ANÁLISE DE UM SISTEMA DE SUPORTE A DECISÃO PARA ESTIMAÇÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS EM UMA EMPRESA LOCADORA DE VEÍCULOS DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL Autores: Antônio Artur de Souza, Ph.D. (UFMG) Gustavo Ananias Cunha, mestrando (FPL) Fernando Toledo Almeida, mestrando (FNH) Renata Rubia Torres Costa Toledo, bacharel em Ciências Contábeis (UFMG) Aline Villas-Bôas Silveira, graduanda em Ciências Contábeis (UFMG) Resumo No Brasil verifica-se um cenário positivo para o setor de locação de automóveis que espera crescimento para os próximos anos no país. A perspectiva de crescimento é atribuída através da mudança de percepção do cliente, forte crescimento nos últimos anos e pela baixa penetração de mercado. Diante deste cenário é importante oferecer condições de preços para bons negócios visando o crescimento da participação de mercado. No entanto, é necessário contar com um sistema de suporte a decisão (SSD) capaz de auxiliar na estimação de custos (EC) e formação de preço (FP). A pesquisa realizada no presente trabalho visou demonstrar as funcionalidades de um SSD associadas aos processos de EC e FP como apoio à tomada de decisão. Para tanto foi realizada uma pesquisa de natureza exploratória e qualitativa que teve o estudo de casos como seu meio de execução. Os dados foram coletados em uma empresa locadora de veículos localizada na região sudeste do Brasil especializada em terceirização de frota. O SSD utiliza a taxa interna de retorno (TIR) de forma iterativa e cíclica como markup indireto capaz de incrementar a margem de lucro, sendo calculada sobre o fluxo de caixa livre (FCL) e comparando-a com a taxa mínima de atratividade (TMA). Verificou-se ainda a possibilidade de utilização da TIR modificada como proposta de evolução. Palavras-chave: Sistema de Suporte a Decisão. Estimação de Custos. Formação de Preços. Abstract The car rental market in Brazil is considered positive at the moment and is promising an increase for the next years. The growth perspective is due to the change in customers´ perception, strong growth in recent years and still limited market penetration. This scenario is adequate for practicing competitive prices in order to make good deals and increase market share. However, it is necessary to have a decision support system (DSS) able to aid the cost estimation (CE) and pricing process. This paper presents the results of a research that aimed at describing the development of a DSS to be used as a tool by professionals who word with CE and pricing. The research was exploratory and qualitative, based on a case-study in a car rental company located in the southwest region of Brazil. The company is specialized in renting fleets of vehicles to companies. The paper presents the DSS functionalities and is CE and pricing model. The system was modeled based on the IRR (internal rate of return) technique, which requires a minimal acceptable rate of return. The user is able to interactively use the system in order to reach the desired IRR by means of gradually changing the markup. The system calculates the price based on the free cash flow of the firm. It was also possible to verify that the modified IRR could be a useful technique to be implemented into the system. Keywords: Decision Support System. Cost Estimation. Pricing. VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br 1. Introdução O setor de locação de automóveis espera crescimento para os próximos anos no Brasil. Ele apresentou destaque no ano de 2010 sendo considerado pela Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (ABLA) o melhor ano do mercado. Diante desse cenário com perspectivas positivas para o setor, com o aumento e a mudança de percepção do público empresarial, torna-se essencial proporcioná-lo qualidade no atendimento e preços compatíveis. O mercado competitivo exige que as empresas ofereçam preços ajustados com as necessidades dos clientes. Segundo Parente (2000), as empresas em busca de manter sua competitividade devem rever os processos de formação dos preços para que possam oferecer qualidade no atendimento e oportunidades de negociação com o objetivo de conquistar novos clientes e manter os atuais. Além disso, devem considerar para a formação de preço (FP) não somente os custos, mas também o valor percebido pelo cliente, a concorrência, o tipo de setor no qual opera dentre outros fatores inclusive a tributação pela qual a empresa está sujeita. Conforme observado por Souza et al. (2006), para realizar a formação de preços, não basta somar aos custos incorridos um markup, é necessário considerar diversos fatores que a influenciam devendo a empresa estimar corretamente os custos. Para tanto, é necessário que a empresa possua um sistema de suporte a decisão capaz de fornecer informações úteis aos tomadores de decisões de acordo com o nível de complexidade das situações enfrentadas. Para Laudon e Laudon (2004), as empresas podem obter vantagem competitiva através de sistemas de informação capazes de fornecer dados confiáveis que auxiliem nas vendas e marketing. Esses sistemas podem proporcionar aumento na lucratividade e inserção no mercado, além de permitir às empresas que analisem as necessidades e preferências dos clientes. Diante deste cenário torna-se essencial para a empresa utilizar um SSD capaz de auxiliar os gerentes na tomada de decisões. Este artigo objetiva demonstrar às funcionalidades de um sistema de suporte a decisão (SSD) para o tratamento das informações associadas aos processos de estimação de custos (EC) e FP em uma empresa locadora de veículos. Objetiva também destacar dois pontos importantes: a contribuição de SSD para o auxílio à tomada de decisão; e a importância da realização de um maior número de estudos nesta área (uso de sistemas específicos para suporte aos processos de EC e FP). A pesquisa foi baseada em um estudo de caso em uma locadora de veículos de médio porte especializada em terceirização de frotas que atua na região sudeste do Brasil. Diante das perspectivas do mercado e da concorrência as locadoras de veículos necessitam de sistemas que ofereçam suporte principalmente à decisão no que tange à estimação de custos e formação de preços. Segundo a ABLA, caiu o número de empresas no setor, sendo essa queda atribuída aos baixos valores praticados que não condiziam com a realidade. As locadoras devem observar o mercado brasileiro para obter ganhos em escala permitindo oferecer preços mais baixos. A Associação destaca que o preço das tarifas no Brasil é uma das mais baixas em comparação aos outros países, porém esse valor deve ser positivo não somente para o cliente, mas também para as próprias empresas. As empresas locadoras de veículos (ELV) necessitam de uma boa técnica de estimação de custos provenientes dos dados internos confrontando-os com os dados externos. De acordo com Garrison; Noreen e Brewer (2007), a formação de preços é proveniente da contabilidade gerencial, que por sua vez possui uma enfática orientação para o futuro através de elaboração de estimativas e análises preditivas do que acontecerá, configurando ainda, que o futuro estimado não é a repetição fiel do ocorrido no passado.A pesquisa realizada no presente trabalho visou demonstrar as funcionalidades de um SSD associadas aos processos de EC e FP como apoio à tomada de decisão e a importância da utilização de sistemas específicos para suportar os processos necessários a uma correta tomada de decisões. VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br O estudo apresentado nessa pesquisa foi estruturado em sete seções. A primeira seção é composta pela introdução. Na segunda seção buscou-se apresentar informações sobre empresas de locação de veículos, formação de preço, estimação de custos e suporte dos sistemas empresariais utilizados para EC e FP. Na seção seguinte, foi apresentada a metodologia utilizada no estudo. Na quarta seção são destacadas informações relacionadas à EC e a FP nas empresas de locação de veículos. Na seção cinco é descrito o SSD verificado na empresa e na seção 6 são apresentadas as conclusões que essa pesquisa proporcionou. A seção 7 apresenta as referências consultadas na execução da pesquisa. 2. As empresas de Locação de Veículos (ELV) e os Processos de Formação de Preço (FP) e de Custos (EC) 2.1. Empresas de locação de veículos (ELVs) Segundo a ABLA o setor de locação de veículos no Brasil não é concentrado em poucas empresas, ele é composto tanto por franquias quanto por empresários independentes. Verifica-se que a maior concentração de ELV encontra-se na região sudeste que possuía no ano 2009, 827 locadoras, seguida pela região nordeste com 539 empresas. Em seguida aparecem as regiões sul, centro-oeste e norte com respectivamente, 339, 129 e 121 locadoras. Os estados com maior número de locadoras são: São Paulo com 225 e Minas Gerais com 221. A terceirização das frotas é promissora para o futuro conforme os dados de 2008, divulgados pela ABLA em que o crescimento dessa modalidade é demonstrado pelo total do faturamento das locadoras, que chegou a 3,99 bilhões, sendo que 55% são obtidos através da terceirização. Esse processo vem aumentando, uma vez que as empresas verificam que pode ser mais vantajoso trabalhar com frotas terceirizadas a veículos próprios que geram custos constantes com a própria aquisição, além de manutenção e impostos. Uma das vantagens da terceirização da frota é que os veículos são trocados constantemente geralmente em no máximo 2 anos o que permite ao usuário maior satisfação e adaptação às necessidades da empresa, além das locadoras fornecerem serviços 24 horas. De acordo com o SINDLOC – MG as empresas que alugam os veículos no lugar de manter uma frota própria encontram diversas vantagens como observado na Tabela 1. Tabela 1 - Vantagens de alugar ao invés manter frota própria Item de Custo Frota Própria (Custos) Licenciamento e Emplacamento Administrado pela empresa Distribuição logística do veículo Distribuído pela empresa Seguros Contratado pela empresa Peças de reposição Adquirido pela empresa Pessoal para manutenção Contratado pela empresa Veículo reserva Mantido pela empresa Assistência 24 horas Contratado pela empresa Perdas por roubo, furto ou sinistro Assumido pela empresa Assessoria jurídica para sinistros Contratada pela empresa Custo de oportunidade do capital A empresa investe na frota Impostos Pago pela empresa Custos financeiros sobre a ociosidade Pago pela empresa Investimento na renovação da frota A empresa investe Problemas com a frota Responsabilidade da empresa Fonte: Adaptado de SINDLOC - MG (2011) Frota Alugada (Benefícios) Já vem licenciado e emplacado Entregue onde solicitado Já incluído no aluguel A Locadora paga Pessoal da Locadora Fornecido pela Locadora Serviço oferecido pela Locadora O risco é da Locadora A Locadora cuida de tudo A Loc. investe na frota da empresa As despesas são da Locadora São pagos pela Locadora Por conta da Locadora Responsabilidade da Locadora Os dados divulgados no senso ABLA 2009 demonstraram que a frota vem crescendo anualmente e apresentou no ano de 2009 um total de 363.346 veículos, sendo composta em VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br sua maior parte por carros populares com motor 1.0. Apesar desses dados, o número de locadoras diminuiu de 2003 para 2009. Esse fato pode ser explicado pelas tarifas praticadas pelas empresas que fecharam, pois muitas vezes estavam abaixo da realidade dessas locadoras. Para que o negócio seja mantido é importante que sejam cobradas tarifas capazes de satisfazer tanto os clientes como a empresa. A renovação da frota é constante devido às próprias exigências dos clientes por veículos novos, o que gera constante desmobilização de ativos. As locadoras buscam manter boas parcerias e relações com as concessionárias uma vez que realizam compra, venda e reparo dos veículos. Com o objetivo de melhorar os custos com manutenção e peças a ABLA trabalha com o projeto de “Fidelização de Concessionárias” no qual as concessionárias fidelizadas muitas vezes oferecem serviços gratuitos e condições especiais nos preços das peças e mão-de-obra de suas oficinas. Considerando que a taxa de juros praticada no país é alta e há limitações para obtenção de crédito, os empresários devem planejar bem o andamento dos negócios. Além disso, devem considerar os impostos que recaem sobre as locadoras de veículos na hora de estimar os preços praticados na locação. Outro item de relevância é a questão dos seguros pagos para cobrir roubos e outros sinistros que por ventura venham a acontecer. Constata-se que os valores das tarifas não acompanham o crescimento de todos os custos inerentes às atividades. Portanto, para gerir uma locadora, o empresário deve considerar os fatores que podem trazer riscos ao setor e necessita de capital para manter a atividade com bons desempenhos. Apesar do desempenho positivo do mercado de locação a Associação busca explicar as peculiaridades do setor e os riscos existentes e alertar sobre a necessidade de um nível satisfatório de competência na gestão. Para tanto os empresários devem utilizar bons sistemas de suportes empresariais que permitam estimar os custos e formar preços para auxiliar a correta tomada de decisões. 2.2. Formação de preço (FP) Sendo essencial estimar corretamente os custos para auxiliar o processo de formação de preços os empresários devem verificar todos os fatores que venham a interferir neste processo. Beulke e Bertó (1996) citam alguns fatores que em geral são fundamentais para a formação do preço dentre os quais se destacam: (a) os objetivos da empresa; (b) a demanda do mercado/setor; (c) a posição da empresa perante seus concorrentes; (d) a estrutura de custos; e (e) os impostos incidentes sobre a atividade empresarial. Além destas variáveis devem se considerar também o produto oferecido, a necessidade do cliente e sua percepção do valor. Assef (2005) acrescenta que para a formação de preços devem ser verificadas informações da concorrência a respeito dos preços, promoções, qualidade nos produtos e serviços oferecidos. Os tomadores de decisões devem observar para a formação de preços a conjugação de fatores financeiros e mercadológicos aos custos, além de considerar os tributos que compõem os custos variáveis buscando a lucratividade aliada à competitiva no mercado. Dentre todos os fatores que devem ser observados para a formação de preços é importante que haja uma definição para o método mais adequado para este processo em relação à empresa. Conforme Levy e Weitz (2000), a formação de preços pode ser realizada considerando: (a) o custo adicionado a uma margem de lucro pré-estabelecida, também conhecida por markup, de forma que a empresa consiga obter o lucro esperado após cobrir todas as suas despesas; (b) a concorrência, sendo estipulado a partir dos preços praticados por concorrentes podendo ser superior, igual ou inferior ao preço praticado por eles, considerando ainda o custo que incidem sobre as operações da empresa e o lucro que ela espera obter; (c) o valor percebido pelos clientes através da mensuração de quanto os clientes pagariam pela mercadoria ou serviço e o lucro desejado pela empresa. VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Segundo Dubois, Kulpa e Souza (2006), a formação de preços deve ser realizada a partir de adequados métodos de custeios além de orientar-se na demanda de mercado. Para os referidos autores, é recomendada a utilização em conjunto dos métodos markup e baseado pela demanda, assim proporcionando à empresa condições de atribuir preço compatível com a sua necessidade e do cliente. Observa-se que a literatura apresenta variados métodos que podem ser utilizados na formação de preços e as empresas necessitam utilizar SSD que auxiliem na obtenção de preços capazes de proporcionar o retorno esperado. Porém, Assef (2005) alerta que a empresa deve tomar decisões em relação aos preços que a mantenha competitiva no mercado, pois este responderá aos aumentos e reduções dos preços praticados. Conforme observado por Souza et al. (2006), as decisões relativas à formação de preços são complexas devido aos fatores internos e externos que influenciam, trazendo para os empresários algumas dificuldades para chegar a um preço adequado às necessidades empresarias e dos clientes. Sendo assim os sistemas de informações tornam-se ferramentas fundamentais para o suporte ao processo de decisão, formação de preços e estimação de custos. 2.3. Estimação de Custos (EC) Stickney e Weil (2001) descrevem custo como o sacrifício econômico incorrido por uma empresa ao adquirir bens ou serviços sendo mensurado pelo preço dos mesmos. Os custos estimados podem ser entendidos como análises preditivas dos custos históricos, de forma a desenhar a expectativa de negócios e custos futuros. Nesta linha, para Martins (2003), EC pode ser considerado benfeitorias adicionadas ao custo médio ocorrido, quando se é capaz de ajustá-lo a expectativas futuras, capacidade produtiva, desenvolvimento de novas tecnologias e alterações na qualidade da matéria prima ou do próprio produto. A empresa que detém o conhecimento sobre seus custos poderá gerar vantagem sobre seus concorrentes, pois será capaz de oferecer preços condizentes com a necessidade dos clientes. Para que a estimação ocorra com confiança, é necessário um método que seja adequado ao seu negócio, além da qualidade dos dados utilizados. Assim, pode-se dizer que o principal objetivo da EC é observar a relação entre os custos e as variáveis que a afetam. (HUBER, 1998). Segundo Campos (2003), quanto mais precisa for uma EC, mais coerente será o preço do serviço ou produto e maior a probabilidade do fechamento do negócio com o cliente. Caso os custos sejam subavaliados, existe uma grande chance da atratividade do negócio por parte do cliente, entretanto se fechado, a empresa poderá arcar com prejuízo. Se superavaliados, provavelmente não fechará o negócio pela ineficiência. Existem vários métodos para EC, uns mais outros menos eficazes, a citar: análises de contas, diagramas de estimativas, estatísticos, intuição, experiência, sistemas de estimação de custos computadorizados, entre outros. Entretanto, nenhum destes métodos é suficientemente capaz de estimar custos com total perfeição, cada qual apresentando suas vantagens e desvantagens em relação aos outros. Assim, a melhor forma de estimar é através do conhecimento dos usuários envolvidos sobre o negócio e custos envolvidos, para que se possa escolher a melhor técnica científica em prol de um bom resultado prático. (SOUZA et al., 2006). A EC é essencial a FP quando se tem o objetivo de utilizar o método orientado ao custo, onde se é possível atingir níveis de margem de lucro através de markup como no presente estudo. No entanto, para alcançar os objetivos propostos, é necessária a escolha do método de custeio adequado ao negócio, ter um bom sistema de informações de custos, definir o método de estimação além de preparar os usuários que estarão envolvidos diretamente com o processo de FP. VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br 2.4. Suporte dos sistemas empresarias para EC e FP De acordo com Souza et al. (2003), os sistemas empresariais proporcionam aos tomadores de decisões um grande volume de informações confiáveis e hábeis quanto a formação de preços para uma melhor tomada de decisão. Os sistemas de informações são os conjuntos de componentes inter-relacionados que coletam, processam, armazenam e distribuem informações capazes de auxiliar o processo decisório e proporcionam coordenação, controle e geração de informações capazes de demonstrar algumas complexidades das empresas (LAUDON E LAUDON, 2004). Ainda segundo estes autores, a informação é obtida através dos dados que, por sua vez, são derivados de fatos ocorridos na empresa ou no ambiente que sozinhos e sem uma correta organização dificultam o seu entendimento e sua utilização. Os sistemas de informações produzem as informações a partir de três atividades sendo elas: a entrada dos dados; o processamento que os adéquam de uma forma mais significativa; e a saída que gera informações processadas capazes de proporcionar embasamento para tomada de decisões. Sistemas de Informações (SI) podem ser descritos como uma série de agentes colaborativos em prol de um objetivo em comum. Podendo ser classificá-los em pessoas, organizações e tecnologia, sendo necessária a avaliação destes agentes de uma forma interativa e constante, assim transpondo o conceito de sistemas somente em termos de computadores (PASSOLONGO, 2004). O SSD é considerado um tipo de SI e de acordo com Laudon e Laundon (2010, p. 44-52) sua finalidade é: “[...] suportar as decisões não rotineiras da média gerencia. Seu foco de trabalho é sobre os problemas pontuais e de rápidas mudanças. Outra característica é que a estruturação da solução do problema não pode ser totalmente mapeada com antecedência”. Segundo O´brien e Marakas (2008), SSD é definido como um SI capaz de apoiar os gerentes durante o processo decisório. Os SSDs fornecem um suporte para a tomada de decisão em todos os níveis organizacionais principalmente para as situações semi-estruturadas ou não estruturadas, fortalecendo e trazendo o julgamento humano em conjunto com as informações objetivas geradas (TURBAN, et al. 2008). Para Souza et al. (2002), os SSD necessitam da participação dos gerentes e custam se referir a problemas não estruturados e de longo prazo. Ressaltam, ainda, que um sistema inteligente pode moldar as informações proporcionando a geração de relatórios que auxiliem na necessidade de informações sobre EC e FP pelos tomadores de decisão. Desta forma, a utilização dos sistemas de informações pode ser uma estratégia que auxilia nas dificuldades relacionadas à obtenção e utilização das informações. O processo de estimação de custos (EC) é essencial para as empresas sendo necessário obter informações corretas sobre os mesmos. Conforme Souza et al. (2006), as empresas necessitam obter informações corretas sobre seus custos, sobre as informações internas e externas à ela para formar corretamente seus preços. Os autores ressaltam que essas informações são de difícil obtenção podendo ser imprecisas, acarretando dúvidas e erros para os tomadores de decisão em relação à EC e FP. Utilizar um sistema de informação pode auxiliar na correção de falhas, pois sistemas empresarias que oferecem suporte para EC e FP que considerem todas as particularidades das ELV podem fornecer informações confiáveis e que auxiliem os tomadores de decisões nas situações pelas quais estejam sujeitos. 3. Metodologia A pesquisa realizada no presente trabalho possui natureza exploratória e qualitativa sendo utilizada para demonstrar a contribuição do SSD para tomada de decisões relativa aos processos de Estimação de EC e FP em uma empresa locadora de veículos. Tendo como seu meio de execução um estudo de caso em uma locadora de veículos de médio porte na região sudeste do Brasil especializada em terceirização de frotas. Os dados sobre custos e parâmetros VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br utilizados na descrição da FP são hipotéticos visando a preservação da ELV. Schramm (1971) afirma que “a essência de um estudo de caso é tentar esclarecer uma decisão ou um conjunto de decisões: o motivo pelo qual foram tomadas, como foram implementadas e com quais resultados”. De outra forma, TULL (1976, p 323) nos remete que "um estudo de caso refere-se a uma análise intensiva de uma situação particular". Para Yin (2005), o estudo de caso é a forma de se fazer pesquisa empírica, investigando fenômenos contemporâneos dentro de seu contexto de vida real, em situações que as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente estabelecidas, onde se utilizam múltiplas fontes de evidência. O estudo de caso possibilitou verificar na ELV o SI existente e as variáveis que compõem EC e FP capazes de suportar a tomada de decisão. De acordo com Malhotra (2003), a pesquisa exploratória descritiva qualitativa proporciona melhor visão e compreensão do contexto do problema. Em outras palavras a pesquisa exploratória tem a finalidade de mostrar instrumentos de pesquisa adequados à realidade. A pesquisa realizada teve o objetivo de demonstrar as funcionalidades de um SSD associadas aos processos de EC e FP como apoio à tomada de decisão e a importância da utilização de sistemas específicos para suportar os processos necessários a uma correta tomada de decisões. Para tanto, foram realizadas coletas de dados na ELV que possibilitassem verificar o SSD utilizado e conhecer as variáveis utilizadas pelos tomadores de decisão para EC e FP. 4. Informações necessárias para a Estimação de Custos (EC) e a Formação de Preço (FP) em Empresas de Locação de Veículos (ELV) 4.1. Estrutura de custos em ELV O conhecimento da estrutura de custos é primordial na FP de ELV, para que assim, ao longo do período do contrato de locação a margem de lucro seja próximo ao estimado. Quanto maior o nível de detalhamento, melhor será sua estimação, no entanto aumenta o nível de dificuldade de direcionamento dos custos fixos e das despesas administrativas, demandando SI de custos maduro. A representação da estrutura utilizada na FP pelo SSD pode ser observada na Tabela 2. Tabela 2 – Estrutura de Custos Item de Custo Custo de Locação Subitem de Custos Seguro, Veículo Reserva, Manutenção, Desmobilização, IPVA, Taxa de Emplacamento, Taxa Anual, Frete e Acessórios Despesas Administrativas Despesas PIS/COFINS (Líq.) Depreciação Fonte: Elaborado pelos autores A partir da análise da Tabela 2 é possível verificar os itens que compõe a estrutura de custos, a iniciar pelo custo variável de locação que apresenta os gastos relativos à utilização do veículo, como: seguro, taxas, previsão de veículo reserva, manutenção, desmobilização, frete de ida e retorno, além de acessórios. Alguns custos podem ser planejados de acordo com o ciclo financeiro, entretanto, a manutenção é uma previsão, impossibilitando análise antecipada. Compondo a estrutura de custos, encontram-se as despesas administrativas, tributárias e de depreciação. O custo variável é estimado segundo taxas pré-determinadas, através de grupos econômicos e do tipo de utilização, não dispondo de previsões elaboradas, além da despesa administrativa, onde é atribuído valor único. VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br O método de custeio baseado em atividades (ABC), ao ser empregado através dos direcionadores primários e secundários é capaz de desenvolver melhor atribuição de custos fixos e despesas administrativas para os coletores de custos, que podem ser produtos, serviços ou outra unidade qualquer. Recomenda-se a adoção do método ABC para ELV, devido à sua adequação a empresas de serviços e pela ELV possuir uma série de atividades estratégicas que precisam ser geridas com o objetivo de controlar sua estrutura de custos e maximizar a rentabilidade dos contratos de locação. 4.2. Dados internos e dados externos necessários para a EC e FP Os dados necessários para uma consistente EC e FP são coletados através do ambiente interno e externo da ELV. Internamente as principais informações são obtidas através dos sistemas de Contabilidade Gerencial, que é composto principalmente por Custos, FP, Orçamento e Rentabilidade. No SSD os dados internos estão agrupados na seguinte forma: (a) Contabilidade Gerencial: custo de manutenção, desmobilização, despesas administrativas, prazo médio de vendas, de recebimento, de pagamento e índice de alavancagem, (b) Operacionais: taxa de previsão de perdas, valor previsto de venda de veículos e taxa de veículo reserva, (c) Tributário: alíquota PIS/COFINS e taxa efetiva de crédito PIS/COFINS e (d) Financeiros: TIR sugerida e TMA. Os dados externos são obtidos através de várias fontes como o Banco Central, Detran Regional, fornecedores e clientes. A importância destes dados na FP é complementar aos dados internos na definição das premissas necessárias, além de serem utilizados em análises preditivas de médio e longo prazo, capazes de sensibilizar probabilisticamente a modelagem financeira. Assim, os dados externos estão agrupados no SSD em: (a) Econômicos: previsão de inflação, juro real e nominal e valor FIPE dos veículos, (b) Regulatórios: alíquota de IPVA, taxa de licenciamento, DPVAT, emplacamento e despachante, (c) Fornecedores: prazo de entrega, de faturamento, de pagamento, valor de compra e desconto, e (d) Clientes: dados cadastrais, porte de faturamento, prazo de contrato de locação, local de entrega e retirada dos veículos, local de rodagem dos veículos, características do veículo demandado, quantidade, tipo de utilização, franquia, acessórios e seguro. 4.3. Informações necessárias para negociar preços com os clientes Para motivar o desejo de compra do serviço de locação é necessário que a ELV tenha um apelo comercial embasado em ganhos administrativos e financeiros, geralmente pautados em outro ganho, intangível, obtido através do foco exclusivo no negócio. O ganho administrativo está circundado pela não necessidade de estrutura dedicada para gestão da frota própria, que necessita de atividades como: compra de carro, liberação junto aos órgãos competentes e agentes fiduciários, contratação de seguros, parcerias e convênios com oficinas mecânicas, fornecedores de peças e agências de revenda. Ganhos financeiros são alcançados devido a não necessidade de investimentos, não alteração da estrutura de capital e principalmente pela não obtenção de descontos na compra de veículos e nas taxas de financiamento devido ao ganho de escala obtida pela ELV. Dado a forma ideal de posicionamento frente aos clientes, é necessário municiá-los com informações decisivas, reais e conclusivas dentro do processo decisório de compra. As informações devem ser geradas a partir de um simulador que consiga modelar todas as possibilidades demandadas e que seja capaz de projetar os resultados da aquisição de frota própria e compará-los ao valor de terceirização estimado pela FP, garantindo a comparabilidade dentro do seu contexto e favorecendo a decisão. Em complemento, deverá ser demonstrada a competência, capacidade e idoneidade da ELV na prestação do serviço. VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br 4.4. Relação com clientes e negociação de preços em ELV Uma das formas mais eficazes de fazer a gestão do ciclo de vendas de ELV é através do pipeline, que pode ser entendido como ferramenta capaz de mapear e acompanhar o cliente em todo o processo de venda, cujo prazo médio de negociação é superior a uma semana. O preenchimento do pipeline ocorre através da prospecção ativa e passiva, onde a primeira é direcionada aos clientes que possuem características desejadas, como: poder econômico, segmento de atuação e histórico mercadológico, já a segunda, é a procura pelo próprio cliente. O próximo passo é planejar o contato e direcionar os consultores comerciais através do Customer Relationship Management (CRM), para que sejam entendidas as necessidades. Após essa etapa é iniciado o processo interativo de atendimento onde o SSD tem um papel determinante. Conforme pode ser observado na Figura 1, que destaca a interação do cliente com o processo de FP, onde o pipeline de vendas é iniciado com a solicitação do cliente sendo elaborado um pedido comercial. Esse pedido recebe informações adicionais e é transformado em proposta comercial. Essa nova proposta será classificada dentro de uma fila de prioridade e enviada para a Gerência de Informações Gerenciais (GIG) que é o setor responsável pela FP. A GIG a precifica e devolve para agendamento de uma nova visita para que se possa apresentá-la em contraste com as informações do simulador objetivando a decisão de compra do serviço. Concluindo a análise, verifica-se que tanto o cliente quanto a alçada de aprovação podem recusar o preço negociado, iniciando-se o ciclo novamente. Solicitação do Cliente Não Pedido Comercial Processo de Alçada Aprovou? Sim Proposta Comercial Necessita Aprovação? SSD - FP Proposta Precificada Não Sim Não Contrato Firmado Envio ao Cliente Aprovou? Sim Geração de Contrato Figura 1 – Interação do cliente com o processo de formação de preços Fonte: Elaborado pelos autores 5. Descrição do Sistema de Suporte a Decisão (SSD) 5.1. Dados importados dos Sistemas de informações da empresa e do mercado O SS D apresenta uma série de integrações com outros SI e planilhas Excel, mas que precisam ser aperfeiçoados e automatizados. O parque de SI da ELV é composto por sistema legado de gestão de frotas, SAP R/3 que segundo Cardoso (2001) pode ser definido como um sistema integrado que visa colaboração e manutenção dos processos de negócios, disponível nos módulos: Financeiro (FI) e Controladoria (CO), SSD – Formação de Preço, além de sistemas acessórios. O sistema legado vem perdendo sua importância após a recente implantação do SAP R/3, passando este último a ser responsável pelos processos financeiros e contábeis. Sua versão atual é standard e está em processo de parametrização e implantação de alguns processos de negócios estratégicos. O SSD foi desenvolvido em Excel, toda a interatividade de dados é feita de forma manual, os dados internos são obtidos através de análise de relatórios dos SI e de planilhas que contenham informações gerenciais fornecidas através de outra célula de negócios da VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br própria GIG. Entretanto, as informações sobre o preço de compra e venda de veículos são obtidas de outras áreas: Implantação e Seminovos. Enquanto os dados externos são obtidos através de sites ou de benchmark. Internamente, o SSD possui abas que funcionam como base de dados, possibilitando melhor funcionalidade e garantindo alimentação independente, que são: base de frete, modelos de veículos com preços atualizados e preço de manutenção por franquia, e tipo de utilização. Prosseguindo na estrutura de dados, existem ainda mais duas abas, uma que contém as premissas com dados internos e externos e outra que contêm dados sobre a necessidade do cliente. 5.2 Metodologia adotada pelo SSD para a FP. A FP é realizada através da utilização de Fluxo de Caixa (FC), uma vez que a prestação de serviço de locação pode ser medida como um investimento pela EVL. Quando uma empresa financia suas operações, ela tem a opção de escolher a composição do capital empregado, entre próprio e de terceiros, além de poder calcular o custo desses capitais, denominado custo médio ponderado de capital. O mínimo que se espera é que o investimento apresente um retorno igual ou maior do que o custo médio ponderado de capital, assim, neste caso pode ser considerado como a taxa mínima de atratividade (TMA) para investimento. (GALVÃO; et al., 2008).A composição de capital da ELV é diversificada pela demanda deste tipo de negócio, necessitando de um alto nível de endividamento para financiar os investimentos necessários. Assim, para suportar esta operação, o capital de terceiros é composto por: debênture, leasing, capital de giro e conta garantida. A melhor alternativa para mensurar a viabilidade do investimento e através da Taxa Interna de Retorno (TIR) sobre o Fluxo de Caixa Livre (FCL). Reclassificando o juro incorrido nas operações de financiamento e o IR/CS que são apresentados pela ELV no Fluxo de Caixa Operacional (FCO) para o Fluxo de Caixa de Financiamento (FCF), deixando o FCL com mínimo efeito do capital de terceiros, ocorrendo somente através do PIS/COFINS. Ao empregarmos a TIR sobre o FCL, devemos confrontá-la a TMA, sendo necessário no mínimo igualá-la, objetivando a cobertura do custo entre a composição do capital próprio e de terceiros. Assim, conforme apresentado na Figura 2, a estratégia de FP da ELV é determinar a rentabilidade necessária sem influência da estrutura de capital disponível no momento do negócio, ao passo que sem esta adoção, teria uma composição de preço para cada opção de capital em uma mesma proposta. A partir da análise da Figura 2, verifica-se que a estratégia de FP passa pela necessidade de capital para o investimento, gera rentabilidade durante o período da locação, e por fim, repõe o caixa através da venda do veículo para a renovação da frota. Estratégia FP Tarifa de Locação (-) Custo de Locação (-) Despesas Administrativas (-) Despesas PIS/COFINS (Líq.) (-) Depreciação (=) Rentabilidade (-) Juros (Despesa Financeira) (-) IR/CS (=) Resultado Capital Próprio Capital Disponível Capital Terceiros Locação Venda Geração de Rentabilidade Geração de Caixa Figura 2 – Estratégia de Formação de Preço Fonte: Elaborado pelos autores VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Como a TIR é a principal medida de rentabilidade no processo de FP, a EVL a utiliza como um markup indireto para estimar a margem de lucro, que em conjunto com a EC formam a tarifa. Detalhadamente, de acordo com a Figura 3, a EC é elaborada através das características acordadas com o cliente que está disponível na proposta comercial. Ela é configurada no SSD, que por sua vez tem um processo iterativo e cíclico, capaz de incrementar a margem de lucro sensibilizando a tarifa encontrada no FCL em conjunto com a EC e dos fatores modeladores de: prazo médio de recebimento, pagamento de fornecedores, pagamento e venda de veículo. Assim, é possível calcular a TIR resultante do FCL, onde o processo se repetirá até que se atinja a TIR Sugerida. O SSD atua de acordo com este procedimento heurístico para a FP, entretanto, como se fazem necessárias alterações tarifárias como estímulo ao processo de negociação, o preço poderá ser reduzido através das seguintes ações: replanejamento da EC, redução da TIR Sugerida, ou sensibilização da margem de lucro, sendo que nestas duas últimas diminuindo o spread entre a TIR Realizada e TMA. Não TIR Target TIR Realizada Text TIR Realizado TIR TIR Target Sim Incrementa Margem de Lucro Atingiu TIR Sugerida? Text Calcula nova TIR do FCL Markup TIR Projeta Novo FCL Figura 3 – Processo de geração da tarifa de locação Fonte: Elaborado pelos Autores TIR é considerada pelos autores como um dos principais métodos disponíveis para avaliação de investimentos. Sua principal característica está em representar a taxa de desconto no mesmo período do tempo, refletindo tanto os fluxos de entrada quanto os de saída. Entretanto, existe uma alternativa para evolução do modelo atual de FP, passando a utilizar um método mais realista denominado TIR Modificada, que foi desenvolvida com o objetivo de possibilitar a utilização de taxas reais e diferenciadas para refinanciamento e reinvestimento. Outra oportunidade para o atual modelo é avançar em prol de calcular o Retorno sobre Investimento (ROI) da FP, um indicador contábil capaz de ser acompanhado ao longo do contrato de locação, possibilitando a comparação entre precificado x realizado, desdobrando em inúmeros ganhos de controles gerenciais para a ELV. 5.3. Funcionamento do SSD O SSD pode ser considerado um sistema modular desenvolvido em Excel, no qual foram utilizados recursos avançados através de fórmulas nativas e da linguagem VBA. Atualmente encontra-se na versão 2.0, ainda em formato de protótipo e em fase de testes. Com o fim desta fase, será incorporada uma estrutura funcional de operação e disponibilizá-la em produção, substituindo a versão anterior. O aprimoramento do SSD na ELV ocorre através de modelos evolutivos com a utilização de protótipos pilotos, que ao reunirem uma quantidade mínima de novos requisitos funcionais são colocados em produção. O objetivo de VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br incubar sistematicamente o processo decisório e estratégico de FP é o desenvolvimento de protótipos que podem ser entendidos como ferramentas específicas participantes da evolução dos processos de negócios. A Figura 4 apresenta a estrutura modular do SSD – Formação de Preços e o Quadro 1 apresenta as características sobre o funcionamento da estrutura do SSD. Formulário para preenchimento de todas as variáveis globais obtidas através dos dados internos e externos da organização, formando as premissas utilizadas na FP. Tem como característica complementar a necessidade da segurança para alteração e atualização, essenciais para seu correto funcionamento; Formulário para preenchimento dos cadastrais e necessidades sobre o pedido do cliente Configuração como: período de contrato, modelos, tipo de utilização, local de entrega e retirada, entre outros; Tabela interna que gerencia dados da EC por modelo, período e tipo de utilização. Os Dados de valores são estimados através dos custos históricos da ELV, incorrendo apenas em custos pequenas análises preditivas, que pode ser entendido como ponto falho; Ainda inoperantes, entretanto uma funcionalidade de integração já prevista entre os Dados SI sistemas internos e externos para coleta dos dados necessários. Atualmente possui duas Legado e tabelas, uma com valor de frete e outra com valor dos carros, futuramente será ERP incorporado com os dados de custos e denominado módulo de integração. Ambiente de iteração com o usuário para processamento. Ao término das entradas de dados é necessário estimular o SSD para processamento da FP. Para ficar disponível a Estimação estimação, a planilha deverá estar habilitada para utilização de fórmulas iterativas e de macro. Como ponto negativo, ainda não possui processo de comunicação com o usuário, ou seja, não existem informações sobre o status do processamento e tratamento de erros. Matriz do FCL que suporta valores financeiros projetados. Existe um layout com itens pré-definidos com possibilidade máxima de 72 períodos de previsão. A estrutura não é Modelagem e parametrizada, caso seja necessária a alteração deverá ser demandada uma revisão no Projeções protótipo. Possui uma matriz de apoio com fatores de prazos médios de recebimento, pagamento, venda e períodos válidos, suportando a modelagem do FCL. Após a projeção é criado automaticamente um resumo com a FP. O FCL é sintetizado Formação de em um único período apresentando os custos médios similar a um diferimento somado Custos com despesa de depreciação, uma vez que não tem efeito de caixa, além da margem de lucro estimada para formação da tarifa. Após etapas anteriores de configuração e processamento, é neste momento que o SSD Indicadores e sintetiza todas as informações geradas através de gráficos, indicadores e relatórios. O Relatórios objetivo principal é municiar e orientar o usuário com informações pertinentes facilitando o processo decisório da FP. Fonte: Elaborado pelos Autores Regras e premissas: Quadro 1 – Características da Estrutura do SSD – Formação de Preços Módulo de Indicadores e Relatórios Módulo de Formação De Custos Módulo de Regras e Premissas Módulo de Configuração Módulo de Estimação Módulo de Modelagem e Projeções Dados de Custos Dados SI Legado e ERP Figura 4 – Estrutura do SSD – Formação de Preços Fonte: Elaborado pelos Autores VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br A alimentação dos dados no SSD é totalmente manual, devido à inexistência de processos de integrações entre os SI. Ao término da FP é necessário digitar uma série de dados resultantes no sistema legado, para que seja possível dar continuidade ao processo de negociação. No SSD, os dados devem estar dispostos exatamente na forma fornecida, uma vez que as consultas ocorrem através de referências de células. Para minimizar estes problemas, a planilha em modo operativo permanece bloqueada com segurança para alteração. Ressalta-se a inexistência de pontos de conferência, sem orientação para caminhos alternativos de funcionamento. Mesmo com a nova versão, não se utiliza banco de dados, tornado a FP monolítica, ou seja, preparada para simular um único modelo de cada vez, o que demanda cuidados especiais de utilização. Entretanto, o SSD possui excelentes características, dentre elas a utilização da função atingir metas via código VBA, função responsável por alcançar a TIR Sugerida no FCL através da variação da margem de lucro. Outro ponto positivo pode ser visualizado através da Figura 5 que possibilita avaliar de forma detalhada e orientada a estrutura de dados e de funcionalidades estabelecidas ao SSD através do diagrama de componentes, mesmo que ainda parcialmente implementadas. Gerar elementos e estimação de custos Configurar premissas Apoiar e suportar a tomada de decisões SSD – Formação de Preços Gerar Relatório Gerar Painel de Controle Calcular Indicadores Configurar Pedido Estimar Custos Gerar Dashboard Compor Preço Armazenar Dados - Dados de Custeio (ABC) - Dados Financeiros - Dados Contábeis - Dados Operacionais Capturar Dados Internos Capturar Dados Externos - Dados Econômicos - Dados de Concorrentes Figura 5: SSD no nível de componentes Fonte: Elaborado pelos Autores 5.4. Informações geradas pelo SSD O objetivo do SSD é fornecer informações essenciais, pertinentes e objetivas ao processo decisório da FP, disponibilizando assim, alguns produtos de informação, no qual podemos destacar indicadores, gráficos e relatórios. De acordo com a Figura 6, os indicadores de resultado (KRI) subsidiam os usuários internos e indicam qual o nível de eficiência encontrado na avaliação do investimento e na FP. Os principais artefatos para este produto são: (a) Variação TIR: TIR Alcançada – TIR Sugerida, o objetivo é demonstrar a eficiência da negociação, (b) Índice de Rentabilidade: Tarifa / EC, representa a porcentagem alcançada da relação tarifa e custos, (c) Yield: Tarifa de Locação / Valor Investido, representa a porcentagem da relação tarifa e valor investido, podemos interpretá-lo como retorno bruto sobre investimento, (d) VPL: Valor presente líquido descontado pela TMA sobre FCL, onde VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br deverá ser sempre maior que zero para viabilizar o investimento (e) Spread: TIR alcançada – TMA, taxa estimada de resultado excedente sobre o investimento após pagamento do capital de terceiros e próprio, e (f) Margem de Lucro: Margem de Lucro / Tarifa, representa a porcentagem da relação margem e tarifa, demonstrando a qualidade da estrutura de preço. Todos os KRI apresentam uma lógica matemática que é a seguinte: quanto maior melhor, ajudando assim na interpretação e na tomada de decisão. TIR Sugerida 26,0% Atual 26,0% ∆ 0,00 pp Rentabilidade Yield VPL 1,9x 4,31% 2454 Spread TMA 19,6% TIR 26,0% ∆ 5,39% Margem de Lucro Planejado 30,00% Atual 46,59% ∆ 16,59 pp Figura 6: KRI orientado à decisão Fonte: Elaborado pelos Autores A Figura 7 apresenta os principais gráficos gerados pelo SSD que são de extrema importância para os consultores comerciais. Através deles é possível verificar qual a margem de lucro e principalmente, onde é possível efetuar ajustes para negociação. São eles: (a) Estrutura de Preço, demonstra todos os componentes com os respectivos valores, (b) Composição de Preço, demonstra percentualmente qual a relevância de cada componente, (c) Fluxo de Caixa Livre, auxilia na tomada de decisão, pois ajuda a identificar os períodos de saída de caixa. Os consultores também utilizam um relatório sintético gerado pelo sistema legado, entretanto o poder de análise encontra-se na estrutura de FP conforme Tabela 3, que é um relatório detalhado e descritivo com possibilidade de expansão para todos subcomponentes da EC, além de apresentar a margem de lucro, despesas e valor da tarifa. Figura 7: Gráficos e Relatórios Fonte: Elaborado pelos Autores Tabela 3 – Estrutura de FP Item FP Tarifa de Locação Margem de Lucro Custo de Locação (...) Despesas Administrativas Despesas PIS/COFINS (Líq.) Depreciação Fonte: Elaborado pelos autores O SSD apresenta informações relevantes ao processo decisório, atendendo satisfatoriamente aos usuários internos, entretanto é percebida uma lacuna no que se diz respeito à negociação comercial. Existem três hipóteses percebidas através da ELV: a) os VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br consultores estão espalhados geograficamente, existindo dificuldade operacional para gerar relatórios isoladamente, b) o SSD ainda está em evolução, não cobrindo todas as lacunas e c) falta de preparação dos consultores para utilização de informações mais complexas. 5.5. Validação do SSD Ainda hoje, o processo de FP é validado através do conhecimento empírico dos tomadores de decisão, as informações gerenciais da ELV são incipientes e somente agora estão sendo desenvolvidos e utilizados artefatos da contabilidade gerencial para efetuarem o controle sobre o negócio. A fim de testar a eficiência sobre a EC e FP é necessário o acompanhamento dos resultados dos contratos de locação para gerar uma matriz de acompanhamento entre precificado x realizado, gerando conhecimento necessário para sensibilização futura do SSD. As informações geradas pelo SSD são utilizadas somente no processo decisório da FP, não servindo como base para futuras negociações semelhantes ou até mesmo para o aprendizado organizacional, o que pode ser considerado um descarte de conhecimento. A EVL passa por um processo agudo de crescimento, com sua estratégia voltada ao marketshare, o que pode explicar o tardio dispêndio de atenção sobre os controles gerenciais. A percepção do preço ainda tem grande influência mercadológica, muitas vezes embasada nos concorrentes para cobertura, corroborando com a estratégia adotada. É necessário instaurar uma permanente validação entre a EC e FP, uma vez que a metodologia adotada pelo SSD preocupa-se somente com a TIR do FCL. Com o crescimento da EVL, gradativamente espera-se o ganho de escala reduzindo alguns custos, entretanto, numa eventual redução, a margem de lucro permanece praticamente inalterada, transferindo todo o ganho para o cliente através da redução da tarifa. Assim existe uma forte correlação entre EC, Tarifa, e Margem de Lucro e TIR, necessitando de constante avaliação sobre estas relações para melhor escolha da posição a ser adotada pela ELV. Quanto à perspectiva operacional, a ELV possui uma equipe especializada em FP, capaz de perceber qualquer desvio de conduta do SSD ou até mesmo algumas disparidades entre os dados utilizados nas premissas. Também são capazes de emitirem críticas construtivas e criarem caminhos alternativos que eventualmente estão fora da modelagem, gerando esforço colaborativo de suma importância para o endossamento do processo teóricoprático para maturidade da FP. O SSD deverá ser capaz de atender a todas as perspectivas: conceitual, operacional e comercial, garantido sua validade em perspectiva organizacional, construída através da colaboração entre a área detentora do conhecimento técnico e comercial. Ele poderá se tornar uma ferramenta única e capaz de orientar a todos na direção esperada pela EVL. Por fim, o SSD só será validado e atestado em sua plenitude, quando for possível o trabalho integrado com os sistemas legados e SAP/R3, desenvolvendo-se em ambiente gerencial propício e assumindo toda a responsabilidade que se espera de um sistema orientado à tomada de decisão. 6. Conclusão Diante de um cenário positivo para o crescimento é essencial que os tomadores de decisão tenham um SSD que auxilie na EC e FP considerando todas as particularidades da ELV, sendo capazes de fornecer informações confiáveis para enfrentar as situações pelas quais estejam sujeitas. O estudo proporcionou demonstrar as funcionalidades deste sistema para o tratamento das informações associadas aos processos de EC e FP na ELV, além de destacá-lo quanto à contribuição e auxílio à tomada de decisão e a importância da realização de um maior número de estudos nesta área. VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Após a análise dos dados obtidos na empresa estudada, foi possível verificar os diversos itens que compõe a estrutura de custos, permitindo inferir que alguns custos podem ser planejados de acordo com o ciclo financeiro da ELV. Constatou-se que os custos variáveis são estimados segundo taxas pré-determinadas não dispondo de previsões elaboradas. Averigua-se que o método de custeio (ABC) ao ser empregado através dos direcionadores primários e secundários é capaz de desenvolver melhor atribuição de custos fixos e despesas administrativas. Sendo recomendada a adoção do método ABC para ELV, devido à sua adequação a empresas de serviços e pela ELV possuir uma série de atividades estratégicas com o objetivo de controlar sua estrutura de custos e maximizar a rentabilidade dos contratos de locação. Os dados necessários para uma consistente EC e FP são coletados interna e externamente à ELV, para que possam ser utilizados como premissas e em análises preditivas de médio e longo prazo, capazes de sensibilizar a modelagem financeira. O SSD tem processos de integração com outros SI e planilhas Excel, que necessitam ser aperfeiçoados e automatizados. A FP é realizada através da utilização de FC, uma vez que a prestação de serviço de locação pode ser medida como um investimento pela EVL. A sua composição de capital é diversificada pela demanda deste tipo de negócio, necessitando de um alto nível de endividamento para financiar os investimentos necessários. Diante desta característica é utilizada a TIR de forma iterativa e cíclica como markup indireto capaz de incrementar a Margem de Lucro e mensurar a viabilidade do investimento sobre o FCL confrontando-a com a TMA. Entretanto, é necessária constante avaliação entre EC e Tarifa além da Margem de Lucro e TIR pela forte correlação e sensibilidades necessárias a FP, para que reflita a estratégia de FP adotada pela ELV. Outra oportunidade para o atual modelo é de calcular o ROI da FP, possibilitando a comparação entre precificado x realizado, desdobrando em inúmeros ganhos de controles gerenciais para a ELV. Verificou-se ainda a possibilidade de utilização da TIR modificada como outra proposta de evolução. Os KRI como a TIR, o Índice de Rentabilidade, Yield, VPL, Spread e a Margem de Lucro subsidiam os usuários internos indicando qual o nível de eficiência encontrado na avaliação do investimento e na FP. Sendo avaliados sob a perspectiva de que quanto maior melhor, auxiliando na interpretação e na tomada de decisão. Para testar a eficiência sobre a EC e FP é necessário o acompanhamento dos resultados dos contratos de locação, gerando conhecimento necessário para sensibilização futura do SSD. As informações geradas pelo SSD são utilizadas somente no processo decisório da FP, não servindo como base para futuras negociações semelhantes ou até mesmo para o aprendizado organizacional. Além disso, a percepção do preço é bastante influenciada pelos concorrentes. Sendo assim foi possível verificar que o SSD deverá ser capaz de atender a todas as perspectivas, podendo se tornar uma ferramenta capaz de orientar a todos na direção esperada pela EVL. Uma das limitações deste trabalho foi à validação e o teste do SSD em sua plenitude, uma vez que ainda não é possível o trabalho integrado com os sistemas legados e SAP/R3. O SSD vem atingindo seu papel dentro da EVL como uma das principais ferramentas gerenciais disponíveis, porém seu desenvolvimento demanda conhecimentos técnicos especializados, muitas vezes encontrados somente em consultorias. A direção da empresa já verifica a importância do SSD levando a acreditar em investimento para seu desenvolvimento em plataforma mais robusta. Trabalhos futuros podem ser realizados para aperfeiçoar o SSD, uma vez que o presente estudo realizou um apanhado teórico acerca desse tema. Referências ASSEF, Roberto. Guia prático de formação de preços: aspectos mercadológicos, tributários e financeiros para pequenas e médias empresas. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005. VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (ABLA, 2009). Disponível em: <http://www.abla.com.br/?page_id=25> Acesso em 05/08/2011. BEULKE, Rolando. BERTÓ, Dalvio José. Marketing & Finanças: gestão de custos, preços e resultado. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1996. CAMPOS, R. L. O capital intelectual e o processo de custos e formação de preços em empresas de produção por encomenda. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003. (Capítulo 2). CARDOSO, D. Avaliação do SAP R/3 como instrumento para a gestão financeira: um estudo de caso no setor siderúrgico brasileiro. Belo Horizonte: UFMG, 2001. DUBOIS, A., KULPA, L. e SOUZA, L. E. de. Gestão de custos e formação de preços: conceitos, modelos e instrumentos: abordagem do capital de giro e da margem de competitividade. São Paulo: Atlas, 2006. GALVÃO, Alexandre. et al. Finanças corporativas: teoria e prática empresarial no Brasil. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. GARRISON, Ray H.; NOREEN, Eric W.; BREWER, Peter C. Contabilidade Gerencial. 11. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. HUBER, N. L. Um estudo sobre os processos de estimação de custos e de formação de preços em empresas de construção rodoviária.. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 1998. (Capítulo 2). LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais: Administrando a empresa digital. 5.ed. São Paulo: Pearson, 2004. LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Management Information Systems: Managing the Digital Firm. 11a ed. New Jersey: Pearson Education, 2010. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos 9.ed. – São Paulo : Atlas, 2003. PASSOLONGO, C. Avaliação de sistemas de informações financeiras: Estudo de casos múltiplos. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2004. (Capítulo 2). Disponível em: < HTTP://www.ppa.uem.br/defesas/pdf/dis062. pdf)> Acesso em 15/08/2011. SCHRAMM,W.(1971). Notes on case studies of instructional media projects. Working paper, the Academy for Educational Development, Washington, DC. Sindicato das Empresas Locadoras de Automóveis do Estado de São Paulo (SINDLOC – SP). Perspectivas 2011: Bom momento da locação de automóveis no Brasil. Disponível em: <http://www.sindlocsp.com.br/arquivo/noticias/no_20110202040207_id345.pdf> Acesso em 05/08/2011. VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br Sindicato das Empresas Locadoras de Automóveis do Estado de Minas Gerais (SINDLOC – MG). Vantagens do aluguel. Disponível em <http://www.sindlocmg.com.br/vantagen.aspx> Acesso em 20/08/2011. SOUZA, Antônio Artur de; et al. Um sistema inteligente para suporte ao processo de estimação de custos e formação de preços em empresas de produção por encomenda. XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002. SOUZA, Antônio Artur de; et al. Sistema de suporte a decisão para a gestão do conhecimento em formação de preços. Contabilidade Vista & Revista, vol. 14, num.3, dezembro, 2003, p.87-98. SOUZA, Antônio Artur de; et al. Formação de preço no varejo informal: Estudo nos municípios de Santa Maria/RS e Belo Horizonte/MG. III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006. SOUZA, Antônio Artur de; et al. Análise de Sistemas de Informações utilizados como suporte para os processos de estimação de custos e formação de preços. ABCustos Associação Brasileira de Custos - Vol. 1 n° 1 - set/dez 2006. Disponível em < http://www.unisinos.br/abcustos/_pdf/ABC_Souzaetal.pdf>. Acesso em 06/08/2011. SOUZA, Antônio Artur de; et al. Análise da prática de formação de preços no comércio varejista como estratégia de negócios: ESTUDO DE CASO EM BELO HORIZONTE/MG. Slade Brasil 2006 & Encontro Luso-brasileiro de Estratégia. TURBAN, E. et al. Information Technology for Management: Transforming Organizations in the Digital Economy: John Wiley & Sons, Inc., 2008. VIII Convibra Administração – Congresso Virtual Brasileiro de Administração – www.convibra.com.br