PRODUTIVIDADE DE GRÃOS E INFESTAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS EM DIFERENTES ARRANJOS ESPACIAIS NA CULTURA DA SOJA Vandoir Holtz1, Elton Fialho dos Reis2, Eurico Coutrins da Silva3 e Breno Victor Alves Castro3 1 Prof. Me. Engenheiro Agrícola, Universidade do Estado de Mato Grosso, Nova Xavantina-MT. E-mail: [email protected] 2 Prof. Dr. Engenheiro Agrícola, Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO. 3 Graduando em Agronomia, Universidade do Estado de Mato Grosso, Nova XavantinaMT. Arranjo espacial é uma prática de gestão importante que pode melhorar a interceptação da radiação através da cobertura do solo mais completo. As modificações no arranjo de plantas de soja podem ser feitas por meio da variação do espaçamento entre as plantas na linha de semeadura e da distância entrelinhas. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar produtividade e a infestação de plantas daninhas sob diferentes estandes e espaçamentos entrelinhas na cultura da soja. Para isto, o delineamento experimental empregado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 x 6, com quatro repetições. Foram avaliados os estandes de 160.000 e 240.000 plantas por hectare, nos espaçamentos entrelinhas de 0,30; 0,40; 0,50; 0,60; 0,70 m e semeadura cruzada com espaçamento entrelinhas de 0,50 m, com a cultivar de soja BRS Valiosa RR, em parcelas constituídas por linhas de cultivo de 5,0 m de comprimento no sentido do bloco e 3,0 m de largura. Para avaliar a produtividade da soja, toda a área útil de cada parcela foi colhida, seus grãos foram pesados, determinada a sua umidade e o valor da massa obtida foi transformado para kg ha-1, com umidade corrigida para 13%. A infestação de plantas daninhas foi avaliada imediatamente após a colheita dos grãos, lançando-se sobre a área central de cada unidade experimental uma armação retangular de 2x0,5m (1m2) e cortando as plantas daninhas rente ao solo, que foram colocadas em estufa a 65ºC por 72 horas, para determinação da matéria seca em quilograma de matéria seca por hectare. A análise de variância apresentou diferença significativa para a produtividade da cultura da soja. A maior produtividade encontrada foi no espaçamento de 0,4 (3271,5 kg h-1) e menor no plantio cruzado (3001,8 kg h-1) que foi cultivado em igualdade de estande, fertilidade e adubação do solo. Destaca-se neste trabalho, que a redução no estande em um terço não resultou em diferença significativa na produtividade. Com relação à matéria seca acumulada pelas plantas daninhas, não houve efeito significativo para os tratamentos estudados (p = 0,0633), mas apresentou tendência de maior quantidade de matéria seca acumulada no plantio cruzado e nos maiores espaçamentos. Assim foi possível concluir que a população de plantas não interferiu na produtividade de grãos da cultura da soja BRS Valiosa RR e que o espaçamento de 0,40 m proporcionou a maior produtividade e o plantio cruzado a menor. Ainda, os tratamentos testados não influenciaram o desenvolvimento de plantas daninhas. Palavras-chave: população, espaçamento, rendimento, Glycine max. Apoio: A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG)