Aluno(a): Nota: 2 Ensino Médio Turma: Texto para a questão 01. Em manto impuro de bacante fria!... Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira [é esta, Que imprudente na gávea tripudia?... Texto I “Em outubro de 1839, Paris ainda possuía a mesma mística embriagadora que Chopin experimentara ao chegar lá em setembro de 1831. A ausência de 11 meses só servira para aumentar seu apaixonado fascínio pela magnífica metrópole espraiada ao longo das sinuosas margens do Sena. A cidade havia-se tornado amante de Chopin muito antes de ele conhecer Mme. Sand, e durante vários anos subseqüentes, suas afeições ficariam divididas entre as duas. Ambas o adoravam, do mesmo modo que eram, por sua vez, cultuadas por ele, e ambas eram essenciais à sua existência. Com a saúde debilitada, o jovem músico não podia sobreviver ao estímulo de uma sem o amparo da outra.” Silêncio!... Musa! Chora, chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto... Auriverde pendão da minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra As promessas divinas da esperança... Tu, que da liberdade após a guerra Foste hasteado dos heróis na lança, Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!... ...Mas é infâmia demais... Da etérea plaga Levantai-vos, heróis do Novo Mundo... Andrada! arranca este pendão dos ares! Colombo! fecha a porta de teus mares!” (ATWOOD, William G. A leoa e seu filhote. R. J. Zahar, 1982. p. 139) 01. Data: Julgue os itens verdadeiros ou falsos de acordo com o texto apresentado. 0 0. O advérbio “lá” (l. 3) retoma o termo Paris e pode ser classificado como termo anafórico. 1 1. “Magnífica metrópole” (l. 5) é antonomásia de Paris. 2 2. “A cidade” (l. 6) é hipônimo de Paris. 3 3. Em “ambas o adoravam” (l. 9) apresentam-se dois exemplos de termos de coesão: um termo anafórico – o, e outro catafórico – ambas. 4 4. “Jovem músico” é hiperônimo de Chopin. 02. A partir da leitura do fragmento do poema “Navio Negreiro”, assinale V ou F: 0 0. O fragmento poético demonstra que Castro Alves supera o individualismo dos poetas anteriores, dando ao Romantismo um sentido social e revolucionário que o aproxima do Realismo. 1 1. É perceptível, pela leitura e compreensão do fragmento, que Castro Alves era um poeta consciente de sua situação de letrado e do papel que o letrado pode assumir dentro de uma sociedade. 2 2. Apesar de tratar do tema social da escravidão, que não é uma abordagem típica do Romantismo, o poeta o faz através de uma linguagem subjetiva e exagerada, própria dos padrões românticos. 3 3. “Se é loucura... se é verdade” o verso põe em julgamento a veracidade do que está diante dos olhos do poeta. 4 4. “Pra cobrir tanta infâmia e cobardia...” o verso reforça a posição racista dos escravocratas, que se negam a libertar seus escravos e continuam a comercializar seus negros como produtos nos porões dos navios negreiros. Texto II “Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus... Ó mar! por que não apagas Com a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão?... Astros! Noite! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! (...) E existe um povo que a bandeira empresta Pra cobrir tanta infâmia e cobardia!... E deixa-a transformar nessa festa 4 4. Leia atentamente os textos abaixo para responder às questões 03 e 04. TEXTO III 04. Analise as sentenças corretamente, baseando-se nos textos III e IV: 0 0. No último verso do texto III, encontram-se dois pronomes demonstrativos. 1 1. Em “Mas não mo digas assim por entre beijos...”, o pronome em destaque foi corretamente empregado. 2 2. No texto IV, há apenas um pronome relativo. 3 3. Em “Ao grande, ao belo; é ser capaz de extremos...”, os adjetivos em destaque são biformes. 4 4. Ao substituir o termo em destaque “Ter o coração em riso e festa.” pelo pronome oblíquo equivalente, obter-se-á: “Tê-lo em riso e festa.” TEXTO IV 05. 03. Analise as sentenças, segundo trabalhados em sala de aula: 1 1. Os dois poetas pertencem à corrente romântica intitulada 2ª Geração, cuja temática são as várias manifestações do amor. O poeta Gonçalves Dias, consolidador do Romantismo no Brasil, apresenta versos melódicos (influência portuguesa), que se desenvolvem em poemas nacionalistas, religiosos, épicos e líricos. Nestes, a tônica abordada é o amor não correspondido ou a idealização do sentimento amoroso, como se nota no texto III. 2 2. Castro Alves, seguindo os mesmos passos de Gonçalves Dias no tratamento amoroso, revela a constante irrealização do amor em versos lacrimosos, cuja figura feminina é idealizada e distante. 3 3. Nesses dois poemas, vêem-se duas formas distintas de apresentar o intimismo poético: no texto III, há uma supervalorização do sentimento amoroso (= amor idealizado), e no texto IV percebem-se versos de amor erotizado, materializado e real. os conteúdos 0 0. Era para eu falar consigo ontem, mas não lhe encontrei em parte alguma. Os pronomes foram corretamente empregados no excerto acima. 1 1. Vossa Excelência julgais que posso auxiliarvos? 2 2. Ninguém para lhe dar ordens. O muro era seu. A praça também. Tudo passava a lhe pertencer. Observa-se que os pronomes em destaque são oblíquos com função de possessivo. 3 3. Em “Recebemos as visitas com carinho”, ao substituir o complemento verbal pelo pronome oblíquo correspondente, obter-se-á: “Recebemos-lhes com carinho.” 4 4. “Ninguém faz nada para tornar as coisas certas em nosso país.” Os termos em destaque são pronomes indefinidos. Com base nos textos acima, pode-se concluir: 0 0. No Romantismo brasileiro, o autor que mais tematizou o amor numa perspectiva chorosa e frustrada foi o representante do byronismo: Álvares de Azevedo. GS/KA/GS/JEL