Português/English THOMAS STRUTH: FOTOGRAFIAS 1978 — 2010 Photographs 1978 — 2010 28 Out/oct 2011 — 29 Jan 2012 thomas Struth: fotografias 1978 — 2010 thomas Struth: photographs 1978 — 2010 Thomas Struth (n. 1954) construiu ao longo de mais de trinta anos uma obra onde a fotografia assume a condição de um impressionante ensaio visual sobre o mundo em que vivemos, os seus tempos e lugares. Das séries sobre cidades às imagens dos “paraísos” verdes, dos seus retratos de família aos retratos de públicos de museu, das fotografias de museu às fotografias de lugares longínquos ou inacessíveis como um grande estaleiro na Ásia, a estação espacial de Cape Canaveral ou um laboratório experimental de fusão de plasma, a fotografia de Thomas Struth tem construído uma evidência analítica da sociedade globalizada que caracteriza a civilização contemporânea. Do mesmo modo que Walter Benjamin encontrava em Baudelaire a manifestação de um poeta na época do capitalismo avançado, poderemos confrontar-nos na fotografia de Thomas Struth com a manifestação de um artista na época do capitalismo globalizado. Das novas fábricas do saber e da técnica às novas cidades de um mundo global, dos novos locais da mobilidade humana aos museus e à cultura como espectáculo ritualizado do turismo de massas, Thomas Struth traz para a fotografia contemporânea, sem artifícios que lhe falsifiquem a condição documental, um conjunto impressionante de quadros de uma época, que a ilustram do mesmo modo que o romance do século XIX ilustrava a sociedade capitalista através dos quadros da vida das suas personagens nas suas novas metrópoles. Ausentes das suas cenas de rua captadas em Düsseldorf, Nápoles e Nova Iorque, as pessoas irão assumir um lugar central nos seus retratos de família e nas suas icónicas fotografias de museus. Em contraste evidente, as suas séries de Paraísos captam florestas impenetráveis, sem qualquer traço de intervenção humana, que de novo volta a ocupar papel central nas suas mais recentes imagens dedicadas ao mundo tecnológico. For over thirty years Thomas Struth has constructed an oeuvre where photography assumes the condition of an impressive visual essay on the world we live in and on its times and places. His images evoke more than convoke. In fact, here photography is never limited to its iconographic condition. From the city series to the images of green “paradises”, from his portraits of families to those of museum goers, from museum photographs to the photographs of faraway or inaccessible locales such a vast shipyard in Asia, the Cape Canaveral space station or an experimental plasma fusion laboratory, Thomas Struth’s photography has built an analytical corpus of the globalized society that characterizes contemporary civilization. In much the same way in which Walter Benjamin saw in Baudelaire the manifestation of a poet in the age of advanced capitalism, Struth’s photography may indeed confront us with the manifestation of an artist in the age of globalized capitalism. From the new factories of knowledge and technology to the new cities of a global world, from the new places of human mobility to museums and culture as the ritualized spectacle of mass tourism, Thomas Struth brings into contemporary photography — without the artifices that could falsify its documental condition — a striking set of tableaux of an era in the same way as the nineteenth-century novel illustrated capitalist society by portraying the life of its characters in its new metropolis. Absent from his street scenes of Düsseldorf, Naples or New York, people take centre stage in his family portraits and his iconic museum photographs. In sharp contrast, his Paradise series captures impenetrable forests void of any trace of human intervention, which re-emerges in his most recent images dedicated to the technologic world. As obras em exposição são provas de gelatina e sais de prata (fotografias a preto e branco) e provas cromogénicas (fotografias a cores). The works in the show are gelatin silver prints (black-and-white photographs) and chromogenic prints (colour photographs). Ruas Streets Por que razão têm as cidades o aspecto que têm? Thomas Struth Why do cities look the way they do? Thomas Struth Objecto constante da atenção do artista, as cenas de rua compõem uma série em curso. Em 1976, ainda aluno da Academia de Artes de Düsseldorf (onde estudou pintura com Gerhard Richter e integrou um dos primeiros cursos de Bernd e Hilla Becher), apresentou uma série composta por 49 fotografias. Guiava-o o desejo de fotografar ruas completamente normais numa metrópole alemã reconstruída após a guerra. Como quem adopta um método científico, Struth documentou o espaço urbano, quase sempre sem pessoas. Estas imagens exibem o desaparecimento do espaço social e da interacção pública. Apesar de retratarem cidades relativamente conhecidas como Düsseldorf, Edimburgo, Roma, Nova Iorque ou Tóquio, as fotografias de Struth recordam-nos constantemente o facto de não serem meras representações sem mediação. Nas fotografias mais recentes desta série, a perspectiva central é substituída por uma perspectiva mais oblíqua e variada. A constant object of the artist’s attention, the street scenes constitute an ongoing series. In 1976, while still a student at the Kunstakademie Düsseldorf (where he studied painting under Gerhard Richter and was one of the first courses of Bernd and Hilla Becher), Struth showed a series of 49 such photographs. He was guided by the desire to photograph completely normal streets in a German city rebuilt after the war. Like someone adopting a strictly scientific method, Struth documented the urban space, almost always without people. These images depict the vanishing of the social space and of public interaction. Although they portray relatively known cities, such as Düsseldorf, Edinburgh, Rome, New York or Tokyo, Struth’s photographs constantly remind us that they are not mere unmediated representations. In the more recent photographs of this series, central perspective has been replaced with a more oblique, varied perspective. Famílias Families O meu interesse pelas famílias foi estimulado sobretudo pelas minhas tentativas de me analisar e me compreender a mim mesmo, à minha própria família e à posição da família na cultura ocidental. Thomas Struth My interest in families was spurred for the most part by my attempts to analyze and comprehend myself, my own family, and the position of the family in western culture. Thomas Struth Movido também aqui pelo desejo de invocar o não familiar, o inconsciente por detrás do cliché e da superfície geral, Struth descobriu paralelos entre as cenas de rua e os clássicos retratos de família. A iniciativa parte geralmente do artista; a família em questão, em conjunto com o próprio Struth, determina o lugar da realização do registo fotográfico e o seu enquadramento, em casa ou no jardim. O artista pede à família que olhe directamente para a câmara, cabendo ao grupo decidir a forma como se organizam entre si os diversos elementos. Here, also moved by the desire to invoke the non-familiar, the unconscious behind the cliché and the general surface, Struth discovered parallels between the street scenes and classic family portraits. The artist usually takes the initiative; the family in question, together with Struth himself, determines the place for the photographic record to be taken as well as its framing, at home or in the garden; the artist asks the family to look straight into the camera; it is left to the group to decide how the various elements relate to one another. Museus Museums O que podemos com proveito retirar de fotografias do passado, capaz de catalisar ideias interessantes ou produtivas para o futuro? Thomas Struth What can you valuably take from pictures from the past, which might be a catalyst for interesting or productive ideas for the future? Thomas Struth No início da década de 90, Struth inicia uma nova série de fotografias a cores e em grande escala conhecidas como “Fotografias de Museu”. Estadias em Nápoles e em Roma, e o contacto com uma cultura em que a pintura e a religião estão intimamente ligadas, inspiraram no artista uma reflexão sobre as variadas funções da arte. Ao iniciar esta série, em 1989, Struth sabia exactamente onde queria ir fotografar: o Louvre em Paris, o Kunsthistorisches Museum em Viena, a National Gallery em Londres, o Rijksmuseum em Amesterdão e o Chicago Institute of Arts. Seguiram-se, em 1995, as fotografias dos visitantes do Altar de Pérgamo, em Berlim. De leitura diferente são as imagens que retratam uma pintura apenas: La Liberté guidant le peuple [A Liberdade guiando o povo] (1830) de Delacroix, no Museu Nacional de Arte, em Tóquio; o auto-retrato de Albrecht Dürer transformado em auto-retrato do próprio Struth; e, a última deste conjunto, De luitspeelster [A tocadora de alaúde] (c. 1662– 63), de Johannes Vermeer. A série dos museus conclui-se com um conjunto de fotografias feitas ao longo de várias visitas ao Museu do Prado, em Madrid. Estas fotografias têm sido vistas como um novo caminho para a arte enquanto espaço de apropriação de obras alheias, como comentário à relação entre a pintura e a fotografia, como crítica à invasão pelo turismo de massas das instituições culturais, como registo da última possibilidade de interacção cultural, de partilha do espaço público. Trata-se de imagens sobre a complexidade da visão, capazes de confundir os papéis do observador e do observado, ao transformar o observador em objecto de estudo. públicos ... ver uma variedade de respostas emocionais e intelectuais partilhadas por uma comunidade heterógena, que existe apenas no momento da fotografia. Thomas Struth Durante a realização das fotografias de museu, Struth começou a pensar em fotografar os espectadores de uma obra de arte do ponto de vista da obra em si. O convite para uma exposição em homenagem ao quinto centenário de Michelangelo na Galleria dell’Accademia de In the early 1990s, Struth began a new series of large-scale colour photographs known as ‘Museum Photographs’. His stays in Naples and Rome, as well as the contact with a culture in which painting and religion are intimately linked, inspired in him a reflection on the different functions of art. When he began the series, in 1989, Struth was exactly aware of where he wanted to photograph: the Louvre in Paris, the Kunsthistorisches Museum in Vienna, the National Gallery in London, the Rijksmuseum in Amsterdam and the Art Institute of Chicago. This was followed, in 1995, by the photographs of visitors to the Pergamon Altar in Berlin. A different reading is warranted by the images that portray a single painting: Liberty Leading the People (1830) by Delacroix, at the National Museum of Art, in Tokyo; Albrecht Dürer’s self-portrait turned into Struth’s own self-portrait; and, last in this set, Woman with a Lute (c. 1662–63) by Johannes Vermeer (1632– 1675). The museum series concludes with a set of photographs made in the course of several visits to the Prado Museum, in Madrid. These photographs have been seen as a new path for art as a space for the appropriation of works by others; as a comment on the relationship between painting and photography; as a critique to the invasion of cultural institutions by mass tourism; as a record of the last possibility for cultural interaction and sharing of the public space. They are images about the complexity of vision, capable of confounding the roles of the observer and the observed as they transform the observer into an object of study. Florença criou uma oportunidade para relançar esse antigo projecto. Em 2005, iniciou a produção de uma segunda série que consistia em grandes planos de espectadores de uma obra única no Hermitage em São Petersburgo. Aqui os espectadores são o objecto central da fotografia, enquanto a obra de arte, objecto de toda a atenção do espectador, permanece fora do enquadramento. began producing a second series consisting of close-ups of spectators of a single work at the Hermitage in Saint Petersburg. Here the spectators are the central object of the photograph, while the artwork, the object of the spectators’ full attention, remains outside of the frame. Lugares de Culto Looking at works which had not been isolated from their original context, which were still in the place and perhaps in the belief system for which they had originally been made, stimulated new possibilities. Thomas Struth Audiences Novas Imagens do Paraíso ... to see a variety of emotional and intellectual responses shared by a heterogeneous community, which exists just on the moment of the picture. Thomas Struth Vemos uma floresta ou uma selva mas não há nada para descobrir, nenhuma história para contar. Têm mais a ver com o eu. O processo de ver é complicado e o observador torna-se mais consciente da forma como está a processar a informação, intensificando a consciência do aqui e do agora. Thomas Struth While working on the museum photographs, Struth thought about photographing the spectators of an artwork from the perspective of the work itself. The invitation for an exhibition commemorating the fifth centennial of Michelangelo at Florence’s Galleria dell’Accademia offered the opportunity to revisit this project and continue working on it from a new perspective. In 2005, he Olhar para trabalhos que não tinham sido isolados do seu contexto original, que ainda estavam no lugar e talvez no sistema de crenças para o qual haviam sido originalmente concebidos, estimulou novas possibilidades. Thomas Struth A série “Lugares de Culto” foi produzida entre 1995 e 2003. Durante esse período, Struth fotografou grupos de peregrinos e de turistas. Na Igreja de San Zaccaria, em Veneza, em 1995, o artista realizou uma fotografia em torno das figuras centrais da obra Sacra Conversazione de Giovanni Bellini (1430–1516). A imagem centra-se nos visitantes da igreja, cada um à sua maneira envolvido no acto de olhar, em contemplação estética e/ou religiosa. A partir de 1998 Struth acrescentou à série imagens de ambientes sagrados (entre outros, a Catedral de Milão e a Catedral de Monreale, na província italiana de Palermo) ou de forte significado secular (como a Times Square em Nova Iorque e o Parque Nacional de Yosemite, nos Estados Unidos da América). Um conjunto de fotografias de florestas onde não existe contexto social ou cultural, onde não existe nem o espaço nem o tempo. Uma espécie de tempo vazio, “um momento de paragem e de diálogo interior”, conforme refere o artista. Struth procurou Places of Worship The series “Places of Worship” was produced between 1995 and 2003. During that period Struth photographed groups of pilgrims and tourists. In 1995, at the Church of San Zaccaria, in Venice, the artist made a photograph around the central figures of the piece Sacra Conversazione by Giovanni Bellini (1430–1516). The image focuses the church visitors, involved each in their own way in the act of gazing, in aesthetical and/ or religious contemplation. From 1998 on, Struth extended the series with images shot in sacred settings (such as Milan’s Duomo and the Cathedral of Monreale, in Palermo) or sites of powerful secular significance (including Times Square and the Yosemite National Park, in the United States of America). New Pictures from Paradise One sees a forest or a jungle but there is nothing to discover, no story to be told. They have more to do with the self. The viewing process is complicated, and the viewer becomes more aware of how he or she is processing the information, heightening an awareness of the here and now. Thomas Struth A set of photographs of forests where there is no social or cultural context, where space and time do not exist. A sort of empty time, ‘a moment of rest and inner dialogue’, in the artist’s words. Struth intentionally sought to avoid recognizable landscapes or exotic fantasies. The series began in the mid-1990s, at a time when Struth started to travel the world intencionalmente escapar a paisagens reconhecíveis ou a fantasias exóticas. A série teve início em meados da década de 90, numa altura em que Struth começou a correr mundo à procura das suas imagens do paraíso. As primeiras oito foram feitas na floresta tropical de Daintree na Austrália, a que se seguiram trabalhos na província chinesa de Yunnan, em Yakushina, no Japão, e em 1999 nos bosques da Bavaria. “Novas Imagens do Paraíso” é a série “mais intuitiva”, o produto de uma abordagem pictórica aquirida durante os anos em que Struth estudou o Tai Chi. Ao exibir o trabalho em 1999 sob esse título, o artista fê-lo com o objectivo de deixar bem claro que não se tratava de um estudo botânico nem de um lamento por um paraíso perdido. Pelo contrário, o trabalho surge enquanto registo de modos de contemplação e observação. Novos Trabalhos … lugares situados na encruzilhada da tecnologia e da ambição, onde os limites daquilo que é possível são constantemente testados. Thomas Struth Terminada a série dos Museus, Struth dedicou-se a um novo campo de pesquisa: a complexidade das estruturas visuais produzidas pelas novas tecnologias. O interesse do artista centra-se actualmente na “história da ambição humana” e na sua manifestação em realizações colectivas numa dada civilização, seja na forma de uma igreja medieval, a estrutura de uma cidade ou o projecto de uma nave espacial. seeking for his images of paradise. The first eight photographs were taken in the rain forest of Daintree, in Australia, and were followed by works from the Province of Yunnan, China, on the island of Yakushima, in Japan, and in the forests of Bavaria, Germany, in 1999. “New Pictures from Paradise” is the ‘most intuitive’ series, the product of a pictorial approach that the artist arrived at during the years in which he studied Tai Chi. When, in 1999, he showed the work under that title, he meant to clearly state that it was not a botanical study, nor a lament for paradise lost. On the contrary, the work is a recording of modes of contemplation and observation. New Works … places which are at the crossroads of technology and ambition, where the limits of what is possible are continually being tested. Thomas Struth Once the Museum series was concluded, Struth went into a new field of research: the complexity of visual structures produced by new technologies. Currently, the artist is interested in the ‘history of human ambition’ and its manifestation as collective undertakings in a given civilization, be it a medieval church, the structure of a city or a spaceship project. BIOGRAFIA Biography 1954 Nasce em Geldern, na região do Baixo Reno, Alemanha. 1954 Born in Geldern (Lower Rhine), Germany. 1973–80 Estuda na Kunstakademie Düsseldorf (Academia de Artes de Düsseldorf). 1973–80 Studies at the Kunstakademie Düsseldorf. 1975 Exibe pela primeira vez uma série fotográfica sobre “Ruas”. 1975 First exhibition of a photographic series of “Streets”. 1978 Recebe a Bolsa Nova Iorque da Kunstakademie Düsseldorf. 1978 Receives the New York Scholarship from the Kunstakademie Düsseldorf. 1989 Inicia a série “Fotografias de Museus”. 1989 Begins the “Museum Photographs” series. 1990 Recebe o prémio Mantz Werner da Fundação Mantz Werner, Maastricht. 1995 Inicia a série “Lugares de Culto”. 1993–96 Professor de Fotografia na Staatliche Hochschule für Gestaltung (Universidade de Artes e Design) de Karlsruhe. 1997 Recebe o Prémio Internacional de Fotografia Spectrum da Fundação Niedersachsen (Baixa Saxónia). 2007 Casa-se com Tara Smith Bray. Inicia uma nova série dedicada a estruturas tecnológicas. 2011 Reside em Berlim e Nova Iorque. 1990 Awarded the Mantz Werner Prize from the Mantz Werner Stichting, Maastricht. 1995 Begins the series “Places of Worship”. 1993–96 Professor of Photography at the Staatliche Hochschule für Gestaltung, Karlsruhe. 1997 Awarded the Spectrum International Prize for Photography, Stiftung Niedersachsen (Lower Saxony). 2007 Marries Tara Smith Bray. Begins a new series featuring technologic structures. 2011 Lives in Berlin and New York. Comissariado/Curator: James Lingwood Exposição organizada por/Exhibition organized by: Kunstsammlung Nordrhein-Westfalen, Düsseldorf e/and Kunsthaus Zürich, Zurique/Zurich e co-produzida por/and co-produced by: Whitechapel Gallery, Londres/London e/and Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto Bibliografia/Bibliography Thomas Struth: Photographs 1978–2010, cat. exp./exh. cat (Kunsthaus Zürich; K20 Düsseldorf; Whitechapel, / London; Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto), Munich: Schirmer/Mosel et al., 2011. Visitas guiadas/Guided Tours: 24 NOV (Qui/Thu), 18h30/6:30pm, por/by Ricardo Nicolau 15 DEZ/DEC (Qui/Thu), 18h30/6:30pm, por/by João Fernandes 03 DEZ/DEC (Sáb/Sat), 15h30/3:30pm, por/by Ricardo Nicolau (exclusiva para Amigos de Serralves exclusive for Amigos de Serralves) Aos Sábados das 17h00 às 18h00 e aos Domingos das 12h00 às 13h00, orientadas pela equipa do Serviço Educativo, em português./Saturdays from 4 p.m. to 5 p.m., guided tours by the Educational Service, in English. Apoio institucional Institutional support Apoio Support Projecto co-financiado por A poject co-financed by Mecenas Exclusivo do Museu Exclusive Corporate Sponsor of the Museum Mecenas Exclusivo da Exposição Exclusive Sponsor of the Exhibition Apoio/Support: Sugestões & Opções — Catering de Eventos Fundação de Serralves / Rua D. João de Castro, 210. 4150-417 Porto / www.serralves.pt / [email protected] / Informações/Informations: 808 200 543 PARQUE DE ESTACIONAMENTO/PARKING Entrada pelo/Entrance by Largo D. João III (junto à/next to Escola Francesa)