WAGNER DE SOUZA LEITE MOLINA (Ingr. 03/2000) “INOVAÇÕES GERENCIAIS E SUA CONOTAÇÃO POLÍTICA: BANCÁRIOS EM SÃO PAULO NOS ANOS 90”. A reestruturação produtiva é um processo que tem transformado as relações de trabalho nas últimas décadas e colocado o movimento sindical diante de grandes desafios. Longe de estar restrito ao setor industrial, este fenômeno atinge hoje amplas esferas econômicas, políticas e sociais. O setor financeiro, mais especificamente o setor bancário, tem sido palco de um dos mais acentuados processos de reestruturação econômica e reorientação estratégica registradas no bojo da reestruturação produtiva mundial. No Brasil este processo foi ainda mais radical se levarmos em conta as transformações causadas no setor bancário nacional pela estabilização macroeconômica e a pela abertura do setor aos grandes grupos financeiros internacionais, nos anos 90. As mudanças registradas no cotidiano de trabalho dos bancos tem contribuído para a formação de um novo perfil ideal de trabalhador. Mais jovem e escolarizado, este passa a ter que desenvolver novas qualificações, como a flexibilidade, a polivalência e a capacidade de relacionamento, entre outras. Esta nova realidade, associada muitas inovações gerenciais que acompanham todo o processo, tem um potencial desmobilizador da atividade sindical, ao incentivar o individualismo meritocrático e colaborar para a mudança de atitude dos bancários em relação à ação coletiva. Esta mudança aponta para adoção de uma lógica individualista em detrimento daquela que pregava a solidariedade. Angela Maria Carneiro Araujo – Orientadora Thomas Patrick Dwyer Nise Maria Tavares Jinkings – UFSC - SC 18/12/2003