VII JORNADAS ANUAIS DO ICOM MUSEUS E TURISMO Antagonistas ou parceiros? Competidores ou colaboradores? 27 e 28 de Abril de 2009 Fundação Calouste Gulbenkian (Sala 1) RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES por ordem de apresentação MUSEUMS AND TOURISTS DIRK NOORDMAN In order to get a clear idea about the relationship between museums and tourists, a classification of museums as well of tourists has to be made first. This way several distinct connections between the two become visible, in all countries alike. These different relationships between museums and tourists, like the one between historical museum and city/tourist, most unfortunately are very seldom sketched. Each relationship has its own critical success factors and therefore each sort of museum has to be evaluated according to typical criteria, which are not of almost not relevant for the other types of museums, when it comes to its marketing towards tourists. In this speech I will sketch the different relationships and I will show museums on the globe that have failed in attracting tourists, because they did not reach out to the right category of tourists as well as on the other hand museums that succeeded, because they did. THE ICOM-WFFA DECLARATION ON MUSEUMS AND SUSTAINABLE TOURISM ANA LUISA DELCLAUX Tourism has suffered a spectacular increase during the last decades of the XX century. Years ago, beaches and sunny places were the most usual destinations for tourists, however now people are also interested in enjoying museums, monuments, archaeological sites, as well as natural parks. UNESCO, ICOM and ICOMOS have been working on a protocol that will allow to preserve world heritage from this massive flow of tourists. With these premises in mind, in 2005, ICOM invited WFFM to enter the Committee on Sustainable Cultural Tourism in order to jointly elaborate a document that would give recommendations to historical sites, museums, administrations and governments in charge of the national heritage on how to deal with this amount of visitors. The document was approved by ICOM last autumn. The WFFM will notify the friends of associations of museums of the need to properly organize the reception of tourists and visitors inside museums and archaeological sites in order to prevent the deterioration of collections and monuments. TURISMO E MUSEUS: QUE EXPERIÊNCIAS? MARIA ALEXANDRA P. RODRIGUES GONÇALVES Os últimos trabalhos de investigação revelam que o turista da pós-modernidade valoriza e procura aspectos como interactividade, autenticidade, experiências multi-sensoriais e envolvimento emocional nos locais que visita. A visita ao museu pode ser uma das atracções que o turista visita nas suas férias, ou pode ser o factor exclusivo de mobilização do turista para um local. As propostas de integração e cooperação entre os museus e o turismo exigem uma abordagem interdisciplinar que envolva os agentes dos museus e do turismo. Uma abordagem centrada no visitante requer medidas de gestão interna no museu, mas também uma concertação estratégica com recursos e parceiros que lhe são exteriores. Novos desígnios exigem que o museu no futuro procure transformar os seus visitantes em participantes, e que em vez centrar a sua acção na apresentação de objectos de reconhecido valor aurático, seja capaz de se tornar num agente facilitador de experiências memoráveis. No caso do turismo, esta capacidade introduz também necessidades específicas. A investigação desenvolvida perspectiva propostas concretas de aproximação entre os museus e o turismo, a partir do estudo da gestão existente no conjunto de 32 museus da Rede Portuguesa de Museus (do Sul de Portugal) e da avaliação feita pelos seus visitantes das experiências ai vivenciadas. O PATRIMÓNIO FERROVIÁRIO COMO PRODUTO TURISTICO MARIA JOSÉ TEIXEIRA O Programa de Cooperação Estratégica denominado “Património Ferroviário Nacional: O turismo científico como produto estratégico” engloba um conjunto de 12 projectos a executar entre Janeiro de 2009 e Dezembro de 2012. Tendo como parceiros a Câmara Municipal do Entroncamento, Fundação Museu Nacional Ferroviário, Câmara Municipal de Bragança, Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Câmara Municipal de Santarém e Instituto Politécnico de Tomar e contando com o com o apoio técnico do Instituto Turismo de Portugal, este programa de cooperação, focado no núcleo central do Museu Ferroviário, no Entroncamento, em parceria estratégica com os núcleos regionais, assume-se como um importante factor de dinamização do Turismo Cultural, potenciando o desenvolvimento de novas actividades económicas complementares, no plano regional. A criação de novos conteúdos inovadores e distintivos e a formatação de produtos atractivos para os turistas e viáveis para os operadores turísticos é o grande desafio a que os parceiros pretendem dar resposta. ESTRATÉGIAS E DESAFIOS ENTRE TURISMO E MUSEUS JOSÉ GAMEIRO Os museus configuram um importante recurso de integração e destino de apropriação turística, devendo nesse sentido, desenvolver estratégias activas de comunicação, reciprocidade e parceria com os agentes dessa actividade económica, estruturas e grupos sociais de contacto e acolhimento, em particular os que se encontram situados na sua envolvente geográfica e cultural. Lugares de investimento social, simbólico e cultural das sociedades, os museus devem igualmente assumir-se como pólos agregadores de complementaridade, tanto das iniciativas de descoberta e interpretação da oferta patrimonial do seu território, como das propostas mais contemporâneas, portadoras de particular singularidade e de uma efectiva representatividade histórica, cultural, identitária. O recente protocolo de cooperação celebrado entre a prestigiada unidade hoteleira do Algarve, o hotel “Le Meridien – Penina”, através do seu programa “Unlock Art”, e o Museu de Portimão, constitui um desafio e um exemplo interessante, na procura de gestos de proximidade activa, entre o turismo e a museologia. MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE ELVAS JOÂO PINHARANDA Museu de Arte Contemporâna de Elvas: um museu na fronteira para acabar com as fronteiras entre Portugal e Espanha, entre o centro e a periferia, entre o público e a arte contemporânea, entre os poderes políticos e a sociedade civil. Objectivos, práticas, conteúdos e públicos de um museu.