto escolar. Muitas vezes, a solicitação de leitura feita pelo professor pode ser vista pelo aluno como algo enfadonho e sem sentido. E, essas perspectivas sobre a atividade de leitura remetem-nos a associação dela com uma obrigação, puramente. No entanto, vale considerar que, por mais que a leitura possa impor impasses (textos densos, palavras que caem em desuso, utilização de recursos literários e estilísticos complexos, etc), o leitor pode lançar mão de estratégias que a tornem menos cansativa e passe a fazer sentido. Com isso, faremos na próxima seção algumas considerações acerca do trabalho com a leitura e a partir da literatura. 1. LEITURA DO TEXTO LITERÁRIO: PRAZER OU OBRIGAÇÃO? “Somente uma leitura motivada pode realmente ser eficiente. (...) Uma escolha adequada de textos poderia induzi-los a uma postura capaz de ANAIS ELETRÔNICOS III ENILL Encontro Interdisciplinar de Língua e Literatura. 29 a 31 de agosto de 2012, Itabaiana/SE: Vol.03, ISSN: 2237-9908 4 despertá-los para a atuação nas questões mais técnicas que existem atrás do ato consciente de ler” (GONZÁLEZ, 2007, p. 15). O trabalho com a literatura no ambiente escolar tem privilegiado o estudo da história, com enfoque nas escolas literárias, e a leitura dos grandes cânones que servem de embasamento para exercícios de gramática e apontamento de aspectos superficiais e pontuais do texto (NIERO, 2010; OLIVEIRA, 2010). Com isso, o trato com a leitura do texto literário continua alicerçado em práticas tradicionais e acaba por tornar-se uma atividade obrigatória e desvinculada dos interesses do leitor. Mais uma vez, destacamos que a intervenção do professor, enquanto mediador no processo de ensino-aprendizagem tem um papel se suma importância: colaborar para que o aluno consiga ultrapassar as barreira s de uma leitura mais densa e evitar que ele desanime ao se deparar com a complexidade de determinados textos literários. Nesse caminho, o ato de ler requer habilidades que muitas vezes, o aluno desconhece. Essas habilidades, de ordem cognitiva, metacognitiva e organizacional são importantes para que o ato de ler tenha continuidade e que a leitura seja realizada com eficácia. Assim, o alcance do objetivo proposto depende da qualidade da leitura, que exige cuidados como, por exemplo, a concentração do leitor e a adequação do ambiente de estudo. Assim, González (2007) defende que, a tarefa de um leitor consciente é de interlocução, ou seja, “ler como se houvesse uma espécie de conversa interna com o objeto” (p.26). Nessa perspectiva, o professor desempenha um papel importantíssimo: o de mediador. A escolha dos textos, a organização de uma atividade de pré-leitura do texto, e o trabalho prévio com as estratégias de leitura, são atividades que o professor pode promover e, que ajudará o discente no desenvolvimento da leitura e da compreensão do texto. Com isso, vale ressaltar que a leitura não é um ato exclusivamente linguístico, ela requer outros conhecimentos, tais quais: conhecimentos textuais, referentes à organização do texto, ao gênero ou tipo a que o texto pertence, conhecimentos enciclopédicos, os que possuímos no contato com o mundo e a cultura, etc.. ANAIS ELETRÔNICOS III ENILL Encontro Interdisciplinar de Língua e Literatura. 29 a 31 de agosto de 2012, Itabaiana/SE: Vol.03, ISSN: 2237-9908 5 Muitas vezes, ouvir do leitor que não está compreendendo o texto é comum, mas a não compreensão pode ser causada por vários fatores (o não compartilhamento das teorias expostas no texto, um local de leitura impróprio, uma linguagem não familiar, dentre outros) e por isso, faz-se necessário à intervenção do professor, para que o aluno não seja vítima da complexidade do texto ou da desmotivação que uma leitura mais densa pode causar. Nesse contexto, reiteramos mais uma vez a necessidade de um trabalho de pré-leitura, que possa fundamentar/instrumentalizar o aluno acerca, tanto da estrutura, quanto do contexto linguístico e social do texto, incluindo-o enquanto partícipe de uma discussão em que possa opinar criticamente. Esta postura é esperada em leitores proficientes, capazes de se auto avaliarem. De tal modo, trazemos à baila a discussão feita por Leffa (1996), que defende que o ato de ler requer a intervenção do próprio leitor, enquanto partícipe ativo: Uma das características fundamentais do processo da leitura é a capacidade que o leitor possui de avaliar a qualidade da própria compreensão. O leitor deve saber quando está entendendo bem um texto, quando a compreensão está sendo parcial ou quando o texto não faz sentido. (LEFFA, 1996, p. 45). Ao passo que o leitor eficiente consiga identificar a dificuldade encontrada no decorrer da leitura, ele é capaz de fazer uso de estratégias para seguir adiante com a prática. A utilização dessas estratégias faz com que a leitura deixe de ter um sentido de obrigatoriedade e passe a ser feita tendo em vista um interesse mais promissor, tornando-se um ato de ampliação de conhecimentos. Assim, o leitor proficiente tem que definir o propósito de sua leitura para que possa traçar o caminho a ser percorrido. Posto que, “a leitura envolve diferentes processos e estratégias de realização na dependência de diferentes condições do texto lido e das funções pretendidas com a leitura” (ANTUNES, 2003, p.77). Segundo a autora citada anteriormente, a leitura pode ter três funções principais: ler para informar-se, ler para deleitar-se e ler para entender as particularidades da escrita. Ao tratar da leitura do texto literário, acreditamos que este pode cumprir as três funções acima mencionadas, pois a partir da literatura pode-se obter informações importantes, tanto sociocultural, quanto política do país e do mundo; a leitura de textos literários pode ser feita com o intuito menos formal (podemos dizer), buscando divertimento e prazer; e pode ANAIS ELETRÔNICOS III ENILL Encontro Interdisciplinar de Língua e Literatura. 29 a 31 de agosto de 2012, Itabaiana/SE: Vol.03, ISSN: 2237-9908 6 também servir de base para o estudo e a compreensão das mudanças e particularidades ocorridas ao longo do tempo sobre a linguagem escrita e/ou falada. Assim, trazemos na próxima seção uma discussão acerca de um poema que exemplifica as proposições que fizemos até aqui. Vamos a ela. 2. IDENTIDADE, UMA TEMÁTICA INTERESSANTE Nesta seção, traçaremos uma possibilidade de atividade a partir do poema “Identidade” do autor africano Mia Couto. Trata-se apenas de uma das inúmeras possibilidades interpretativas que um texto literário pode propor, visto a sua característica inerente de plurissignificação. Segue o texto: Identidade Preciso ser um outro Para ser eu mesmo Sou grão de rocha Sou o vento que a desgasta Sou pólen sem insecto Sou areia sustentando O sexo das árvores Existo onde me desconheço aguardando pelo meu passado ansiando a esperança do futuro No mundo que combato morro no mundo porque luto nasço. Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas. Antes da leitura do poema, faz-se pertinente uma discussão acerca do que vem a ser “identidade” e do que isso representa em cada um. Essa reflexão pode tomar dimensões mais amplas, explorando possíveis diálogos entre o tema e o contexto familiar, escolar, dentre outros, direcionando para as diferenças, singularidades e similaridades das pessoas enquanto seres ontológicos. Após a leitura do poema, vale considerar alguns aspectos acerca do autor e da temática predominante em suas obras, que discute a política, a história e penetra no ANAIS ELETRÔNICOS III ENILL Encontro Interdisciplinar de Língua e Literatura. 29 a 31 de agosto de 2012, Itabaiana/SE: Vol.03, ISSN: 2237-9908 7 imaginário da condição de ser moçambicano, explorando em seus escritos aspectos da construção da identidade individual e coletiva de seu povo. Além disso, é importante fazer uma correlação entre o poema em questão e outros textos de gêneros textuais que explorem a mesma temática (propagandas, reportagens, tirinhas, dentre outros). Os alunos serão instigados a remeter a textos que conhecem e participar ativamente da aula. A partir de então, traça-se uma linha de exploração do poema. Que, por estar enquadrado no contexto da literatura está livre para à exploração de representações simbólicas, analogias que não se esgotam na leitura decodificativa ou mesmo literal. Já no título do poema pode-se traze à baila questões identitárias de ordem social e política (nacionalidade e pertencimento a determinada região do Brasil); e individual, discutindo como o homem se vê enquanto ser único e múltiplo ao mesmo tempo. Na primeira estrofe, o eu-lírico expande sua identidade para a necessidade de ser outro. Configurando assim, uma tensão entre o ser “você mesmo” (estado de permanência) e a confluência de outras identidades para a constituição da sua (estado de movimento e mudança). Pode-se entender assim, que há a necessidade do outro para que o eu exista. Esse impasse –distinção entre eu e outro- pode acontecer no interior do indivíduo, caracterizando um diálogo interno, que traz à baila semelhanças e distinções do homem, evidenciando o seu aspecto ontológico; de natureza comum e inerente a todos os seres. Na segunda, terceira e quarta estrofes a identificação dos seres marca as suas existências como sendo necessária à do eu-lírico que, por meio da metáfora, se afirma enquanto ser no mundo. Ainda na segunda, há uma afirmação do estado transitório do ser, posto que ao trazer as palavras “rocha” e “vento” remetemos ao caráter estático e móvel do ser, respectivamente. No entanto, na terceira estrofe, mesmo com a autoafirmação do ser, ele deixa incidir o não-ser, marcado pelo sem, que configura a ausência de algo: “Sou pólen sem insecto”. Enquanto que na quarta estrofe ele volta ao aspecto firme, dizendo “sou areia sustentando/ o sexo das árvores. (grifo meu). ANAIS ELETRÔNICOS III ENILL Encontro Interdisciplinar de Língua e Literatura. 29 a 31 de agosto de 2012, Itabaiana/SE: Vol.03, ISSN: 2237-9908 8 Na quinta estrofe, deparamo-nos mais uma vez com a identidade definida pela presença do desconhecido (não-ser), - “Existo onde me desconheço”- incluindo as dimensões temporais e marcando o passado como algo emergente e o futuro como algo incógnito. E, por fim, na última estrofe, a luta e o combate existentes podem ser relacionados ao eterno combate do ser e não-ser, que propõe a experimentação da vida, em suas batalhas para responder a questão: quem ou o que somos? Vale destacar ainda que, ao trabalhar com a literatura é importante perceber que a função do texto literário vai além da informação: vale considerar o jogo das palavras e as imagens suscitadas por este. Podendo ter um propósito argumentativo, como por exemplo, na defesa de um ideal social ou político. No caso em análise, pode-se reconhecer uma defesa em prol da busca da identidade, ressaltando a transitoriedade do ser. CONCLUSÃO Tendo em vista o exposto, acreditamos que o espaço para a leitura, a interpretação e a compreensão do texto, seja ele literário ou não, passa pelo intermédio epelo diálogo com o outro. A leitura em si, feita de maneira dialogada, considerando a tríade: autor/texto/leitor e aspectos sociais e contextuais, se efetiva de maneira mais eficaz a partir do reconhecimento do discente enquanto partícipe na construção dos sentidos. Nesse caminho, atitudes de ordem organizacional (espaço adequado, ambiente acolhedor), além de planejamentos acerca das leituras a serem desenvolvidas são essenciais para o engajamento do aluno. Esse ambiente pode ajudar no despertar do gosto pela atividade de leitura. Ainda nesse caminho, destacamos a importância da utilização do texto literário como ferramenta nas atividades de leitura e compreensão, posto a sua inerente possibilidade de leituras diversificadas, desde que respaldadas pelo próprio texto. Acreditamos que essa plurissignificação instiga o aluno acerca da busca pela confirmação das hipóteses levantadas em uma primeira leitura. Essa busca faz com ANAIS ELETRÔNICOS III ENILL Encontro Interdisciplinar de Língua e Literatura. 29 a 31 de agosto de 2012, Itabaiana/SE: Vol.03, ISSN: 2237-9908 9 que ele desenvolva habilidades cognitivas e metacognitivas que auxiliam no processo de desenvolvimento de uma leitura menos ingênua e superficial. Por fim, entendemos que a leitura é um processo complexo que exige habilidades, mas a leitura não deve ser necessariamente uma atividade insatisfatória e enfadonha, pois o leitor pode traçar metas e atribuir sentidos que a tornem uma atividade de aquisição de conhecimento e prazer e, o texto literário supre todas as necessidades para que isso aconteça. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/ Secretaria da Educação Fundamental: Brasília: MEC/SEF. 1998. FERREIRA, Sandra Patrícia Ataíde; DIAS, Maria da Graça Bompastor Borges. A escola e o Ensino da Leitura. Psicologia em Estudo, Maringá, v.7, n. 1, p.39-49, jan./jun. 2002. GONZÁLEZ, Ana Maria. Você sabe (mesmo) ler? Leitura, o sutil mundo das palavras. Edições Anagon, 1ª ed. Junho, 2007. NIERO, Pamela. 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