O que é
Teologia Reformada?
James Montgomery Boice
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Traduzido do original em Inglês
Reformed Theology
By James Montgomery Boice
Via: ReformedReader.org
Tradução e Capa por William Teixeira
Revisão por Camila Almeida
2ª Edição: Novembro de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
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Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a permissão do
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O que é Teologia Reformada?
Por J. M. Boice
A teologia Reformada recebe o seu nome a partir da Reforma Protestante do século XVI,
com suas ênfases teológicas distintas, entretanto é uma teologia solidamente baseada na
própria Bíblia. Os crentes que seguem a tradição Reformada estimam as contribuições
específicas de pessoas como Martinho Lutero, John Knox, e particularmente João Calvino,
mas eles também encontram seus poderosos distintivos nos gigantes da fé, que viveram
antes deles, tais como Anselmo e Agostinho, e, finalmente, nas cartas de Paulo e nos ensinamentos de Jesus Cristo. Os Cristãos Reformados sustentam as doutrinas características
de todos os Cristãos, incluindo a Trindade, a verdadeira Divindade e verdadeira humanidade de Jesus Cristo, a necessidade da expiação de Jesus pelo pecado, a igreja como uma
instituição Divinamente ordenada, a inspiração da Bíblia, a exigência de que os Cristãos
vivam vidas moralmente corretas, e a ressurreição do corpo. Eles sustentam outras doutrinas em comum com os Cristãos evangélicos, como a justificação pela fé, a necessidade do
novo nascimento, o retorno pessoal e visível de Jesus Cristo, e a Grande Comissão. O que,
então, é distintivo em relação à teologia Reformada?
1. A Doutrina da Escritura.
O compromisso Reformado com a Escritura enfatiza a inspiração, autoridade e suficiência
da Bíblia. Visto que a Bíblia é a Palavra de Deus e por isso tem a autoridade do próprio
Deus, as pessoas Reformadas afirmam que esta autoridade é superior à de todos os governos e a todas as hierarquias da Igreja. Essa convicção deu aos crentes Reformados a coragem de portarem-se contra a tirania e fez com que a teologia Reformada se tornasse uma
força revolucionária na sociedade. A suficiência das Escrituras significa que elas não precisam de ser complementadas por uma revelação especial nova ou em curso. A Bíblia é o
guia completamente suficiente para a nossa maneira de pensar e sobre como devemos
viver como Cristãos.
Os Reformadores, e particularmente João Calvino, ressaltaram como a forma e o objetivo
da Palavra escrita e o ministério interior e sobrenatural do Espírito Santo trabalham em conjunto, o Espírito Santo iluminando a Palavra para o povo de Deus. A Palavra sem a iluminação do Espírito Santo continua a ser um livro fechado. A suposta direção do Espírito sem
a Palavra leva a erros e excessos. Os Reformadores também insistiram sobre o direito dos
crentes de estudarem as Escrituras por si mesmos. Apesar de não negarem o valor de
professores formados, eles compreenderam que a clareza das Escrituras em assuntos
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essenciais para a salvação torna a Bíblia propriedade de todo crente. Este direito de acesso
sempre vem acompanhado da responsabilidade de uma interpretação cuidadosa e precisa.
2. A Soberania de Deus.
Para a maioria do povo Reformado o principal e mais distintivo artigo do credo é a soberania
de Deus. Soberania significa governo, e a soberania de Deus significa que Deus governa
Sua criação com poder e autoridade absolutos. Ele determina o que acontecerá, e isto acontece. Deus não está alarmado, frustrado ou derrotado pelas circunstâncias, pelo pecado, ou pela rebelião de Suas criaturas.
3. As Doutrinas da Graça.
A teologia Reformada enfatiza as Doutrinas da Graça, mais conhecidas pelo acrônimo
TULIP, embora este acrômio não corresponda aos melhores nomes possíveis para as cinco
doutrinas.
T significa Total Depravity [Depravação Total]. Isso não significa que todas as pessoas são
tão más quanto elas poderiam ser. Significa, sim, que todos os seres humanos são afetados
pelo pecado em todas as áreas de seus pensamentos e conduta pelo que nada que sai de
algum homem à parte da graça regeneradora de Deus pode agradar a Deus. No que concerne aos nossos relacionamentos com Deus, estamos todos tão arruinados pelo pecado
que nenhum de nós pode entender adequadamente Deus ou os caminhos de Deus. Também não buscamos a Deus, a menos que Ele primeiro opere dentro de nós para nos
conduzir a busca-lO.
U significa Unconditional Election [Eleição Incondicional]. Uma ênfase na eleição incomoda
muitas pessoas, mas o problema que eles sentem não é, na verdade, com a eleição; é com
a depravação. Se os pecadores são tão desamparados em sua depravação como a Bíblia
diz que eles são, incapazes de entender e sem vontade de buscar a Deus, então a única
maneira que eles poderiam ser salvos é se Deus tomar a iniciativa de transformá-los e
salvá-los. Isto é o que significa a eleição. É Deus escolhendo salvar aqueles que, se não
fosse a Sua escolha soberana e Suas ações subsequentes, certamente pereceriam.
L significa Limited Atonement [Expiação Limitada]. Este nome é potencialmente enganoso,
pois parece sugerir que os Reformados querem de alguma forma restringir o valor da morte
de Cristo. Este não é o caso. O valor da morte de Jesus é infinito. A questão é: qual é o
propósito da morte de Cristo, o que Ele realizou na mesma? Será que Cristo pretendeu fazer da salvação nada além de uma possibilidade? Ou Ele realmente salva aqueles por quem
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Ele morreu? A teologia Reformada enfatiza que Jesus realmente expiou os pecados
daqueles a quem o Pai havia escolhido. Na verdade, Ele propiciou a ira de Deus para com
o Seu povo, tendo levado o seu julgamento sobre Si, em verdade redimiu, e, de fato,
reconciliou essas pessoas específicas com Deus. Um nome melhor para expiação “limitada”
seria redenção “particular” ou “específica”.
I significa Irresistible Grace [Graça Irresistível]. Sozinhos, nós resistimos à graça de Deus.
Mas quando Deus trabalha em nossos corações, regenerando-nos e criando uma vontade
interior renovada, então o que era indesejável antes torna-se altamente desejável, e corremos para Jesus, exatamente como anteriormente nós corríamos para longe dEle. Pecadores caídos resistem à graça de Deus, mas a Sua graça regeneradora é eficaz. Ela supera
o pecado e cumpre o propósito de Deus.
P significa Perseverance of the Saints [Perseverança dos Santos]. Um nome melhor seria
“a perseverança de Deus com os santos”, mas ambas as ideias estão realmente envolvidas.
Deus persevera conosco, nos impedindo de apostatar, o que certamente faríamos se Ele
não fosse conosco. Mas porque Ele persevera nós também perseveramos. Na verdade, a
perseverança é a prova definitiva de eleição. Nós perseveramos porque Deus nos preserva
de cair e de nos desviarmos dEle total e finalmente.
4. O Mandato Cultural.
A teologia Reformada também enfatiza o mandato cultural, ou a obrigação dos Cristãos de
viverem ativamente na sociedade e trabalharem para a transformação do mundo e de suas
culturas. O povo reformado tem tido vários pontos de vista nesta área dependendo do grau
em que eles acreditam que tal transformação é possível. Entretanto, no geral, eles
concordam em duas coisas. Primeiro, somos chamados a conviver no mundo e não para
nos retiramos dele. Isso leva os crentes Reformados para longe do monasticismo. Em
segundo lugar, que devemos alimentar os famintos, vestir os nus e visitar o prisioneiro.
Contudo, as principais necessidades das pessoas ainda são as espirituais, e o trabalho
social não é um substituto adequado para o Evangelismo. Na verdade, os esforços para
ajudar as pessoas só serão verdadeiramente eficazes à medida que seus corações e
mentes forem mudados pelo Evangelho. Isso leva os crentes Reformados para longe do
mero humanitarismo. Tem sido objetado à teologia Reformada que qualquer um que
acredita nas doutrinas Reformadas perde toda a motivação para o evangelismo. “Se Deus
fará o trabalho, por que eu deveria me preocupar?”, porém não é isso que realmente
acontece. É pelo fato de Deus fazer a obra que podemos ser ousados para fazer o que Ele
nos manda fazer. Fazemo-lo com alegria, sabendo que nossos esforços não serão em vão.
Soli Deo Gloria!
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10 Sermões — R. M. M’Cheyne
 Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
Adoração — A. W. Pink
John Flavel
Agonia de Cristo — J. Edwards
 Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
Batismo, O — John Gill
 Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Spurgeon
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
 Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
Pink
Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
 Oração — Thomas Watson
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
 Pacto da Graça, O — Mike Renihan
Doutrina da Eleição
 Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
 Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
Cessaram — Peter Masters
 Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Thomas Boston
Eleição — A. W. Pink
 Plenitude do Mediador, A — John Gill
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
 Porção do Ímpios, A — J. Edwards
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
 Pregação Chocante — Paul Washer
pelos Arminianos — J. Owen
 Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
Confissão de Fé Batista de 1689
 Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
Conversão — John Gill
Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
 Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
 Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
 Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
M'Cheyne
Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins
 Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
 Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon
Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne
 Sangue, O — C. H. Spurgeon
Eleição Particular — C. H. Spurgeon
 Semper Idem — Thomas Adams
Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —
 Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
J. Owen
Owen e Charnock
Evangelismo Moderno — A. W. Pink
 Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Excelência de Cristo, A — J. Edwards
Deus) — C. H. Spurgeon
Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
 Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink
Edwards
Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
 Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah
é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen
Spurgeon
 Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —
Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.
Jeremiah Burroughs
Owen
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação
 Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
dos Pecadores, A — A. W. Pink
 Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
Jesus! – C. H. Spurgeon
Downing
Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon
 Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
 Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
Claraval
Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry
 Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
no Batismo de Crentes — Fred Malone
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Sola Scriptura • Sola Fide • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria
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2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
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encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
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para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
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Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
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se manifeste também nos nossos corpos;
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
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nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
14
por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
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também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
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Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
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interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
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produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não
veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
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não veem são eternas.
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