Artigo cinco dias de aplicação, enquanto os machos receberam um total de três dias de aplicação. Os animais de ambos os grupos foram avaliados diariamente e eram registrados em fichas de observações clínicas os parâmetros de flogose (dor, rubor, calor e edema), presença ou ausência de secreção (transudato ou exsudato), presença ou ausência de infecção e, ainda, a recuperação pósoperatória através da mobilidade.A classificação dos sinais clínicos consistiu em quatro graus: ausente (0 / 4), leve (+ / 4), moderado (++ / 4), grave (+++ / 4), muito grave (++++ / 4). Todos os animais receberam alta após um período de 12 dias, quando se retiravam os pontos de pele. R ESULTADOS E D ISCUSSÃO Diversos são os métodos propostos para a avaliação do processo cicatricial. Partindo-se de um estudo clínico, a escolha recaiu sobre uma avaliação macroscópica da ferida, conforme citado na literatura8,14 e que se mostrou adequada ao registro das observações clínicas em pós-operatório de cirurgias de rotina na clínica cirúrgica veterinária, como a pan-histerectomia e a orquiectomia. As observações realizadas evidenciaram, em relação a edema e manifestação de dor, a presença de manifestações leves (+ / 4) e restritas aos dois primeiros dias do pós-operatório, em relação ao grupo I. Os animais do grupo II apresentaram dor e edema moderados (++ / 4) nos dois primeiros dias, com melhora progressiva nos dias subseqüentes. A observação referente à mobilidade pósoperatória registrou recuperação pós-operatória nas primeiras 24 horas para o grupo I e de 48 horas para o grupo II. Não se registrou a presença de transudação da ferida nos animais do grupo I, exceto em dois animais que apresentaram deiscência de sutura, atribuída a falhas no manejo, e cicatrização por original segunda intenção dentro de parâmetros de normalidade. Os animais do grupo II apresentaram leve (+ / 4) secreção sero-sanguinolenta na ferida Não houve registro de infecções para os animais dos dois grupos estudados, e a matéria médica homeopática2,3,4 recomenda o emprego de Arnica montana e Delphinium staphysagria na recuperação de feridas, o que está de acordo com os resultados obtidos neste trabalho e com a literatura consultada7,13. C ONCLUSÕES Quanto ao emprego de Arnica montana e Delphinium staphysagria em comparação ao uso de penicilina e rifamicina no pós-operatório de cirurgias eletivas de pan-histerectomia e orquiectomia, nas espécies canina e felina, concluise que os homeoterápicos se mostraram mais eficientes, por apresentarem melhor resposta clínica e superior efeito cosmético, quando comparados com os antibioticoterápicos. A facilidade de aplicação da terapêutica homeopática, a aceitabilidade pelo paciente e o baixo custo são fatores que, embora não discutidos neste trabalho, devem ser levados em conta quando da escolha terapêutica pós-operatória. A BSTRACT The healing of surgical wounds may be drivin to satisfactory ways through several surgical clinical procedures and therapeutic.The employment of antibiotictherapy have became a consecrated routine practice.Two groups have been compared, each group had 16 animals of canine and feline species, in observation the postoperative healing surgery of pan-histerectomy and orquiectomy, one group has used topic application of pomade Delphinium staphsagria a 10%, associated with using of Arnica montana 6CH and Delphinium staphysagria 12CH by oral duct and other one has used Artigo rifamicina sódica topic, associated with penicillin G benzatina.The animals of both groups have been measured daily, as to flogose, presence or absence of secretion, presence or absence of infection as well as postoperative recovery through mobility. It conclued that the homeotherapics have showed more efficient by displayins the best clinical response and the best result of cosmetic effect when compared with the antibiotic therapics Keywords: Healing. Homeopathy. Arnica montana. Delphinium staphysagria. R EFERÊNCIAS B IBLIOGRÁFICAS 1. PAVLETIC, M. M. Surgery of the skin and management of wounds. In: SHERDIN, R. G. The cat diseases and clinical management. 2 ed. New York. Livingston.Vol. 2, p. 1969-97. 2. VANIER, L. & POIRER, P. Tratado de matéria médica homeopática. 9.ed. São Paulo:Andrei. 1987. 3. CAIRO, N. Guia de medicina homeopática. 21 ed. São Paulo: Teixeira/Martins Fontes. 1988. 1058 p. 4. VIJNOVSKY, B.Tratado de materia medica homeopática. Buenos Aires:AMHA, 1978. 5. ALLEN, D. G.; PRINCE, J. K.; SMITH, D.A. Handbook of veterinary drugs. Philadelphia: Lippincott. 1993. original 6. KULKARNI, S. Surgery therapeutics. England: J. Jain. 1988. 7. LOPES, H. S.; CAMEROS, L. O.; CONTRERAS, G. G. 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