TIPOS DE ESTRUTURAS
Prof. Marco Pádua
A função da estrutura é
transmitir para o solo a carga da
edificação. Esta carga compõe-se de:
peso próprio da estrutura, cobertura,
paredes, esquadrias, revestimentos,
etc. Os elementos da estrutura são:
lajes, vigas e pilares. Podem ser
executados em concreto, aço,
madeira ou misto. No Brasil o
concreto é usado em larga escala.
As
estruturas
são
classificadas
em
hiperestáticas
(moldadas in loco) ou isostáticas
(pré-moldado). A primeira é mais
econômica, porem de execução mais
demorada e a segunda mais cara, mas
de rápida finalização. Ao lado vemos
galpões industriais usando-se prémoldados. Muito usado também em
Shopping Center e Supermercados.
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As estruturas moldadas “in
loco” (hiperestáticas) são concretadas
usando-se formas de madeira, unindo
todas as peças num conjunto único. Se
houver um recalque na fundação toda a
estrutura será afetada. Esta interligação
entre as peças resulta numa estrutura
“esbelta”, economizando materiais.
São muito usadas em edifícios
residenciais, hotéis e escritórios. A
alvenaria estrutural, comum em
apartamentos, também poderia ser
assim
classificada
mesmo
que
executada de modo diferente.
São de fácil identificação
(hiperestáticas), pois vemos um
esqueleto de concreto ser levantado à
medida
que
as
formas
são
desmontadas, diferentemente de seu
fechamento de alvenaria que é
executada em um ritmo mais lento. As
formas de madeira são projetadas para
todo o pavimento e após a concretagem
são desmontadas e montadas no andar
superior. Este jogo de formas é
utilizado até o ultimo pavimento. São
mais versáteis quanto à questão estética
do edifício, facilitando a criatividade.
Aqui vemos um sistema misto
onde os pilares e algumas vigas são
executadas em concreto e outras são
metálicas. Podemos classificá-las como
hiperestática (concreto) e isostática
(metal),
ao
mesmo
tempo,
considerando o sistema construtivo. Ao
concretar os pilares, apoios metálicos
(console) são também chumbados. Eles
são devidamente furados e fazem a
ligação com as vigas metálicas através
de porcas e parafusos ou também
soldas e rebites. Este recurso é
utilizado quando se quer cobrir grandes
vãos sem aumentar o pé direito,
inevitável se executada em concreto.
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Neste
detalhe
podemos
observar
um
perfil
metálico
sustentando a cobertura de um vão
bastante significativo. Se fosse
executada em concreto teria quase o
dobro da altura, acarretando na
elevação do pé direito. Outras vigas
metálicas menores estão soldadas na
principal e servem de apoio às lajes
pré-moldadas. Geralmente toda a
estrutura é “escondida” através de forro
usando-se os materiais diversos
encontrados.
Vamos mostrar agora um
edifício totalmente estruturado em
perfis metálicos. As fundações são
executadas de modo convencional
dependendo das características do solo.
Se houver garagem no subsolo as
contenções devem ser executadas
como de costume. Aqui também são
usados perfis metálicos encravados no
solo para sustentar as placas de
concreto
pré-moldadas.
Essas
contenções visam estabilizar o terreno
e não prejudicar as fundações vizinhas.
A característica das estruturas
isostáticas é a pré-fabricação e
montagem na obra, como neste caso.
As peças são previamente preparadas,
transportadas e montadas no local.
Apesar da rigidez nas ligações feitas
com porcas e parafusos a estrutura toda
ainda é flexível. Neste caso se houver
algum recalque no terreno, este será
absorvido e não afetará o restante
significativamente. Ainda cara no
Brasil, tem como vantagem a rápida
finalização da obra. Assim como os
pilares e vigas, as lajes também podem
ser metálicas, conhecidas como
“steeldeck”.
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As
fachadas
geralmente
recebem grandes vidros estruturados
em alumínio e os fechamentos e
divisórias são de alvenaria ou
“drywall”. Se a exposição da estrutura
não for intenção do Projeto, os
revestimentos serão capazes de
escondê-la perfeitamente. Este sistema
é preferido na Europa e Estados
Unidos principalmente em grandes
edifícios pela praticidade e por ser
economicamente viável.
Aqui vemos um sistema
conhecido como alvenaria estrutural
(hiperestático), muito usado em obras
residenciais individuais ou coletivas. É
caracterizado por não constituir uma
estrutura independente de pilares e
vigas, pois os mesmos são embutidos
na própria alvenaria, fazendo o papel
de reforço. Os blocos utilizados, sem
fundo, possuem furação na vertical
onde são “grauteados”. Blocos canaleta
substituem as vigas convencionais.
Nesse caso são usados elementos
cerâmicos.
Nesta
configuração
são
executados edifícios de até oito
pavimentos sem pilares e vigas
independentes, apenas lajes maciças.
Os elementos de alvenaria são
especiais e de acabamento superior,
padronizados e atestados quanto à
resistência. Podem ser revestidos ou
não. Se aparentes necessitam de
proteção quanto a intempéries. O
sistema demonstra ser 25% mais
econômico que o convencional. O
único limitador para seu uso é o de não
proporcionar grandes espaços.
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Este sistema (hiperestático)
também é classificado como alvenaria
estrutural, porem utiliza elementos
feitos em concreto. São mais
resistentes e podem ser usados para
edifícios de até 18 pavimentos,
também sem estrutura independente.
Os blocos são padronizados e
produzidos com rigidez no controle de
qualidade, possuindo vários tipos de
resistência, dependendo do seu
emprego.
Sua
economia
está
principalmente em não necessitar de
formas de madeira e baixo consumo de
concreto e ferros. Internamente os
painéis de paredes são planos e
aprumados, necessitando apenas de
uma camada de gesso. Externamente
são aplicados argamassa já na cor
desejada.
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Nesta obra vemos a cravação
de perfis metálicos para a execução de
contenções destinadas a subsolo e
garagens. São cravados através de
bate-estacas. O terreno esta sendo
preparado para receber uma estrutura
de concreto pré-moldado (isostática)
que abrigará um Shopping Center. O
Projeto deve respeitar as peças já
existentes para não onerar a obra. Daí
advém o enrijecimento da criatividade,
compensado pelo aceleramento do
empreendimento.
As fundações podem ser
executadas da forma calculada desde
que seja prevista uma cavidade central
a fim de acomodar os pilares. As peças
chegam à obra em carretas e são
montadas através de guindastes, em
suas respectivas posições. Os pilares
são dotados de consoles onde serão
encaixadas as vigas. Sobre as vigas, os
painéis de lajes serão apoiados. Toda a
estrutura será independente e não
solidaria, característica das isostáticas.
São empregadas também em
Supermercados, depósitos e galpões
industriais, enfim em toda obra que
tenha como objetivo criar grande área
coberta em curto espaço de tempo.
Mesmo sendo um sistema ainda caro
no Brasil, é largamente utilizado e
suprimiu o sistema convencional
moldado “in loco”. O acabamento
utilizado varia devido à grande oferta
de materiais, composto desde placas
metálicas, PVC e gesso. Externamente
há também, painéis de concreto
estampado, cujo efeito final dificulta
até o reconhecimento do sistema
utilizado.
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O sistema de alvenaria
estrutural pode e deve ser utilizados em
residências térreas ou sobrados,
obtendo como resultado um imóvel
seguro e de baixo custo. O segredo
para um bom resultado está em
executar uma fundação adequada,
respeitando o tipo de solo e o porte da
edificação.
Em pequenas obras temos
cargas muito inferiores aos dos grandes
edifícios, portanto podemos ajustar os
materiais conforme o caso. Se nos
edifícios
são
utilizados
blocos
estruturais, mais caros, em pequenas
obras usamos apenas substituindo os
pilares. No restante podemos usar os
blocos de vedação. Em lugar do
“grout” usamos concreto com pedra nº
1. Os detalhes para execução do
sistema poderá ser visto no link
“ALVENARIA”
com
o
titulo:
Alvenaria Estrutural Passo a Passo.
Após o revestimento fica
difícil identificar o sistema utilizado
que, se bem executado, não trará
problemas aos seus moradores.
Finalizando vale lembrar que
as estruturas moldadas “in loco” são
divididas
em
Concretagem
Independente e Concretagem em
Conjunto,
exploradas
no
link
“QUANTIFICAÇOES”.
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