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Opinião
BeloHorizonte,sábado,10.5.2014
HOJEEMDIA
hojeemdia.com.br
Câncerde ovárioesaúdeda mulher
Concurseira
éamãe
AgnaldoLopes daSilva Filho
JoséRoberto Lima
ARTIGOS
A
[email protected]
A
pesar da baixa
incidência, o
câncer de ovário é uma doença com alta taxa de mortalidade. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), somente neste ano já foram
registrados 5.680 novos
casos, sendo mais de 3
mil deles que resultaram
em óbito. Outros estudos
demonstram que, em média, 60% dos diagnósticos acontecem nos estágios avançados, com sobrevida de 20% nos cinco
anos posteriores. Os índices alertam para a necessidade de se estar atento
aos sintomas e às pesquisas de métodos que possam propiciar um diagnóstico mais precoce.
As mulheres que não tiveram filhos e nunca amamentaram, as que tiveram menopausa tardia
ou câncer de mama, assim como as que têm parentes de 1º grau com
câncer de ovário, apresentam maior risco de desenvolverem a doença, ao
contrário das pacientes
que fizeram uso de anticoncepcional, em que o
risco é reduzido.
Os genes BRCA1 e BRCA2 estão associados
com o câncer de ovário e
de mama. As portadoras
desses genes têm, respectivamente, 45% e 25% de
risco de desenvolver um
câncer durante a vida.
Um exemplo disso é a
atriz norte-americana Angelina Jolie, que realizou
no ano passado uma cirurgia para a retirada das
mamas e os ovários. As
chances de Angelina desenvolver um câncer de
mama eram de 87%, número tão alarmante,
quanto os 50% referentes
ao tumor no ovário.
O comportamento de
Angelina reflete um indi-
cativo médico para as pacientes que já possuem
um histórico familiar.
Os especialistas afirmam que 10% dos tumores de ovários têm implicação genético-familiar
e a retirada desses órgãos representa uma opção de método preventivo. Entretanto, essa conduta deve ser amparada
por diagnósticos detalhados e precisos.
Os sintomas, que normalmente se apresentam
em estados avançados da
doença, englobam dor e
aumento abdominal,
constipação, alteração na
digestão e massa abdominal palpável. Qualquer
um desses indicativos deve ser analisado, sistematicamente, por um especialista para avaliação e
solicitação de exames.
O progresso da medicina tem proporcionando a
possibilidade de cirurgias
menos invasivas e, principalmente, uma melhor
individualização da terapia a ser instituída. O desenvolvimento de novos
agentes quimioterápicos
também é animador.
Estar atenta às caracte-
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rísticas do corpo, bem
como se comprometer
em procurar assistência
médica no caso de sintomas são atitudes importantes para o diagnóstico da doença.
O assunto será discutido no 7º Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia, que acontecerá entre os dias 14 e 17 de
maio, no Minascentro,
em Belo Horizonte.
Professor e membro da
Associação de
Ginecologistas e
Obstetras de Minas
Gerais (Sogimig)
[email protected]
manhã é Dia
das Mães. Então, este artigo é um cumprimento antecipado a todas elas,
de modo especial às
mães concurseiras e às
que têm filhos ou filhas
concurseiros. Afinal,
em qualquer empreitada de sucesso, especialmente nas guerras em
que se transformaram
os concursos, precisamos de um refúgio seguro com boas relações
afetivas. Caso contrário, dificilmente revigoraremos as forças diariamente. E as mães
cumprem majestosamente esse papel.
É por isso que, quando se quer injuriar alguém, menciona-se logo a mãe do oponente.
Poucas pessoas conseguem manter a serenidade nessas ocasiões.
Um clássico exemplo
ocorreu no Congresso
Nacional nos idos de
2006, durante a CPMI
dos Correios. O clima
já não estava amistoso
entre alguns parlamentares e um advogado, que estava sendo
ouvido como suspeito.
Ao ouvir o requerimento de um deputado,
que pedia a quebra de
sigilo bancário da esposa e da irmã, comentou: “Da mãe também
seria bom”.
Mesmo alegando que
se referia à própria
mãe e não à do parlamentar, foi preso em
flagrante. Talvez a alegação fosse verdadeira. Mas mãe é assim
mesmo. Ficamos ofendidos com a simples
possibilidade de alguém estar se referindo à nossa.
O tema, apesar de sério, pode ser explorado pelos humoristas.
Uma das cenas clássicas de Os Trapalhões
apresenta o Didi do alto de um muro jogando uma pequena tartaruga sobre a cabeça do
Mussum (os ambientalistas podem ficar tranquilos: a tartaruguinha era de plástico). Indignado, Mussum protesta: “Joga a mãe”. Então, Didi providencia o
arremesso de uma tartaruga gigante.
Uma única vez em
que assisti à cena de alguém se referir à mãe
alheia sem que ninguém se ofendesse, ao
contrário, gostando da
observação, foi quando
dois concurseiros con-
Um dos alunos
falava de sua paixão
por uma garota,
cuja mãe, ainda
jovem, estudava na
mesma escola
preparatória
versavam durante o intervalo das aulas. Um
dos alunos falava de
sua paixão por uma garota, cuja mãe, ainda jovem, estudava na mesma escola preparatória. Após descrever a filha com todos os encantos, concluiu:
– E o melhor de tudo:
ela é concurseira!
Chegou a falar do sonho de um futuro comum com a garota. Assim, para aumentar
sua paixão, o interlocutor respondeu: “Concurseira é a mãe!”.
Professor de Direito,
delegado federal e autor
do livro “Como passei em
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