DIFILOBOTRÍASE É uma parasitose intestinal causada por espécies do gênero Diphyllobothrium, destacando-se a espécie D. latum. Desenvolve sua maturidade sexual no trato intestinal de mamíferos. CLASSIFICAÇÃO: CLASSE: Cestoidea ORDEM: Pseudophyllidea GÊNERO: Diphyllobothium ESPÉCIES: D. latum, D. pacificum D. latum É um cestódeo largo e longo, podendo atingir o comprimento entre um a dois metros até dez metros. O hospedeiro definitivo é o homem, entretanto, outros mamíferos (canídeos e felídeos, domésticos ou silvestres, ursos, etc) que consomem peixes crus, podem servir de hospedeiros. Salmão peixe que mais comumente transmite a difilobotriose, que também pode ser transmitida por trutas EPIDEMIOLOGIA A infeção por este cestódeo é encontrada em áreas de lagos e deltas, chegando a ser endêmica em regiões do norte da Europa, Rússia, Japão, Filipinas, Uganda, Canadá, EUA, sul do Chile e Argentina Há, também, descrição da ocorrência da doença no Peru na e Coréia. D. latum é endêmico nos lagos e deltas não poluídos do hemisfério norte e o D. pacificum ocorre na América do Sul Primeiros casos registrados no Brasil, Um, em 1915 por Pirajá da Silva, na Bahia, em um marinheiro escandinavo, e outro por Samuel Pessoa em São Paulo, numa francesa que residia na Suíça. CICLO BIOLÓGICO Os ovos imaturos são liberados nas fezes e, em contato com a água, liberam os coracídios que são ingeridos por pequenos crustáceos, onde ocorre o desenvolvimento de uma larva procercóide. Os artrópodes são ingeridos por peixes, e larvas plerocercóides infestam o organismo do peixe. No homem, o verme adulto se localiza no duodeno, no jejuno ou no íleo e os ovos imaturos são liberados pelos proglotes e são passados para as fezes cinco a seis semanas após a infecção. SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇAS Distensão abdominal, Flatulência, Cólica abdominal intermitente, Emagrecimento Diarréia Complicação mais grave da difilobotríase: anemia megaloblástica que pode ocorrer em até 2% dos parasitados. DIFILOBOTRÍASE Recomenda-se que: Pacientes com queixa de diarréia intermitente, dor e/ou desconforto abdominal e com história de ingestão de peixes crus ou mal cozidos, devem procurar atendimento médico e realizar exame parasitológico das fezes para o diagnóstico da difilobotríase. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Microscopia mediante a detecção de ovos ou proglotes nas amostras de fezes. É importante a diferenciação do parasita com outras espécies de cestódeos e helmintos para o tratamento adequado. TRATAMENTO: O medicamento de escolha: praziquantel; Pode ser necessária a administração de vitamina B12 para a correção da anemia. SVS (Secretaria de Vigilância em saúde) / MS (Ministério da saúde) 1. Os serviços de saúde públicos e privados solicitem exames parasitológicos de fezes dos pacientes com queixa de diarréia intermitente, dor e/ou desconforto abdominal e com história de ingestão de peixes crus ou mal cozidos; 2. Os laboratórios com dificuldades na confirmação laboratorial, que é realizada por meio de identificação dos ovos e proglotes do Diphilobotrium latum, devem encaminhar as amostras suspeitas ao Instituto Adolfo Lutz - Laboratório de Referência Nacional para identificação desse parasito em amostras clínicas e bromatológicas; 3. As unidades de saúde, assim como os laboratórios da rede do Sistema Único de Saúde, das Universidades e da rede privada, devem notificar os casos confirmados laboratorialmente às Secretarias de Saúde de seus municípios e/ou Estados. A Secretaria Estadual de Saúde notificarão a Secretaria de Vigilância em Saúde, conforme fluxo estabelecido para as demais doenças de interesse epidemiológico; 4. A notificação destes casos será implantada de forma provisória.