VI SEMINÁRIO PARANAENSE DE MELIPONICULTURA 16 e 17 de novembro de 2012 – MARINGÁ – PR Universidade Estadual de Maringá MELIPONICULTURA NA ATUALIDADE Engº Agron. Paulo Gustavo Sommer Rua Prof. Milton Carneiro, 369 80520-630 Curitiba – PR [email protected] Nomenclatura Zoológica Ordem Hymenoptera Subordem Apocrita Divisão Aculeata Superfamília Apoidea Família Anthophoridae Subfamílias Nomadinae Anthophorinae Xilocopinae Tribos Allodapini Ceratini Xylocopini Gêneros Lestis Proxylocopa Xylocopa Espécies 2 22 730 Fonte: Adaptado de O’Toole e Raw 1991 Classificação Taxonômica das Abelhas Mamangavas do gênero Xylocopa. Os gêneros estão em itálico. Superfamília Família Subfamília Tribo Subtribo oidea (Apoidea) idae (Apidae) inae (Apinae) ini (Apini) ina (Apina) Fonte: http://www3.telus.net/conrad/beevolv2.htm Classificação zoológica das abelhas Inicialmente tudo era Apis (Lineu) Fatores: língua curta língua longa Em 1944 – 6 famílias 1) Colletidae 2) Adrenidae 3) Melitidae 4) Megachilidae 5) Apidae Características Sociais 1-Formação de ninhos contendo abelhas operárias, fêmeas, rainhas e zangões. 2-Abelhas solitárias (coloridas, polinizadoras) Aproveitamento de abrigos naturais para acumular pólen (ex.: canudos, frestas em rochas, potes de barro, etc) servem para efetuar postura. 385 espécies solitárias no Brasil (levantamento em 1902) Estima-se que existam no Brasil mais de 3000 espécies de abelhas. Apinae – 17 tribos – 13 no Brasil 5 espécies são parasitas de outras abelhas Abelhas corbiculadas – Euglossini, Bombini Meliponina e apina – Apini (tribo) “Abelha Limão” (Lestromelita limão) Assalta ninhos de outras abelhas e rouba o mel, pólen e cerume Modo de combate: Garrafa PET adaptada para caça de florídeos e abelha limão Operação: inserir a base aberta do cone (boca da PET) sobre o alvado ou entrada do ninho da Plebéia. A Lestromelita carregada de mel, pólen e cerume sai para voltar ao próprio ninho – formado com uma entrada sofisticada com ramificações – mas cai na armadilha do funil formado pelo gargalo da PET (2 litros) e não consegue mais sair. Aguardar o acúmulo na PET das abelhas limão e derramar uns 50ml de álcool para eliminar de forma rápida o maior quantidade das invasoras. Lavar a PET com água e repetir a operação até verificar o término do fluxo das abelhas parasitas. A volta da normalidade do ninho de Plebéia assaltado se verifica quando as abelhas retornam a seu fluxo normal. a) Apina (16 espécies) contém o gênero Apis (com ferrão). - são abelhas vindas da Europa, África e Ásia. Por exemplo: Apis mellifera mellifera (cfme. Linaeus em 1758) Principais linhagens de abelhas Apis: Apis mellifera scutellata – abelha africana Apis mellifera carnica – abelha austríaca Apis mellifera iberica – de Portugal e Espanha Apis mellifera ligustica – da Itália Apis mellifera caucasica – asiática Apis mellifera saharensis – do Deserto de Saara b) Bombina (6): Mamangavas Gênero Bombus – Ninhos Construídos em troncos de árvores em decomposição, em cavidades de ninhos de cupim abandonados. No Brasil ocorrem 6 espécies desse gênero. c) Há ainda outras 4 espécies de parasitárias em ninhos, do gênero Exaereta. Meliponina (192 espécies) Abelhas indígenas sem ferrão Uruçu Jataí Tiúba Mandaçaia Irapuá (abelha cachorro) Todas espécies eusociais Instalam-se em cavidades pré-existentes: troncos ocos de árvores, ninhos de cupins... Algumas espécies fazem ninhos expostos (Irapuá) Trigona – tuvuna Oxitrigona Cephalotrigona Tetragonisca (Jataí) : abelhas pequenas – 5mm Trigona – 5mm – 4 a 5 dentes Lestrimelita – abelha limão existem várias espécies – 2 na Amazônia Melipona tem maior quantidade de espécies na Amazônia Tetragonisca augustula é a Jataí (Moure) Manejo de meliponideos (mandaçaia, jataí, plebéia, uruçu, tuvuna, mirim, tiúba) 1) Aproveitamento de troncos naturais contendo ninhos de meliponideos e mamangavas – Bombus (manutenção das espécies nativas) e no solo. 2) Construção de caixas de diferentes modelos com uso de diferentes espécies de madeira. Caixas 3) Transferência de ninhos - de abrigos rústicos ou precários – para modelos aperfeiçoados ou racionais. - usamos a forma e o tamanho da caixa de acordo com a espécie de abelhas. 4) Alimentação mínima para a consolidação do ninho transferido ou criado (favo de mel de apis, xarope: mel 15%, açúcar 84% e pólen 1%). 5) Suportes e proteção contra intempéries e ataque de inimigos naturais (formigas, aranhas, moscas...) Óleo queimado de motor 6) Revisão periódica para controlar o desenvolvimento dos ninhos e presença de predadores. 7) Alimentação artificial: pólen com mel diluído, açúcar invertido, complemento vitamínico. 8) Plantio de espécies poliníferas, nectaríferas (Exemplos: melilotus, coroa de cristo, amor agarradinho, jaboticaba, tarumã, cauna, cambará e outras) 9) Na Formação de Núcleos a) retirar os discos (favos horizontais) contendo realeiras ou cria madura com eminente eclosão b) evitar consanguinidade (omozigose) c) trocar discos de ninhos distantes contendo realeiras. d) controlar a temperatura e a alimentação. 10) Coleta de mel e pólen. 11) Filtração do mel e pasteurização (60 graus) 12) Aspectos econômicos (100g – R$ 15,00), técnicos e sociais (escolas, centros culturais...) 13) Proteção aos recursos naturais e meio ambiente (diversidade de espécies vegetais com florada em diferentes épocas) pois as abelhas não sobrevivem a um jejum prolongado!!! 14) Equipamentos e materiais para manejo: a – caixas de acordo com as espécies de abelhas b – máscaras c – luvas d – bolsas para proteção e transporte de ninhos e abelhas e – panelas e recipientes de manejo da produção em vidro ou inox f – filtros/peneiras g – embalagens inoxidáveis na produção e rotuladas para venda. Planejamento Anual da Produção Pasto apícola: é preciso conhecer a época de florada das espécies vegetais produtoras de pólen, néctar e própolis predominantes na região, num raio de 2km e investir no plantio e na diversidade delas. Agradecimento