A Química Somando Forças: Ensino e Pesquisa com Empreendedorismo e Inovação DETERMINAÇÃO SIMPLES E RÁPIDA DE TEOFILINA UTILIZANDO ANÁLISE POR INJEÇÃO EM BATELADA COM DETECÇÃO AMPEROMÉTICA PULSADA *1 1 1 1 G. A. R. Andrade , T.J. Guedes , D.A.R. Moreira , A. L. Barbosa , W.T.P. dos Santos 1 2 2 Departamento de Química e Departamento de Farmácia – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, UFVJM – Rodovia MGT 367 – Km 583 nº 5000 Alto da Jacuba - CEP 39100-000, Diamantina/ MG – Brasil *e-mail: [email protected] Palavras chave: Teofilina, Diamante Dopado com Boro, Amperometria de Múltiplos Pulsos, Análise por Injeção em Batelada INTRODUÇÃO A Teofilina (TF) é um fármaco utilizado no tratamento de asma brônquica e em doenças pulmonares crônicas. A TF pertence à classe dos compostos de baixo índice terapêutico, sendo sua dose terapêutica bastante próxima à dose tóxica. Dessa forma, o controle de qualidade da TF em formulações farmacêuticas é extremamente importante. Os métodos oficiais para doseamento da TF são baseados na titulação volumétrica e na espectrofotometria de absorção no ultravioleta. No entanto, esses métodos requerem tratamentos mais tediosos das amostras e apresentam baixa frequência analítica. Em contra partida, os métodos eletroquímicos em fluxo podem ser uma alternativa viável para a determinação deste medicamento, proporcionando alta seletividade, elevada sensibilidade e simplicidade de aplicação, aliados a um baixo custo e rapidez das análises frente aos métodos oficiais. Nesse contexto, o presente trabalho propõe a determinação da TF por meio da detecção Amperométrica de Múltiplos Pulsos (MPA) acoplada ao sistema de Analise por Injeção em Batelada (BIA) utilizando como eletrodo de trabalho o diamante dopado com Boro (DDB). de corrente constante. A velocidade de injeção da micropipeta automática foi otimizada no nível 7 que -1 corresponde a uma vazão de 100 µL s . O volume injetado otimizado foi de 100 L. Os estudos de repetibilidade indicaram um baixo desvio padrão relativo de 2,0 % para análise de 10 medidas. Além disso, uma alta frequência analítica foi obtida de 100 determinações por hora. A curva de calibração analítica foi estabelecida nessas condições e uma boa faixa linear foi obtida entre -7 -4 -1 1,0 x 10 a 8,0 x 10 mol L com um coeficiente de correlação linear de 0,9999. As injeções em triplicata de cada concentração da faixa linear são apresentadas no amperograma mostrado na Figura 1. O limite de -8 -1 detecção calculado foi de 5,0 x10 mol L e os estudos de adição e recuperação ficaram em torno de 100 % na amostra farmacêutica. RESULTADOS E DISCUSSÕES As medidas eletroquímicas foram realizadas em um Potenciostato/Galvanostato Autolab PGSTAT 128 N acoplado a uma célula eletroquímica de três eletrodos, sendo o eletrodo de trabalho o DDB com dopagem de 8000 ppm. Como eletrodos de referência e auxiliar foram utilizados Ag/AgCl e um fio de platina, respectivamente. A analise em BIA foi realizada em uma célula eletroquímica do tipo Wall Jet Estudo acoplada a um micropipeta automática (Eppendorf) para injeção em batelada. do comportamento eletroquímico da TF foi investigado em vários eletrólitos e o melhor resultado foi obrido em meio de ácido sulfúrico na concentração de -1 0,1 mol L . Neste meio a TF apresentou um processo de oxidação irreversível em torno de 1,2 V. A determinação da TF foi feia por meio do sistema BIA com a detecção MPA. A metodologia foi otimizada em função dos seguintes parâmetros: potencial de oxidação; potencial de limpeza do eletrodo de DDB; tempo de aplicação dos potenciais; a velocidade de agitação da solução dentro da célula BIA, a velocidade de injeção da pipeta automática e o volume injetado na célula BIA. Os valores otimizados da detecção foram no pulso de potencial de detecção em 1,5 V durante 100 ms e outro pulso potencial de limpeza em 1,7 V durante 100 ms. A agitação da solução na célula BIA foi aumentada até que linha de base entre as injeções fosse mantida a um nível Figura 1. BIAgrama obtido pela detecção MPA sob DDB no pulso de potencial de detecção em 1,5 V. As -7 -7 concentrações são de : (a) 1,0 x10 , (b) 2,0 x 10 , (c) 4,0 -7 -7 -6 -6 x 10 , (d) 8,0 x 10 , (e) 1,0 x 10 , (f) 2,0 x 10 , (g) 4,0 x -6 -6 -5 -5 10 , (h) 8,0 x 10 , (i) 1,0 x 10 , (j) 2,0 x10 , (l) 4,0 x 10 5 -5 -4 -4 , (m) 8,0 x 10 , (n) 1,0 x 10 , (o) 2,0 x 10 , (p) 4,0 x 10 4 -4 -1 , (q) 8,0 x10 mol L . CONCLUSÕES A determinação de TF por meio do sistema BIA com detecção MPA usando o eletrodo de DBB apresentou ser uma alternativa mais simples e rápida para o controle de qualidade da TF em formulações farmacêuticas. AGRADECIMENTOS UFVJM, PPGMQ-MG, CAPES, CNPq e FAPEMIG. REFERÊNCIAS GOODMAN, Louis S. et al. Goodman & Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica. 10.ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2005, p. 39, 559. XXVIII Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química – MG, 10 a 12 de Novembro de 2014, Poços de Caldas - MG