O JOGO MUDOU. MAS VOCÊ ESCREVEU AS REGRAS. Projetados a partir de sugestões de nossos clientes, a John Deere tem o orgulho de apresentar os mais resistentes e mais produtivos equipamentos que já oferecemos ao mercado: nossa nova Série M de Harvesters e Feller Bunchers de esteira. Só de olhar, você já percebe a diferença. Na verdade, nossos equipamentos só estão esperando para demonstrar sua força. É muito bom poder opinar sobre os produtos, pois somos nós quem passamos nossa vida nesses equipamentos. Essas máquinas representam exatamente o que precisamos e pedimos para desenvolverem. Mark Maenpaa K&M Logging, Inc., Thunder Bay / Ontario - EUA B. FOREST 2 EXPEDIENTE EXPEDIENTE Indíce 04 EDITORIAL - Sinal Vermelho 77 FOTOS 07 ENTREVISTA - Luis Antônio Künzel 78 VÍDEOS 3 B. FOREST “O Brasil pode não estar bem, mas em níveis globais, o setor de celulose vive um período bastante favorável” Diretor geral da Lwarcel Celulose 14 INCÊNDIO - Apagando o Fogo! 28 COLHEITA - Tecnologia em Prol da Qualidade 42 BIOMASSA - Manutenção Necessária 52 FÓRUM - Fórum de Sustentabilidade e Governança 56 CONGRESSO - XIV World Forestry Congress 60 MERCADO - Análise Mercadológica 68 MOMENTO EMPRESARIAL - Scorpion Tour 72 NOTAS 80 AGENDA Luis Antônio Künzel Foto: Divulgação B. FOREST 4 EXPEDIENTE EDITORIAL Sinal Vermelho Em momentos de tempo seco e baixa umidade do ar, aumenta a incidência dos incêndios florestais, assim como a intensidade com que eles acontecem e a facilidade de propagação. Geralmente, no Brasil, isso acontece entre os meses julho e setembro. Já existem no mercado diversas tecnologias para combater e controlar as queimadas nas florestas, mas a empregabilidade delas varia de acordo com a região e a intensidade das chamas. Na matéria principal desta edição confira as principais causas e formas de detecção, combate e controle dos incêndios florestais. Outro assunto em destaque é a ergonomia. Empresários e fabricantes identificaram a importância de proporcionar conforto e qualidade para o trabalho do operador florestal. Conheça a opinião de profissionais sobre o assunto e as tecnologias disponíveis. Saiba também a importância de realizar a manutenção de picadores e trituradores de madeira e como essa operação tem sido feita. O entrevistado da edição é Luis Antônio Künzel, diretor geral da Lwarcel Celulose. Ele conta sobre a carreira, os novos investimentos de expansão da Lwarcel e avalia o mercado de celulose e papel. Não perca! EXPEDIENTE 5 B. FOREST Expediente: Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski Diretor de Negócios: Dr. Rafael A. Malinovski Editora: Giovana Massetto Jornalista: Amanda Scandelari Designer Responsável: Vinícius Vilela Financeiro: Jaqueline Mulik Conselho Técnico: Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para América do Norte e do Sul da Caterpillar), César Augusto Graeser (Diretor de Operações Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar (Diretor Florestal da Eldorado Brasil), José Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest), Mário Sant’Anna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America). Saudações florestais! B.Forest - A Revista 100% Eletrônica do Setor Florestal Edição 12 - Ano 02 - N° 09 - Setembro 2015 Foto de Capa: Caterpillar Malinovski Florestal +55 (41) 3049-7888 Rua Prefeito Angelo Lopes, 1860 - Hugo Lange - Curitiba (PR) – CEP:80040-252 www.malinovski.com.br / [email protected] © 2015 Malinovski Florestal. Todos os Direitos Reservados. 6 EXPEDIENTE ENTREVISTA 7 B. FOREST Foto: Divulgação B. FOREST B. FOREST 8 ENTREVISTA ENTREVISTA Crescimento Promissor Luis Antônio Künzel Diretor Geral da Lwarcel Celulose Luis Antônio Künzel iniciou a vida acadê- inclusive, a trabalhar como projetista. Mas mica na engenharia mecânica, mas quan- depois de alguns colegas me apresentaram do apresentado ao setor florestal percebeu o setor florestal, me encantei e nem cheguei que esse era o caminho que queria seguir. a terminar engenharia mecânica. Antes Apaixonado pela área, tem mais de 30 anos mesmo de entrar na universidade comecei de experiência em planejamento, logística e a trabalhar em uma consultoria florestal, o gerência florestal. Atualmente, Künzel é dire- que influenciou ainda mais na mudança tor geral da Lwarcel Celulose e está afrente da minha carreira. Me formei engenheiro da maior expansão anunciada pela empresa. florestal pela UFPR (Universidade Federal do Com um investimento de R$ 3,5 bilhões, a Paraná) e trabalho há mais de 30 anos nessa Lwarcel produzirá um milhão de toneladas área. 9 B. FOREST “Investiremos cerca de R$ 3,5 bilhões, sendo que R$ 3 bilhões serão na área industrial” Luis Antônio Künzel de celulose por ano, ante as 250 mil toneladas produzidas atualmente. Confira a en- Já trabalhou em várias áreas do setor trevista exclusiva em que Künzel fala sobre florestal e ocupou diversos cargos. Que carreira, o setor de celulose e papel e os in- experiências você adquiriu nessa trajetória? vestimentos da Lwarcel. A maior parte da minha carreira foi em planejamento e controle, mas atuei também Como começou sua ligação com o setor em áreas operacionais, de logística, gerência florestal? e atualmente sou diretor geral da Lwarcel Minha vida profissional começou na Celulose. Com isso, tive o privilégio de engenharia, mas não na florestal. Comecei conhecer a cadeia completa do negócio a cursar mecânica, na UTFPR (Universidade de celulose. A Lwarcel me proporcionou Tecnológica Federal do Paraná), e cheguei, a oportunidade de colocar em prática os Foto: Divulgação B. FOREST 10 INCÊNDIO ENTREVISTA “A instabilidade pontual que o Brasil vive pode influenciar, retardar e criar alguma dificuldade, mas nossos planos de investimento são maiores que a crise temporária” 11 B. FOREST temporária. O Brasil pode não estar bem, o que nos permite fazer a encomenda dos mas em níveis globais, o setor de celulose equipamentos. vive um período bastante favorável. Cada fase está sendo vencida a seu tempo e agora entramos em um momento Com esse investimento a empresa passará a chave: a estruturação financeira do projeto. produzir 1 milhão de toneladas de celulose Ela caminha em duas vertentes, uma é por ano. Qual é o planejamento florestal voltada para as dívidas, na qual os recursos necessário para suprir a fábrica? são adquiridos por empréstimos. A outra é Investiremos cerca de R$ 3,5 bilhões, por aporte de capital, que será proveniente conhecimentos adquiridos durante a carreira. uma estagnação e pausa nos investimentos. sendo que R$ 3 bilhões serão destinados à tanto de acionistas já existentes como de Tive autonomia para implementar técnicas No entanto, a Lwarcel Celulose anunciou área industrial. Para suprir a fábrica também novos. Enquanto esta etapa ainda não que otimizaram a produtividade e os recursos em junho um grande investimento em teremos que ampliar a área florestal. Para estiver concluída, não podemos começar da região, que são interessantes e favoráveis Lençóis Paulista. Como a empresa trabalha produzir um 1 de toneladas ao ano é preciso efetivamente a construir a fábrica. ao cultivo de eucalipto. Essa oportunidade para superar a instabilidade econômica do de 80 mil ha de florestas plantadas, desse A expectativa é que até o segundo fez com que pudéssemos conquistar uma país? total, até o final de 2015, já chegaremos semestre do ano que vem a situação das maiores produtividades de madeira por A decisão de fazer investimentos é próximos aos 60 mil ha. Nesta etapa, a maior financeira já esteja bem estruturada para hectare. Hoje, colhemos em média 55 m³ muito relevante, afinal estamos falando parte do caminho já foi percorrido, mas podermos começar a construção. Com a por ha/ano. Alta produtividade aliada a boa de um montante expressivo, e isso não é ainda falta muita coisa. Pedra Fundamental inaugurada em 2016, a infraestrutura da região, topografia suave decidido da noite para o dia. Essa decisão foi e estradas de qualidade faz com que nós embasada em um processo de construção Quais foram os passos dados até o momento tenhamos custos bastante competitivos. e conceitos de projetos. Trabalhamos e quais serão os próximos? fábrica deve entrar em funcionamento até 2019. Para resumir, acredito que a principal em longo prazo e não é uma condição A expansão foi anunciada este ano, no A Lwarcel não é a única fábrica de celulose experiência foi ter a chance de colocar em momentânea que definirá a totalidade do entanto, já estamos trabalhando nela há mais que anunciou investimentos e aumento na prática todo o meu conhecimento adquirido investimento. A instabilidade pontual que o de 6 anos com as etapas mais burocráticas. produção. Quais fatores de competitividade ao longo da carreira. Brasil vive pode influenciar, retardar e criar Em 2012, as licenças ambientais foram diferenciam a Lwarcel das outras empresas alguma dificuldade, mas nossos planos concluídas e em 2014 fizemos a engenharia do setor? de investimento são maiores que a crise básica e todo o detalhamento da fábrica, Em momentos de instabilidade a tendência é O primeiro conceito é que a Lwarcel B. FOREST 12 ENTREVISTA está no lugar certo. Comparando aos O Brasil é referência na produção de concorrentes brasileiros, somos bastante celulose e papel. No que o país avançou e o competitivos. que ainda precisa ser feito? Nossas tecnologias são semelhantes às grandes produtoras de O Brasil é bastante desenvolvido quando celulose, nosso produto é de qualidade e o assunto é produção de celulose e papel. As temos características que nos favorecem: fábricas são modernas e com tecnologia de nossa infraestrutura é boa; estamos no ponta. Um quesito que pode ser melhorado coração do Estado de São Paulo, uma é a produtividade florestal. Mesmo ela sendo região favorável ao plantio de eucalipto; alta ou tendo alguns com pontos bastante temos boas rodovias; fácil acesso ao porto desenvolvidos, na média nem todos têm de Santos, o que facilita a exportação (foco boa produtividade. da nossa expansão). Além disto, temos uma produtividade florestal excelente e uma Além de diretor geral da Lwarcel, é distância de transporte de madeira baixa. O conselheiro da Ibá. De que forma acredita projeto mostra que, em nossa expansão, o que as associações contribuem para o raio médio de transporte vai ficar abaixo de desenvolvimento do setor florestal? 100 km, o que é uma distância pequena. A criação da Ibá fortaleceu o setor de O diferencial do nosso projeto, é que, forma geral. Pudemos perceber que toda a embora em uma escala menor, temos indústria de base florestal passou a ser mais o mesmo nível de competitividade das ouvida pelo governo. A representatividade do grandes empresas. As grandes fábricas têm setor ficou mais evidente e relevante. Desde vantagens no aspecto industrial. No entanto, então, o segmento está mais presente em o aumento da escala acaba aumentando todas as instâncias do governo e também também o custo. Por exemplo, áreas maiores de forma internacional. A representatividade de plantio apresentam distâncias maiores aumenta a interface com outras associações do projeto, o que aumenta o gasto com internacionais e isso agrega valor nas áreas transporte e o custo da madeira. de desenvolvimento. B. FOREST 14 INCÊNDIO COLHEITA COLHEITA 15 B. FOREST Apagando o fogo! Em certas épocas do ano, a incidência de incêndios florestais é maior, por esse motivo é importante saber as causas, formas de prevenir, identificar e combater o fogo. Tecnologias para todas estas etapas já existem, mas infelizmente, a maioria ainda é pouco utilizada no Brasil. Foto: Divulgação / Working on Fire B. FOREST D 16 INCÊNDIO COLHEITA e maneira geral, o inverno bra- cos de incêndio o mais rápido possível sileiro é a época mais seca do para que eles não se alastrem e tenham ano. Entre os meses de julho e consequências catastróficas. Quatro mé- setembro, o volume de precipitação e a todos podem ser utilizados para detecção umidade relativa do ar são baixos, o que do início do fogo: aumenta a ocorrência de incêndios, prin- • Sistemas baseados em informações de cipalmente, os florestais. Apontam-se satélite que avaliam a alteração da tempe- oito como as principais causas das quei- ratura das áreas e imagens; madas no Brasil: raios, incendiários, quei- • Sistemas baseados sensoriamento re- mas para limpeza, fumantes, operações moto, no qual sensores terrestres fazem a florestais, fogos de recreação, estradas de detecção de calor, ruídos e técnicas espe- ferro e outros diversos fatores. Alexandre cíficas para identificar o fogo. Esses sen- França Tetto, especialista em prevenção sores ficam posicionados em pontos es- e combate a incêndios florestais, mestre tratégicos no meio ou entorno da floresta. e doutor em conservação da natureza e Mas essa tecnologia ainda é incipiente; professor do curso de engenharia florestal • Outras tecnologias, como infraverme- da Universidade Federal do Paraná, expli- lho, espectrômetro, radar, LIDAR (sigla ca que essas causas variam bastante - es- para sensoriamento remoto com laser), • Disponibilidade 24/7 pacial e temporalmente - de acordo com etc; as características da região e do relevo. • Sistemas baseados em vídeo. • Detecção precisa “Muito embora, os ‘incendiários’ tenham O sistema de monitoramento basea- se destacado como a principal causa em do em vídeo é o mais utilizado no Brasil e várias empresas florestais nos últimos pode ser dividido em dois subgrupos: anos”, destaca. Sensores ópticos de propósito genérico Tecnologia para monitoramento – utiliza câmeras speed dome, que são Como a prevenção não é completa- câmeras comuns como as utilizadas em mente efetiva é preciso identificar os fo- monitoramento de cidades. Esse sistema 17 B. FOREST Líder Mundial em Manejo Integrado de Fogo Prevenção | Detecção | Despacho e Coordenação | Combate Detecção: • Detecção automática de incêndios • Geolocalização automática • Rápido combate • Relatórios gerenciais WORKING ON FIRE DO BRASIL +55 19 3246 1534 B. FOREST 18 INCÊNDIO COLHEITA envia o sinal captado pela câmera via on- instantâneas (fotogramas). das de rádio até uma central, na qual um No interior da câmera, os fótons captados operador acompanha o vídeo e procura pelos sensores são convertidos em eletri- por sinais de fumaça. “Como a densida- cidade, digitalizados e transformados em de da floresta é grande não é possível ver arquivos de imagem/vídeo e enviados a o fogo, que muitas vezes se propaga de uma central para visualização e/ou aná- forma rasteira e não permite que a chama lise. Esta última é realizada por compu- seja captada pela câmera. Então, a procu- tadores por meio do emprego de algo- ra por fumaça é a melhor forma de detec- ritmos matemáticos desenvolvidos para ção”, explica Luiz César Lemos, especialis- identificar, por da imagem, a presença de ta em tecnologias de visão computacional sinas de fogo nas florestas. e segurança eletrônica da Wimpex Import. Luiz explica que, além da qualidade da Sensores ópticos de propósito específi- imagem, os sistemas de vídeo (convencio- co – utiliza câmeras especiais, especifica- nal e específico) variam na abrangência da mente desenvolvidas para a identificação captação. “Os sensores tradicionais abor- de fumaça e focos de incêndios florestais. dam 8 km de distância, já os específicos Normalmente, esse sistema trabalha com podem ultrapassar os 30 km, dependendo sensores de imagem de alta definição. Eles da tecnologia empregada”, detalha. conseguem detectar a fumaça com maior Além da rápida detecção do foco de in- precisão e em maiores distâncias. Uma das cêndio, Andy Bays, diretor da Working on tecnologias disponíveis nesse sentido é o Fire Brasil Ltda, ressalta que o primeiro FireWatch, um sistema que faz a captação combate deve ser ágil. Para isso é preciso de imagens dentro do espectro visível da que as informações do tamanho do foco luz (olho humano – 400 a 700 nm) indo e a localização exata sejam passadas para até o infravermelho próximo (850/950 a equipe de brigadistas. Andy conta que nm). Estes sistemas, por meio de câmeras, a Central de Despacho & Coordenação, captam imagens contínuas (streams) ou serviço oferecido pela empresa, foi cria- 19 B. FOREST “As técnicas a serem aplicadas devem estar organizadas em um plano de proteção, que melhoram a eficiência da prevenção dos incêndios florestais” Foto:: Divulgação / Wimpex B. FOREST 20 INCÊNDIO COLHEITA da justamente para essas situações. “Ela incêndio, as brigadas devem atuar rapida- exerce um papel fundamental para o al- mente e com segurança. Nesse momento cance dos melhores resultados no com- são fundamentais estradas, carreadores e bate e a máxima redução das perdas com aceiros bem preparados e limpos. Além ocorrências de incêndios. As centrais disso, é imprescindível que os veículos de controlam o dia a dia de todas as opera- pronta resposta e os equipamentos este- ções. Para isto, existem relatórios matinais jam revisados e prontos para a interven- diários com o status de todos os recur- ção. sos materiais e humanos disponíveis e O professor Alexandre Tetto conta que, em prontidão para resposta a uma ocor- após o planejamento de combate, que rência”, explica. A Central de Despacho visa avaliar o comportamento do fogo e & Coordenação pode ser organizada em planejar a estratégia de combate, podem diferentes níveis, por exemplo, em nível ser utilizados um ou mais dos três méto- distrital, estadual ou nacional. dos descritos a seguir, em função da in- Combate Uma vez detectado e comunicado um tensidade do fogo: Direto - a linha de controle é cons- Foto: Divulgação / Working on Fire 21 B. FOREST B. FOREST 22 INCÊNDIO COLHEITA truída junto ao incêndio, atuando direta- este fim. São utilizadas ferramentas ma- mente sobre as chamas e o combustível nuais, como enxada, machado, foice, pá- junto ao fogo. É usado em focos iniciais -cortadeira, ancinho, McLeod, abafador, que permitem aproximação para comba- extintor costal e lança-chamas; equipa- ter diretamente as chamas; mentos de bombeamento de água como Paralelo - a linha de controle é cons- motobomba portátil, carro-tanque, avião- truída próxima do incêndio, utilizando -tanque e helicóptero; e equipamentos equipamento manual para retirar o com- pesados como trator com lâmina e mo- bustível, fazendo-se pequenos aceiros e toniveladora. Tetto explica que, além dos esperando que o fogo chegue até eles e materiais combatentes, os brigadistas de- diminua a intensidade, de tal modo que vem utilizar equipamentos de proteção permita a aproximação para o combate individual, tais como: capacete, botas, lu- direto. vas, lanterna, cantil e caixa de primeiros Foto:: Divulgação / Working on Fire Indireto - o incêndio é muito intenso, “Estados como Minas Gerais e Mato Grosso tem uma maior atuação nesse estilo de combate, utilizando aviões agrícolas modificados para combate a incêndios” 23 B. FOREST socorros. não possibilitando a aproximação para o O professor ainda destaca que a água combate por meio dos métodos anterio- é o agente mais usado na extinção dos res. Deve-se estabelecer a linha de con- incêndios, devido a sua alta capacidade trole em uma distância segura, de prefe- de absorção do calor. Além disso, ela é rência a partir de um obstáculo natural mais econômica quando disponível, sen- (rio ou estrada), aumentando-se a largu- do essencial na operação de rescaldo. ra dessa linha por meio da construção de “Sua aplicação deve ser feita na base das aceiros com equipamento motorizado chamas, resfriando o material combustí- (trator ou patrola) e utilizando-se contra- vel que não está queimando”, indica. Para -fogo. aumentar sua eficiência e reduzir a infla- Entre as tecnologias para o combate mabilidade da vegetação, podem ser adi- efetivo aos incêndios florestais existem cionados retardantes químicos de longa equipamentos e produtos exclusivos para duração (fosfato diamônico e sulfato de B. FOREST 24 INCÊNDIO amônia) ou de curta duração (LGE: líquido gerador de espuma). INCÊNDIO 25 B. FOREST O país criou, por exemplo, entre outras organizações, o US Forest Service, uma A escolha do equipamento para o combate está diretamente relacionada às condi- agência governamental e uma associação de proteção nacional contra incêndios, a ções encontradas no local, tais como: pontos de abastecimento de água, tanto para chamada NFPA (National Fire Protection Association), a qual possui atualmente uma aeronaves, como para motobombas e extintor costal, por exemplo; topografia, que série de normas utilizadas mundialmente. influencia no deslocamento de brigadas e transporte de ferramentas de combate; condições de acesso e distância até o incêndio; tipo de vegetação que está queimando e intensidade do fogo, que permitirá ou não a aproximação para o combate. Para os casos em que é necessária uma rápida resposta, Candido Martins Simões Coelho, gerente nacional de vendas da Guarany Indústria e Comércio Ltda., indica o uso de equipamentos leves para montagens em veículos tipo pick-up. “Eles são capazes de extinguir grandes frentes de fogo, atuando com sistemas para aplicação de água e espuma de baixa expansão, que acabam com o incêndio e inibem a reignição das chamas”, explica. No Brasil e no mundo Mesmo o Brasil sendo referência mundial em florestas plantadas, as estratégias de combate aos incêndios ainda caminham vagarosamente. Candido conta que as tecnologias de combate aéreo são pouco empregadas no Brasil. “Estados como Minas Gerais e Mato Grosso tem uma maior atuação nesse estilo de combate, utilizando aviões agrícolas modificados para combate a incêndios”, completa. Outra tecnologia bastante utilizada em combate, principalmente no exterior, é a adição de espumas e retardantes à água. Mas Andy Bays alerta que, aqui, a utilização destes agentes químicos ainda gera muitas opiniões controversas. Alguns dos países com os maiores problemas de incêndios são: África do Sul, Alemanha, Austrália, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos e Portugal. Estes países também se destacam por já terem evoluído mais que o Brasil nas formas de combate. Andy conta que, devido ao desenvolvimento econômico e militar, os EUA foram um dos primeiros países a formatar brigadas de combate a incêndios florestais. B. FOREST 26 EXPEDIENTE COLHEITA NOVO SISTEMA DE GIRO Permite maior torque, com consequente menor tempo de parada e maior produtividade. MELHORIAS NO MATERIAL RODANTE Maior estabilidade da máquina e menor desgaste com redução dos custos de manutenção. ESCAVADEIRAS FLORESTAIS O projeto, a fabricação e manutenção da Escavadeira Florestal 320D2 FM, possuem a qualidade Caterpillar para proporcionar uma máquina confiável e durável para as exigentes condições florestais. Construídas para atender as mais diversas aplicações, a Série D incorpora melhor desempenho, durabilidade e máxima produtividade. Fale com um consultor PESA. 0800 940 7372 [email protected] pesa.com.br /pesacat @pesacat 27 B. FOREST B. FOREST 28 COLHEITA EXPEDIENTE EXPEDIENTE 29 B. FOREST Tecnologia em Prol da Qualidade A operação de máquinas florestais é uma atividade extremamente repetitiva. Os operadores executam o mesmo comando milhares de vezes durante a jornada de trabalho. Deslocam o joystick e pressionam o mesmo botão exaustivamente ao longo do turno. Por isso mesmo, os comandos principais das máquinas precisam ser meticulosamente projetados para atenderem essas solicitações. Reduzir a fadiga, minimizar os riscos de acidentes por trabalhos repetitivos e aumentar a produtividade, tem se tornado um dos principais objetivos das empresas e fabricantes de máquinas, que investem na qualidade de vida dos operadores. Foto: Divulgação / John Deere B. FOREST 30 A EXPEDIENTE COLHEITA ergonomia é uma ciência que tem rias significativas. se mostrado cada vez mais im- Para José Eduardo Paccola, engenhei- portante quando se trata do re- ro mecânico com experiência em desen- lacionamento entre homem e máquina. volvimento operacional e qualidade, a im- Assim como vários recursos que passa- portância da ergonomia tem relação direta ram por importantes evoluções ao longo com a preservação da saúde do homem, das últimas décadas - motores com maior isso porque promove a melhor adequação potência e menos poluentes, sistemas hi- da máquina às atividades dos operadores. dráulicos mais eficientes, computadores “As máquinas atuais têm recursos que au- que gerenciam e otimizam movimentos e xiliam as atividades dos operadores e con- energia visando maior eficiência -, os pos- tribuem para que a jornada de trabalho tos de trabalho também ganharam melho- seja a menos cansativa possível” esclare- Foto: Divulgação / Tigercat 31 B. FOREST COLHEITA COLHEITA ce. Cansando menos, o operador pode ter informação; área de visão do operador, um desempenho mais uniforme ao longo principalmente para o local predominan- do turno de trabalho, com benefícios para te objeto do trabalho (frente no caso de a saúde e produtividade. “Com menor es- Harvester e Feller Buncher, lateral no caso forço físico, o operador adoece menos por de Forwarder, traseira no caso de Skidder); problemas ocupacionais e produz mais ao conforto térmico, acústico, do banco e longo de sua jornada”, constata. suas regulagens para os diversos biotipos Sendo assim, as empresas passaram a existentes; e posição e altura dos pedais, selecionar máquinas em que a composi- quando existirem. Toru Sato, consultor flo- ção se adequa melhor ao operador, por restal sênior da Caterpillar Brasil, conta que consequência as fabricantes precisaram o desenvolvimento do cockpit precisa se- se adaptar e proporcionar melhores ex- guir as normas vigentes a nível global, mas periências para os profissionais que traba- também pode ter alterações pontuais para lham nas máquinas. Para Valdecir Schoe- atender as necessidades locais de opera- der, coordenador de assistência técnica da ção. Minusa, representante da Logset no Brasil, Os sistemas de controle, por exemplo, a produtividade está intimamente associa- precisam estar localizados de forma ade- da ao nível de satisfação dos operadores quada para não interferir na ergonomia. e isso afeta diretamente a qualidade do Valdecir explica que, para serem conside- trabalho e, consequentemente, a produ- rados bem localizados, os controles de- tividade. “Interagindo e conhecendo as vem estar posicionados dentro da área de principais queixas dos operadores, torna- alcance que é delimitada pelo semicírculo -se possível a adoção de medidas ergonô- de raio igual ao alcance da mão e os con- micas, com propósito de melhorar a saúde troles acionados esporadicamente devem e segurança, bem como promover melhor estar dentro da área de alcance do braço. rendimento do trabalho”, afirma. “Já o posicionamento vertical dos con- No desenvolvimento do cockpit (posto troles é definido também em função do de trabalho) alguns fatores precisam ser comprimento do braço, sendo que devem levados em consideração, como o posi- estar localizados de forma que o operador cionamento dos comandos e sistemas de consiga alcançá-los sem sair de sua posi- Foto: Divulgação / Ponsse B. FOREST 32 33 B. FOREST “O posicionamento vertical dos controles é definido também em função do comprimento do braço, sendo que devem estar localizados de forma que o operador consiga alcançá-los sem sair de sua posição normal” B. FOREST 34 COLHEITA ção normal”, complementa. sobre o joystick, não sendo necessário se- Paccola completa dizendo que o ta- gurá-lo pela lateral, isso evita tensões nos manho da alavanca, a posição dos botões, músculos e um controle bem mais sincro- a força necessária para o deslocamento, nizado das diferentes funções dos equipa- tem que ser projetado para evitar a fadiga mentos. Os solavancos, vibrações e movimentos Essa é a mesma opinião de Elessandro Via- bruscos que a máquina sofre ao andar em na, engenheiro de marketing de produto terrenos irregulares é outro ponto de estu- da Ponsse Latin América. Para ele, a for- do das fabricantes. Toru explica que, como ma de agarre das manoplas de controle é as máquinas são projetadas para determi- muito importante, o formato esférico e o nada função e objetivo, diferentes tecno- descanso dos braços das máquinas Ponsse logias são aplicadas e incorporadas para o permitem que o operador apoie suas mãos melhor conforto do operador. Foto: Divulgação / Komatsu muscular dos dedos e braços do operador. B. FOREST 36 INCÊNDIO COLHEITA “As máquinas atuais têm recursos que auxiliam as atividades dos operadores e contribuem para que a jornada de trabalho seja a menos cansativa possível” Foto: Divulgação / Logset 37 B. FOREST Com base em pesquisas, Valdecir con- ergonomia não é estática. “Ela faz parte ta que a Logset desenvolveu cabines aco- do processo de melhoria contínua. Sem- pladas sobre o chassi e ligadas por coxins pre teremos itens adicionais incorporados de amortecimento que diminuem as vi- acompanhando o desenvolvimento da brações. “O pneu é outro fator importante tecnologia disponível para este fim.” para auxiliar nessa questão, assim como a Essa também é uma preocupação da aplicação das correntes flexíveis, quando Logset. Para isso, foi desenvolvido o TO- necessário. Outra ferramenta que a Minusa C-MD, um software que contém disposi- disponibiliza ao mercado é o treinamento tivos para auxiliar na segurança do opera- operacional, no qual o operador aprenderá dor quando em operação ou manutenção. técnicas de deslocamento, carregamento, Ele possui sensor que identifica o estado descarregamento, manutenção preventiva da porta, se ela estiver aberta, impede que para realizar a melhor operação possível, o operador acione o sistema hidráulico da aliando produtividade e segurança”, com- máquina. Além disto, as máquinas contam pleta. com: luzes de acompanhamento; sistema Já as máquinas Ponsse contam com o de abastecimento; sistemas de câmeras; Active Frame, sistema que mantém a ca- banco com suspenção a ar; regulagem da bine nivelada na vertical e evita os impac- velocidade da grua; controle de velocida- tos gerados pelas dificuldades do terreno, de durante o deslocamento e operação da como pedras e tocos. máquina. A segurança também é um quesito Elessandro destaca que a linha 2015 da fundamental para garantir a qualidade da Ponsse também tem uma série de melho- operação. Elessandro conta que as máqui- rias com foco em ergonomia, não só na nas Ponsse possuem sensores de seguran- cabine, mas na máquina como um todo. ça que garantem que a máquina e a grua São exemplos desta melhoria o levanta- só se movimentem depois de confirmada mento automático do capo do motor, fa- a presença do operador em seu assento, cilidade de acesso aos pontos de inspeção isto evita acidentes por movimentos inde- do líquido refrigerante e nível do óleo, os sejados na entrada e saída da máquina. pontos de revisão dos óleos de engrena- Toru Sato, destaca que a melhoria da gens e óleo hidráulico estão ao alcance B. FOREST 38 INCÊNDIO COLHEITA das mãos. do também melhorar os postos de traba- Esse fácil acesso para serviços de ma- lho para os mecânicos. Afinal, não basta nutenção é um ponto importante que melhorar a qualidade de vida somente do José Paccola também destaca. Para ele, operador se, quando estas máquinas ne- o aumento da potência dos motores e da cessitarem de reparos, o mecânico de- capacidade das máquinas, além da pre- mandar um longo período de tempo em ocupação com o ajuste no tamanho fí- seu serviço por trabalhar em espaços cada sico e design das mesmas está levando vez mais apertados”, alerta. a construção de equipamentos cada vez A tecnologia e as máquinas caminham mais compactos, em que os espaços para para um desenvolvimento que prioriza o a execução dos trabalhos de manutenção conforto do operador. Isso é importante têm ficado cada vez mais restritos, dificul- para que eles não tenham problemas de tando para os profissionais de manuten- saúde e aumentem a produtividade, no ção. “Acredito que o mesmo movimento entanto é importante não focar somente iniciado há décadas, visando a melhoria na operação, mas em tudo o que a envol- da ergonomia para os operadores, tenha ve, para que as modificações não prejudi- que ser reforçado, a partir de agora, visan- quem a manutenção, por exemplo. ESEMPENHO D E Z E T S U B O R MAIS LA PARA DAR AQUE O D U Ç ÃO R P A U S A N A Ç R FO FELLER 870C iras e apontados s à condições brasile Totalmente adaptado os equipamentos o segmento florestal, ra pa es çõ op res lho el. como as me r exclusivo - A Tracb eis em seu revendedo nív po dis o tã es at erc Tig ra um consultor e descub Fale hoje mesmo com pr a la su odução. entos podem fazer pe o que esses equipam R AC B E L T A N É T A C R E IG T Foto: Divulgação / Tigercat 39 B. FOREST B. FOREST 40 FIQUE LIGADO! Acompanhe e41 saiba detalhes sobre B.mais FOREST INCÊNDIO INCÊNDIO os eventos do Scorpion tour na página do Facebook da Ponsse Brasil A VERDADEIRA FERA DA COLHEITA Facebook.com/ponssebrasil FLORESTAL CHEGOU AO BRASIL Para dar as Boas vindas ao harvester Ponsse Scorpion ao país preparamos um tour pelas principais capitais da colheita florestal do Brasil para demonstrar a máquina que revolucionou o mercado com a sua tecnologia e inovação. CABINE/ VISIBILIDADE A grua C50 se move sobre a cabine e não atrapalha a visibilidade do operador. A grua ainda possui um alcance entre 8,5 a 11 metros. CONFORTO E ESTABILIDADE A cabine giratória e nivelante esta localizada no centro da máquina sobre um chassis independente. O operador gira sobre o próprio eixo, evitanto o efeito “carrossel”. A ergonomia é a palavara de ordem para o Scorpion, o que garante mais horas de trabalho produtivas. Made in Vieremä, finland NIVELAMENTO E ESTABILIZAÇÃO INTERVALOS MAIORES DE MANUTENÇÃO FACILIDADE DE MANUTENÇÃO A estrutura tripla do chassi oferece baixo ponto de articulação, resultando no melhor conforto possível. todos os chassis oscilam acompanhando o contorno do solo e mantendo a cabine nivelada individualemente. Os intervalos entre as manutenção programadas foram estendidas para 1.800h, inclusive para os demais modelos Ponsse 2015 A máquina foi desenhada para ter pontos de acesso simplificado para os próprios operadores. Eles podem, por exemplo, checar o nível do óleo facilmente, além de acessar outros pontos de manutenção e garantir que tudo está em perfeitas condições. PONSSE LATIN AMÉRICA LTDA. R. Joaquim Nabuco, 115 – Vila Nancy / CEP 08735-120 / Mogi das Cruzes / São Paulo – Brasil / Tel: +55 11 4795-4600 / Fax: +55 11 4795-4605 / http://www.ponsse.com/pt INCÊNDIO INCÊNDIO BIOMASSA 43 B. FOREST Manutenção Necessária Assim como todas as máquinas, sejam elas de uso florestal ou não, os picadores e trituradores de madeira precisam de manutenção periódica. Essa atividade garante o funcionamento e a qualidade do produto final. Foto: Divulgação / Morbak B. FOREST 42 B. FOREST 44 O INCÊNDIO BIOMASSA desenvolvimento do setor flo- alizadas. A manutenção de emergência é restal e o aumento nas tari- a que mais deve ser evitada, pois é feita fas energéticas fizeram com quando há quebra ou redução na produ- que picadores e trituradores de madeira tividade. passassem a ser utilizados por um maior Para que as máquinas cheguem a ex- número de empresas e com mais cons- celência e durem mais que o esperado, tância. Além disso, os cavacos continu- o indicado é a realização de um plane- am com suas finalidades tradicionais. O jamento adequado, o que significa fazer uso mais frequente desses equipamentos mais manutenções de serviço e preventi- faz com o desgaste de seus componen- vas do que as de emergência. tes seja maior também, nesse momento Planejamento a manutenção é essencial para manter o O planejamento da manutenção nor- bom funcionamento. malmente é elaborado de acordo com Assim como nas máquinas florestais, a necessidade de cada empresa, tendo os picadores e trituradores têm três níveis como base as informações que constam de manutenção: manutenção de serviço, no manual de operação e manutenção de manutenção preventiva e manutenção de cada equipamento. Dependendo da polí- emergência ou corretiva. Manutenção de tica individual de cada empresa, eles re- serviço, a qual deve ser realizada perio- forçam alguns itens a serem observados dicamente, consiste em verificar níveis de ou incrementam mais itens no planeja- fluidos, lubrificar e reapertar. Já a manu- mento da manutenção. “Como reduzir ou tenção preventiva deve ser realizada ba- prolongar trocas de óleos de acordo com seada no funcionamento das máquinas. A acompanhamentos por meio de análi- medida que elas são colocadas em ope- ses, intervenção prematura em alguns ração deve haver um registro e somatório componentes que ainda possibilitem re- das horas trabalhadas que, no momento cuperação para prolongar vida útil dos oportuno, é disparada essa informação mesmos”, exemplifica o departamento de para que determinadas tarefas constan- vendas da Komatsu Forest, representante tes nos planos de manutenção sejam re- da Morbark no Brasil. 45 B. FOREST B. FOREST 46 BIOMASSA BIOMASSA “Há uma significativa diminuição da vida útil de componenteschave, como motores e bombas hidráulicas, motores à combustão e conjuntos de corte, que poderiam ser facilmente evitadas se as manutenções fossem seguidas corretamente” Lucas Zimmer, gerente de ciclo de vida corretamente, tem grande durabilidade, da Vermeer, explica que, como fabrican- como o motor a diesel, bombas e mo- tes, a empresa possui um programa de tores hidráulicos, redutores, comandos manutenções preventivas em intervalos hidráulicos e partes móveis como articu- regulares e previamente definidos. “Nor- lações, rolamentos, cilindros, rolamentos, malmente, a manutenção começa com etc. Além destes componentes, Edinei Li- uma inspeção visual seguida por limpeza, pinski, técnico em manutenção de tritura- lubrificação e abastecimento”, determina. dores da Siebert, acrescenta que esteiras Na sequência, são seguidas as orienta- de descarga, quando bem reguladas, têm ções do fabricante quanto à checagem de longa duração e, normalmente, não ne- torques, substituição de fluidos e acom- cessitam de troca constante. “Eixos com panhamento de itens de desgaste como bom acompanhamento e manutenção facas ou cortadores. “Para que o equipa- em dia têm alta durabilidade, temos eixos mento não tenha seu rendimento preju- com 12 mil horas de funcionamento que dicado, é imprescindível que estes proce- ainda não necessitaram de troca”, acres- dimentos sejam seguidos à risca”, alerta centa. Lucas. Em contrapartida, existem peças que Os manuais de instrução que acompa- não podem ter a troca postergada porque nham as máquinas indicam o momento seu mau funcionamento danifica par- em que a manutenção deve ser feita, no te dos equipamentos, como os filtros de entanto, como cada uma trabalha com óleo. “Peças de desgaste contínuo como materiais diferentes, em terrenos, ambien- facas, contra facas, suporte das facas, bi- tes e intensidades diferentes, cada caso gorna, correntes da mesa de alimenta- deve ser observado para constatar se os ção, raspadores, martelos, insertos, etc. serviços que as mantém funcionando não precisam ser trocados periodicamente”, precisam ser feitos antes do previsto. acrescenta o departamento de vendas da Como na maioria das máquinas flores- Foto: Divulgação / Vermeer 47 B. FOREST Komatsu. tais, os picadores e trituradores têm peças Mesmo com uma boa manutenção, que, com uma manutenção executada Lucas Zimmer, da Vermeer, alerta que B. FOREST 48 BIOMASSA BIOMASSA nenhum componente deve ser estendi- Importância da Manutenção do além do especificado pelo fabrican- O planejamento da manutenção ade- te. “Práticas que podem parecer uma quada de picadores e trituradores tem economia, como aumentar os intervalos uma importância evidente. Quando eles de trocas de óleos, acabam danifican- não trabalham corretamente existe re- do os equipamentos. O nível de impu- dução da produtividade, a qualidade do rezas cresce exponencialmente em um cavaco fica prejudicada e acontecem pa- óleo degradado”. Mas de acordo com ele, radas indesejadas, o que resulta em pre- como estes itens são diariamente obser- juízo financeiro. “Normalmente, ocorrem vados, há um tempo de percepção de sua falhas prematuras em componentes vi- substituição, o que permite que se tenha a tais. Há uma significativa diminuição da peça em tempo hábil no local, sem parar vida útil de componentes-chave, como o equipamento e prejudicar a operação. motores e bombas hidráulicas, motores à 49 B. FOREST MINUSA com você da compra até a CAPACITAÇÃO dos OPERADORES NA FLORESTA! maneira preocupa–se de es, A Minusa Forest dimento aos client en at o m co al ci as espe pacitados em su ca os ic cn té do nacional disponibilizan em todo território s da uí rib st di es 23 unidad áquina! próxima da sua m s ai m a us in M a Contate Foto: Malinovski Florestal / Gustavo Castro www.minusa.com.br Entre em contato: Fone: (49) 3226 1000 | [email protected] S I M P LY B E T T E R B. FOREST 50 BIOMASSA BIOMASSA combustão e conjuntos de corte, que po- instável prolongar a vida de picadores e deriam ser facilmente evitadas se as ma- trituradores é uma opção bastante ado- nutenções fossem seguidas corretamen- tada pelas empresas, mas é importante te”, alerta Lucas Zimmer. salientar que para que eles continuem em A Komatsu acrescenta que quando pleno funcionamento as operações de as máquinas quebram é preciso realizar manutenção devem ser feitas periodica- a manutenção corretiva, que tem cus- mente e de acordo com as orientações to mais elevado que as periódicas. Além dos fabricantes. Sempre lembrando que disso, o equipamento fica completamen- pequenos investimentos em peças no- te fora de uso e a segurança operacional vas precisam ser feitos para que não haja fica comprometida. prejuízo financeiro e de produção com a Em épocas em que a economia fica quebra dos equipamentos. Foto: Malinovski Florestal / Amanda Scandelari 51 B. FOREST B. FOREST 52 FÓRUM BIOMASSA FÓRUM Fórum de Sustentabilidade e Governança Profissionais e empresários nacionais e internacionais se reuniram, em Curitiba, a fim de discutir estratégias corporativas inovadoras. Foto: Divulgação / STCP D 53 B. FOREST iscutir tendências e trazer cases como conceito na estrutura dos negócios. de sucesso no âmbito da go- Assim como em outras edições, quatro vernança corporativa aplicada à painéis estruturaram o fórum: Tendências sustentabilidade nas grandes empresas em Sustentabilidade e Governança, Sus- foi a proposta da quarta edição do Fó- tentabilidade no Agronegócio Brasileiro, rum Sustentabilidade & Governança – O Governança para Sustentabilidade e Ca- Novo Paradigma do Desenvolvimento. pital Natural. Essas foram as linhas abor- Voltado a empresários, executivos, ONGs dadas pelos palestrantes, em sua maioria e entidades, o evento realizado pela STCP líderes empresariais, financeiros, acadê- Engenharia de Projetos e Milano Consul- micos e do terceiro setor, de renome na- toria e Planejamento, aconteceu nos dias cional e internacional. 18 e 19 de agosto, na capital paranaense. Entre as empresas de base florestal O evento teve como objetivo provocar o presentes, um bom exemplo de gover- empresariado para adoção de novas po- nança corporativa pautada pela transpa- líticas ambientais no setor produtivo na- rência no que tange à sustentabilidade cional. foi apresentado pela Fibria. Com claras Rômulo Lisboa, diretor de desenvol- definições de funções, independência da vimento e qualidade da STCP, conta que administração e prestação de contas, o o evento atingiu as expectativas mesmo Comitê de Sustentabilidade da empresa em um momento econômico complica- é parte essencial da estrutura organiza- do. “Conseguimos reunir 200 profissio- cional e assessora com êxito o Conselho nais formadores de opinião. Os empresá- de Administração, auxiliando na definição rios entenderam que esse é o momento das estratégias e seus desdobramentos. de sair do escritório para ver o que está Como representante da empresa, a sendo feito no mercado e perceber no diretora de sustentabilidade e relações que se pode inovar”, constata. Ele destaca corporativas, Maria Luiza Pinto e Paiva, que a edição de 2015 teve representativa ressaltou que o diálogo é um ponto im- participação de cooperativas, que estão prescindível para a sustentabilidade. Ela começando a colocar a sustentabilidade acredita que para não perder competitivi- B. FOREST 54 FÓRUM BIOMASSA dade diante das mudanças mercadológi- de Cornell. O profissional mantém nível cas, entre outras estratégias, é necessário de destaque no cenário econômico inter- ter um bom relacionamento com a co- nacional e é um dos expoentes dos mo- munidade e estabelecer metas em longo vimentos de empreendedorismo social, prazo. “Como exemplo, estipulamos uma sendo um dos fundadores da teoria da estratégia social que resultou em uma re- Base da Pirâmide. O evento também teve dução de 90% do roubo de madeira em a presença de representantes das empre- nossa fábrica”, exemplificou Maria Luiza. sas Raízen, Tetrapak, Granbio, Amaggi e Além de empresas e palestrantes de re- Cargill, assim como da ABAG (Associação nome nacional, o Fórum também contou Brasileira do Agronegócio), IBGC (Institu- com a contribuição de nomes internacio- to Brasileiro de Governança Corporativa), nais, como Stuart Hart, da Universidade Forest. Foto: Divulgação / STCP 55 B. FOREST B. FOREST 56 CONGRESSO BIOMASSA CONGRESSO C XIV World Forestry Congress Congresso realizado na África do Sul, discutiu a importância do setor florestal e ações Foto: Divulgação para seu progresso. 57 B. FOREST erca de 4 mil participantes de 142 congresso, a sustentabilidade das florestas países se reuniram entre 07 e 11 de plantadas vai aumentar a resiliência dos setembro, em Durban (África do ecossistemas e sociedades e otimizar o pa- Sul), para o XIV World Forestry Congress. pel das florestas e das árvores na absorção Pela primeira vez realizado no continente e armazenamento de carbono. Com essa africano, o congresso teve como objetivo percepção, os participantes afirmaram que promover as florestas plantadas e a silvi- será preciso uma parceria, principalmente, cultura como forma de contribuir para o entre os setores florestal, de agricultura e desenvolvimento sustentável do continen- energia, para que essas atividades cresçam te. Palestrantes e participantes também ti- juntas sem prejudicar uma a outra. veram como meta compartilhar diversos Brasil pontos de vista, estipular ações de médio O Brasil também enviou representantes e longo prazo e transmitir novas perspecti- para o World Forestry Congress. Represen- vas sobre as atividades do setor. tantes de 120 entidades, entre elas a ABAG Entre os pontos mais discutidos esteve (Associação Brasileira do Agronegócio), a importância da floresta. Os debates con- Amaggi, Eldorado Brasil e Eucatex, apre- firmaram que elas são fundamentais para sentaram a proposta da Coalizão Brasilei- aumentar a resiliência das comunidades, ra do Clima, um movimento multissetorial fornecendo alimentos, energia de madeira, formado por agentes relacionados ao uso abrigo, forragem e fibras. Além de geração da terra no Brasil. O objetivo do grupo é de renda e emprego para permitir que as criar uma agenda viável diante das mudan- comunidades e as sociedades prosperem; ças climáticas e desenvolver uma econo- abrigando biodiversidade; e apoiando a mia de baixo carbono que sirva de modelo. agricultura sustentável por meio da estabi- De acordo com o grupo, dois aspectos lização dos solos e do clima e regulação florestais característicos do país chamam dos fluxos de água. atenção: o desmatamento e a qualidade da Outro destaque do evento foi a discus- produção florestal. Para combater o pri- são sobre a importância das florestas para a meiro, a coalizão criou um compromisso: adaptação de mitigação das mudanças cli- acabar com o desmatamento ilegal. máticas. Segundo conclusões debatidas no Um dos principais problemas relaciona- B. FOREST 58 CONGRESSO dos ao desmatamento das florestas tropi- BIOMASSA selho deliberativo do Instituto Ethos. O movimento está trabalhando em um para a degradação das florestas. “Temos mecanismo de rastreabilidade para a ma- que consolidar um mercado legal e rastre- deira. “Ele já existe para o gado e a soja, te- ável de madeira tropical. Praticamente 80% mos que aplicá-lo para a madeira”, diz Wa- do mercado é ilegal ou tem algum tipo de ack, lembrando que as compras públicas ilegalidade. O grupo tem o compromisso de madeira precisam ser feitas na legalida- de eliminar a madeira ilegal das suas ca- de. “O governo não pode comprar madeira deias de produção”, afirma Roberto Waack, sem rastreamento. E isso tem a ver com a fundador e presidente do conselho admi- declaração da presidente Dilma de acabar nistrativo da Amata S.A. e membro do con- com o desmatamento ilegal até 2030”. Foto: Divulgação cais é o tráfico de madeira, que contribui 59 B. FOREST B. FOREST 60 MERCADO BIOMASSA MERCADO 61 B. FOREST Indicadores Macroeconômicos Análise Mercadológica • Perspectivas Econômicas: As projeções de PIB (Produto Interno Bruto) para 2015 foram revisadas em Set/2015, evidenciando queda ainda maior do que as relatadas nos meses Análises da taxa de juros e de câmbio, indíces do preço da madeira em tora e o cenário anteriores. Estimativas do BCB (Banco Central do Brasil) indicam retração de -2,55% para o econômico atual, com tendências para a exportação, são temas do Boletim Mercadológi- ano em curso. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos. Esta revisão aconteceu após confirmação de que a economia brasileira entrou em recessão técnica (queda do PIB por dois co desenvolvido pelos profissionais da STCP. trimestres consecutivos) e o anúncio da perda, pelo país, do grau de investimento da agência de risco Standard & Poor’s. Em 2016, a expectativa do mercado é de retração de -0,6% no PIB. • Inflação: O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apresentou variação positiva de 0,22% em Ago/2015, valor inferior ao índice do mês anterior (0,62%) e o Foto: Divulgação menor índice para o mês de Agosto desde 2010, quando atingiu 0,04%. O IPCA acumulado entre Jan-Ago é de 7,06%, a maior taxa para o período acumulado desde 2003, quando atingiu 7,22%. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 9,53%, mais uma vez acima do teto da meta de inflação do BCB, que é 6,5%. Estimativas do BCB apontam para inflação de 9,28% para o ano de 2015. • Taxa de Juros: No início de Set/2015, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BCB decidiu manter a taxa Selic em 14,25% ao ano, após sete aumentos consecutivos. No entanto, os juros continuam no maior patamar em nove anos. A aposta do BCB em manter a taxa Selic por um período prolongado em 14,25% ao ano é para tentar controlar o crédito e o consumo, além de trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% até o final de 2016. • Taxa de Câmbio: Em Ago/2015 a taxa média cambial fechou em BRL 3,51/USD, resultando em alta de 9,0% em relação à média do mês anterior. Nas primeiras semanas de Set/2015, a taxa atingiu BRL 3,87/USD, fortemente pressionada por preocupações com a economia nacional após o país ter perdido o grau de investimento pela Standard & Poor’s. A desvalorização da moeda brasileira já chegou a cerca de 50% nos últimos 12 meses e de 33% desde o início de 2015. Porém, diante desta desvalorização do Real perante o Dólar Americano e outras moedas, o setor florestal tem ampliado sua participação na exportação de produtos, na tentativa de reduzir as perdas com a retração no mercado interno (ex: MDP, MDF, compensado, e chapa dura). STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2015. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – [email protected] B. FOREST 62 MERCADO Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Nominal de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100) Tora de Eucalipto: BIOMASSA “Apesar de o setor florestal apostar no mercado externo para manter a competitividade, o compensado brasileiro ainda enfrenta impasse no mercado norte-americano devido ao sistema de restrições dos Estados Unidos” Tora de Pinus: Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 15-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP e Banco Central do Brasil (IPCA). STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2015. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – [email protected] 63 B. FOREST Foto: Divulgação / www.estivadoresaveiro.blogspot.com.br B. FOREST 64 MERCADO Índice de preços de madeira em tora no Brasil Índice de Preço Real de Toras de Eucalipto e Pinus no Brasil (Base Abr/14 = 100) Tora de Eucalipto: MERCADO 65 B. FOREST • Comentários - Tora de Eucalipto: O atual cenário macroeconômico, que reflete em período de recessão e queda significativa nos índices de consumo das famílias, tem afetado também o nível de produção de produtos madeireiros no país. Consequentemente, há baixo consumo de madeira em tora. Com o aumento de custos de produção (combustível, energia elétrica, mão de obra, etc.), empresas buscam repassar estes custos aos preços de madeira em tora. No entanto, para alguns sortimentos, tal repasse pode não ter sido integral em função da menor atividade econômica em algumas regiões. Este cenário econômico tem levado algumas serrarias não integradas a saírem do mercado ou negociar preço mais baixo com fornecedores de tora visando reduzir custos. Algumas empresas preveem tendência de estabilidade nos preços nos próximos dois anos com possível redução no curto prazo. Ou seja, possibilidade de negociar descontos para alguns sortimentos visando mitigar seus Tora de Pinus: custos elevados. Adicionalmente, observa-se excesso de oferta de madeira fina em algumas regiões, com pressão negativa sobre os preços. O segmento de painéis reconstituídos é tradicionalmente voltado ao mercado interno, com pequena parcela da produção de MDF e MDP exportada. Esta tendência tem se alterado nos últimos oito meses (Jan-Ago/2015) com maior embarque destes produtos. No mesmo período, o Brasil exportou 43,6 mil m³ de MDP e 219,9 mil m³ de MDF, com crescimento respectivo de 55 e 46% em relação ao mesmo período de 2014. Isto evidencia que empresas brasileiras sem tradição nas exportações, têm direcionado parte da sua produção ao comércio internacional, visto que a taxa cambial está mais atrativa a este mercado, além do mercado interno passar por retração e queda no consumo. Com essa reorientação de parte da produção de painéis para Nota de Sortimentos de Tora: Energia: < 8 cm; Celulose: 8-15 cm; Serraria: 16-25 cm; Laminação: 25-35 cm; e Laminação Especial: > 35 cm. Preços de madeira em tora R$/m³ em pé. Fonte: Banco de Dados STCP (atualização bimestral). o comércio internacional, indústria essa consumidora de tora fina, tem-se auxílio, no STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2015. STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2015. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – [email protected] Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – [email protected] B. FOREST 66 MERCADO curto-médio prazo, do equilíbrio de oferta e demanda por esse tipo de madeira no mercado. • Comentários - Tora de Pinus: Com a crise, a redução da demanda por madeira em tora atingiu praticamente todos os sortimentos. Devido ao excedente na oferta de tora fina no mercado, o preço praticado pode até inviabilizar a extração em algumas regiões mais afastadas do mercado consumidor. Algumas empresas estão colhendo e transportando apenas toras com diâmetro acima de 14 cm. Estão sendo realizados desbastes em plantios de pinus com manejo para celulose para aumentar o diâmetro no médio prazo, comercializando-se pequena parte destes desbastes. Apesar de o setor florestal apostar no mercado externo para manter a competitividade, o compensado brasileiro ainda enfrenta impasse no mercado norte-americano devido ao sistema de restrições dos Estados Unidos (o principal destino das exportações de compensado de pinus do Brasil). O compensado nacional, produto que está fora do SGP (Sistema Geral de Preferências) dos Estados Unidos, recebe taxa de importação de 8% que os importadores americanos pagam ao governo norte-americano desde 2005, quando o Brasil exportou além da cota até então permitida pelos EUA. Recentemente, a ABIMCI e MDIC uniram esforços para pleitear e submeter ao Governo dos EUA a avaliação de inclusão de produtos dentro do SGP norte-americano, inclusive do compensado brasileiro, para que esse produto possa ser beneficiado com a isenção desta taxa de importação. A liberação desta taxa ao produto nacional poderá estimular sua maior produção e exportação àquele mercado, aumentando ainda mais a demanda por tora grossa. STCP Engenharia de Projetos Ltda. – Copyright © 2015. Endereço: Rua Euzébio da Motta, 450 - Juvevê - CEP: 80.530-260 - Curitiba/PR Fone: (41) 3252-5861 - www.stcp.com.br – [email protected] MERCADO 67 B. FOREST B. FOREST 68 MOMENTO EMPRESARIAL MOMENTO EMPRESARIAL 69 B. FOREST Em setembro, o setor florestal brasileiro pôde enfim conhecer o Scorpion. A Scorpion Tour Ponsse escolheu a fazenda Monte Alegre, localizada em Telêmaco Borba (PR) e pertencente à Klabin, para dar início ao Scoprion Tour. Cerca de 50 profissionais do Nova máquina da Ponsse chega ao Brasil e promete potencializar as operações de des- setor florestal, desde operadores até a imprensa, e funcionários da Klabin estiveram presentes para ver a máquina em funcionamento na operação de desbaste em baste e colheita. pinus. O evento começou com uma breve introdução sobre a máquina e as técnicas de manutenção, seguida pela tão esperada demonstração. A operação foi realizada por Arto Kämäräinen, user trainer da Ponsse, que esteve presente no desenvolvimento do Scorpion desde sua concepção, na Finlândia. E como a grande expectativa do setor é ver a máquina em operação, a Revista B.Forest, acompanhou o lançamento e captou imagens exclusivas do Scorpion. Scorpion no Brasil No mundo, mais de 100 Scorpions já estão em operação, enquanto a máquina em exibição na Klabin é a primeira da América Latina. “O mercado brasileiro é muiFoto: Divulgação / Ponsse to importante para a Ponsse e as empresas estão nos descobrindo. Esse processo B. FOREST 70 MOMENTO EMPRESARIAL já ocorreu em outros países e agora é a cas técnicas, mudará a forma de realizar vez do Brasil, que se consolidou como o desbaste. Durante a demonstração foi uma potência florestal”, salientou Te- possível perceber que as oito rodas faci- emu Raitis, diretor geral da Ponsse Latin litam o movimento e equilibram a distri- América. buição de peso da máquina, o que dimi- O Scorpion é uma máquina florestal nui a pressão no solo. A grua C50 com projetada para potencializar operações lança do garfo exclusiva tem geometria de corte raso e desbaste, além de ter diferenciada e alcance de até 11 metros, fácil manutenção e elevar a produtivi- o que facilita a operação de desbaste. dade nas operações. Por suas caracte- Outro ponto perceptível no Harvester rísticas, Temu acredita que o Scorpion é é a preocupação com a ergonomia. O uma grande oportunidade para ampliar chassi é equipado com duas juntas ro- a atuação da Ponsse no mercado flores- tativas que seguem os desníveis do ter- tal brasileiro. reno, além de ter um sistema de estabi- Dia de Campo lização que monitora a posição da grua Diego Pires Guio, funcionário da e pressiona continuamente o chassi tra- Klabin, também esteve presente no seiro na direção do peso, proporcionan- dia de campo e nos contou que ficou do estabilidade. impressionado ao ver a máquina em Quando posta em operação por um funcionamento. “Pelo que pude ver, profissional capacitado, o Scorpion exe- o Scorpion tem um potencial imenso cuta atividades em períodos menores para as operações florestais em termos e eleva a produtividade das empresas. de tecnologia, ergonomia e produção”, Além disso, segundo Teemu, a visibili- destacou. dade que o operador possui dentro do Wagner Pires Cavalcanti, gerente de Harvester facilita a execução dos traba- serviços da Ponsse Latin América, en- lhos, tanto em áreas planas quanto em tende que a demonstração realizada foi declives. interessante para todos os presentes que De acordo com a Ponsse, o Scorpion puderam aprender mais sobre o setor e fará um tour pelo Brasil nos próximos as operações de colheita e desbaste. seis meses e na sequência segue rumo Produtividade A Ponsse afirma que o Scorpion é uma máquina que, por suas característi- ao Uruguai para mais demonstrações. Para mais informações acesse: www.ponsse.com MOMENTO EMPRESARIAL 71 B. FOREST “O Scorpion tem um potencial imenso para as operações florestais em termos de tecnologia, ergonomia e produção” Foto: Malinovski Florestal / Amanda Scandelari B. FOREST 72 NOTAS 3° Encontro Painel Florestal de Executivos De uma muda de 50 centavos a um equipamento de 2 milhões de reais. Como o momento político-econômico atual impacta na cadeia produtiva do setor florestal e quais são os entraves que precisam ser vencidos? A situação atual de consumo de madeira, a falta de estatísticas e a elaboração do Plano Nacional de Florestas Plantadas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) serão temas debatidos no 3° Encontro Painel Florestal de Executivos, que acontecerá na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, em Brasília, no próximo dia 28 de outubro. O evento, coordenado e promovido pela Painel Florestal, terá a presença da Frente Parlamentar de Apoio a Silvcultura, presidida pelo deputado federal Newton Cardoso Junior (PMDB-MG) que está articulando com a ministra Kátia Abreu, titular do MAPA, a palestra de encerramento. A programação completa está disponível no site oficial do evento, onde também é possível fazer a inscrição. Mais informações: www.executivosflorestais.com.br NOTAS 73 B. FOREST B. FOREST 74 FÓRUM Software para manejo Interessados em plantios florestais com fins econômicos agora podem ter acesso gratuito aos softwares de manejo de precisão e análise econômica de florestas plantadas, com modelagem de crescimento e produção. Desenvolvidos desde a década de 1980 pela Embrapa Florestas (PR), e em uso por mais de 300 empresas, as versões básicas da Família SIS estão disponíveis para acesso no Portal da Embrapa. Os softwares da Família SIS são simuladores para manejo, análise econômica, modelagem e de crescimento e produção de florestas plantadas utilizados para auxiliar no planejamento dos desbastes. Para operacionalizar os simuladores, o usuário fornece os dados de inventário da floresta e os programas preveem o crescimento das árvores e a produção, indicando a quantidade de madeira que a floresta produz, em qualquer idade, além de também simular desbastes e testar qualquer regime de manejo que se deseja aplicar nos povoamentos. Para ter acesso aos softwares acesse: www.embrapa.br/softwares-florestais NOTAS 75 B. FOREST BiomassaWorld O setor de biomassa conta com um novo portal. O BiomassaWorld, laçado recentemente, apresenta as mais recentes notícias do segmento, calendário completo dos próximos eventos, vídeos, guia de compras, artigos técnicos, vagas de emprego e o contato de consultores especialistas nas áreas que envolvem a biomassa. Para conhecer mais acesse: www.biomassaworld.com.br B. FOREST 76 NOTAS Trajeto seguro NOTAS 77 B. FOREST Monitoramento contra fadiga A MAN lançou um novo sistema de trava de emergência para melhorar a segu- Danos materiais, o aumento da queima de combustível e o desgaste dos pneus rança dos caminhões na estrada. O sistema utiliza sensores de radar no para-cho- têm sido creditados a operadores cansados ou distraídos. Por isso, a CAT lançou um que e câmeras no para-brisa para analisar a estrada à frente. Esta fusão de sensores serviço de monitoramento de operador para ajudar a gerenciar o fator humano na permite que o sistema consiga interpretar diversas situações na estrada. Veículos operação. As tecnologias de segurança In-Cab e Wearable proporcionam aos clien- andando à frente e obstruções podem ser identificados mais rapidamente e com tes visibilidade tanto informações da máquina quanto do operador. Para completar, maior precisão. Assim, o sistema ganha tempo para iniciar a travagem de emergên- o centro de monitoramento 24 horas da Caterpillar contém analistas que correla- cia se necessário. cionam dados sobre a saúde e a produtividade dos operadores florestais para re- O sistema de travagem de emergência segue o princípio de que o motorista deve velar se o operador apresenta fadiga e distração e os impactos sobre as operações. estar sempre no controle. Isso permite ao motorista anular o sistema de travagem Ainda não foi divulgado quando essa tecnologia chegará ao Brasil. de emergência quando há um aviso ou mesmo quando a frenagem de emergência Para mais informações: www.cat.com já está em andamento. O motorista pode usar o acelerador ou freio ou operar o indicador para começar a mudar de faixa e, desta forma cancelar o aviso ou abortar frenagem automática. Ainda não foi divulgado quando essa tecnologia chegará ao Brasil. Mais informações: www.corporate.man.eu Foto: Divulgação / Caterpillar FOTOS 78 B. FOREST B. FOREST 79 VÍDEOS VÍDEOS 79 B. FOREST B. FOREST 80 VÍDEOS VÍDEOS 80 B. FOREST AGENDA 81 B. FOREST 2015 SET 23 SETEMBRO Florestar 2015 Quando: 23 e 24 de setembro de 2015 Onde: Cuiabá (MT) Informações: https://eventioz.com.br/e/florestar-2015-11-encontro-de-reflorestadores-no-e 2015 OUT 04 OUTUBRO 48th International Symposium on Forestry Mechanization Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Linz (Áustria). Informações: www.formec.org 2015 OUT OUTUBRO Austrofoma 06 Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Hochficht (Áustria). Informações: www.austrofoma.at 2015 OUT 06 2015 OUT 22 OUTUBRO V Congresso Florestal Paranaense Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.apreflorestas.com.br OUTUBRO 5° Curso de Aperfeiçoamento Técnico em Gestão de Manutenção de Máquinas Florestais Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.malinovski.com.br B. FOREST 82 2015 NOV AGENDA OUTUBRO 3° Encontro Painel Florestal de Executivos 06 2015 NOV Quando: 28 de Outubro de 2015 Onde: Brasília (DF). Informações: www.executivosflorestais.com.br NOVEMBRO Expocorma 2015 06 2016 NOV Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015 Onde: Concepción (Chile). Informações: www.expocorma.cl MARÇO Encontro Brasileiro de Energia da Madeira 06 2016 MAR 09 Quando: 07 e 08 de Março de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.energiadamadeira.com.br MARÇO Lignum Brasil e 2° Expomadeira & Construção. Feiras do Setor Madeireiro. Quando: 09 a 11 de Março de 2016 Onde: Curitiba (PR). Informações: www.lignumbrasil.com.br AGENDA 83 B. FOREST B. FOREST 84 AGENDA