Introdução à pesquisa empírica em direito: nacional e internacional UniCeub, 10‐14 de setembro de 2015 Melanie Wahl [email protected] Descrição do curso O objetivo do curso é proporcionar aos alunos uma introdução à pesquisa empírica em direito. Para tanto, será apresentada uma visão geral das principais vertentes de métodos empíricos comumente utilizados em ciências sociais e políticas, bem como a forma como estes têm sido utilizados na pesquisa empírica em direito, com ênfase no direito internacional. Os prós e contras da pesquisa empírica, bem como seu lugar na disciplina do direito, serão discutidos tendo como pano de fundo a literatura empírica recente sobre as fontes do direito internacional, os tribunais internacionais e o direito econômico internacional. Organização Este curso intensivo consiste em 12 horas de ensino, distribuídas por quatro dias. O programa abaixo identifica os tópicos para cada unidade temática, juntamente com as principais questões a serem discutidas em sala de aula, as leituras obrigatórias e as leituras complementares. A leitura obrigatória deve ser lida previamente à cada sessão, enquanto leituras complementares são opcionais e destinam-se a fornecer referências bibliográficas adicionais para os estudantes que possam ter um interesse específico em um determinado tópico. A leitura prévia é crucial e será considerada pela professora como pressuposto para efeitos de discussão em sala de aula. 1. Introdução (1 hora) Empirismo: o que é e porque é útil? Empirismo em direito e em direito internacional Objetivos do curso Leituras obrigatórias: Lawless RM, Robbennolt JK and Ulen T, Empirical Methods in Law (Aspen 2010), Chapter 1 (Thinking empirically). Galligan D, ‘Legal Theory and Empirical Research’ in Peter Cane and H Krytzer (eds), The Oxford Handbook of Empirical Legal Research (Oxford UP 2010). Leituras complementares: Cane P and Kritzer HM (eds), The Oxford Handbook of Empirical Legal Research (Oxford UP 2010). Davis G and Baldwin J, ‘Empirical Research in Law’ in P Cane and M Tushnet (eds), The Oxford Handbook of Legal Studies (2003). Genn DH, Partington M and Wheeler S, Law in the Real World: Improving Our Understanding of How Law Works: Final Report and Recommendations (Nuffield Inquiry on Empirical Legal Research 2006) 1 ‘Symposium: Empirical and Experimental Methods in Law’ (2002) University of Illinois Law Review 791ff. 2. Empirismo e métodos de pesquisa social (4 horas) Tipos de conhecimento Planejamento e desenho de pesquisa Métodos de pesquisa Padrões de qualidade da pesquisa empírica Leituras obrigatórias: Lawless RM, Robbennolt JK and Ulen T, Empirical Methods in Law (Aspen 2010), Chapter 2 (Research design). Babbie ER, The Practice of Social Research (12th ed, Wadsworth Cengage 2010), Chapter 5 (Conceptualization, Operationalization, and Measurement). Webley L, ‘Qualitative Approaches to Empirical Legal Research’ in Peter Cane and Herbert Kritzer (eds), The Oxford Handbook of Empirical Legal Research (Oxford UP 2010). Brady HE and Collier D, Rethinking Social Inquiry: Diverse Tools, Shared Standards (2nd ed, Rowman & Littlefield Pub Inc 2010), Introduction to Second edition and Chapter 1 (Refocusing the discussion on Methodology). Leituras complementares: Agresti A, Statistical Methods for the Social Sciences (4th ed, Pearson Prentice Hall 2009) Denzin NK and Lincoln YS (eds), The SAGE Handbook of Qualitative Research (SAGE 2011). Epstein L and King G, ‘The Rules of Inference’ (2002) 69 University of Chicago Law Review 1. Goertz G, Social Science Concepts: A User’s Guide (Princeton UP 2006). Guba EG and Lincoln YS, ‘Competing Paradigms in Qualitative Research’ in NK Denzin and YS Lincoln (eds), Handbook of qualitative research (SAGE 1994) 105-118. King G, Keohane RO and Verba S, Designing Social Inquiry: Scientific Inference in Qualitative Research (Princeton UP 1994) Lane DM, Introduction to Statistics, <http://onlinestatbook.com> (last accessed 05 Aug 2015). Lincoln YS, Lynham SA and Guba EG, ‘Paradigmatic Controversies, Contradictions, and Emerging Confluences, Revisited’ in NK Denzin and YS Lincoln (eds), The SAGE Handbook of qualitative research (SAGE 2011) 97-128. Wendt A, ‘On Constitution and Causation in International Relations’ (1998) 24 Review of International Studies 101. 3. Pesquisa empírica no direito internacional (2 horas) Tendência empírica no direito internacional Disciplinaridade, Inter- e Intradisciplinaridade Afinidades disciplinares Tipos e linhas de pesquisa empírica no direito internacional Desafios de operacionalização 2 Leituras obrigatórias: Shaffer G and Ginsburg T, ‘The Empirical Turn in International Legal Scholarship’ (2012) 106 The American Journal of International Law 1. Shany Y, Assessing the Effectiveness of International Courts (Oxford UP 2014), Introduction and Chapter 3 (Measuring Goal Attainment). Leituras complementares: Aalberts TE, ‘The Politics of International Law and the Perils and Promises of Interdisciplinarity’ (2013) 26 Leiden Journal of International Law 503. Fish S, ‘Being Interdisciplinary Is so Very Hard to Do’ (1989) 89 Profession 15. Hafner-Burton EM, Victor DG and Lupu Y, ‘Political Science Research on International Law: The State of the Field’ (2012) 106 The American Journal of International Law 47. Klabbers J, ‘The Bridge Crack’d: A Critical Look at Interdisciplinary Relations’ (2009) 23 International Relations 119. Merry SE, ‘Anthropology and International Law’ (2006) 35 Annual Review of Anthropology 99. 4. Pesquisa empírica sobre fontes do direito internacional, cortes e tribunais internacionais (2 horas) Desenho normativo e seus efeitos sobre o comportamento Independência e imparcialidade de cortes e tribunais internacionais As cortes influenciam o comportamento dos atores em direito internacional? Como e quando? Leituras obrigatórias: Ku J and Nzelibe J, ‘Do International Criminal Tribunals Deter or Exacerbate Humanitarian Atrocities’ (2006) 84 Washington University Law Review 777. Alter KJ, The New Terrain of International Law: Courts, Politics, Rights (Princeton UP 2014), Chapters 1 (The New Terrain of International Law: Courts, Politics, Rights) and 3 (The New International Courts). Leituras complementares: Dickinson LA, ‘Military Lawyers on the Battlefield: An Empirical Account of International Law Compliance’ (2010) 104 The American Journal of International Law 1. Koremenos B, ‘The Design of Dispute Settlement Procedures in International Agreements’ in JL Dunoff and MA Pollack (eds), Interdisciplinary Perspectives on International Law and International Relations: The State of the Art (Cambridge University Press 2012). Koremenos B, ‘The Continent of International Law’ (2013) 57 Journal of Conflict Resolution 653. Posner EA and de Figueiredo MFP, ‘Is the International Court of Justice Biased?’ (2005) 34 The Journal of Legal Studies 599. Shany Y, Assessing the Effectiveness of International Courts (Oxford UP 2014). Van Harten G, ‘Arbitrator Behaviour in Asymmetrical Adjudication: An Empirical Study of Investment Treaty Arbitration’ (2012) 50 Osgoode Hall Law Journal 211. Verdier P-H and Voeten E, ‘How Does Customary International Law Change? The Case of State Immunity’ (2015) 59 International Studies Quarterly 209. 3 5. Pesquisa empírica em direito internacional econômico (2 horas) A vinculação a obrigações de direito econômico internacional e seus efeitos nas relações econômicas Desenho normativo e seus efeitos sobre comportamento Partes no litigio internacional econômico: quem litiga, quem ganha e por quê? Leitura obrigatória: Simmons BA, ‘Bargaining over BITs, Arbitrating Awards: The Regime for Protection and Promotion of International Investment’ (2014) 66 World Politics 12. Leituras complementaresv: Allee T and Peinhardt C, ‘Evaluating Three Explanations for the Design of Bilateral Investment Treaties’ (2014) 66 World Politics 47. Conti JA, ‘Learning to Dispute: Repeat Participation, Expertise, and Reputation at the World Trade Organization’ (2010) 35 Law & Social Inquiry 625. Haftel YZ and Thompson A, ‘Delayed Ratification: The Domestic Fate of Bilateral Investment Treaties’ (2013) 67 International Organization 355. Puig S, ‘Social Capital in the Arbitration Market’ (2014) 25 European Journal of International Law 387. Simmons BA and Briedenbach AB, ‘Empirical Turn in International Economic Law, The’ (2011) 20 Minnesota Journal of International Law 198. 6. Conclusões (1 hora) Empirismo e seus limites Subjetividade na pesquisa empírica Leitura obrigatória: Bianchi A, ‘Reflexive Butterfly Catching: Insights from a Situated Catcher’ in J Pauwelyn, R Wessel and J Wouters (eds), Informal International Lawmaking (Oxford UP 2012). Leituras complementares: Teubner G, ‘How the Law Thinks: Toward a Constructivist Epistemology of Law’ in W Krohn, G Küppers and H Nowotny (eds), Selforganization (Springer Netherlands 1990). Venzke I, ‘Multidisciplinary Reflections on the Relationship between Professionals and The(ir) International Law’, European Society of International Law Conference Paper Series (ESIL 2013) <http://papers.ssrn.com/abstract=2363630> accessed 22 January 2014 4