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Oásis
ANO DA
ALEMANHA NO
BRASIL
Chef alemão vira
barriga-verde
ATACAMA
Um deserto marciano,
no norte do Chile
ENGOLIR SAPOS
FAZ MAL
Aprenda a descarregar
sua raiva
COMPUTADOR
A JATO
10 dicas para se
ganhar tempo
por
“Quase todas as atrações do Deserto de Atacama são
de tipo geológico. São elas que fazem dele um lugar
privilegiado para o turismo ecológico e de aventura”
Luis
Pellegrini
Editor
O
deserto de Atacama é o tema da nossa matéria de
capa. Dizer que se trata de um lugar especial é
pouco. É lugar único. Pelo menos, após rodar pelos
quatro cantos do mundo, não me lembro de ter visto nada
igual. Situado no norte do Chile, na fronteira com Argentina e
Bolívia, trata-se de um dos desertos mais áridos e mais altos
do mundo. A vantagem é que seu acesso é fácil. Vai-se de carro, ônibus, ou de avião até a cidade de Calama, e daí até San
Pedro de Atacama – capital turística da região. De São Pedro
partem as excursões para se visitar as muitas atrações disponíveis. Quase todas são de tipo geológico. São elas que fazem
do Atacama um lugar privilegiado para o turismo ecológico e
de aventura. Vulcões (alguns deles ainda ativos), gêiseres, banhos termais, lagunas de altitude, salares, flamingos, vicunhas,
condores, a lista parece ser interminável. Fiquei num hotel
também de exceção, o Kunza, situado a poucas quadras da
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Editorial
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por
Luis
Pellegrini
Editor
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Editorial
praça central de San Pedro. Recomendo vivamente.
A segunda matéria, “Engolir sapos faz mal”, trata da raiva e,
mais propriamente, da tendência que alguns têm de levar desaforos para casa, de não reagir em face das agressões sofridas, de não descarregar a ira que os remói por dentro. Dizem
os adeptos da medicina oriental que a raiva não descarregada
é a principal causa da formação de cálculos biliares. Mas essa
não é sua única consequência: toda uma série de disfunções
físicas e psíquicas podem acontecer quando, em vez de “rodar
a baiana” e “soltar os cachorros”, preferimos, por timidez ou
temor, trancar nossa revolta e não extravasá-la. Saiba mais lendo a matéria.
Neste mês de maio tem início o Ano da Alemanha no Brasil,
com uma série de festejos e comemorações em todo o país.
Mas é no Sul, sobretudo em Santa Catarina, que os germano-brasileiros fervem. Em Florianópolis fomos encontrar o chef
alemão Heiko Grabolle, que há poucos anos decidiu se fixar
no Brasil. E voltamos de lá inclusive com uma receita de presente para os leitores de Oásis. Confira.
Por último, um vídeo educativo da organização TED ensina
dez dicas básicas para você agilizar seu trabalho no computador, ganhar tempo e economizar energia.
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VIAGEM
ATACAMA
Um deserto marciano,
no norte do Chile
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VIAGEM
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Uma laguna altiplânica
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Ele começa no mar, quase à beira
do Pacífico. Sobe pouco a pouco, até
os cinco mil metros, na cordilheira
dos Andes. É o Atacama, um
deserto que parece ser de outro
planeta. Em San Pedro, principal
centro urbano, o Kunza Hotel e Spa
tornou-se um hospedeiro de exceção
O
Por Luis Pellegrini, de San Pedro de Atacama, Chile
Atacama, no norte do Chile, é
um dos desertos mais secos e
elevados do mundo. Imenso,
aqui e ali, surgem cactos gigantes que parecem sentinelas
solitárias de braços eternamente levantados. Tufos de capim
jorram do chão e são a base alimentar da vicunha, a dona-do-pedaço, uma prima do camelo
que vive em bandos a vagar pelas encostas
das montanhas. Nutrem também lebres e
alguns roedores que, por sua vez, viram
comida de raposas, de pumas, e dos condores que tudo veem lá das alturas. Não
fossem esses bravos e teimosos representantes do mundo vegetal e animal, pode-
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VIAGEM
ríamos achar que estamos na superfície
do planeta Marte, exatamente como mostram as fotos enviadas pela sonda Curiosity. Só que em Marte o céu é branco
acinzentado. No Atacama ele se mostra
em azul incrível, até chegar ao horizonte
onde, subitamente, cede lugar ao vermelho da terra.
A oeste, vários vulcões da cordilheira dos
Andes, alguns ativos, com seus cumes
eternamente nevados, exibem penachos
de fumarolas e parecem estar muito
perto. Impõem respeito. Dentre eles se
destaca o Licancabur, com 5.916 metros
de altura. Seu nome no idioma kunza,
falado pelos antigos moradores do Atacama, significa simplesmente “o homem-montanha”. Porque desde sempre, esse
vulcão semiativo é venerado pelos locais
como criatura viva, amiga e protetora dos
humanos. Ele é uma espécie de bússola
onipresente: pode ser avistado o tempo
todo e orienta os viajantes, impedindo
que se percam na imensidão do deserto.
A paisagem, a luminosidade e transparência do ar no Atacama são inigualáveis.
De dia, haja óculos escuros, pois tudo
brilha como se fosse espelho. À noite, as
estrelas parecem próximas, basta levantar o braço e pode-se agarrar uma delas
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Algumas antenas parabólicas
do Observatório ALMA
– pelo menos essa é a sensação que se tem. Não à
toa o Atacama é sede de observatórios astronômicos
internacionais. O mais importante deles é o Alma The Atacama Large Millimeter/submillimeter Array
(ALMA), inaugurado há poucos meses e parcialmente aberto à visitação. O Alma é o maior projeto existente no mundo para a observação astronômica. Seu
design revolucionário obrigou a construção de 66
enormes radiotelescópios. Instalado a 5 mil metros
de altitude, no Planalto de Chajnantor, esse conjunto de antenas parabólicas gigantes parece diretamente saído dos cenários de “Odisséia no Espaço”, o
mítico filme de Stanley Kubrick.
Aos pés do vulcão Licancabur está o vilarejo de
San Pedro de Atacama, um dos destinos top mais
concorridos no Chile. Ali, a temporada turística
dura doze meses. Durante o ano todo San Pedro está
cheio de pessoas dos mais diferentes países do mundo. É, provavelmente, o endereço mais cosmopolita
do Chile. Nas suas velhas ruelas estreitas, hoje repletas de butiques, lojas de artesanato, bares e restaurantes, agências de viagem, ouve-se uma babel de
línguas estrangeiras misturadas ao espanhol local.
Os estrangeiros sentem e entendem o Atacama como
uma região ancestral, mágica, cheia de energia telúrica, muito rica de atrativos naturais. Nela o visitante pode passar semanas e semanas em andanças
contínuas e, ainda assim, não consegue visitar tudo.
Claro, um lugar tão cheio de charme, tão sedutor,
tem seu preço: San Pedro é um dos sítios mais caros
do Chile. Mochileiros e andarilhos com pouca plata
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Spa e piscina do Kunza Hotel,
em San Pedro de Atacama
À noite, banho tomado, e após uma eventual
sessão relax no spa – com piscinas e jacuzzis ao
ar livre, sauna, banho turco, academia de ginástica, massagens e terapias – chega a hora de
ir ao restaurante. Seu nome é Oásis, com cozinha internacional e regional. Vale a pena pedir
ao maître que sugira alguma especialidade chilena. De preferência, como entrada, o “caldillo
de congrio al estilo de Pablo Neruda”, uma delícia à base de frutos do mar e congrio, peixe
abundante nas águas chilenas. O poeta Neruda
gostava tanto que compôs até uma “Ode al Caldillo de Congrio” para celebrar e imortalizar o
prato.
nos bolsos passam mal, pois a comida e os alimentos
em geral não são baratos. Mas existem muitas alternativas de preço e qualidade, desde campings até
hotéis 5 estrelas.
Uma opção excelente é a oferecida pelo Kunza Ho
tel & Spa, um cinco estrelas super confortável que
oferece excursões e programas personalizados para
que os hóspedes desfrutem de todas as maravilhas
naturais da região, com total conforto. Como cada
visita às atrações da região leva meio dia, o almoço
geralmente é realizado in loco, gênero piquenique,
providenciado pelo serviço do próprio hotel.
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VIAGEM
Depois do jantar, café e conhaque num dos salões junto ao bar e muita conversa com os amigos, antes de se recolher aos quartos. O Kunza
dispõe de 60 apartamentos de 52 metros quadrados cada um, equipados com minibar, ar
condicionado, internet gratuita, cofre digital,
televisão de tela plana, sistema de segurança.
E, tesouro dos tesouros, um silêncio profundo
que ajuda no descanso.
Comece o programa de visitas pela própria
cidadezinha de San Pedro de Atacama. Esse
pacato vilarejo, considerado a capital arqueológica do país, é um oásis em meio aos vários
salares que existem na região. San Pedro fica
na chamada depressão pré altiplânica, a 2438
metros acima do nível do mar.
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Restaurante externo e sala de estar do Kunz
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Com ruelas sem asfalto e casinhas empoeiradas feitas de adobe, uma espécie de tijolo artesanal secado
ao sol, San Pedro parece ter parado no tempo. As
paredes das construções têm um acabamento feito
com uma mistura de barro, palha e água. Como quase nunca chove, os telhados também são feitos dessa
mistura, ao invés de serem cobertos com telhas.
As construções mais antigas, como a bela igreja da
vila, construída em 1774, tem o teto elaborado com
madeira de cacto gigante, uma planta típica da região, prática hoje proibida para evitar a extinção da
espécie.
Outra atração de San Pedro é o Museu Padre Gustavo Le Paige, que conta a história do povo atacamenho que já existia há séculos antes de Cristo. Ao
lado do museu, fica a feira de artesanato, com belos
trabalhos regionais e agasalhos feitos de pelo de vicunha e de alpaca. A população é constituída pelos
descendentes da etnia Lican Antai ou atacamenha,
de origem inca, que ainda mantêm seus costumes e
ocupações. Na rua principal, a Calle Caracoles, fica
a maioria dos restaurantes, barzinhos transados e
agências de turismo sempre lotadas.
Vale da Morte
A apenas 2 quilômetros de San Pedro, o Vale da Morte possui formações rochosas e dunas. O sedimento
do solo é composto de sal e gesso, entre outros minerais, com uma coloração de rara beleza, entre o amarelo, rosado e branco.
Cordilheira do Sal
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VIAGEM
Calle Caracoles, a rua principal
de San Pedro de Atacama
A Cordilheira do Sal foi modelada através de
milhões de anos pela chuva e pelo vento surgindo, assim, impressionantes formas e esculturas
naturais em variadas cores e com brilho em razão dos minerais que a compõem. A ação abrasiva das intempéries sobre essa formação geológica deu origem a uma sequência de cerros que
se assemelham a um fole de acordeão.
Pela grande concentração de sal acumulada na
superfície das formações, as rochas passam a
fazer um escarcéu de estalidos durante o pôr e
o nascer do sol em decorrência da mudança de
temperatura. É como se centenas de pessoas ficassem estourando aquele plástico de bolhas ao
mesmo tempo. Por isso elas são chamadas de
“rochas que cantam”.
Vale da Lua
O lugar faz juz ao nome. Como ele bem diz, o
Vale da Lua é famoso por sua conformação parecida com a superfície lunar devido às estratificações e afloramentos salinos ocasionados
por agentes naturais. O cenário é um show, mas
o espetáculo maior fica por conta do pôr do
Sol apreciado por centenas de turistas a partir
do topo das dunas do Vale da Lua. De lá tem-se uma visão panorâmica das cordilheiras Domeyko e dos Andes, bem como da cadeia de vulcões que circundam o vale, como o Licancabur,
o Águas Calientes, o Lascar, o Línzor e o
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Igreja colonial de
San Pedro de Atacama
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Acima, aspecto dos gêiseres do Tatio.
Abaixo, trecho do Salar de Atacama
Acamarachi.
À medida que o sol se põe a coloração das montanhas vai tomando nuances que vão do amarelo
ouro ao escarlate. O esplendor da paisagem causa
arrepios, arranca lágrimas e salvas de palmas dos
espectadores.
Gêisers do Tatio
O campo de gêiseres do “El Tatio”, situado 99
quilômetros ao norte de San Pedro, proporciona
uma visão “infernal”. A 4.300 metros de altitude,
imponentes fumarolas com jatos de água quente emergem na superfície, através de fissuras na
crosta terrestre, alcançando uma temperatura de
até 85 graus centígrados e até 5 metros de altura.
O ápice desse impressionante espetáculo pode ser
apreciado nas primeiras horas da manhã entre as
6 e as 7 horas, quando a temperatura fica abaixo
de zero. O fenômeno origina-se em razão do contato de um rio subterrâneo gelado com as rochas
quentes que recobrem a região de origem vulcânica.
Salar de Atacama
Mais de 96% do volume da água que escoa para
esse salar, vinda das montanhas, se evapora, enquanto 4% se converte em salmoura devido à alta
concentração de sais. O sal vai brotando do solo e
se acumulando na superfície, formando um relevo
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Artesanato à venda no povoado de Machuca
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VIAGEM
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Uma das piscinas naturais
das Termas de Puritama
Cejar, onde os visitantes podem cair na água
mesmo sem saber nadar. Como no Mar Morto, em Israel, a salinidade das águas é tão alta
que ninguém afunda.
Termas de Puritama
Ao voltar do Tatio, a pedida é parar nas termas de Puritama e passar uma hora dentro de
uma das várias piscinas alimentadas por fontes termais vulcânicas. Muito ricas em boro
e outros minerais, as águas de Puritama são
muito quentes e têm poder medicinal.
Vale do Arco Iris
de crostas.
Grandes bandos de flamingos andinos povoam os
salares, alimentando-se de uma espécie de camarão
minúsculo chamado artêmia. A artêmia possui um
alto teor de beta caroteno, o que dá a coloração rosada ao flamingo.
Nem sempre a visita a esse vale faz parte do
catálogo de ofertas dos hotéis. Simplesmente
porque a zona ainda não está perfeitamente
“organizada” para o turismo. Mas é exatamente isso que faz dele uma atração imperdível:
o seu estado praticamente virgem. O nome se
deve às estranhas formações de paredes rochosas de cor terra, muitas vezes combinada
com brancos, amarelos e verdes, devido aos
minerais ali existentes.
Na ida ou na volta do salar costuma-se visitar os povoados históricos de Toconao e Socaire. A pequena
igreja de Toconao, em perfeito estilo atacamenho, é
objeto favorito para fotografias.
Nas proximidades de Toconao fica também a laguna
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VIAGEM
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O Vale da Lua, com suas superfícies
recobertas de sal
Lagunas altiplânicas
Continuando em direção ao sul do Atacama chega
-se a um dos sítios mais impressionantes em termos
de beleza: as lagunas Miscanti e Meñiques, situadas
a 4 mil metros de altitude, quase na fronteira com a
Bolívia. O azul turquesa de suas águas simplesmente
não tem rival. Infelizmente o turista precisa caminhar apenas em pistas predeterminadas ao redor das
lagoas, e não pode ir até as margens. Pela segurança ambiental do lugar: nas margens várias aves de
médio porte que nidificam no chão costumam fazer
seus ninhos, e elas não gostam da nossa presença.
Info: http://www.hotelkunza.cl/
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VIAGEM
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Flamingo solitário voa dinte do
majestoso pico do vulcão Licancabur
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VIAGEM
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GASTRONOMIA
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GASTRONOMIA
ANO DA ALEMANHA
NO BRASIL
Chef alemão vira
barriga-verde
Heiko Grabolle, mestre-cuca nascido
e criado na Vestfália, veio há alguns
anos para Santa Catarina. Como se
costuma dizer, veio, viu, decidiu ficar
e... venceu. No Ano da Alemanha no
Brasil, ele se afirma como um nome
importante da gastronomia em
nosso país
N
Texto e fotos: Valéria Cunha
o mês de maio, o Brasil abre
espaço para a chegada da Alemanha. Vermelho, amarelo e
preto são as cores da bandeira alemã. Elas irão colorir,
por um ano, as nossas ruas. Com o lema
“Quando as ideias se encontram”, o Ano
da Alemanha no Brasil começa agora, sobretudo nos estados do Sul, onde é maior
a presença de germânicos e seus descendentes. Com muita polca, cerveja, salsichões, chucrute e enormes pratos de eisbein - que é como os alemães chamam o
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GASTRONOMIA
seu tradicional prato de joelho de porco.
À parte as delícias da mesa, fortalecer os
laços entre os dois países em importantes assuntos como comércio bilateral, ciências e tecnologia, economia, gastronomia e cultura é a expectativa deste ano.
Objetivo nada difícil de alcançar, já que
no Brasil é visível, há mais de um século, a grande influência cultural exercida pelos imigrantes alemães. Estima-se
que, hoje, cinco milhões de brasileiros
têm ao menos um antepassado alemão.
E mesmo que no sangue não exista uma
gota sequer de sangue alemão, é impossível não simpatizar com as festividades
deste povo. Elas transmitem uma alegria
sem igual.
Chef alemão em cozinha brasileira
Estabelecido em Florianópolis, muito
bem casado com a germano-brasileira
Giselle, o alemão Heiko Grabolle acredita não ter antepassados por aqui. Mas
não pense que ele perde para os imigrantes já “abrasileirados” no quesito
alegria, no gosto pela boa cerveja e no
encantamento pela música.
Heiko nasceu na Vestfália, no oeste da
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Alemanha. Cresceu num pequeno vilarejo com cerca de mil habitantes, sonhava em ser jardineiro,
mas foi pego de surpresa pelos aromas dos temperos da sua terra. Foi seduzido à primeira vista. Inspirado pelas ervas da cozinha dos seus antepassados, Heiko formou-se numa das mais importantes
escolas de gastronomia e culinária do seu país, a
Fischbacherberg. Sua mente – seu paladar e narinas – abriram-se depois para outras gastronomias
do mundo. Viajou e trabalhou em diversos países,
mas quando chegou ao Brasil – graças ao charme
da terra e aos encantos de uma brasileira, ele confessa - foi fisgado e resolveu ficar.
“Cheguei ao Brasil convidado por minha esposa, Giselle, que na época era minha namorada. Já tinha
ouvido falar muito sobre este país, sua beleza natural, sobre a felicidade e alegria do seu povo, e suas
festas como o carnaval e os eventos religiosos. Era
(e ainda sou!) um grande fã da música brasileira
popular”, conta Grabolle.
Antes de vir ao Brasil, Heiko dedicou três anos de
formação profissional em gastronomia no Restaurante Alter Wartesaal, situado no coração da cidade histórica de Colônia. Serviu o exército na Otan
(Organização do Tratado do Atlântico Norte), como
chef-de-cuisine na base da aeronáutica alemã situada na Sardenha, Itália. Depois, em Londres,
ampliou sua experiência. Passo seguinte, foi para
a ilha de Maiorca, Espanha, onde abriu um restaurante em sociedade com o irmão Sven Grabolle. Foi
Chefe no navio de cruzeiros internacionais MS Bremen. Finalmente, concluiu seu mestrado em gastro
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GASTRONOMIA
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nomia na Escola de Hotelaria DeHoGa em Hamburgo, na Alemanha. Um currículo extenso.
Em Florianópolis, Santa Catarina - onde surgiu a
primeira colônia alemã do Estado, em 1829, seguida por uma outra colônia ainda mais importante,
estabelecida em Blumenau, em 1850 - Heiko lançou
âncora. Hoje, além de suas atividades como chef,
desenvolve uma pesquisa sobre a gastronomia tradicional alemã no Brasil. Este é o foco do seu primeiro livro, que será lançado nas próximas semanas
pela Editora Senac.
Troca de experiências
“Quando cheguei ao sul do Brasil, fui logo visitar as
comunidades de descendentes de alemães, sobretudo as localizadas no oeste de Santa Catarina. Foi
difícil segurar a surpresa: logo vi que esses germano-brasileiros tinham conservado o repertório completo dos pratos alemães tradicionais, sobretudo
os da culinária vigente em meu país no século 19.
Pratos como o marreco recheado com toucinho de
porco, que na Alemanha é hoje raríssimo, aqui em
Santa Catarina fazem parte do repertório culinário
do dia-a-dia”, conta Heiko.
Ponte gastronômica
Heiko sonha em se tornar uma espécie de ponte
gastronômica e literária entre o Brasil e a Alemanha. Sente-se também um contador de histórias,
e por isso quer contar na Alemanha a história dos
seus compatriotas que vieram para a América do
Sul, como se adaptaram, como conseguiram preservar os costumes e a língua natal, como se tornaram
brasileiros sem deixar de ser alemães. Por outro
lado, quer contar aqui suas histórias da Alemanha
atual, comentar como foi a evolução desse país no
seio da Comunidade Europeia, quais são suas novas
tendências (inclusive no campo da gastronomia),
suas novas preocupações, os processos acentuados
de mudança que a Alemanha atravessa. Em seu livro, que se chama “Gastronomia Alemã”, Heiko já
deixa correr soltas suas novas preocupações. A obra
estará disponível dentro de poucas semanas, e nela
o autor escreverá as principais características da
cozinha germânica, suas transformações e sua valorização nos dias atuais.
O ano Brasil-Alemanha promete coisas boas para
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GASTRONOMIA
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este alemão que se transformou em barriga-verde.
No momento, ele dá duro trabalhando como chef
nas principais festas da tradição catarinense. Não
sabe ainda como fará para conciliar todos os compromissos: acaba de assumir a assumiu a consultoria geral e o cardápio do Sena Restaurante-escola,
em Blumenau; nos próximos dias viaja ao México
e aos Estados Unidos para participar do evento de
turismo Goal to Brasil.
Acima e abaixo, aspectos da Festa da Cerveja,
grande evento da comunidade alemã de
Blumenau, Santa Catarina
E aqui vai uma receita do chef Heiko Grabolle, especial para os leitores de Oásis:
ROLINHOS DE CARNE RECHEADA (Gefüllte
Rinderrouladen)
Rendimento: 4 pessoas
Ingredientes: 4 bifes de colchão mole de aproximadamente 150 gramas cada; 80 gramas de mostarda
alemã; 4 fatias de presunto do tipo Parma; 2 pepinos de conserva grandes cortados ao comprido, em
tiras finas; palitos de dente; 40 ml de óleo de canola; 1 cenoura cortada em cubos grandes; 1 talo de
salsão costado em cubos grandes; 1 cebola cortada
em cubos grandes; 1 colher (sopa) de extrato de tomate; 50 ml de conhaque; 800 ml de caldo de carne; 1 bouquet garni (molho de saisinha, cebolinha,
tomilho, etc); 40 gramas de farinha de trigo
Modo de preparo:
Bater os bifes e pincelar um dos lados com mos
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GASTRONOMIA
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tarda. Colocar uma fatia do presunto e uma tira de
pepino por cima. Enrolar em forma de rocambole
fixar com 2 palitos. Aquecer o óleo numa frigideira
e fritar os rolinhos de carne por todos os lados.
Acrescentar a cenoura, o salsão e a cebola. Fritar
tudo junto de 5 a 10 minutos. Acrescentar o extrato
de tomate, misturar bem e em seguida flambar com
o conhaque.
http://heikograbolle.wordpress.com/2012/11/12/
dicionario-gastronomico-alemao-aprenda-as-palavras-mais-importantes-da-cozinha-alema/
http://heikograbolle.wordpress.com/
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comportamento
comportamento
ENGOLIR SAPOS
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Aprenda a
descarregar sua raiva
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A raiva descontrolada é destrutiva.
Mas reprimir a emoção também:
isso pode causar depressão e
problemas de saúde
zos à saúde.
D
Por: Equipe Oásis
iversas tradições espirituais
veem no domínio das emoções
um passo fundamental para
evoluir interiormente e espera- se que, com muito esforço
pessoal, consigamos atingir esse patamar.
Enquanto não chegamos lá, porém, vale a
pena rever certas crenças que se têm multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas. Diferentemente do que
alguns autores propõem, sublimá-las não
gera benefícios para a pessoa - essa atitude, aliás, tende mais a trazer-lhe prejuí-
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comportamento
Pesquisas científicas recentes sobre
a raiva reforçam essa linha de pensamento. Uma delas é o Harvard Study of
Adult Development, da Universidade
Harvard (Estados Unidos), que tem monitorado a vida de 824 homens e mulheres desde 1965. Segundo o trabalho,
quem reprime sua frustração é pelo menos três vezes mais propenso a admitir
que chegou a um ponto em sua carreira
no qual não consegue mais progredir e
que tem uma vida pessoal decepcionante. Já as pessoas que aprendem a explorar e canalizar sua raiva apresentam
uma probabilidade muito maior de estar
bem situadas profissionalmente, além
de desfrutar de maior intimidade física e
emocional com seus amigos e familiares.
Estímulo para a reflexão interior
Outro lado benéfico de manifestar a raiva flagrado em pesquisas recentes foi o
de levar as pessoas envolvidas a refletir
sobre si próprias e, com frequência, manifestar maior tolerância em relação ao
motivo que originou a desarmonia. Howard Kassinove, coautor de Anger
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Management: The Complete Treatment Guidebook
for Practice (Administração da raiva: o guia de tratamento completo para a prática), publicou recentemente no Journal of Social Behaviour and Personality um trabalho com cerca de 2 mil adultos,
dos quais mais de 55% disseram que um episódio
de raiva produziu um resultado positivo. Quase um
terço dos participantes admitiu que o episódio ajudou-os a ver suas próprias falhas.
“As pessoas que são alvo da raiva nesses estudos
dizem coisas como: ‘Eu realmente entendo a outra
pessoa muito melhor agora; acho que não a estava escutando antes’”, afirma Kassinove. “Embora
a expressão assertiva seja sempre preferível a uma
expressão de raiva, a raiva pode servir como uma
função importante de alerta que leva a uma compreensão mais profunda da pessoa e do problema.”
Raiva no cotidiano
Para James Averill, psicólogo da Universidade de
Massachusetts Amherst, a raiva é malvista por ser
erradamente associada à violência. Em seu estudo
sobre a raiva no cotidiano, ele descobriu que episódios em que essa emoção se manifestou ajudaram
a fortalecer as relações na metade das vezes e só
levaram à violência em menos de 10% dos casos.
“A raiva pode ser utilizada para auxiliar as relações
íntimas, trabalhar as interações e a expressão política”, disse Averill. “Quando você olha para os episódios de raiva do dia a dia, ao contrário daqueles
que apresentam desfechos mais dramáticos, os resultados são geralmente positivos.”
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comportamento
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“As pessoas pensam na raiva como uma emoção terrivelmente perigosa e são encorajadas a praticar o
‘pensamento positivo’, mas consideramos que essa
abordagem é autodestrutiva e, em última análise,
uma negação prejudicial da realidade terrível”, assinala George Vaillant, psiquiatra da Escola de Medicina de Harvard que passou os últimos 44 anos
como diretor do Harvard Study of Adult Development. “Emoções negativas como o medo e a raiva
são inatas e têm enorme importância”, afirma o psiquiatra. “Elas são muitas vezes cruciais para a sobrevivência: experimentos cuidadosos como o nosso
têm documentado que as emoções negativas limitam e focam a atenção, de modo a podermos nos
concentrar nas árvores em vez de na floresta.”
Canalizar positivamente a raiva
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comportamento
Vaillant considera que exibições de raiva descontrolada são de fato destrutivas, mas internalizar
a emoção - uma atitude popularmente conhecida
como “engolir sapo” - tampouco é uma solução viável: ela pode causar depressão, problemas de saúde
e dificuldades de comunicação. Aprender a canalizar a raiva positivamente, portanto, é vital para
nosso bem-estar. “Todos nós sentimos raiva, mas
indivíduos que aprendem a expressá-la, evitando as
consequências explosivas e autodestrutivas da fúria desenfreada, têm conseguido algo incrivelmente
poderoso em termos de crescimento emocional geral e saúde mental. Se podemos definir e aproveitar
essas habilidades, podemos usá-las para realizar
grandes coisas.”
Opinião similar está presente na conclusão de pesquisadores da Universidade de Estocolmo (Suécia)
que acompanharam 2.755 trabalhadores do sexo
masculino entre 1992 e 2003. Em seu estudo, publicado em novembro no Journal of Epidemiology
and Community Health,eles perguntaram aos participantes como lidavam com o tratamento injusto
ou conflitos no trabalho e analisaram as respostas
obtidas compa rando-as a uma série de formas de
avaliação física, como pressão sanguínea, índice de massa corporal (IMC) e níveis de colesterol.
No questionário aplicado também havia perguntas sobre o emprego de táticas evasivas, tais como
afastar-se de uma discussão, fatores biológicos e a
ocorrência de dores de cabeça ou outros sintomas
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físicos.
Engolir sapos é um comportamento frequente no
ambiente profissional, em especial nos escalões hierarquicamente inferiores, que têm menos controle
do trabalho. Durante o período coberto pela pesquisa, 47 participantes morreram por ataque do coração
ou doença cardíaca. Depois de analisarem os dados
coletados, os pesquisadores descobriram que várias
dessas pessoas persistentemente sublimaram sua
raiva em vez de expressá-la abertamente. Quem adotou esse comportamento apresentou uma tendência
até cinco vezes maior de ter algum distúrbio cardíaco.
Qual estratégia seguir
Originariamente, a pesquisa também incluiu mulhe-
res como objeto de estudo e os resultados colhidos
mostraram que reprimir a raiva trazia consequências igualmente danosas para a saúde delas. No entanto, como o número de mortes associadas ao coração foi baixo entre elas, os cientistas decidiram não
tirar conclusões sobre esse grupo.
Qual estratégia se deveria seguir para não reprimir
a raiva e, assim, fugir da armadilha que essa atitude
representa para a saúde? Os pesquisadores suecos
disseram que não poderiam responder a essa pergunta, mas listaram alguns comportamentos dos
participantes de seu estudo diante de um tratamento
injusto ou um conflito. A relação inclui “protestar
diretamente”, “falar com a pessoa agora mesmo”,
“gritar com a pessoa agora mesmo” ou “falar com a
pessoa mais tarde, quando as coisas tiverem se acalmado”. A escolha da estratégia a adotar é, em geral,
uma questão de personalidade, mas também sofre
a influência das circunstâncias pelas quais a pessoa
está passando.
Talvez as repetidas confirmações da influência negativa sobre a saúde que reprimir a raiva provoca
resultem em novas maneiras - inclusive trabalhistas
- de abordar o assunto. Constanze Leineweber, do
Instituto de Pesquisa do Estresse da Universidade
de Estocolmo, que liderou o estudo sueco, ressaltou
uma sugestão natural em termos profissionais que
pode ser adaptada para outras situações: “Eu não
recomendaria gritar com o chefe. Essa não é a melhor solução. Mas é sempre melhor dizer que você
se sente tratado injustamente e encontrar soluções
construtivas para isso.”
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comportamento
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COMPUTADOR A JATO
10 dicas para se
ganhar tempo
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David Pogue, colunista de
tecnologia, compartilha 10 dicas
simples e inteligentes com usuários
de computadores, internet,
smartphones e câmeras. Pode ser
que você já conheça algumas delas
- mas deve haver pelo menos uma
que ainda não conhece
D
Tradução para o português: Leonardo Silva.
Revisão: Pammela Amorim Nascimento
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avid Pogue é colunista de tecnologia no jornal The New
York Times e correspondente
na mesma área para a rede televisiva norte-americana CBS
News. Ele é também autor de
vários livros de grande sucesso.
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Tradução integral da palestra de David Pogue
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Tradução integral da palestra de David Pogue
“Notei algo interessante no que diz respeito à sociedade e
à cultura. Tudo que é arriscado requer uma autorização:
aprender a dirigir, ter uma arma, se casar.
Isso vale para tudo que é arriscado, exceto para a tecnologia. Por alguma razão, não existe nenhum plano de
ensino, não existe nenhum curso básico. Apenas dão a
você um computador e depois lançam você fora do ninho.
Como você vai aprender isso? Simplesmente por osmose. Ninguém jamais senta-se com você e diz: “É assim
que funciona”. Então, hoje vou contar 10 coisas que você
achava que todos sabiam, mas na verdade não sabem.
Tudo bem. Primeiro, quando navegar na internet e quer
rolar a página para baixo, não pegue o “mouse” e clique
na barra de rolagem. Isso é uma baita perda de tempo. Só
faça isso se receber por hora. Em vez disso, aperte a barra
de espaço. A barra de espaço faz descer uma página. Aperte e segure a tecla “Shift” para rolar de volta para cima.
Então, barra de espaço para rolar para baixo uma página.
Funciona com qualquer navegador, em todo tipo de computador.
letra do texto fica maior a cada clique. Funciona em
qualquer computador, qualquer navegador, ou “-”,
“-”, “-” para diminuir a letra novamente. Se estiver
usando um Mac, deve ser a tecla “Command”.
Quando estiver digitando em seu Blackberry, Android, iPhone, não se dê ao trabalho de mudar para
o leiaute de pontuação para apertar o ponto final, e
depois o espaço, e depois colocar letra maiúscula.
Basta apertar a barra de espaço duas vezes. O telefone põe o ponto, o espaço e a maiúscula por você.
Aperte duas vezes o espaço. É maravilhoso.
E, no que se refere a telefones celulares, em todos
eles, se quiser discar novamente o número que discou antes, tudo que precisa é apertar o botão de chamada, e aparecerá na tela o último número que você
discou e, aí sim, você aperta o botão de chamada
Ainda na internet, quando for preencher formulários de
dados com seu endereço, creio que já sabem que é possível apertar a tecla “Tab” para pular para os campos seguintes. Mas e o menu suspenso, onde você informa o seu
estado? Não abra o menu suspenso. É um baita desperdício de calorias. Digite várias vezes a primeira letra do seu
estado. Se quiser “Connecticut”, aperte “C”, “C”, “C”. Se
quiser Texas, aperte “T”, “T”, e vá direto sem sequer abrir
o menu “pop-up”.
Ainda na internet, quando a letra do texto for muito pequena, segure a tecla “Control” e aperte “+”, “+”, “+”. A
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novamente, para de fato discar. Então, não precisa acessar a lista de chamadas recentes.Se você quiser ligar para
alguém, apenas aperte o botão de chamada novamente.
Eis algo que me deixa louco. Quando ligo para alguém e
deixo uma mensagem no correio de voz, ouço o seguinte: “Deixe sua mensagem”, e depois vêm uns 15 minutos
de instruções idiotas, como se secretárias eletrônicas não
existissem há 45 anos! (Risos) Não sou intolerante. Acontece que existe um atalho de teclado que permite que você
vá direto ao sinal, assim.
Secretária eletrônica: Após o sinal, por favor — BIP.
David Pogue: Infelizmente, as operadoras não escolhem
a mesma tecla de atalho para isso, então depende da operadora. Aí cabe a você saber a tecla de atalho da pessoa
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pra quem você está ligando. Não disse que tudo seria
perfeito.
Certo. Então, a maioria de vocês acha que o “Google”
só serve para procurar uma página na internet, mas
também serve como dicionário. Digite a palavra “define” e depois a palavra que você quer verificar. Não
precisa nem clicar em lugar nenhum. A definição
aparece quando você digita. Também possui informações sobre o espaço aéreo do país. Digite o nome
da companhia aérea e o voo. Ele mostra onde o voo
está, o portão, o terminal e o tempo de voo. Não precisa de aplicativo para isso. Também é um conversor
de moedas e de unidades de medida. Novamente,
não precisa clicar em lugar algum. Apenas digite no
espaço e a resposta aparece.
Já que falamos de textos, quando quiser selecionar
-- esse é apenas um exemplo. (Risos)Quando quiser selecionar uma palavra, por favor não perca seu
tempo arrastando o cursor sobre ela com o mouse,
igual a um novato. Clique duas vezes na palavra. No
“200”. Eu clico duas vezes. Assim você seleciona
apenas aquela palavra. Também não apague o que
você selecionou. Apenas digite por cima. Funciona
em qualquer programa. Você também pode dar dois
cliques, segurar e arrastar para selecionar palavras
consecutivas. Muito mais preciso. Novamente, não
precisa apagar. Basta digitar por cima. (Risos)
“Atraso” é o tempo entre o pressionar do botão de
uma câmera e o momento em que ela de fato tira a
foto. É uma característica muito frustrante em qualquer câmera que custa menos de 1.000 dólares. (Clique da câmera) (Risos) Isso acontece porque a câ
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mera precisa de tempo para calcular o foco e a exposição,
mas se ajustar antes o foco com um leve toque no botão,
depois aperte fundo e não haverá atraso! Vai funcionar
sempre. Acabo de transformar sua câmera de $50 dólares
em uma de $1.000 dólares com esse truque.
Por fim, geralmente acontece de você estar dando uma
palestra e por alguma razão a plateia está olhando para a
tela em vez de olhar para você! (Risos) Quando isso acontecer (funciona no Keynote, no Powerpoint, em qualquer
programa) você só precisa pressionar a letra “B”, “B” de
“blackout”, para deixar a tela preta e fazer todos olharem
para você e, quando estiver pronto para continuar, pressione “B” de novo. E se estiver indo muito bem,você pode
pressionar a letra “W” de “whiteout”, e deixar a tela toda
branca e pressionar “W” de novo para voltar ao normal.
Sei que falei muito rápido. Se você perdeu alguma coisa,
ficarei feliz em enviar pra vocês a lista dessas dicas. Enquanto isso, meus parabéns. Peguem todos sua habilitação em tecnologia da Califórnia.
Tenham um ótimo dia.
(Aplausos)
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Um dEsErto marciano, no nortE do chilE