[NFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NO RENDIMENTO DOS PRODUTOS DA CARBONIZAÇÂO DE Eucalyptus III/crocorys Renato da Silva Vieira l , José Tarcisio Limal, Thiago Campos MonteiroJ , Thaisa de Sousa Selvatti', Edy Eime Pereira Baraùna', Alfredo Napoli', (recebido: IOde novembro de 2009; aceito: 28 de setembro de 2012) RESUMû: Duranle a produçào de carvào vegetal. diferentes produtos sào fonnados. Esses produtos sào resultantcs, principalmente, da tempcratura rmal de carbonizaçào. Senda 0 carvào vegetal um dos principais insumos na produçào de ferro gusa no Brasil, no presente trabalho, objetÎvou·se avaliar a innuência da temperatura final de carbonizaçào no rendimento dos produtos gerarlos, e também verificar a influência da posiçào radial e longitudinal de amostragem nos rendimentos de cada produlo. Para isso, foram rCliradas amostras da posiçào Înlema e extema ao longo do raie e lambém de très diferentes aituras a partir de quatro âlVores de Euca~\pllls microcoJ)'s. As amostras foram carbonizadas cm fomo clétrico cxperimental adaptado, corn eondensador resfriado à agua e fraseo colctor de materiais volateis eondensâveis. As lempemturas finais de carbonizaçào fomm de 500, 600. 700, 800 e 900°C. Em seguida. foram ealculados os rendimentos gravimétrieos em earvào, liquido pirolenhoso e gases nào eondensâveis. Os resultados mostram que nào houve diferença de rendimento gravimétrico em earvào nas posiçôcs longitudinais e radiais estudadas; 0 rendimcnto em Iiquido pirolenhoso e gases nào eondensaveis apresentaram variaçôcs nas temperaturas de 700 0 e e 8000 e; a variaçào do rendimento gravimêlrieo em eanào. entre as temperaturas de a 9000 foi de 15 % : a variaçào do rendimento em Iiquido pirolenhoso no sentido radial de amostragem foi. em média. de 8%: a variaçào do rendimento em gases nào condensâveis no sentido radial de amostragem foi, cm média. de 16°'0. soooe e Palavras-chave: Rendimento gravimétrieo. liquido pirolenhoso. gases nào condensaveis, variaçào radial, carvào \'egetal. INFLUENCE OF TEMPERATURE ON PRODUITS YIELD OF Eucalyptus l1licrocorys CARBONlZATION A BSTRACT: Dl/ring chareoal production difJerent products areformed. These produets are influenced primari~v by the temperature ofcarbonization. Gi\'en that eharcoal is 'he main input in the production ofpig iron ill Br(t=il. this stlldy evaluared the influenceoffilUlI temperature ofcarboni::atiofl ofthe producrs generated and a Iso the influence ofthe radial and 100Igirudinal sampling on the yield of eaeh prodllcr. Samples u'ere takenfrom internaI and exremal position along the radius and alsofrom rhree difJerenr heighrsfrom[our Euca~\prus microcorys rrees. The samples were carboni::ed in ail e/ectricfurnace wirh (II/ experimental warer-cooled condenser and a collecring bortleofcondensable l'Olarile materials. Thejinal temperarures ofcarboni:ationll'ere 500, 600, 700. 800 and 900°e. The gra\'imerric .l'ield, tar and non-condensable gases lI'ere ca/culated. The results showed no difference in rhe gro\'imetric yield in rhe longitudinal and radial positions studied. while rhe raryield and non-condensab/egases showed remperarure \"Oriations of700oe and SOO°C and the l'Oriation ofthe grm'imerric yield remperarlires ben\'een 500 0 e to 900 0 e \l'as /5% the changeo/de/d oftOI'[rom the radial direction o[sampling was On a\'erage 8%. rhe \'Qriarion ofthe yie/d ofnon-condensable gases in a radial sampling was on average /6°0. Key words: Gradmelric yie/d. tar, nOn condensable gases. radius \'ariation. charcool. 1 lNTRODUÇÂO o Brasil é um dos maiores produtores de ferro gusa a carvào vegetal do mundo. Segundo Milanez (2009), 0 paÎs ocupa ail a posiçào no mercado mundial na exportaçào de aço bruto que usa, geralmente, 0 c<XJue nos altos-fomas. Além disso, existe uma politica govemamental no sentido de aumentar a produçào de aço no pais, tanto para atender lEngenheiro Florestal, Professor Doutor em Ciência e Tecnologia da Madeira - Universidade Federal do Tocantins/UFT Departamento de Engenharia Florcslal - 77402-970 - Gurupi. TO. Brasil - [email protected], ebarauna@;uft.edu.br ~Engcnhciro Florcstal, Professor Doutor cm Ciências Florestais - Universidade Federal de Lavras, UFLA - DcpaTlamcmo de Ciências Florestais - Cx. P. 3037 - 37200-00 - Lanas. MG, Brasil - [email protected] lEngenheiro Florestal, Professor Doulorando em Ciéncia e Tccnologia da Madeira - Uni\ersidadc Federal do Malo Grosso do SuLttJFMS Cx. P. 112 - 79560-000 - Chapadào do Sul, MS, Brasil - [email protected] ~Engenheira Floreslal - Universidade Federal de Lavras UFLA - Departamenlo de Ciências Florestais - Cx. P. 3037 - 37200-00 Lavras. MG. BraSl1 - thausascl\3tti@,gmail.com ~Graduado em Ciências dos Materiais. Pesquisador Doutor em Sistemas Energéticos - CIRAD - Département "PERSYST" Performance des Systemes de production et de transformatÎon tropicaux - TA B-40 16 73 - Rue Jean-François Breton 34398 - Montpellier, Franceal fredo.na pol [email protected] Cerne, Lavras, v. 19, n. 1, p. 59-64,janJmar. 2013 60 demandas domésticas como 0 mercado externo (ALENCAR; SOFIA, 2009). Para a produçào adequada de ferro gusa é necessârio, além de outras falores, minério de ferro e carvào de qualidade. 0 carvào vegetal representa cerea de 40°"0 dos custos de produçào na industria siderurgica (SANTOS, 2008). Um dos problemas en frentados pela industria sidcrurgica brasileira é a heterogeneidade do carvào vegetal utilizado na fahricaçào do aço cm termas de suas caracteristicas fisicas, quimicas e mecânicas e 0 baixo rendimento nos processos de carbonizaçào utilizados atualmente. Os rendimentos e a heterogeneidade do cardo vegetal sào decorrente das variaçàes do lenho e do processo de carbonizaçào. Quanta à matéria-prima utilizada para a produçào de carvào vegetal no 8rasil, a madeira de Eucalyptus apresenta destaque. 0 setac Oorestal brasileiro conta cam, aproximadamente, 4.8 mîlhôcs de hectares corn plantios desse gênero (ASSOCIAÇÀO BRASILEIRA DE PRODUTORES DE FLORESTAS PLANTADAS - ABRAF, 2012). Deste total. segundo a mesma fonte, 0 segmentode siderurgia a carvào vegetal, cm 201 l, consumiu quase 17 milhàes de m3 de toras de Eucalyptus. A maior parte da madeira utilizada para a carbanizaçào é cortada em plantios corn seis ou scte an os, idadc deterrninada de acordo corn aspectos econômicos. Apesar das propriedades da rnadeira exercerem influência sobre a qualidade do carvào vegetal cm aspectas camo porosidade, cornposiçào quimica, densidade, poder calorifico, entre outros (OLIVEIRA et al., 1982; SANTOS, 2008; VITALet al., 1989), muitas vezes el as nào sào consideradas na determinaçào da idade de corte. Outro fator que contribui no rendirnento da carbonizaçào e na heterogeneidade qui mica do carvào vegetal sào as caracteristicas do processo decarbonizaçào camo a temperatura de aquecimento e a temperatura final da carbonizaçào. A variaçào da temperatura dentra dos fornos produz uma matéria-prima corn teor de carbono fixa, proximo de 98% e uma made ira torrificada. em que 0 processo de carbonizaçào nào se completou (PI HEIRO et al., 2005). A temperatura final de carbonizaçào afeta as propriedades do carvào e os rendimentos, tendo alguns estudos avaliado esse paràmetro. Trugilho e Silva (2001) avaliaram as influências de temperaturas entre 300 - 900°C no carvào vegetal de Jatoba (Himenea courbaril) c obtiveram diferenças no rendimento cm carbono fixo, material volatil, teor de cinzas e outros cm funçào da Cerne, Lavras, \'.19, n. 1, p. 59-64,janJmar. 2013 Vieira, R. S. et al. temperatura final de carbonizaçào; Pinheiro et al. (2005) estudaram as influências de temperaturas entre 200 - 650°C e taxa de aquecimento nas propriedades do carvào vegetal de Euca(lplUs microc01)'seobtiveram a temperatura ôtima do processo entre 300 - 450°C para os rendimentos gravimétricos em carvào e teor de carbano fixo. A variaçào da temperatura final de carbonizaçào pode ser decorrente das caracterîsticas geométricas dos fornose do leitoda madeira (FÀVERO et al., 2007), assim como à velocidade de carbonizaçào, campo de escoamcnto dos gases, além das caracterîsticas da biomassa camo umidade, diâmetro, comprimentoe posiçào (PlNHEIRO et al., 2005). o presente trabalho pertence a um estudo sobre a influência da madeira obtida com arvorcs de idade acima da utilizada no setor florcstal brasileiro para os plantios de Euca(\pIUS e com parâmetros de carbonizaçào similares à produçào de coque com carvào fossil, ou seja, até altas temperaturas (>900°C). Dessa forma, no presente trabalho, objetivou-se avaliar a influència da temperatura final de carbonizaçào no balança de massa da carbonizaçào, ou seja, no rendimento dos produtos gerados nesse processo, e também verificar a inf1uência da posiçào radial e longitudinal de amostragem nos rendimentos dos produtos da carbonizaçào. 2 MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizadas quatro ârvores de Elical.\ptlis microcorys oriundas de um plantio de procedência implantado na Universidade Federal de Lavras (UFLA). As 'rvores abatidas apresentavam idade média de 35 anos. A altura média das ârvores foi de 30 mctros c 0 diâmetro médio de 450 mm, obtidos na altura de 1,3 metros de solo. A densidade bàsica média do lenho foi de 0.880 glcm'. Dcpois de abatidas. as ârvorcs foram seccionadas no campo cm très toras de 5 metros de comprimento. Estas foram transportadas para a Unidade Experimenta de Desdobro e Secagem da Madeira da UFLA, onde foram desdobradas cm pranchas centrais de 10 cm de espessura. A partir das pranchas centrais foram confeccionados corpos-de-prova de dimensôcs de 5 x 5 x 21 cm, considerando as posiçôcs radiais coma externa e interna. As carbonizaçàes foram realizadas no Laboratôrio de Encrgia da Biomassa da UFLA, utilizando um forno elétrico (mufla) adaptado com condensador rcsfriado à agua e frasco colctor (kitasato) de materiais volâteis condcnsâveis, apresentado na Figura 1. al. 1nfluência da tempe ratura no rendimento dos produtos ... 5) 61 Para os calculos de rendimento. a madeira foi seca, pesada e eoloeada no interior do reator para proceder a carbonizaçàoe, cm seguida. 0 earvào produzido e 0 liquido pirolenhoso resultante da condensaçào dos gases da carbonizaçào eram pesados. A quantiticaçào dos gases que nào se condensavam foi fcita por diferença. Os calculas dos rendimentos foram fcitos par mcio das scguintes equaçàes: 'c al la lS io )S n ·0 RC = o ~ a a e \ s Ps carvào x100 Ps madeira cm que: RC- Rendimento gravimétrico do carvào (%); Ps carvào- peso seco do carvào (g); Ps madeira- peso seco da madeira (g). RL Figura 1 - Famo elélrico adaplado corn condensador resfriado à âgua e frasco calelor de matcriais \'olâtcis condens:hcis. juntamente corn 0 regulador de temperatura infomlatizado. = P liquida Ps madeira x100 em que: RL- Rendimentoem Iiquido pirolenhoso (%); P Iiquido- peso Iiquido condensado (g); Ps madeira- peso seco da madeira (g). Figure 1 - Elec,ricfllrnacefiued \l'illl lIurer cooled co"dell.~er and boule colleclOr ofl'olatile cOlldensable marerill!s (/follg 11';,11 compllreri::ed remperalllre cOl/trol. RG = 100 - (RC + RL) Os parâmetros de carbonizaçào utilizados foram emque: RG- RendimenlO em gàs nào condensàvel (%); RC- Rendimento gravimétrico do carvào (%); RL- Rendimento em liquido pirolenhoso (%). taxa de aquecimento de 0.5 oC min e as temperaturas finais de carbooizaçào de 500 oC, 600 oC, 700 oC. 800 oC e 900 oc. Esses parâmetros eram enviados ao rorno elétricos por um regulador de temperarura infonnatizado(PID) de modo que. ao atingir a tempcratura descjada, 0 fomecimento de energia 3 RESULTADOS E DlSCUSSÀO era imediatamente desligado. Essas temperaluras a Tabela 1. estào apresentadas as médias e os coeficientes de variaçào dos rendimentos gravimétrico em carvào, Iiquido pirolenhoso e gases nào condensâveis, para cada uma das temperaturas tinais de carbonizaçào. consideram a faixa real de temperaturas em fornos de alvenaria, que apresentam 0 gradiente ténnico gerado pelo uso de sistema de combustào pareial, e para iniciar os estudos sobre a coqueficaçào do canrào vegetal, processo que acorre em temperarura elevada (900°C). Tabcla 1 - Rendirncntos dos produtos da carbonizaçào obtidos nas difcrentes lemperaturas. Table 1 - },ields 0/prodllcts ohtained at difJerf!1lt carbo"j:atio1l temperatllres. Temperarura oC 500 600 700 800 900 M 00 Rendimento Gravimétrico Liquido pirolenhoso Média CV Carvào vegetal Média CV 34 31 28 27 29 6 10 8 7 6 média dos rendimenros em porccntagcm: CV 4 48 7 24 17 42 25 29 36 43 40 49 00_ Gases nào condcns3veis Media 23 29 22 13 22 CV 26 31 9 Cocficicnte de \'ariaçào cm porcentagem. Cerne, Lavras, v. 19, n. l, p. 59-64, janJmar. 2013 62 Observa-se, na Tabela l, 0 rendimento da carbonizaçào entre SOO°C e 900°C, Os rendimentos em carvào estào na faixa de 29 e 34%. Os resultados indicam que a idade das afvores possui pouca influência no rendimento média cm carvào. Por outro lado, observa-se que a qucda do rendimcnto gravimétrico cm carvào da tempcratura final de carbon izaçào de SOO°C para 900°C foi de S'llo e que de 700°C até 900°C ocorreu uma tendência de estabilizaçào do rendimento gravimétrico. Esse resultado indica que a transformaçào da madeira cm carvào vegetal OCOTTe durante a primeira clapa da carbonizaçào. até soooe. E que entre soooe e 900 0 e a transformaçào do carvào vegetal OCOTTe, principal mente, corn 0 rearranjo da cstrutura do carvào vegetal. 0 mesmo fenômeno acontece corn 0 coque. Resultados semelhantes foram os obtidos por Oliveira et al. (1982), que avaliaram os rendimentos gravimétricos em diferentes temperaturas de carbonizaçào, utilizando Eucalyptus grandis com 5,5 anos e Trugilho e Silva (2001), que também avaliaram os rendimentos gravimétricos em diferentes temperaturas de carbonizaçào, util izando Jatoba (Himenea courban'I L.) na mesma faixa de 500°C. Ambos os autores observaram a diminuiçào do rendimento gravimétrico em carvào com 0 aumento da temperatura final de carbonizaçào, sendo que Trugilho e Silva (2001) ainda observaram estabilizaçào desses rendimentos nas temperaturas mais elevadas. É importante ressaltar que 0 estudo corn tempera tu ras que nào sào aplicadas no mercado vern ao encontro de novas tecnologias que estào sendo estudadas para a produçào de carvào cam, as quais, os fornos mantêm as temperaturas acima de SOO°C. Esse parâmetro, produz carvào corn rendimento satisfat6rio e com resistência mecânica desejavel para a aplicaçào siderurgica. a rendimento cm liquido pirolenhoso c gases nào condensaveis inicialmente tenderam a aumentar, porém, em seguida, nào seguiram uma tendência, diferindo de Valente et al. (1985), que avaliaram os rendimentos desses produtos na carbonizaçào de Eucalyptus desses produtos entre 300°C e 600°C e observaram uma estabilizaçào ap6s 4S0°C. Entretanto, Oliveira et al. (1982), de uma maneira geral, encontraram maiores rendimentos de liquido pirolenhoso e gases nào condensaveis, à medida que a tcmperatura aumentava. Cerne, Lavras, v. 19, n. l, p. 59-64,jan.lmar. 2013 Vieira, R. S. et al. Na Figura 2, verifica-se que os rendimentos entre as posiçè>es, interna e externa tendem a nào se diferenciarern para 0 rendimento gravimétrico em carvào, exceto nas temperaturas de 700°C e 800°C, resuUado diferente do encontrado por Trugilho e Silva (2001) que obtiveram comportamento distinto entre cerne e alburno, de acordo corn a temperatura final. Observando 0 rendimento em Iiquido pirolenhoso e gases nào condensaveis ha uma tendéncia de diferenciaçào a partir de 600°C, igualando novamente em 900°C. Adiferença entre a posiçào interna e externa para 0 rendimentoem liquido pirolenhoso à 700°C foi de 6% e para 800°C foi de 10%, sendo que a posiçào que apresentou maior rendimento foi a externa. Houve também uma diferença no rendimento de gases nào condensaveis e essa diferença foi de 16% na temperatura de 700°C e de IS% para a temperatllra de SOO°c, A posiçào que aprescntou maior rendimento em gases nào condensaveis foi a posiçào interna. rode se observaI' também que nas temperaturas onde houve difercnças nos rendimentos de liquida e gas, sendo que esses rendimentos sào inversamente praporcionais, embora a diferença entre as posiçôes nào apresentem a mesma proporçào dentre as posiçôes. Os resultados encontrados para 0 liquido pirolenhoso e gases nào condensaveis nas diferentes posiçoes diferiram dos obtidos por Trugilho et al. (2005) que encontraram diferenças nào significativas na posiçào radial. " 50 45 ~40 ~ 35 _ .... -..../ .. -... RG % E~lcmo - . - RG .'. Jmcmo ___ LI' .,. Extcmo ] JO .....- LI' ·'0 [nlerno ~ 25 _GNC% EXlcrno 20 GNC .,. lnlcmo 15 500 600 700 800 900 TempcmlUr:l de carbonizaçao'C Figura 2 - Rendimentos dos produtos da çarbonizaçào obtidos nas posiçôcs interna c cxtema em diferentes temperanlras. Figure 2 - fields ofprodllcts obtained fi'Dm carbolli::arion on internaI and e.:rternal positions Of difJerent remperatllres. Na Figura 3, apresenta-se a variaçào longitudinal para 0 rendimento gravimétrico, rendimento em Iiquido pirolenhoso e rendimento em gases nào condensaveis obtidos nas três toras do fuste. Influência da temperatura no rendimento dos produtos ... (A) .' 3' 8 c -<;i 30 ; _2 Tora 500 600 700 800 900 1000 Tempcrarura Ik carbomnçio C .... 54 (8) ~ 5' ~ 50 11 48 t~6 .g~ g.42 ..... 1 TOf3 ~ 40 .....2'Tonl "38 36 ~ ~ J Tora 34 B303~ ~ 400 500 600 700 900 '00 Tcmpcratura de carbonlzaçâo 1000 ~,C 63 poslçao longitudinal, no entanto, observa-se na temperatura de 600°C que ha um decréscimo acentuado na 2° tora. A 1°e a 3° tara apresentaram tendências semelhantcs. Nas tendèncias do rendimento em liquido pirolenhoso (Figura 38). em funçàoda variaçào longitudinal, a 10e a 3 0 tora apresentaram menores rendimentos em 1iquido pirolenhoso, embora as variaçôes apresentem magnitudes diferentes. Ja. a 2° tora apresentou uma tendência de aumento do rendimento até SOO°C e, a partir de emào, apresentou um decréscimo até 900°C. a Figura 3C, seguindo a tendência dos oulros rendimentos estudados a 1° e a 3° tora, apresentaram a rnesma tendência para 0 rendimento em gases nào condensâveis. Embora a 1° tora, para rendimento em liquido pirolenhoso. tenha apresentado comportamento crescente, no rendimento em gases nào condensaveis esse comportamento segue as 2° e 3° toras até 800°C e quando chega a 900°C ocorre uma in versào decrescendo o rendimento dos gases nào condensaveis. A 3°tora, retirada da posiçào mais alta do fuste, apresentou, em média. um maior rendimento cm gases nào condensaveis e um menor rendimenro em liquida pirolenhoso. A 2°tora apresentou, cm média, a menor rendimento em gases nào condensâveis e um maior rendimento de Iiquido pirolenhoso. 4 CONCLUSÔES 5 c ~ " -g 22 cil 20 400 500 600 700 900 '(JO Temperalura de caroonlnçào -C 1000 Figura 3 - A - Variaçào longitudinal do rendimento gravimétrico em difcrcntes temperaluras; B - Variaçào longitudinal do rendimento em liquida pirolcnhoso cm difcrentcs tcmperaturas: C - Variaçào longitudinal do rcndimcnlo cm gascs nào condensâveis cm difercntes tcmperaturas. Figure 3 - A - Longitudinal l'aria/ion ofthegra\'imetric yie/d in dijJereflt remperatures: B - LOllgillldina/ ra,.iation of the pyroligneous /iquid .l'ie/d in d~fferetlf tempe,.arllres: C . Longirudinal l'ariation of the non-condensable gases yie/d in diU"erenttemperalllres Na Figura 3A, observa-se que 0 rcndimento gravimélrico em carvào nào se altera com a diferença da Corn base nas interpretaçôes dos resultados podese concluir que: - nào houve diferença entre os rendimentos gravimétricos em carvào nas posiçôes longitudinais e radiais estudadas; - os rendimentos em liquido pirolenhoso e gases nào condensaveis apresentaram variaçôes nas temperaturas de 700°C e 800°(; - a variaçào do rendimemo gravimétrico em carvào entre as temperanJras de 5()()OC a 900°C foi de \5%; - a variaçào do rendimento em Iiquido pirolenhoso no sentido radial de amostragem foi. cm média, de 8%; - a variaçào do rendimento em gases nào condensaveis no sentido radial de amostragem foi. cm média, de 16%. 5 REFERÊNCIAS ALENCAR. K.: SûRA. J. Apôs pressiio, LuJa e Agnelli selam acordo. 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