XXII Congreso de la ALAM I Congreso de la ASACIM PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO PINHÃO MANSO 1 2 3 Marciane Cristina Dotto ,José Iran Cardoso da Silva , Francisco de Carvalho Ribeiro , David Ingsson 4 5 Oliveira Andrade de Farias , Eduardo Andrea Lemos Erasmo . 1 Departamento de Ciências das Plantas Daninhas e Produção Vegetal, Universidade Federal do Tocantins/UFT-TO – [email protected] 2 Departamento de Ciências das Plantas Daninhas e PNPD-CAPES, Universidade Federal do Tocantins/UFT-TO. [email protected] 3 Departamento de Ciências das Plantas Daninhas e Produção Vegetal, Universidade Federal do Tocantins/UFT-TO – [email protected] 4 Departamento de Ciência de Plantas Daninhas e Agronomia, Universidade Federal do Tocantins/UFT – [email protected] 5 Departamento de Ciências das Plantas Daninhas, Produção Vegetal e Ciência Florestal, Universidade Federal do Tocantins/UFT-TO – [email protected] RESUMO Na busca por mecanismos que auxiliem na tomada de decisão quanto ao manejo de plantas daninhas na cultura do pinhão manso, objetivou-se com esse trabalho determinar o período anterior da interferência (PAI), o período total de prevenção da interferência (PTPI) e o período crítico de prevenção da interferência (PCPI). Foi utilizado o delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por períodos crescentes de controle e de convivência de plantas daninhas com a cultura de pinhão-manso. Os períodos de controle e de convivência foram de 30, 60, 90, 120, 150, 180 e 210 dias após o transplante (DAT). Avaliou-se as variáveis altura de plantas e diâmetro de copa de plantas de pinhão manso. O PAI para a variável altura de plantas se estendeu por 116 dias após o transplante da cultura do pinhão manso. O período total de prevenção a interferência foi de 173 dias. Já o PCPI, teve duração de 57 dias, com início após final do PAI e encerramento ao final do PTPI. Para o diâmetro de copa da cultura, o PAI foi de 32 DAT. O PTPI se estendeu até aos 159 DAT. Dessa forma, o PCPI teve inicio no final do PAI e término ao final do PTPI. Palavras chave: Jatropha curcas, competição, interferência. SUMMARY In the search for mechanisms that help in decision making regarding the management of weeds in jatropha culture, the aim of this work to determine the period of interference (PAI), the total period of interference (PTPI) and critical period of interference (PCPI). The randomized complete block design with four replications. The treatments consisted of increasing periods of control and weed coexistence with the jatropha culture. The control periods and coexistence were 30, 60, 90, 120, 150, 180 and 210 days after transplanting (DAT). We evaluated the variables plant height and crown diameter of Jatropha plants. The PAI for plant height variable spanned 116 days after transplantation of the jatropha culture. The total period of interference prevention was 173 days. But the PCPI, lasted 57 days, starting after the end of the PAI and closing the end of the PTPI. For the diameter of the canopy culture, PAI was 32 DAT. The PTPI extended up to 159 DAT. Thus, the PCPI began at the end of PAI and ending at the end of the PTPI. Keywords: Jatropha curcas, competition, interference. INTRODUCÃO Ainda que o pinhão manso seja rústico, a presença de plantas daninhas na fase inicial do desenvolvimento da cultura causa grande prejuízo. O que torna o manejo das plantas daninhas imprescindível para o bom desenvolvimento da cultura. Dentre os fatores que afetam o grau de interferência, a época e o período em que as plantas daninhas convivem com as culturas agrícolas disputando os recursos do meio, é de grande importância. Quanto maior for o tempo de convivência, mais intensa poderá ser competição. Com relação a época em que ocorre a convivência, no início e ao final do ciclo da cultura, a presença das plantas daninhas pode não causar interferência significativa. Assim, Pitelli e Durigan (1984) propuseram três períodos de interferência: o período anterior à interferência, o período total de prevenção à interferência e o período crítico de prevenção à interferência. Para Burnside (1979) a capacidade cultura em competir com plantas daninhas, varia entre espécies de plantas, e também entre cultivares de uma mesma espécie. Na busca por mecanismos que auxiliem na tomada de decisão quanto ao manejo de plantas daninhas na cultura do pinhão manso, objetivou-se com esse trabalho determinar o período anterior da interferência, o período total de prevenção da interferência e o período crítico de prevenção da interferência. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi realizado na estação experimental da Universidade Federal do Tocantins – Campus de Gurupi – TO, durante o ano agrícola de 2013/2014. Sendo o solo da área classificado como Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico (Embrapa, 1999). Utilizou-se o delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por períodos crescentes de controle e de convivência de plantas daninhas com a cultura de pinhão-manso. Para os tratamentos controle, a cultura ficou livre da infestação de plantas daninhas pelos períodos crescentes de 30, 60, 90, 120, 150, 180 e 210 dias após o transplante (DAT), e as espécies daninhas emergidas após cada um desses períodos não foram controladas. Para os períodos de convivência, a cultura conviveu com as plantas daninhas pelos mesmos períodos. As parcelas foram mantidas livres da competição por meio de capinas semanais. Avaliou-se as variáveis altura de plantas e diâmetro de copa de plantas de pinhão manso. Para obtenção dos períodos críticos de interferência com base em cada variável estudada, utilizou-se o método proposto por Kozlowski et al. (2002), e aceitou-se redução de 5% na altura de plantas e diâmetro de copa. As médias de diâmetro de copa e de altura de plantas, provenientes dos períodos de controle e de convivência, foram ajustadas pelo modelo de regressão não-linear, por meio do programa SigmaStat 2.0, usando a equação logística: b y=a+ [1 + (x/cd)] Onde para os dados de altura: y = altura de plantas; x = dias após o transplante; a = altura mínima no início do ensaio para os períodos de controle e no final do ensaio para os períodos de convivência; b = diferença entre a altura máxima e a mínima; c = n° de dias em que ocorreu 50% de redução na altura máxima de plantas; d = declividade da curva. Adotou-se a mesma regra para o diâmetro de copa. RESULTADOS E DISCUSSÃO Conforme demonstrado na Figura 01, o período anterior a interferência (PAI) para a variável altura de plantas, se estendeu por 116 dias após o transplante da cultura do pinhão manso. Após o transplante das mudas de pinhão manso, o período total de prevenção a interferência (PTPI) foi de 173 dias. Já o PCPI, teve duração de 57 dias, com início após final do PAI e encerramento ao final do PTPI. Após o final do PAI, a convivência das plantas daninhas com a cultura causou redução significativa da altura de plantas. O tratamento em que a cultura foi mantida livre da competição com as plantas daninhas por 180 DAT, a altura de plantas foi de 1,75 m. O tratamento mantido na presença de plantas daninhas por igual período teve altura de 1,37 m. O tratamento em que a cultura ficou livre de plantas daninhas por 210 dias, foi o que expressou a maior altura média de plantas (1,83 m). Já a menor altura de plantas (1,35 m), foi constatada no tratamento mantido na presença de plantas daninhas por 210 DAT, que resultou em diferença de 26,34%. Figura 01 – Altura de plantas de pinhão manso em função dos períodos de controle e de convivência com plantas daninhas. Gurupi-TO, 2013/2014. Observa-se na Figura 02, as curvas de diâmetro de copa ajustadas ao modelo de regressão não linear, em função da ausência e da presença de plantas daninhas convivendo com a cultura do pinhão manso. O diâmetro de copa da cultura foi reduzido significativamente depois de passado o PAI (32 DAT). O período total de prevenção a interferência se estendeu até aos 159 DAT. Dessa forma, o PCPI teve inicio no final do PAI e término ao final do PTPI. Quando a cultura ficou livre da competição por 180 DAT, o diâmetro médio de copa foi 1,21 m, mas, a convivência de plantas daninhas com a cultura pelo mesmo período, ocasionou redução no diâmetro, sendo a diferença porcentual de 64,29%. O maior diâmetro de copa foi obtido quando a cultura permaneceu livre da infestação de plantas daninhas por 210 DAT (1,25 m). Aos 210 dias de convivência entre plantas daninhas e cultura, obteve-se o menor diâmetro de copa (0,42 m), sendo a diferença de 66,19%. Figura 02 – Diâmetro de copa de plantas de pinhão manso em função dos períodos de controle e de convivência com plantas daninhas. Gurupi-TO, 2013/2014. CONCLUSÕES O PAI para a variável altura de plantas se estendeu por 116 dias após o transplante da cultura do pinhão manso. O período total de prevenção a interferência foi de 173 dias. Já o PCPI, teve duração de 57 dias, com início após final do PAI e encerramento ao final do PTPI. Para a variável diâmetro de copa da cultura, o PAI foi de 32 DAT. O PTPI se estendeu até aos 159 DAT. Dessa forma, o PCPI teve inicio no final do PAI e término ao final do PTPI. AGRADECIMIENTOS Os autores agradecem a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela bolsa de estudos concedida e a Universidade Federal do Tocantins – Brasil. REFERÊNCIAS Pitelli, R.A. & Durigan, J.C., Terminologia para períodos de controle e de convivência para plantas daninhas em culturas anuais e bianuais. In: Resumos do 15o Congresso Brasileiro de Herbicidas e Plantas Daninhas. Piracicaba, SP: SBHED, p. 37, 1984. Burnside, O.C., Soybean (Glycine max) growth as a_ected by weed removal, cultivar and row spacing. Weed Sci, 27:562_565, 1979.