Iraque Em 1979, triunfou no Irã a Ver. Islâmica dos aiatolás fundamentalistas xiitas, depondo a monarquia pró-ocidental que lá existia. O novo regime islâmico e teocrático proclamou os Estados Unidos seu inimigo número um. Em 1980, o Iraque invadiu o Irã, desencadeando uma guerra entre os dois países. Os iraquianos liderados por Saddam Hussein, contaram com o apoio dos EUA, da URSS, além dos países árabes mais conservadores, temendo que a Rev. Fundamentalista chegasse a seus territórios. A guerra estendeu-se até 1988, matando quase um milhão de pessoas, sem que nenhum dos lados tivesse saído vencedor. Em 1990, o Iraque invadiu o Kuwait e o anexou, visando ao seu fortalecimento geopolítico na região por meio da incorporação das gigantescas reservas petrolíferas kuwaitianas. Essa anexação também serviria para eliminar o pagamento de sua grande dívida com esse país, que contraíra durante a Guerra Irã versus Iraque. Era o argumento que faltava para os EUA intervirem na área, com o objetivo de reafirmar sua posição de líderes mundiais e reforçar sua influência na área, bem como de garantir a manutenção da política internacional de petróleo, evitando alterações nos preços. O resultado foi a formação de uma coalizão de mais 30 países, liderada pelos EUA, que invadiu o Iraque em 1991 com anuência da ONU. A Guerra do Golfo, como ficou conhecida foi curta, terminando com a derrota do Iraque e a volta do Kuwait como Estado independente ( 100.000 iraquianos, 30.000 kuwaitianos mortos) Na década de 1990, Saddam Hussein tornou-se o grande inimigo dos EUA, acusado de apoiar o terrorismo islâmico e desenvolver armas químicas, biológicas e mesmo nucleares de destruição em massa. Diante da recusa do ditador iraquiano em permitir que técnicos da ONU fizessem inspeção em seu arsenal militar, foi decretado por esse organismo um embargo ao país. A reação norte-americana aos atentados de 11 setembro voltou-se contra o Afeganistão. Em 2003, Bush ordenou que uma coalizão liderada pelos EUA invadisse o Iraque, alegando que Saddam Hussein estaria produzindo e armazenando armas destruição em massa, pondo em risco a segurança dos EUA e iniciando a Segundo Guerra do Golfo. O ditador foi derrubado e o governo americano foi obrigado a admitir que não encontrou nenhuma arma de destruição.Tal ameaça à segurança não passava de uma forte desculpa para que a maior potência do mundo conseguisse ter um forte base aliada no instável Oriente Médio, além de ter como controlar as segundas maiores reservas de petróleo do mundo, que estão em solo iraquiano. O fim da ditadura fez com que antigas rivalidades entre sunitas e xiitas se intensificassem, mergulhando o Iraque em uma verdadeira guerra civil. Depois de um período de grande instabilidade, com inúmeros ataques de homens-bombas e explosões, o Iraque parece ter encontrado alguma estabilidade, o que permitiu ao governo de Barack Obama pensar em retirar suas tropas do Iraque em 2009. IRÃ Em 1979, assumiu o poder no IRÃ o clero fundamentalista xiita, proclamando a Rep. Islâmica do Irã, de caráter teocrático. A Rev. Iraniana que uniu Estado e religião se isola e se afasta do Ocidente, proclamando os EUA como grande Satanás. A revolução e seus ideais fundamentalistas ganham espaço em países muçulmanos com grande tradição religiosa. Em 2002, o Irã foi nominalmente acusado de ser integrante do chamado Eixo do Mal (Coreia do Norte, Irã e Iraque) pelo presidente Bush, que acusou o país de tentar produzir armas nucleares e de colocar ogivas nucleares em seus mísseis. O Irã de hoje não é mais monolítico como depois da revolução de 1979. De um lado estão os fundamentalistas que ainda dominam o país, e de outro, os reformistas que propõem liberalização do regime buscando uma maior aproximação com o Ocidente. O presidente eleito em 2001, o aiatolá Khatami, é da ala moderada e reformista, mas enfrenta problemas para impor mudanças pelo conservadorismo dos demais aiatolás. Em fim de 2004, o Irã anunciou o fim do programa nuclear em virtude da cooperação econômica da EU. Afeganistão É um dos países mais pobres do mundo, situado na Ásia Central, e com um vasto território em áreas desérticas e montanhosas. No Afeganistão convivem mais de 50 etnias e grupos tribais. A população é basicamente muçulmana, sendo 20% xiita e 80% sunita. Em 1979, tropas soviéticas invadiram o Afeganistão com o intuito de respaldar o regime pró-soviético recém-instaurado e acabar com a guerrilha islâmica de oposição, bem como ampliar sua área de influência. Os soviéticos pensaram que seu poderio militar venceria facilmente a resistência local. Estavam enganados. Depois de 10 anos em território afegão, as tropas soviéticas voltaram para casa. A difícil topografia do país, as adversidades do clima desértico e invernos muito rigorosos, além do apoio americano, iraniano e paquistanês a grupos rebeldes, deram substancial vantagem aos afegãos. Com a saída dos soviéticos, as milícias guerrilheiras retomaram a luta pelo poder. Diante de um impasse, a ONU interveio para garantir um governo de coalizão; porém em 1995, a milícia islâmica fundamentalista Teleban, apoiada pelo Paquistão, conseguiu avançar, ocupando em 1996 cerca de 70 % do território afegão. As mulheres foram as mais prejudicadas com a implantação do novo código, pois foram impedidas de sair às ruas, de estudar e trabalhar (Sharia- código islâmico). Com os atentados de 11 de setembro, os EUA exigiram que o Teleban entregasse Osama Bim Laden, acusado de ser o mentor e mandante dos atentados. Em 2004 ocorreram eleições e o governo eleito acabou com as milícias que se digladiavam durante mais de duas décadas de conflitos. O alto comissariado da ONU acredita que o nº de refugiados que voltou ao país depois da queda do TELEBAN seja de aproximadamente 4 milhões de pessoas. Obrigada!!!! Profª: Deborah Costa Geografia Geral e do Brasil – Moraes, Paulo Roberto, Harbra.