TECNASOL FGE - FUNDAÇÕES E GEOTECNIA, S. A.
RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
Capital Social: 2.850.000,00 euros
Matrícula nº 7252 na Conservatória do Registo Comercial da Amadora
Contribuinte nº 502567830
Alvará de Construção nº 20038
Edifício Edifer
Estrada do Seminário, 4 - Alfragide - 2610-171 Amadora - Portugal
Tel.: +351214749000 - Fax: +351214759500
[email protected] - www.tecnasolfge.com
CORPOS SOCIAIS
FISCAL ÚNICO
MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC SA
Representada por
Paulo Jorge Duarte Gil Galvão André (ROC)
PRESIDENTE
Manuel Cardoso Relvas
PRESIDENTE
Manuela Martins dos Santos
SECRETÁRIO
Helena Paula Alves Pires Coelho
Cabral de Abreu
ADMINISTRADORES
Luís Filipe de Jesus Fernandes
José Luís Carneiro Machado do Vale
Fernando Machado Matos
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
COMISSÃO DE VENCIMENTOS
Vera Pires Coelho
Alexandre Pires Fernandes
ÍNDICE
I. RELATÓRIO DE GESTÃO
01.
INTRODUÇÃO
03
02.
CONDIÇÕES DO MERCADO
03
03.
ANÁLISE DO EXERCÍCIO
03
3.1.
ACTIVIDADE PRODUTIVA DA EMPRESA
03
3.2.
ACTIVIDADE COMERCIAL
06
3.3.
RESULTADOS
07
3.4.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
07
3.5.
INVESTIMENTOS
08
3.6.
RECURSOS HUMANOS
08
04.
EVOLUÇÃO PREVISÍVEL PARA 2007
09
05.
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
10
06.
NOTA FINAL
10
II. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
07.
BALANÇO
11
08.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS
12
09.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES
13
10.
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
14
11.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
15
III. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS
12.
// 02
CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS
23
TECNASOL FGE // RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
I. RELATÓRIO DE GESTÃO
Senhores Accionistas:
Nos termos da Lei e dos Estatutos da Sociedade, cumpre-nos submeter à vossa apreciação o Relatório de Gestão, o Balanço e as
Contas relativas ao exercício de 2006.
1. INTRODUÇÃO
O sector da construção em Portugal voltou a registar uma quebra, à semelhança do observado desde há quatro anos. De facto,
após quebras de actividade de cerca de 20% no triénio 2002-05, manteve-se em 2006 um clima desfavorável para o sector com a
generalidade dos índices a demonstrarem crescimentos negativos admitindo-se que a quebra relativa a 2006 tenha atingido aproximadamente 6%.
Esta conjuntura não se irá alterar significativamente em 2007, ano em que, manter-se-á concerteza a tendência decrescente no
sector da construção onde poderá ser expectável uma nova descida entre os 3% e os 5%.
O exercício de 2006 foi para a Tecnasol FGE, reflexo do que ocorreu no mercado nacional, tendo a empresa conseguido manter o
volume de negócios fruto de um desempenho crescente em Espanha e Angola.
O mercado espanhol foi já responsável por, aproximadamente, 40% do volume de negócios total da empresa, valores que tenderão
a subir num futuro próximo – fruto da aposta que temos vindo a realizar naquele mercado.
No que respeita a Angola, a empresa criou uma Sucursal no decorrer do primeiro semestre de 2006, tendo dotado aquela região
do equipamento necessário às obras entretanto ganhas.
No que respeita aos resultados líquidos, a maior dispersão, o atraso do desalfandegamento das máquinas e o consequente inicio
das operações em Angola condicionaram a manutenção dos níveis de resultados anteriores tendo a empresa atingido um resultado de m 82.592.
De seguida apresenta-se um quadro com o volume de negócios e os resultados líquidos em 2004, 2005 e 2006.
Descrição 2004
Volume de negócios
Resultados Líquidos
2004
2005
2006
62.297.229
870.397
65.383.683
1.201.830
67.611.097
82.592
Valores em euros.
2. CONDIÇÕES DO MERCADO
Conforme se referiu no capítulo anterior o ano de 2006 assistiu a um abrandamento económico generalizado e o sector em que
nos inserimos foi novamente atingido, verificando-se taxas negativas a rondar os 6%.
Tendo em conta a carteira de obras muito razoável de 55.000.000 no início do exercício e considerando a evolução conhecida do
sector em Portugal perspectivámos um volume de negócios para 2006 de aproximadamente 70 milhões de euros, valor esse que
não veio a ser atingido em grande parte fruto do constante atraso do início das obras já contratadas, do atraso do arranque das
nossas operações em Angola, bem como, evidentemente, do resultado da contracção do investimento que o País atravessa.
Manteve-se a tendência já verificada nos últimos anos em que o excesso de oferta em Portugal originou quebras muito acentuadas
de margem nas obras realizadas, quer pela redução de preço, quer pelo excesso de estrutura que as empresas tiveram de suportar.
3. ANÁLISE DO EXERCÍCIO
Os aspectos relevantes do exercício de 2006 encontram-se evidenciados nos parágrafos seguintes:
3.1. Actividade produtiva da empresa
O volume de negócios de 2006 foi de
67.611.097, montante superior em 3% ao ocorrido no exercício anterior.
03 //
A Tecnasol FGE realizou volume significativo de trabalho em todas as Actividades de Negócio de cariz Geotécnico.
Nestas actividades devemos salientar o nível de actividade das Fundações, cujo volume de negócios atinge aproximadamente 30%
do total, em grande parte em resultado da sua penetração em Espanha. Nas restantes actividades geotécnicas assistiu-se à
manutenção de facturações significativas nas Entivações (22% do total) Estabilizações de Taludes e Jet Grouting (13% cada). Nesta
última, dever-se-á destacar – pelas inovações e investigação feitas - o envolvimento da empresa na Obra da Linha 9 do Metro de
Barcelona.
Continuaremos a aposta no mercado espanhol e o grau de aceitação que temos tido são exemplos claros da nossa reconhecida
capacidade técnica, quer ao nível da elaboração de projectos quer da execução de soluções completas de engenharia. A conjugação destas valências é um verdadeiro e efectivo factor crítico de sucesso e de diferenciação face às empresas nossas concorrentes e é determinante para a conquista dos mercados externos onde estamos a actuar.
Em 2006 demos início de forma autónoma, às operações em Angola através da criação de uma Sucursal que dotámos de meios
técnicos e humanos para fazer face às oportunidades que aquele mercado oferece. Infelizmente – questões burocráticas e as dificuldades logísticas que tal operação encerra – estiveram na base de um atraso de início de operações tendo a empresa efectivamente começado a operar apenas em Outubro e não em Março como se pretendia.
Para o sucesso destas apostas de cariz continuado (Espanha e Angola), muito tem contribuído a versatilidade, disponibilidade e
capacidade de deslocalização dos nossos recursos humanos, factor essencial de sucesso na estratégia de internacionalização que
a empresa está a empreender e que todos reconhecem ser fundamental para o crescimento sustentado que se pretende.
Conforme se pode verificar no quadro acima, o peso da internacionalização reflecte já uma facturação de aproximadamente 45%
que é reflexo do acerto da estratégia seguida pela empresa. Neste particular a presença em Espanha – onde estamos presente
com 3 escritórios em Madrid, Barcelona e Sevilha, com um peso de 40% na facturação é já uma realidade de não retorno.
Em Angola estamos no início, havendo boas perspectivas face à carteira de obras entretanto angariada.
// 04
TECNASOL FGE // RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
Mantivemos em 2006 um conjunto de actividades não geotécnicas, dado que ainda que o seu peso na facturação total da empresa atinja valores residuais, vai permitindo em seu resultado formações complementares do nosso quadro técnico ou resultam de
oportunidades a montante da nossa presença já em obra.
O número de obras em que a empresa interveio foi de 260 em 2006 – número inferior ao de 2005 – em que participámos em 368.
Este facto é demonstrativo quer da retracção do mercado quer da necessidade que tivemos de nos concentrar num menor conjunto de obras face à dispersão que a internacionalização acarreta.
Salientamos que o número de obras executadas em Espanha foi de 47, correspondendo a cerca de 41% da facturação. Em Angola
este número corresponde a 23 obras que representaram cerca de 5% da facturação.
05 //
Das obras realizadas no exercício destacamos, pela sua contribuição relevante para o volume de negócios, as seguintes:
A 10 NÓ DO CARREGADO – CARREGADO
AEROPUERTO LINEA 9 – CATALUNHA
BIBLIOTECA MUNICIPAL DE LISBOA – LISBOA
CENTRO COMERCIAL Y DE OCIO “ PAJARETE “ ALGECIRAS - CÁDIZ
EN 222 - VARIANTE PONTE DO ARDA - ENTRE-OS-RIOS
EN 342 - MIRANDA DO CORVO - LOUSÃ
IC 16 - SOLUÇÃO B (1 TALUDE) - LISBOA
IEP - VARIANTE À EN 108 - CASTELO DE PAIVA
INSTRUMENTAÇÃO NAS BARRAGENS BIÓPIO E CAMBAMBE - ANGOLA
INTEGRACIÓN DEL FERROCARRIL EN MÁLAGA - MÁLAGA
INTERCANVIADOR LINEA 9 - METRO BARCELONA - BARCELONA
JET EN AV. REPÚBLICA ARGENTINA - SEVILHA
LAV - TORRASSA / SANTS - CATALUNHA
LUANDA PLAZA - SOLUÇÃO PAREDE MOLDADA ANCORADA - LUANDA
METRO DE SEVILHA - PAREDES MOLDADAS - SEVILHA
MICRO ESTACAS NA ESCOLA BÁSICA E SEC. DA RIBEIRA BRAVA - MADEIRA
PORTINHO DA ARRÁBIDA - SETÚBAL
PRÉ-ESFORÇO NO NÓ DO CARREGADO - A10 LOTE D - CARREGADO
RAMAL DO AEROPORTO - JET GROUTING - CATALUNHA
TRÓIA CASINO HOTEL - SETÚBAL
3.2. Actividade comercial
Como já foi referido, foi intensa a actividade comercial desenvolvida ao longo do exercício, o que permitiu atingir um valor de
angariação de aproximadamente 94 milhões de euros, valor largamente superior em relação ao ano anterior. Para tal facto muito
contribuiu a nossa presença no mercado Espanhol, já responsável, pela primeira vez na empresa por um conjunto de angariação
superior ao do mercado Nacional.
Em Angola a angariação atingiu um volume de aproximadamente 10 milhões de euros, facto que é promissor num mercado com
ritmos de crescimento elevados e finalmente com estabilidades continuadas que nos permitiram a aposta firme naquele país.
Em 31 de Dezembro de 2006, o volume da carteira firme ou com elevada probabilidade de adjudicação era de aproximadamente
91 milhões de euros, dos quais cerca de 73 milhões se prevêem realizar no ano de 2007, que nos coloca em posição para cumprir
com os objectivos traçados para o exercício de 2007.
// 06
TECNASOL FGE // RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
De entre as obras que tínhamos em carteira no final de 2006 destacamos:
ACCESO AL PUERTO DE MÁLAGA - MÁLAGA
APARCAMIENTO CALLE HABANA - MADRID
AUTOVIA CUELLAR SEGOVIA - MADRID
CENTRO COMERCIAL AREA CORUÑA - CORUNHA
CIMENTACIÓN PANELES SOLARES ESTACIÓN SOLAR FOTOVOLTAICA - MADRID
CONSOLIDAÇÃO, REFORÇO E REABIL. TÚNEL DO ROSSIO - LISBOA
CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS INACOM EM LUANDA - LUANDA
EDIFÍCIO MAIANGA PRESTIGE - LUANDA
EMPREENDIMENTO COMANDANTE GIKA EM LUANDA - ANGOLA
GALERIA DE CONEXÃO PK 1260 - CATALUNHA
HOTEL PROMENADE - CONTENÇÃO PERIFÉRICA - MADEIRA
MICROPILOTES CV-35 - MADRID
SANA TORRE VASCO DA GAMA - LISBOA
E em vias de serem adjudicadas:
LINHA VERMELHA AEROPORTO – LISBOA
A7 – TRAMO C1330 – AP 7 – ANDALUZIA
LINEA T-2 – ALICANTE RUZAFA – MADRID
ESCLUSA – SEVILHA
MUSEU DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO – MADEIRA
TERREIRO DO PAÇO JET GROUTING – LISBOA
TÚNEL DE LA TORRASSA – TRATAMENTOS – CATALUNHA
3.3. Resultados
O resultado líquido foi de 82.592 Este resultado é explicado em grande parte pelo atraso do início das operações em Angola que
nos limitou importante parte da nossa capacidade produtiva durante longos seis meses, evidentemente pela quebra acentuada
quer de margens quer do número de obras no nosso país, facto que provocou desequilíbrios na estrutura da empresa ainda não
completamente adaptada ao facto de ter aproximadamente 50% da facturação fora do país.
3.4. Situação financeira
Durante o exercício de 2006 a área financeira da empresa manteve presente o desafio de manter os níveis de tesouraria equilibrados mesmo tendo em conta o elevado investimento realizado quer para as operações de Angola quer para o aumento da actividade em Espanha.
Mantiveram-se exagerados os prazos de pagamento por parte dos nossos clientes, em grande parte fruto de uma cadeia de pagamentos que se atrasa invariavelmente nos donos de obra e que infelizmente temos que reproduzir – ainda que não completamente – para
os nossos fornecedores.
Os resultados financeiros apresentaram um valor negativo de 1.467.537, valor que reflecte não só o aumento das taxas de juro mas
principalmente o esforço de investimento em Angola, país que dotámos com equipamento novo basicamente adquirido em regime
de leasing.
07 //
Seguidamente apresenta-se um resumo dos principais indicadores económico-financeiros:
Capital Próprio
Activo Líquido
Volume de Negócios
Resultados Líquidos
Resultados Operacionais
Meios Libertos
EBITA (Meios Libertos+custos financeiros)
Autonomia Financeira
(Capital próprio/Activo líquido)
2004
2005
2006
13.486.040
53.173.740
62.297.229
870.397
1.865.203
4.552.126
5.761.752
14.457.870
56.500.157
65.383.683
1.201.830
1.963.724
4.966.428
6.345.641
14.540.462
70.883.812
67.611.097
82.592
1.424.093
4.228.877
6.001.863
25,3%
25,5%
20,5%
3.5. Investimentos
O volume total de investimentos do exercício foi superior a 9.100.000. Conforme já foi referido investimento efectuado deveu-se
à necessidade de dotar a Sucursal de Angola com meios modernos e eficazes para aquelas condições e para fazer face ao aumento do volume de trabalho em Espanha
3.6. Recursos humanos
O desafio de internacionalização lançado aos nossos Recursos Humanos tem sido bem sucedido, sendo a continuidade e aumento da nossa presença em mercados externos, prova disso.
Em Portugal mantivemos a política de recrutamento de recém-licenciados e técnicos com reduzida experiência profissional, ainda
que em número mais modesto que no passado.
Em Espanha a Tecnasol FGE tem já 88 colaboradores contratados, mantendo igualmente neste país a política de recrutamento de
técnicos jovens, afim de pormos em prática a nossa política de formação de quadros locais para prepararem a nossa continuidade
naquele mercado.
Também em Angola demos os primeiros passos na contratação de quadros tendo a totalidade dos departamentos da Tecnasol FGE
o total de 9 trabalhadores adstritos àquela sucursal.
// 08
TECNASOL FGE // RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
Do total de aproximadamente 456 colaboradores afectos à Produção, 64 são Engenheiros e Geólogos, 94 são Encarregados e
Chefes de Equipa e 133 são Manobradores e Sondadores, sendo na acção conjunta destas categorias profissionais que se encontra a real capacidade produtiva da Empresa.
Em 31 de Dezembro 2006 o nosso efectivo era de 585 trabalhadores, dos quais 358 pertenciam ao quadro permanente da Empresa.
Conforme foi atrás referido, destes 88 têm contrato com a sucursal em Espanha.
Em 2006, resultado do trabalho iniciado no ano anterior, conseguimos a obtenção de alguns Certificados de Aptidão Profissional
(CAP) para várias categorias profissionais existentes na empresa. A obtenção destes CAP’s é de extrema importância e factor diferenciador para a nossa manutenção nos mercados em que actuamos, sendo até obrigatório em alguns deles. Esta acção foi estendida à totalidade das profissões que dispõem de CAP e que são de enquadramento da empresa, encontrando-se neste programa
aproximadamente 200 trabalhadores da empresa.
No que respeita a outros atributos da empresa, mantivemos a certificação da Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho de acordo com a norma OHSAS 18001:1999 bem como da Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade - versão 2000 da norma ISO
9001, facto que nos permite ser uma das únicas, senão mesmo a única empresa do sector certificada por estas duas normas.
No decorrer de 2006 implementámos ainda um Sistema de Gestão Ambiental de acordo com a norma ISO 14001:2004 tendo em
vista a obtenção da sua certificação.
Também em 2006, fruto do crescente trabalho de Investigação & Desenvolvimento se procedeu ao registo de uma Patente de uma
máquina por nós desenvolvida, actualmente muito utilizada nas nossas obras.
Finalmente, no decorrer de 2006 deu-se início à junção de alguns departamentos “não core” com a Edifer Serviços facto que permitirá num futuro breve a não só obtenção de sinergias ao nível dos custos de estrutura mas também a disponibilização de recursos humanos para a aposta internacional da empresa.
4. EVOLUÇÃO PREVISÍVEL PARA 2007
Tendo em consideração o enquadramento macroeconómico do país e em particular o sector em que nos inserimos, perspectiva-se
que internamente 2007 será um ano similar ou ligeiramente abaixo de 2006, com os níveis de investimento, quer privado, quer
público a manterem-se estagnados ou mesmo a decrescerem.
Face à actual carteira da Empresa e às oportunidades de negócio que se vislumbram, podemos perspectivar que a actividade da
Tecnasol FGE lhe permitirá manter, no território nacional, a posição de liderança no sector em que opera, sendo contudo possível
que ocorra uma nova quebra no volume de negócios.
Face à conjuntura da economia portuguesa, a Tecnasol FGE continuará a apostar na sua Internacionalização e, em particular, nos
mercados de Espanha e de Angola.
09 //
Em Espanha, porque, para além de ser o nosso mercado natural de expansão, é um país com um forte crescimento económico,
com elevados investimentos quer públicos quer privados, onde o nosso sector vai continuar a crescer, prevendo-se para 2007 um
crescimento similar ao dos anos anteriores.
Em Angola, igualmente um país de elevado crescimento económico – prevê-se em 2007, o maior crescimento PIB do Mundo – onde
o conjunto de investimentos será muito grande, havendo por isso oportunidades que não se deverão descurar.
Continuaremos atentos à evolução de outros mercados-alvo, onde temos mantido acções comerciais, nomeadamente, Marrocos,
Argélia e Cabo Verde, sem descurar eventuais oportunidades que possam surgir nos países de leste.
Neste pressuposto prevemos que o volume de negócios para 2007 seja superior ao do exercício anterior prevendo-se que deste
total, pela primeira vez, acima de 50% seja conseguido em actividades a realizar no estrangeiro.
5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
O resultado líquido apurado foi de 82.592. Na sequência da política de reforço dos capitais próprios que tem sido prosseguida
como consequência da evolução do volume de negócios, propomos que seja aprovada pelos Senhores Accionistas a seguinte proposta de aplicação dos resultados:
Reserva Legal
Reservas Livres
4.130
78.462
6. NOTA FINAL
Sem o empenhamento dos nossos colaboradores, a quem agradecemos, não poderíamos concluir o exercício com resultados tão
encorajadores, face às circunstâncias e adversidades do sector em que operamos. Estendemos os nossos agradecimentos aos
nossos Accionistas, Clientes, Fornecedores, Bancos e Consultores, cuja confiança e colaboração constituíram um estímulo inestimável para a nossa actividade.
Venda Nova, 26 de Fevereiro de 2007
O Conselho de Administração
Maria Manuela Coelho Martins dos Santos - Presidente
Luís Filipe de Jesus Fernandes
Fernando Machado de Matos
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
José Luís Carneiro Machado do Vale
// 10
TECNASOL FGE // RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
II. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
7. BALANÇO
TECNASOL FGE - FUNDAÇÕES E GEOTECNIA, S.A.
Balanço em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
(Montantes expressos em euros)
2006
Activo
IMOBILIZADO:
Imobilizações incorpóreas:
Despesas de instalação
Despesas de investigação
e de desenvolvimento
Imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
Imobilizações em curso
CIRCULANTE:
Existências:
Matérias - primas,
subsidiárias e de consumo
Dívidas de terceiros - Curto prazo:
Clientes, conta corrente
Clientes de cobrança duvidosa
Adiantamentos a fornecedores
Accionistas
Estado e outros entes públicos
Outros devedores
Depósitos bancários e caixa:
Depósitos à ordem
Caixa
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:
Acréscimos de proveitos
Custos diferidos
Notas
Activo Amortizações e
Bruto ajustamentos
2005
Activo
líquido
Activo
líquido
10
1.385.696
(711.528)
674.168
182.273
10
1.782.204
3.167.900
(1.646.272)
(2.357.800)
135.932
810.100
227.279
409.552
10
10
10
10
10
10
10
64.124
31.417
44.450.420
568.992
700.212
1.995.439
659.802
48.470.406
(31.417)
(28.497.681)
(424.021)
(698.861)
(1.651.094)
(31.303.074)
64.124
15.952.739
144.971
1.351
344.345
659.802
17.167.332
64.124
11.234.907
38.330
1.113
430.919
2.684
11.772.077
41
21
49
3.284.073
-
3.284.073
2.404.403
32.275.374
3.069.757
977.310
70.904
104.458
262.513
36.760.316
(3.069.757)
(3.069.757)
32.275.374
977.310
70.904
104.458
262.513
33.690.559
31.592.512
259.102
56.289
163.822
32.071.725
51
51
975.159
200.924
1.176.083
975.159
200.924
1.176.083
2.572.629
93.069
2.665.698
50
50
14.345.295
410.370
14.755.665
14.345.295
410.370
14.755.665
6.902.578
274.124
7.176.702
70.883.812
56.500.157
TOTAL DE AMORTIZAÇÕES
TOTAL DE AJUSTAMENTOS
TOTAL DO ACTIVO
107.614.443
(33.660.874)
(3.069.757)
(36.730.631)
Capital Próprio e Passivo
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital
Prestações acessórias
Reserva legal
Outras reservas
Resultados transitados
Resultado líquido do exercício
Total do capital próprio
Notas
2006
2005
36, 37 e 40 2.850.000
40
4.994.557
40
459.186
40
6.154.127
40
40
82.592
14.540.462
2.850.000
4.994.557
399.095
5.018.678
(6.290)
1.201.830
14.457.870
PASSIVO:
PROVISÕES:
Provisões para outros riscos e encargos
34
67.020
187.230
DÍVIDAS A TERCEIROS - Médio e longo prazo:
Dívidas a instituições de crédito
Fornecedores de imobilizado, conta corrente
48
15
12.500.000
4.896.988
17.396.988
8.500.000
3.711.899
12.211.899
48
4.191.342
17.943.672
2.613.284
4.757.968
4.182.482
371.135
244.442
34.304.325
1.850.000
17.580.531
374.985
2.597.293
376.155
2.290.976
25.069.940
1.953.968
2.410.587
210.462
4.575.017
2.357.123
2.100.887
115.208
4.573.218
56.343.350
70.883.812
42.042.287
56.500.157
DÍVIDAS A TERCEIROS - Curto prazo:
Dívidas a instituições de crédito
Fornecedores, conta corrente
Adiantamentos de clientes
Outros empréstimos obtidos
Fornecedores de imobilizado, conta corrente
Estado e outros entes públicos
Outros credores
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:
Acréscimos de custos
Proveitos diferidos
Passivos por impostos diferidos
TOTAL DO PASSIVO
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
48
15
49
50
50
6
O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2006.
TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
Maria Manuela Coelho Martins dos Santos - Presidente
Luís Filipe de Jesus Fernandes
Fernando Machado de Matos
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
José Luís Carneiro Machado do Vale
11 //
8. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS
TECNASOL FGE - FUNDAÇÕES E GEOTECNIA, S.A.
Demonstrações dos Resultados por Naturezas para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005
(Montantes expressos em euros)
Custos e Perdas
Custo das matérias consumidas
Notas
2006
2005
41
17.782.129
16.928.163
Prestações de serviços
25.560.160
26.151.042
16.123.329
2.444.776
18.568.105
14.269.788
2.122.215
16.392.003
Trabalhos para a própria empresa
Proveitos suplementares
Reversão de ajustamentos
Subsídios à exploração
4.146.285
4.146.285
3.694.286
70.312
3.764.598
119.148
11.177
130.325
172.065
12.089
184.154
66.187.004
63.419.959
1.772.986
1.379.213
67.959.990
64.799.172
816
7.710
67.960.806
64.806.882
95.254
60.000
68.056.060
64.866.882
82.592
1.201.830
68.138.652
66.068.712
Fornecimentos e serviços externos
Custos com o pessoal:
Remunerações
Encargos sociais
Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo
Ajustamentos
10
Impostos
Custos e perdas operacionais
(A)
Juros e custos similares
45
(C)
Custos e perdas extraordinários
46
(E)
Imposto sobre o rendimento do exercício
6
(G)
Resultado líquido do exercício
Proveitos e Ganhos
Notas
2006
2005
44
66.977.372
63.921.307
21
17.545
340.059
233.686
42.435
633.725
1.462.376
1.462.376
67.611.097
65.383.683
305.449
373.365
67.916.546
65.757.048
222.106
311.664
(F)
68.138.652
66.068.712
(B) - (A)
(D-B) - (C-A)
(D) - (C)
(F) - (E)
(F) - (G)
1.424.093
(1.467.537)
(43.444)
177.846
82.592
1.963.724
(1.005.848)
957.876
1.261.830
1.201.830
(B)
Juros e proveitos similares
45
(D)
Proveitos e ganhos extraordinários
Resultados operacionais:
Resultados financeiros:
Resultados correntes:
Resultados antes de impostos:
Resultado líquido do exercício:
46
O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006.
TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
Maria Manuela Coelho Martins dos Santos - Presidente
Luís Filipe de Jesus Fernandes
Fernando Machado de Matos
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
José Luís Carneiro Machado do Vale
// 12
TECNASOL FGE // RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
9. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES
TECNASOL FGE - FUNDAÇÕES E GEOTECNIA, S.A.
Demonstração de Resultados por Funções para os exercícios findos a 31 de Dezembro de 2006 e 2005
(Montantes expressos em euros)
Notas
2006
2005
Vendas e prestações de serviços
Custo das vendas e das prestações de serviços
Resultado bruto
44
52.(a)
66.977.372
(63.519.619)
3.457.753
63.921.307
(60.893.101)
3.028.206
Outros proveitos e ganhos operacionais
Custos administrativos
Resultado operacional
52.(b)
853.825
(2.667.385)
1.644.193
1.745.251
(2.526.858)
2.246.599
45
(1.467.537)
176.656
(1.005.848)
1.240.751
52.(c)
(94.064)
82.592
(38.921)
1.201.830
0,14
2,11
Custo líquido de financiamento
Resultado antes de impostos
Imposto sobre o rendimento do exercício
Resultado líquido do exercício
Resultado por acção
O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por funções para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006.
TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
Maria Manuela Coelho Martins dos Santos - Presidente
Luís Filipe de Jesus Fernandes
Fernando Machado de Matos
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
José Luís Carneiro Machado do Vale
13 //
10. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
TECNASOL FGE - FUNDAÇÕES E GEOTECNIA, S.A.
Demonstração dos Fluxos de Caixa para os exercícios findos a 31 de Dezembro de 2006 e 2005
(Montantes expressos em euros)
Notas
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Fluxos gerados pelas operações
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional
Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias
Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias
Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias
Fluxos das actividades operacionais (1)
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Imobilizações corpóreas
Juros e proveitos similares
Pagamentos respeitantes a:
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
10
Fluxos das actividades de investimento (2)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
Pagamentos respeitantes a:
Amortizações contratos de locação financeira
Empréstimos obtidos
Gratificações de balanço
Juros e custos similares
Fluxos das actividades de financiamento (3)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3)
Caixa e seus equivalentes no início do exercício
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício
51
2006
2005
61.399.792
(44.721.241)
(18.909.754)
(2.231.203)
(152.627)
3.008.309
624.479
222.106
(816)
845.769
61.990.439
(40.921.620)
(15.433.293)
5.635.526
(104.990)
1.945.029
7.475.565
51.320
(7.710)
7.519.175
221.134
221.134
949.644
281.396
1.231.040
(3.706.463)
(796.815)
(4.503.278)
(4.282.144)
(2.253.214)
(327.039)
(2.580.253)
(1.349.213)
6.341.342
-
(2.622.119)
(1.772.463)
(4.394.582)
1.946.760
(1.915.911)
(1.655.224)
(230.000)
(1.371.892)
(5.173.027)
(5.173.027)
(1.489.615)
2.665.698
1.176.083
996.935
1.668.763
2.665.698
O Anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006.
TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
Maria Manuela Coelho Martins dos Santos - Presidente
Luís Filipe de Jesus Fernandes
Fernando Machado de Matos
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
José Luís Carneiro Machado do Vale
// 14
TECNASOL FGE // RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
11. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
TECNASOL FGE - FUNDAÇÕES E GEOTECNIA, S.A.
Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2006
(Montantes expressos em Euros)
Nota Introdutória
A Tecnasol FGE - Fundações e Geotecnia, S.A. (“Empresa”) foi constituída em 23 de Novembro de 1995, em resultado do processo
de fusão por incorporação na FGE - Fundações e Geotecnia, S.A. dos activos e passivos da Tecnasol - Injecções, Sondagens e
Fundações, S.A.. A Empresa tem como actividade principal a execução de obras públicas ou particulares nos domínios das sondagens, geotecnia e fundações.
Em 2003 a Empresa constituiu uma sucursal em Espanha (TECNASOL-FGE, Sucursal en España), e durante o exercício findo em
31 de Dezembro de 2006 a Empresa constituiu uma sucursal em Angola (TECNASOL FGE Sucursal em Angola). A totalidade dos
activos, passivos, custos e proveitos das Sucursais estão incluídos nestas demonstrações financeiras.
A Empresa tem igualmente sucursais constituídas em Marrocos e no Brasil, que por não terem actualmente actividade, não se
encontram reflectidas rubrica a rubrica de acordo com a sua natureza, nestas demonstrações financeiras.
Conforme mencionado na nota 37, o capital da Empresa é integralmente detido pela Edifer – Construções Pires Coelho e
Fernandes S.A. (“Edifer”). Consequentemente, as operações da Empresa são influenciadas pelas decisões daquele Grupo.
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. As notas cuja numeração
se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas.
3. Bases de apresentação e principais critérios valorimétricos
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos
contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.
Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:
a) Imobilizações incorpóreas
As imobilizações incorpóreas, que compreendem essencialmente despesas de instalação e despesas de investigação e de desenvolvimento, encontram-se registadas ao custo e são amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período que varia
entre três e cinco anos.
b) Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1991 encontram-se registadas ao custo de aquisição, reavaliado de
acordo com as disposições legais (Nota 12), com base em coeficientes oficiais de desvalorização monetária. As imobilizações corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição.
As amortizações são calculadas pelo método de quotas constantes, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:
Anos de vida útil
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
8 - 50
3-8
3-5
3-9
3 - 10
c) Locação financeira
Os activos imobilizados corpóreos adquiridos através de contratos de locação financeira, são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é
registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme mencionado na alínea
anterior, são registados como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam (Nota 15).
d) Existências
As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, o qual é inferior ao respectivo
valor de mercado utilizando-se o custo médio como método de custeio.
e) Ajustamentos de dívidas a receber
As dívidas a receber são ajustadas com base na avaliação das perdas estimadas pela não cobrança das contas a receber de
clientes e outros devedores.
15 //
f) Reconhecimento de resultados em obras
Para apuramento do resultado das obras é utilizado o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no
final de cada exercício, os custos e proveitos directamente relacionados com as obras são reconhecidos na demonstração dos
resultados, em função da percentagem de acabamento das obras. Esta é determinada pela relação entre os custos incorridos até
à data do balanço e os custos totais estimados da obra. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste
método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de acréscimos de proveitos ou proveitos diferidos, consoante a
natureza da diferença (Nota 50).
g) Especialização de exercícios
As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual estas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos (Nota 50).
h) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira
Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes
na data do balanço. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em
vigor na data das transacções e as vigentes da data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como
proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício.
i) Impostos diferidos
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte
contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação.
Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se espera
estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.
Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos
activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não
terem preenchido as condições para o seu registo e/ou reduzir o montante dos impostos diferidos activos registados em função
da expectativa actual da sua recuperação futura.
6. Impostos
A Empresa encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRC, à taxa normal
de 25%, que pode ser incrementada em 10% pela Derrama, resultando numa taxa de imposto agregada de 27,5%.
Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, a Empresa encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais
durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social até 2000, inclusivé, e cinco anos a partir de 2001), excepto
quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações
ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as
declarações fiscais da Empresa dos anos de 2003 a 2006 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração
entende que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de
impostos, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2006.
No apuramento da matéria colectável, à qual é aplicada a referida taxa de imposto, são adicionados e subtraídos aos resultados
contabilísticos montantes não aceites fiscalmente. Estas diferenças entre o resultado contabilístico e fiscal podem ser de natureza
temporária ou permanente.
O encargo de imposto registado no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 corresponde essencialmente a:
Resultado antes de impostos
Taxa nominal de imposto
177.846
27,5%
48.908
Diferenças permanentes (i)
Imposto sobre o rendimento do exercício
46.346
95.254
Imposto diferido gerado no ano
95.254
(i) Em 31 de Dezembro de 2006, este montante tinha a seguinte composição:
Benefícios fiscais com a criação de emprego para jovens
Excesso de estimativa de imposto
Outras situações líquidas
Taxa nominal de imposto
// 16
(250.000)
(1.190)
419.721
168.531
27,5%
46.346
TECNASOL FGE // RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
Todas as situações que possam vir a afectar significativamente os impostos futuros encontram-se relevados por via da aplicação
do normativo dos impostos diferidos. Os movimentos ocorridos no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, decorrentes da
adopção deste normativo, são como segue:
Passivos por impostos diferidos:
Grau de acabamento das obras em curso
Mais valias reinvestidas
Saldo inicial
Constituição
Reversão
Efeito da
alteração da
taxa de imposto
108.052
7.156
115.208
103.386
103.386
(3.943)
(3.943)
(3.929)
(260)
(4.189)
Saldo
Saldo final
207.509
2.953
210.462
Decorrente da alteração introduzida pela lei das Finanças Locais ao cálculo da derrama a partir do exercício de 2007, os impostos diferidos passivos foram ajustados de acordo com uma taxa agregada de 26,5%.
7. Número médio de pessoal
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi o seguinte:
Empregados
Assalariados
353
130
483
10. Movimento do activo imobilizado
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, o movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas e corpóreas,
bem como nas respectivas amortizações acumuladas foi o seguinte:
Activo bruto
Rubricas
Imobilizações incorpóreas:
Despesas de instalação
Despesas de investigação e de desenvolvimento
Imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
Imobilizações em curso
Saldo inicial
Aumentos
Tranferências
e abates
Saldo final
666.006
1.705.079
2.371.085
719.690
77.125
796.815
-
1.385.696
1.782.204
3.167.900
64.124
31.417
36.254.371
391.449
699.862
1.910.094
2.684
39.354.001
8.196.049
177.543
350
85.345
657.118
9.116.405
-
64.124
31.417
44.450.420
568.992
700.212
1.995.439
659.802
48.470.406
Amortizações acumuladas
Rubricas
Imobilizações incorpóreas:
Despesas de instalação
Despesas de investigação e de desenvolvimento
Imobilizações corpóreas:
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
Saldo inicial
Reforço
Tranferências
e abates
Saldo final
483.733
1.477.800
1.961.533
227.795
168.472
396.267
-
711.528
1.646.272
2.357.800
31.417
25.019.464
353.119
698.749
1.479.175
27.581.924
3.507.085
70.902
112
171.919
3.750.018
(28.868)
(28.868)
31.417
28.497.681
424.021
698.861
1.651.094
31.303.074
17 //
Os aumentos ocorridos, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, na rubrica de “Equipamento básico” respeitam, essencialmente, à aquisição de diversos equipamentos, nomeadamente, perfuradoras utilizadas nos trabalhos de fundações.
Os aumentos ocorridos, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, na rubrica de “Despesas de instalação” respeitam basicamente ao investimento efectuado aquando da constituição da Sucursal em Angola.
A rubrica “Imobilizações em Curso” compreende, entre outros, os custos com investigação e desenvolvimento relacionados com
a actividade de “Jet grouting”, que possibilitará no futuro a realização de obras com acesso a uma tecnologia inovadora, potenciadora da actividade comercial da Empresa.
12. Reavaliações de Imobilizações Corpóreas (Legislação)
A Empresa procedeu em anos anteriores à reavaliação das suas imobilizações corpóreas ao abrigo da legislação aplicável,
nomeadamente:
- Decreto-Lei 430/78, de 27 de Janeiro.
- Decreto-Lei 219/82, de 2 de Junho.
- Decreto-Lei 111/88, de 2 de Abril.
- Decreto-Lei 49/91 de 25 de Janeiro.
- Decreto-Lei 264/92, de 24 de Novembro.
Em 31 de Dezembro de 2006, as reavaliações efectuadas em exercícios anteriores encontram-se totalmente realizadas, quer por
via da respectiva amortização, quer pela venda dos bens sobre os quais incidiram.
15. Locação Financeira
Em 31 de Dezembro de 2006, a Empresa mantém activos imobilizados corpóreos em regime de locação financeira, como segue:
Equipamento básico
Valor bruto
Amortizações
acumuladas
Valor líquido
17.092.319
(7.098.529)
9.993.790
Conforme referido na Nota 3.c), a Empresa regista estes bens pelo método financeiro. Em 31 de Dezembro de 2006 a Empresa tem
registado na rubrica “Fornecedores de imobilizado, conta corrente” 8.023.282 Euros, correspondentes a contas a pagar às locadoras, dos quais 4.896.988 Euros estão classificados a médio e longo prazo por se vencerem a mais de um ano.
Em 31 de Dezembro de 2006, a responsabilidade da Empresa, como locatária, relativa a rendas vincendas em contratos de locação
financeira, é a seguinte:
Até 31 de Dezembro de 2007
Até 31 de Dezembro de 2008
Até 31 de Dezembro de 2009
Até 31 de Dezembro de 2010
3.126.294
2.626.176
1.563.866
706.946
8.023.282
16. Empresas do Grupo e Relacionadas
Os saldos em 31 de Dezembro de 2006 com empresas do grupo e relacionadas, são os seguintes:
Edifer
Edifer Reabilitação, S.A.
Edifer Serviços, S.A.
Edifer - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. ("Edifer SGPS")
Edimetal - Indústrias Metalomecânicas e Alumínios, S.A. ("Edimetal")
Gestifer - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. ("Gestifer")
Habitágua - Serviços Domiciliários, Lda. ("Habitágua")
Periurbe - Promoção Imobiliária e Construções, S.A. ("Periurbe")
Alto dos Gaios - Promoção Imob. Const., S.A. ("Alto dos Gaios")
Edifer, Ramalho Rosa, Cobetar, A.C.E
Complage - Construções e Projectos, S.A. ("Complage")
Construções Cerejo dos Santos, S.A. ("Cerejo")
// 18
Clientes,
conta corrente
Fornecedores
conta corrente
2.793.987
4.999
1.370
942.735
232.632
91.960
18.764
4.086.447
(59.177)
(75.809)
(546.533)
(29.626)
(50.393)
(1.157)
(8.399)
(771.094)
TECNASOL FGE // RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, as transacções com empresas do grupo e relacionadas, foram as seguintes:
Fornecimentos
e serviços externos
Custos
com o pessoal
Prestações
de serviços
Proveitos
suplementares
276.751
124.888
1.139.647
128.616
351.481
445
8.399
12.596
2.042.823
49.390
49.390
4.633.296
4.131
2.662.775
76.000
22.490
7.398.692
1.468
205
98.195
99.868
Edifer
Edifer Serviços, S.A.
Edifer SGPS
Edimetal
Gestifer
Edifer Reabilitação, S.A.
Habitágua
Alto dos Gaios
Edifer, Ramalho Rosa, Cobetar, A.C.E.
Complage
Periurbe
21. Movimento ocorrido nos ajustamentos
O movimento ocorrido na rubrica de ajustamentos de dívidas a receber durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, foi
como segue:
Rubrica
Ajustamentos de dívidas a receber
Saldo inicial
Diminuições
Saldo final
3.303.443
(233.686)
3.069.757
31. Compromissos financeiros assumidos e não incluídos no balanço
Em 31 de Dezembro de 2006 existiam 8.342.408 Euros relativos a dívidas tituladas por letras e outros títulos, ainda não vencidas,
e não reflectidas em balanço por terem sido descontadas junto de instituições de crédito.
Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2006 estavam vigentes contratos de factoring, registados como redução das contas a receber de 3.096.441 Euros.
32. Garantias e avales prestados
Em 31 de Dezembro de 2006, a Empresa tinha prestado garantias bancárias, referente à boa execução de obras, no valor de
18.823.308 Euros.
34. Movimento ocorrido nas provisões
O movimento ocorrido na rubrica de provisões durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, foi como segue:
Rubrica
Provisões para outros riscos e encargos
Saldo inicial
Diminuições
(Nota 46)
Saldo final
187.230
(120.210)
67.020
36. Composição do capital
Em 31 de Dezembro de 2006 o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, era composto por 570.000 acções com o valor
nominal de 5 Euros cada.
37. Identificação de pessoas colectivas com mais de 20% do capital
O capital subscrito em 31 de Dezembro de 2006 é integralmente detido pela Edifer – Construções Pires Coelho e Fernandes S.A.
(“Edifer”).
19 //
40. Variação nas rubricas de capital próprio
O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, foi como segue:
Rubrica
Capital (Nota 36)
Prestações acessórias
Reserva legal
Outras reservas
Resultados transitados
Resultado líquido do exercício
Saldo inicial
Aumento
Transferências
Saldo final
2.850.000
4.994.557
399.095
5.018.678
(6.290)
1.201.830
14.457.870
82.592
82.592
60.091
1.135.449
6.290
(1.201.830)
-
2.850.000
4.994.557
459.186
6.154.127
82.592
14.540.462
Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem que ser destinado ao reforço
da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação
da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
Prestações acessórias: As prestações acessórias não vencem juros e apesar de não terem prazo de reembolso definido, só podem
ser restituídas ao accionista, nos termos da legislação aplicável, quando após o seu pagamento o valor do capital próprio não seja
inferior à soma do capital e da reserva legal.
Aplicação de resultados: Conforme deliberado em Assembleia Geral de Accionistas realizada em 14 de Março de 2006, o resultado
líquido do exercício de 2005 foi aplicado da seguinte forma:
Reserva legal
Reservas livres
Resultados transitados
60.091
1.135.449
6.290
1.201.830
41. Custo das matérias consumidas
O custo das matérias consumidas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, foi determinado como segue:
Existências iniciais
Compras
Existências finais
2.404.403
18.661.799
(3.284.073)
17.782.129
43. Remuneração dos membros dos orgãos sociais
As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2006, foram como segue:
Conselho de Administração
Conselho Fiscal
756.644
22.000
778.644
44. Prestações de serviços por mercados geográficos
As prestações de serviços do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 foram realizadas no mercado interno e externo, distribuindo-se da seguinte forma:
Continente
Espanha
Angola
Madeira
Açores
// 20
33.483.634
28.357.510
2.809.359
1.996.709
330.160
66.977.372
TECNASOL FGE // RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
45. Demonstrações dos resultados financeiros
Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, têm a seguinte composição:
Custos e perdas:
Juros suportados
Diferenças de câmbio desfavoráveis
Outros custos e perdas financeiras
Resultados financeiros
Proveitos e ganhos:
Juros obtidos
Diferenças de câmbio favoráveis
Descontos de pronto pagamento obtidos
Outros proveitos e ganhos financeiros
2006
2005
1.175.135
1.206
596.645
1.772.986
1.158.757
425
220.031
1.379.213
(1.467.537)
305.449
(1.005.848)
373.365
16.986
1.016
83.299
204.148
305.449
4.099
5.600
86.369
277.297
373.365
Os outros custos e perdas financeiros respeitam, essencialmente, aos descontos com letras e factorings, e ao desconto de
pagarés, registados na Sucursal de Espanha. O valor destes encargos financeiros encontra-se registado em outros proveitos e
ganhos financeiros, na parte em que foram assumidos pelos clientes e outros devedores.
46. Demonstrações dos resultados extraordinários
Os resultados extraordinários dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, têm a seguinte composição:
Custos e perdas:
Donativos
Multas e penalidades
Outros custos e perdas extraordinários
Resultados extraordinários
Proveitos e ganhos:
Excesso de estimativa de imposto sobre o rendimento
Ganhos em imobilizações
Redução de provisões (Nota 34)
Outros proveitos e ganhos extraordinários
2006
2005
616
200
816
6.125
1.585
7.710
221.290
222.106
303.954
311.664
1.190
120.210
100.706
222.106
21.079
260.344
30.241
311.664
Os outros proveitos e ganhos financeiros respeitam, essencialmente, às indemnizações recebidas das seguradoras.
48. Dívidas a instituições de crédito e outros empréstimos obtidos
Em 31 de Dezembro de 2006 as dívidas a instituições de crédito têm a seguinte composição:
Curto prazo:
Contas correntes caucionadas
Médio e longo prazo:
Papel comercial
4.191.342
12.500.000
O empréstimo sob a forma de papel comercial, a médio e longo prazo, respeita a:
- 15ª emissão subscrita em 7 de Julho de 2006, no âmbito do contrato programa estabelecido com o Banco Comercial Português,
a qual será sucessivamente renovada até 9 de Julho de 2008 com a possibilidade de prorrogação do prazo por acordo entre as
partes. Em 31 de Dezembro de 2006 este empréstimo vencia juros à taxa anual de 3,375%.
- 42ª emissão subscrita em 20 de Dezembro de 2006, no âmbito do contrato programa estabelecido com o Banco Espírito Santo
de Investimento, a qual será sucessivamente renovada até 20 de Dezembro de 2009. Em 31 de Dezembro de 2006 este empréstimo vencia juros à taxa anual de 3,780%.
Em 31 de Dezembro de 2006 a rubrica de Outros empréstimos obtidos respeita a operações de financiamento similares ao desconto de letras.
21 //
49. Estado e outros entes públicos
Em 31 de Dezembro de 2006, os saldos com esta entidade tinham a seguinte composição:
Saldos devedores:
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas:
Pagamentos por conta e especiais por conta
104.458
Saldos credores:
Imposto sobre o Valor Acrescentado
Contribuições para a Segurança Social
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
60.383
190.516
120.235
371.134
50. Acréscimos e diferimentos
Em 31 de Dezembro de 2006, os saldos destas rubricas tinham a seguinte composição:
Acréscimos de proveitos:
Trabalhos executados e não facturados
14.345.295
Custos diferidos:
Encargos com o financiamento de “Papel comercial”
Seguros pagos antecipadamente
Outros diferimentos
70.077
49.442
290.851
410.370
A rubrica outros diferimentos compreende essencialmente despesas com licenças de software informático e com o diferencial não
adiantado pelas empresas de factoring.
Acréscimos de custos:
Remunerações a liquidar – Férias e Subsídio de férias
Caducidade de contratos
Outros acréscimos de custos
1.583.445
90.166
280.357
1.953.968
Proveitos diferidos:
Facturação antecipada
2.410.587
A facturação antecipada inclui 1.852.454 Euros, relativos ao valor facturado à empresa Geotécnica – Empresa Nacional de
Sondagens e Fundações, EP, no âmbito do contrato de parceria, celebrado em 12 de Outubro de 2004.
51. Caixa e seus equivalentes
Em 31 de Dezembro de 2006, esta rubrica tinha a seguinte composição:
Depósitos à ordem
Caixa
975.159
200.924
1.176.083
52. Demonstrações dos resultados por funções
A demonstração de resultados por funções (“DRF”) foi elaborada tendo em consideração o disposto na Directriz Contabilística n.º
20, havendo os seguintes aspectos a salientar:
A rubrica “Custo das vendas e das prestações de serviços” da DRF inclui diversas rubricas da demonstração dos resultados por
naturezas (“DRN”), nomeadamente: “Custo das matérias consumidas”; “Fornecimentos e serviços externos”, no que se refere a
Subcontratos, Conservação e Reparação; “Custos com o pessoal”, no que se refere ao pessoal operacional; e “Amortizações do
exercício”, no que se refere a equipamento básico;
Na rubrica “Outros proveitos e ganhos operacionais” da DRF encontram-se considerados os valores registados nas rubricas
“Proveitos suplementares”, “Subsídio à exploração”, “Trabalhos para a própria empresa” e “Reversão de ajustamentos” da DRN;
A rubrica “Impostos sobre o rendimento do exercício” da DRF inclui a rubrica “Imposto sobre o rendimento do exercício” da DRN
deduzida do excesso da estimativa de imposto relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005.
// 22
TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
Maria Manuela Coelho Martins dos Santos - Presidente
Luís Filipe de Jesus Fernandes
Fernando Machado de Matos
Fernando Vasco Lopes Cardoso Loureiro Pipa
José Luís Carneiro Machado do Vale
TECNASOL FGE // RELATÓRIO DE GESTÃO 2006
III. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS
12. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS
Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da Tecnasol FGE – Fundações e Geotecnia, S. A. (“Empresa”), as quais compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2006, que evidencia um total de 70.883.812 Euros e capitais próprios de 14.540.462
Euros, incluindo um resultado líquido de 82.592 Euros, as demonstrações dos resultados por naturezas e por funções e a demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e o correspondente anexo.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma
verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e dos fluxos de caixa, bem como a
adopção de políticas e critérios contabilistas adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa
responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito
3. Excepto quanto à limitação descrita no parágrafo 4 abaixo, o exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas
Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado
e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo
Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas
as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações
financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de
Gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão
da nossa opinião.
Reserva
4. Em 31 de Dezembro de 2006 as imobilizações incorpóreas incluem despesas incorridas no exercício findo nesta data, no valor
líquido de, aproximadamente, 527.000 Euros relacionadas com o processo de constituição da sucursal de Angola. Até à presente
data, não obtivemos informação suficiente sobre a sua natureza, pelo que não nos é possível concluir sobre a razoabilidade da sua
imobilização e seu valor de realização.
Opinião
5. Em nossa opinião, excepto quanto ao efeito dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários, caso não existisse a limitação descrita no parágrafo 4 acima, as referidas demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma
verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Tecnasol FGE – Fundações e
Geotecnia, S. A. em 31 de Dezembro de 2006, bem como o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo
naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.
Ênfase
6. Em 31 de Dezembro de 2006, existem saldos vencidos a receber de terceiras entidades de, aproximadamente, 2.120.000 Euros
(que inclui um saldo de uma entidade localizada no estrangeiro de aproximadamente, 1.200.000 Euros, titulado por letra de câmbio), relativamente aos quais decorrem conversações para a sua cobrança. O momento e valor de realização daqueles activos
depende do sucesso e desfecho daquelas conversações.
Lisboa, 28 de Fevereiro de 2007
DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC SA
Representada por Paulo Jorge Duarte Gil Galvão André
Documento transcrito conforme original.
23 //
Propriedade: Tecnasol FGE, S. A.
Edição: Edifer Serviço e Gestão, S. A.
Design, Maquetização e Paginação: 37 design
Nº de Exemplares: 1.000
Depósito legal: 167294/07
Impressão e Acabamentos: Colprinter - Industria Gráfica, Lda.
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2006 - Tecnasol