Diagnóstico de Necessidades de Formação de Inglês do Corpo Docente do Instituto Politécnico de Beja Serviços de Planeamento e Desenvolvimento Estratégico Maio 2010 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Índice Introdução 1. 2. 3. 4. 3 Contexto do diagnóstico: a importância da língua Inglesa no contexto do Ensino Superior 4 Metodologia 6 2.1. Limitações do questionário 6 O corpo docente do Instituto Politécnico de Beja 7 Resultados 8 4.1. Familiaridade e contacto com a língua inglesa 8 4.2. Auto‐avaliação 10 4.3. Interesse e disponibilidade para formação 11 4.4. Cruzamento dos diferentes eixos com o nível de conhecimentos de Inglês identificado 13 no placement test Conclusão 15 Bibliografia Anexos 17 18 2 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Introdução No contexto actual de exigência e necessidade de internacionalização do Ensino Superior, torna‐se essencial avaliar e criar as condições para que esta mesma possa ocorrer. Com efeito, o processo de Bolonha, ao nível do Ensino Superior, traduz a necessidade de uma Europa mais homogénea, ao nível das qualificações e dos sistemas de formação e educação dos seus Estados Membros. Bolonha ambiciona permitir a todos os seus cidadãos trabalhar e estudar em qualquer estado‐membro, sem entraves ao reconhecimento da sua formação e profissão. Como tal, os próprios profissionais precisam contactar com os desafios, exigências e características das suas profissões em contextos internacionais, o que implica uma forte aposta no domínio das línguas e do contacto com outras culturas. Deste modo, a abertura à realidade internacional deve ser incentivada em docentes e alunos, através da participação em espaços de formação e intercâmbio. A importância da abertura do IPBeja ao cenário internacional, decorrente do Processo de Bolonha, requer uma avaliação e consequente re(qualificação) do corpo docente no domínio da língua inglesa. Tornou‐se assim fundamental aplicar um diagnóstico acerca das necessidades de formação em língua inglesa ao corpo docente do IPBeja, bem como, aferir a receptividade e disponibilidade do mesmo, para a frequência de aulas em Inglês. O processo de construção do questionário foi elaborado numa parceria conjunta entre os Serviços de Planeamento e Desenvolvimento Estratégico e os docentes de Inglês do Instituto Politécnico de Beja. Procurou‐se, com a aplicação do questionário, reunir informação acerca das competências em Inglês do corpo docente e também da receptividade a cursos de formação de Inglês, visto que, a fase final deste processo, culminará com um Plano de Acção de Formação de Inglês direccionado para o corpo docente do IPBeja. A primeira parte do relatório procurará explanar a importância da língua inglesa no contexto do ensino superior, aliado ao desafio imposto pelo Contrato de Confiança celebrado entre o Governo e as Instituições de Ensino Superior (IES) e inserido no contexto da candidatura da actual Presidência do IPBeja. Numa segunda parte serão abordadas a metodologia e resultados do questionário. Finalmente serão dadas as pistas para a elaboração de um Plano de Acção de Formação de Inglês para o corpo docente do IPBeja. 3 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa 1. Contexto do diagnóstico: a importância da língua Inglesa no contexto do Ensino Superior A globalização, uma realidade chave do século XXI, influenciou de uma forma significativa o ensino superior. A globalização pode ser definida como uma realidade moldada por: uma economia mundial crescentemente integrada; novas tecnologias de informação e comunicação; a emergência de uma rede internacional de conhecimento; o papel da língua inglesa; outras forças para além do controlo das instituições académicas. A internacionalização pode, igualmente, ser definida pela variedade de medidas e programas que as universidades e governos implementam, de forma a responder à globalização, que normalmente passam por enviar estudantes em programas de mobilidade, estabelecer um pólo do campus noutro país ou estabelecer parcerias inter‐institucionais (Altbach, Reisberg, Rumley;2009:3). As instituições de ensino superior foram sempre afectadas por tendências internacionais e até certo ponto, operaram dentro de uma comunidade internacional mais vasta de instituições académicas, bolseiros e investigadores. Contudo, as realidades do presente século engrandeceram a importância do contexto global. O aumento de uma língua, o Inglês, como a língua dominante na comunicação científica não se verifica desde o domínio do Latim na academia Europeia medieval. Para alguns, o impacto da globalização no ensino superior oferece novas oportunidades para estudar e investigar sem as limitações das fronteiras nacionais. Para outros, a tendência representa uma ameaça à cultura e autonomia nacional. A internacionalização tem sido bastante proeminente a nível regional e internacional. O processo de Bolonha e a Estratégia de Lisboa são exemplos claros de envolvimento internacional a este nível e, serviram também de referência a esforços semelhantes em outros locais do mundo. Paralelamente, o Governo português assinou com as Instituições de Ensino Superior um Contrato de Confiança em que prevê, ‐ para além de uma aposta na formação, em mais alunos, no reforço da abertura social do ensino superior a novas camadas de estudantes jovens e à população activa, da ligação entre Ensino Superior e vida económica, social e cultural do pais – uma forte aposta na internacionalização. Com efeito, e no contexto em que Portugal se situa, dominar pelo menos uma língua estrangeira torna‐se um requisito que, em última análise, oferece possibilidades diferenciadas de empregabilidade. Em termos gerais e no contexto de uma cidadania europeia, estar limitado apenas a uma língua é, também, limitar o exercício dessa mesma cidadania. A língua portuguesa, apesar de ser a oitava língua mais falada a nível mundial, é uma língua secundária no contexto da União Europeia (UE), sendo o alemão a língua materna mais falada, com cerca de 90 milhões de falantes nacionais, ou seja 18% da população da UE. No entanto, 38% dos cidadãos da UE fala Inglês como primeira língua estrangeira, sendo o Inglês a língua mais utilizada na União Europeia. Em segundo lugar estão o francês e o alemão que 4 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa são falados por 14% da população europeia como primeira língua estrangeira (Comissão Europeia;2008:7). De facto, exceptuando o Inglês, as línguas faladas na UE tendem a ocupar um lugar no ranking das línguas europeias que quase iguala o ranking que ordena os países da UE por número de habitantes. No que se refere às línguas mais faladas na UE enquanto línguas estrangeiras, o Inglês, o francês e o alemão, Portugal destaca‐se negativamente por ser um dos países em que os seus habitantes menos dominam pelo menos uma dessas três línguas. Cerca de 45% dos cidadãos da UE tem capacidade de se expressar noutra língua que não a sua língua materna, o que reforça a ideia de a posição de Portugal, no contexto europeu, ser bastante desfavorável. (Peixoto; 2007:2). De acordo com o Eurobarometer Survey 2005, 69% dos residentes na UE consideram o Inglês como a língua mais útil para alem das suas línguas maternas, afirmando‐se assim cada vez mais como língua franca a nível europeu e mundial. Com efeito, desde 1990 que a percentagem de residentes na UE que domina a língua inglesa tem vindo a aumentar significativamente em todos os estados membros e, consequentemente, a assumir um protagonismo crescente. Em Portugal, as opções tomadas relativamente ao ensino da língua inglesa no primeiro ciclo do ensino básico parecem indicar uma aposta preferencial no Inglês em detrimento de outras línguas. De facto, nos países da UE, o Inglês é ensinado a 26% dos alunos não anglófonos a nível do ensino básico e no ensino secundário a 89% dos alunos. No caso do ensino superior, o ensino de línguas vivas contribui para ajudar a concretizar dois princípios fundamentais da missão das instituições de ensino superior: a ajuda à promoção de uma formação diversificada e multicultural e o auxílio ao indispensável uso das novas tecnologias. “Facilitar a mobilidade dos leitores e docentes de línguas vivas entre as várias escolas de uma mesma instituição, tantas vezes isoladas umas das outras, é uma via urgente para não apear os estudantes do ensino superior dos programas de mobilidade europeia. E para levar as instituições a perceber que antes de se abrirem ao mundo e à Europa têm de abrir‐se a elas próprias” (Peixoto;2007:4). O Espaço Europeu de Ensino Superior deverá promover a abertura à cultura e civilizações diferentes, através da afirmação da mobilidade como factor comum do sistema europeu do ensino superior e como ferramenta, através da multiplicação e ampliação das oportunidades de mobilidade consoante as línguas dominadas. O apoio da UE ao multilinguismo tem sido reforçado, no actual período do programa (2007‐ 2013), na identificação da aprendizagem de línguas e diversidade linguística como objectivos gerais, através de iniciativas como o programa de aprendizagem ao longo da vida UE e de um reforço no orçamento para projectos de cariz linguístico (Comissão Europeia;2008:15). Em suma, a diversidade linguística faz parte da vida quotidiana da União Europeia, com 500 milhões de cidadãos com origens étnicas, culturais e linguísticas diversificadas, tornando‐se 5 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa deste modo, imprescindível dotá‐los de competências linguísticas, para comunicarem entre si. “Saber viver num mundo em mutação rápida, num espaço económico e politico com 20 línguas oficiais (vinte e uma em Janeiro de 2007), não é apenas um desafio individual para quem pretende adquirir uma nova alma. É, também, e sobretudo, um desafio colectivo e nacional para um pais que pretende abandonar a cauda da União Europeia” (Peixoto;2007:1). 2. Metodologia Nesta fase de diagnóstico procurou‐se uma análise quantitativa que visou a caracterização do perfil dos docentes no que respeita a sua literacia de domínio da língua inglesa. Para tal, considerou‐se todo o universo em causa, que se constitui por 213 docentes. Como estratégia metodológica utilizou‐se o inquérito por questionário, disponibilizado online, composto por 4 dimensões: a) hábitos de contacto com a língua inglesa, através de uma escala de frequência em diferentes domínios da língua; b) auto‐avaliação, através da escolha de um dos níveis do quadro europeu comum de referência; c) disponibilidade para receber formação em Inglês, a nível de horários e de intenção ou não de frequentar cursos de formação; d) nível de competências em língua inglesa. Para aferir as competências em Inglês aplicou‐se um questionário placement test, indicado por docentes de Inglês do IPBeja. Ainda que os resultados que se obtêm através deste tipo de teste não sejam totalmente indicativos e fiáveis acerca do nível de Inglês dos inquiridos, apresentou‐se como a forma mais prática de avaliar as competências através de um inquérito por questionário. O inquérito esteve disponível online entre 8 e 22 de Maio. 2.1. Limitações do questionário As principais limitações do questionário aplicado, prendem‐se, com os seguinte aspectos: • • em primeiro lugar, com a sua aplicação online. Apesar de ter surgido como a forma mais eficaz e rápida de recolha dos dados, acabou por não permitir uma recolha mais aprofundada das competências dos docentes em Inglês, visto que as questões eram de escolha múltipla; no caso concreto da questão relativa à auto‐avaliação, o resultados referentes a esta questão poderão estar de alguma forma enviesados dado que cada hipótese de resposta compreendia um texto, implicando assim que os inquiridos lessem cada uma das respostas possíveis de forma atenta, o que, tendo em conta a dimensão total do questionário, poderá não ter acontecido; 6 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa • a baixa taxa de retorno (42%) que poder ser explicada pela dimensão do guião do questionário (média de 15 minutos para responder 42% de resposta Por último, e como já foi referido anteriormente, o tipo de teste utilizado para avaliar as competências em Inglês, pode não revelar o nível exacto em que os inquiridos se inserem no que respeita aos seus conhecimentos de Inglês. Contudo, apesar destas condicionantes, consideramos que este tipo de questionário permitiu‐nos obter um resultado indicativo do nível de competências em Inglês dos docentes. 3. O corpo docente do IPBeja Quadro 1. Docentes por categoria profissional Categoria Profissional Assistente 1º Triénio Assistente 2º Triénio Assistente Convidado Equip. Assistente 1º Triénio Equip. Assistente 2º Triénio Equip. Professor Adjunto Prof. Coord. s/ agregação Professor Professor Adjunto Professor Adjunto Convidado Total Val. Abs. 4 8 9 23 47 16 11 3 83 9 213 % 1,9 3,8 4,2 10,8 22,1 7,5 5,2 1,4 39,0 4,2 100,0 Fonte: Serviço de Recursos Humanos – IPBeja, 20.11.2009 O corpo docente é, actualmente, composto por 213 profissionais – 44% do total de carreira, 40% na situação de equiparados como professores adjuntos/assistentes, 9,8% são professores convidados e docentes destacados de outros níveis de ensino e 5,7% são assistentes. A percentagem de docentes fora da carreira, apresentada em cada uma das situações, está ainda distante do preconizado no ECDESP, que refere que os professores de carreira,«(…) devem representar, pelo menos, 70% do total de docentes de cada instituição do ensino Superior (…)» (alínea1, artº30, ECDESP) e o nº de professores convidados «(…) deve representar, pelo menos, 20% do total do corpo docente (…)» (idem, alínea2). Os docentes repartem‐se segundo o tipo de habilitações que detém da seguinte forma: 16% possuem Doutoramento, 57% são Mestres e 26% são licenciados. Apenas dois docentes, possuem o grau de Bacharelato e um docente, o ensino secundário (este último considerado Especialista na área das Artes). De referir que, no presente, 99 docentes (46,% do total) encontram‐se em processo de formação – 88 doutorandos e 11 mestrandos, o que denota exigências ao nível da qualificação do potencial humano que lecciona nesta instituição. Do total de docentes, apenas 98 respondeu ao questionário ou seja, cerca de 42% do corpo docente do IPBeja. 7 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa 4. Apresentação de Resultados 4.1. Familiaridade e contacto com a língua inglesa De forma a aferir a familiaridade dos inquiridos com a língua inglesa, procurou‐se avaliar o grau de frequência com que costumam ler, escrever e comunicar oralmente em Inglês, bem como, o tipo de situações em que o fazem e o tipo de autonomia a nível da escrita de diferentes tipos de textos em língua inglesa. Esta dimensão permite‐nos ter noção do contacto que os docentes têm com a língua e o uso que fazem dela, num âmbito pessoal e profissional. Em relação ao tipo de utilização da língua inglesa, o que é feito com mais frequência é a leitura e, mais concretamente, a leitura de artigos técnico‐científicos (75,3% dos docentes lêem artigos técnico‐científicos frequentemente e muito frequentemente). Já no caso de leitura de ficção ou de imprensa, a percentagem de docentes que o faz com frequência é de 9% e de 23,6% , respectivamente1. Com efeito, é no plano profissional que os docentes recorrem mais à leitura em língua. Quadro 2. Inquiridos segundo a frequência de leitura em língua inglesa de artigos técnico‐ científicos Val. Abs. % Nunca 1 1,1 Pouco Frequentemente 21 23,6 Frequentemente 29 32,6 Muito Frequentemente 38 42,7 Total 89 100,0 No que respeita à escrita em língua inglesa, é novamente no campo profissional que esta ocorre com mais frequência, nomeadamente na frequência de escrita de artigos técnico‐ científicos em língua inglesa (24,7% frequentemente e muito frequentemente) e na frequência de escrita de correspondência profissional2 (23,6% frequentemente e muito frequentemente), ao invés da correspondência pessoal que é apenas utilizada com frequência e muita frequência por 13,5% dos inquiridos. Contudo, é de referir que, ainda assim, a percentagem de inquiridos que escrevem com pouca frequência ou nunca artigos técnico‐científicos (64% do total) e correspondência profissional (50% do total) é bastante elevado. 1 2 Ver anexos, quadros 1‐2 Ver anexos, quadro 3 8 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Quadro 3. Inquiridos segundo a frequência de escrita de artigos técnico‐científicos em língua inglesa Val. Abs. % Nunca 34 38,2 Pouco Frequentemente 32 36,0 Frequentemente 18 20,2 Muito Frequentemente 4 4,5 Total 88 98,9 Não respondeu 1 1,1 Total 89 100,0 Quadro 4. Inquiridos segundo a frequência de escrita de correspondência pessoal em língua inglesa Val. Abs. % Nunca 45 50,6 Pouco Frequentemente 32 36,0 Frequentemente 9 10,1 Muito Frequentemente 3 3,4 Total 89 100,0 No que respeita a frequência com que os inquiridos comunicam em Inglês, ao invés do que se verifica na escrita e leitura, é no campo pessoal que os docentes utilizam a língua com mais frequência para comunicar oralmente. De facto, em média, os inquiridos comunicam frequentemente em Inglês em viagens (43,2% frequentemente e muito frequentemente), por oposição a situações de índole profissional, como conferências (78,7% nunca e pouco frequentemente), reuniões de trabalho (84,3% nunca ou pouco frequentemente) e aulas e/ou contacto com alunos internacionais (78,8% nunca ou pouco frequentemente), em que o fazem, em média, pouco frequentemente. 3 Outro aspecto a ter em conta relativamente à familiaridade que os inquiridos têm com a língua inglesa, prende‐se com a autonomia com que escrevem, servindo este como um indicador da importância da língua e, consequentemente, do seu domínio. Com efeito, 24,7% dos docentes inquiridos escreve artigos técnico‐científicos em Inglês sem autonomia e 40,4% com pouca autonomia. Apenas 5,6% escreve artigos técnico‐científicos com autonomia total. 3 Ver anexos, quadros 4‐7 9 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Quadro 5. Inquiridos segundo autonomia na escrita de artigos técnico‐científicos Val. Abs. % Sem autonomia 22 24,7 Pouca autonomia 36 40,4 Alguma autonomia 24 27,0 Autonomia total 5 5,6 Total 87 97,8 Não respondeu 2 2,2 Total 89 100,0 No caso da escrita de correspondência tanto profissional (61,8% pouca ou nenhuma autonomia), como pessoal (52,8% pouca ou nenhuma autonomia), embora a última revele valores mais baixos de falta de autonomia, a pouca ou nenhuma autonomia com que os inquiridos escrevem, não revela valores tão significativos. Contudo, estes valores demonstram a dificuldade geral com que os docentes se expressam de forma escrita em Inglês4. De um modo geral, é na leitura que os inquiridos revelam um maior contacto com a língua inglesa, sendo que em média (2,15 numa escala de 1 a 4, em que 1=nunca e 4=muito frequentemente) lêem pouco frequentemente. Na comunicação oral a média dos inquiridos que fala em língua inglesa é de 1,96 e na escrita 1,73, o que revela baixíssimos níveis de contacto com a língua inglesa a nível oral e escrito. 4.2. Auto‐avaliação A maioria dos inquiridos considera que os seus conhecimentos de Inglês se situam no nível B1, ou seja, utilizador independente (24,7%) e A2, utilizador elementar, (21,3%). Nos níveis mais avançados, apenas 16,9% considera que tem conhecimentos de Inglês de nível C1 e C25. 4 5 Ver Anexos, quadros 8‐9 A1: É capaz de compreender e usar expressões familiares e quotidianas, assim como enunciados muito simples, que visam satisfazer necessidades concretas. Pode apresentar‐se e apresentar outros e é capaz de fazer perguntas e dar respostas sobre aspectos pessoais como, por exemplo, o local onde vive, as pessoas que conhece e as coisas que tem. Pode comunicar de modo simples, se o interlocutor falar lenta e distintamente e se mostrar cooperante. A2: É capaz de compreender frases isoladas e expressões frequentes relacionadas com áreas de prioridade imediata (p.ex.: informações pessoais e familiares simples, compras, meio circundante). É capaz de comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma torça de informação simples e directa sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode descrever de modo simples a sua formação, o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas. B1: É capaz de compreender as questões principais, quando é usada uma linguagem clara e estandardizada e os assuntos lhe são familiares (temas abordados no trabalho, na escola e nos momentos de lazer, etc.). É capaz de lidar com a maioria das situações encontradas na região onde se fala a língua‐alvo. É capaz de produzir um discurso simples e coerente sobre assuntos que lhe são familiares ou e interesse pessoal. Pode descrever experiências e 10 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Quadro 6. Auto‐avaliação dos inquiridos de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referencia Val. Abs. % A1 – Utilizador elementar 15 16,9 A2 – Utilizador elementar 19 21,3 B1 – Utilizador independente 22 24,7 B2 – Utilizador independente 14 15,7 C1 – Utilizador proficiente 7 7,9 C2 – Utilizador proficiente 8 9,0 Total 85 95,5 Não respondeu 4 4,5 Total 89 100,0 4.3. Interesse e Disponibilidade para formação Em primeiro lugar procurou‐se aferir o grau de importância que os docentes atribuem à língua inglesa na sua actividade profissional, nomeadamente nas actividades de docência e investigação. Com efeito, 86,6% dos inquiridos atribui muita importância e importância à língua inglesa para a actividade de docência, sendo de salientar que 55,1% atribuem muita importância. Nenhum dos inquiridos considera que a língua inglesa não tenha importância para a sua actividade de docência. Quadro 7. Grau de importância atribuído à língua inglesa para a actividade de docência Val. Abs. % Pouco Importante 10 11,2 Importante 28 31,5 Muito Importante 49 55,1 Total 87 97,8 Não respondeu 2 2,2 eventos, sonhos, esperanças e ambições, bem como expor brevemente razões e justificações para uma opinião ou um projecto. B2: É capaz de compreende as ideias principais em textos complexos sobre assuntos concretos e abstractos, incluindo discussões técnicas na sua área de especialidade. É capaz de comunicar com um certo grau de espontaneidade e de à‐vontade com falantes nativos, sem que haja tensão de parte a parte. É capaz de exprimir‐se de modo claro e pormenorizado sobre uma grande variedade de temas e explicar um ponto de vista sobre um tema da actualidade, expondo as vantagens e os inconvenientes de várias possibilidades. C1: É capaz de compreender um vasto número de textos longos e exigentes, reconhecendo os seus significados implícitos. É capaz de exprimir de forma fluente e espontânea sem precisar muito de procurar as palavras. É capaz de usar a língua de modo flexível e eficaz para fins sociais, académicos e profissionais. Pode exprimir‐se sobre temas complexos, de forma clara e bem estruturada, manifestando o domínio de mecanismos de organização, de articulação e de coesão do discurso. C2: É capaz de compreender, sem esforço, praticamente tudo o que ouve ou lê. É capaz de resumir as informações recolhidas em diversas fontes orais e escritas, reconstruindo argumentos e factos de um modo coerente. É capaz de se exprimir espontaneamente, de modo fluente e com exactidão, sendo capaz de distinguir finas variações de significado em situações complexas. 11 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Val. Abs. % Pouco Importante 10 11,2 Importante 28 31,5 Muito Importante 49 55,1 Total 87 97,8 Não respondeu 2 2,2 Total 89 100,0 No caso da investigação, o número de inquiridos que considera a língua inglesa muito importante e importante é ainda mais expressivo (94,4%), concluindo‐se desta forma que a maioria dos docentes atribui mais importância à língua inglesa na investigação, do que na docência, ainda que atribua importância para ambas actividades. Quadro 8. Grau de importância atribuído à língua inglesa para a actividade de investigação Val. Abs. 1 2 12 72 87 2 89 Nada Importante Pouco Importante Importante Muito Importante Total Não respondeu Total % 1,1 2,2 13,5 80,9 97,8 2,2 100,0 Relativamente à disponibilidade dos docentes em participar em cursos de formação de Inglês, procurou‐se aferir o grau de interesse, o número de horas disponíveis e o período lectivo mais conveniente para receber formação. Do total dos inquiridos, 59,6% revela ter muito interesse em frequentar cursos de formação de Inglês, 20,2% algum interesse e 18,4% pouco e nenhum interesse, podendo‐se assumir que, de um modo geral, o corpo docente do IPBeja tem interesse em frequentar cursos de formação de Inglês6. Quadro 9. Disponibilidade para frequentar cursos de formação de Inglês Val. Abs. % Sim 69 77,5 Não 17 19,1 Total 86 96,6 Não respondeu 3 3,4 Total 89 100,0 6 Ver Anexos, quadro 10 12 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Paralelamente ao interesse em frequentar cursos de formação de Inglês, procurou‐se igualmente, averiguar a efectiva disponibilidade dos docentes para o mesmo. Com efeito, 77,5% dos inquiridos revela ter disponibilidade, contra 19,1% que revela não ter disponibilidade para a frequência de cursos de Inglês. Quadro 10. Disponibilidade de horas para cursos de formação de Inglês Val. Abs. % 0 horas 1 1,1 1 a 2 horas 3 3,4 2 a 3 horas 34 38,2 3 a 4 horas 7 7,9 mais de 4 horas 23 25,8 Total 68 76,4 Não respondeu 21 23,6 Total 89 100,0 Ao nível da disponibilidade, observou‐se que: • • • • 38,2% dos docentes afirma ter 2 a 3 horas semanais disponíveis para cursos de formação de Inglês, e 25,8% mais de 4 horas semanais. 48,3% dos docentes afirma não ter disponibilidade durante o período da manhã e 43,8% afirma ter disponibilidade durante o período da tarde; relativamente ao período pós‐laboral, 41,6% dos inquiridos revela ter disponibilidade durante este período de tempo para frequentar cursos de formação de Inglês7; quanto ao período de fim‐de‐semana, a esmagadora maioria dos inquiridos (73%) revela não ter disponibilidade para a frequência dos cursos8; no que respeita ao período mais oportuno do ano lectivo para frequentar os cursos, a maioria dos docentes refere o ano lectivo e não o 1º ou 2º semestre, ou até mesmo as pausas lectivas.910 7 Ver anexos, quadro 13 Ver anexos, quadro 14 9 Será de referir, no que respeita à disponibilidade concreta dos docentes, em termos de horas e período oportuno para frequentar os cursos de formação, o elevado número de não‐respostas. Tal poderá estar relacionado com o facto de os docentes, no presente ano lectivo, ainda desconhecerem a distribuição de serviço para o próximo ano lectivo, ano em que se prevê que terão inicio os cursos de formação de Inglês. 8 10 Ver anexos, quadros 15‐18 13 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa 4.4. Cruzamento dos diferentes eixos com o nível de conhecimentos de Inglês identificado no placement test11. Relativamente aos resultados dos conhecimentos de Inglês do corpo docente do IPBeja, a maioria dos docentes, encontra‐se no nível intermédio alto (31,5%) e intermédio (25,8%). Será também de referir o número significativo de docentes, 18%, que se encontra no nível mais elevado. Quadro 11. Níveis de conhecimento de Inglês Val. Abs. % Beginner 4 4,5 Elementary 6 6,7 Pré‐Intermediate 10 11,2 Intermediate 23 25,8 Upper‐Intermediate 28 31,5 Advanced 16 18,0 Total 87 97,8 Não respondeu 2 2,2 Total 89 100,0 Quadro 12. Cruzamento nível de Inglês com disponibilidade para frequentar cursos de formação de Inglês Disponibilidade Sim nível Total Total Não 1,00 3 0 3 2,00 6 0 6 3,00 9 1 10 4,00 20 2 22 5,00 18 10 28 6,00 12 4 16 68 17 85 Os docentes que detêm menos competências em língua inglesa, revelam ter disponibilidade para a frequência de cursos de formação de Inglês. No caso dos docentes que revelam não ter disponibilidade para a frequência destes cursos, grande parte detêm um grau elevado de competências de Inglês, não sendo a formação um imperativo para os mesmos Quadro 13. Cruzamento auto‐avaliação com a disponibilidade em frequentar cursos de formação de Inglês 11 MacMillan straightforward placement tests: http://www.macmillanenglish.com/straightforward/placement_tests.htm 14 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Disponibilidade Sim Auto.avaliação Total Não A1 – Utilizador elementar 14 1 15 A2 – Utilizador elementar 17 1 18 B1 – Utilizador independente 18 4 22 B2 – Utilizador independente 9 5 14 C1 – Utilizador proficiente 4 3 7 C2 – Utilizador proficiente 6 2 8 68 16 84 Total Os inquiridos que se consideram, a nível de competências de Inglês, utilizadores proficientes, são aqueles que mais afirmam não ter disponibilidade para frequentar cursos de formação de Inglês, sendo os inquiridos que se consideram utilizadores elementares, aqueles que afirmam ter mais disponibilidade. Conclusão De um modo geral, os inquiridos revelam ter bons níveis de competências de Inglês. Contudo, através deste diagnóstico, pode‐se observar a utilização que os docentes fazem do Inglês a nível de leitura, escrita e comunicação oral, sendo os dois primeiros os mais utilizados no âmbito profissional. Acresce ainda o facto de a maioria dos inquiridos não ter capacidade de escrever um artigo técnico‐científico de forma autónoma, o que traduz a importância de um investimento na formação escrita em Inglês dos docentes. De facto, ainda que os dados apontem para um bom nível geral de conhecimentos de Inglês, a utilização que os docentes fazem do mesmo, seja em termos profissionais ou pessoais, é bastante diminuta, destacando‐ se porém a leitura de artigos técnico‐científicos que se revelou como um dos hábitos de contacto com a língua inglesa mais frequente. Ainda assim, a maioria dos docentes revela um grau elevado de interesse em frequentar cursos de formação de Inglês, bem como disponibilidade em termos de horas e períodos lectivos. É também de referir que o número de respostas a este inquérito poderá estar relacionado com o número de docentes que têm interesse na temática e, consequentemente, em melhorar o seu nível de Inglês. Ainda que não corresponda a mais de 50% do corpo docente, já se constitui como um número significativo. Em suma, a maior aposta a nível de formação poder‐se‐á efectivar nos campos da escrita e leitura, a ocorrer durante o ano lectivo em períodos de 3 horas semanais. Quadro 14. Principais conclusões Hábitos de contacto com a língua inglesa 75,3% lêem frequentemente e muito 15 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa frequentemente artigos técnico‐científicos 65,1% escreve artigos técnico‐científicos com pouca ou nenhuma autonomia 84,3% comunica pouco frequentemente ou nunca em reuniões de trabalho e 78,7% comunica pouco ou nunca em aulas e contacto com alunos internacionais. Disponibilidade para frequentar cursos de 77,5% afirma ter disponibilidade em frequentar formação de Inglês cursos de formação de Inglês e 59,6% afirma ter muito interesse em frequentar estes cursos. 43,8% prefere frequentar cursos de formação durante a tarde e 41,6% em período pós‐laboral 56,2% dos inquiridos refere o ano lectivo como período mais apropriado para frequentar aulas de Inglês 38,2% tem entre 2 a 3 horas semanais disponíveis para aulas de Inglês. Auto‐avaliação das competências em Inglês 21,3% considera que os seus conhecimentos se situam no nível A2 (utilizador elementar) e 24,7% no nível B1 (utilizador independente). Competências em Inglês 31,5% dos docentes situa‐se no nível intermédio alto e 25,8% no intermédio. 16 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Bibliografia Eurobarometer Survey, 2005 Comissão Europeia, Direcção Geral de Comunicação (2008), Falar as línguas da Europa: as línguas na União Europeia, in “ec.europa.eu/publications/booklets/move/74/pt.doc” Peixoto, Paula (2007), “A importância estratégica das línguas vivas no sistema educativo”, in Revista do SNESup, nº25, Julho‐Agosto‐Setembro Altbach, Philip G, Reisberg, Liz, Rumbley, Laura E., Trends in Global Higher Education: Tracking an Academic Revolution, UNESCO Quadro Europeu Comum de Referência 17 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Anexos 18 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Anexo 1. Frequência de leitura de ficção em língua inglesa Val. Abs. % Nunca 56 62,9 Pouco Frequentemente 25 28,1 Frequentemente 5 5,6 Muito Frequentemente 3 3,4 Total 89 100,0 Anexo 2. Frequência de leitura de imprensa em língua inglesa Val. Abs. % Nunca 17 19,1 Pouco Frequentemente 51 57,3 Frequentemente 16 18,0 Muito Frequentemente 5 5,6 Total 89 100,0 Anexo 3. Frequência de escrita de correspondência profissional em língua inglesa Val. Abs. % Nunca 22 24,7 Pouco Frequentemente 45 50,6 Frequentemente 13 14,6 Muito Frequentemente 8 9,0 Total 88 98,9 Não‐respostas 1 1,1 Total 89 100,0 Anexo 4. Frequência de comunicação em língua inglesa em conferências Val. Abs. % Nunca 46 51,7 Pouco Frequentemente 24 27,0 Frequentemente 12 13,5 Muito Frequentemente 4 4,5 Total 86 96,6 Não‐respostas 3 3,4 Total 89 100,0 19 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Anexo 5. Frequência de comunicação em língua inglesa em reuniões de trabalho Val. Abs. % Nunca 34 38,2 Pouco Frequentemente 41 46,1 Frequentemente 11 12,4 Muito Frequentemente 3 3,4 Total 89 100,0 Anexo 6. Frequência de comunicação em língua inglesa em aulas e/ou no contacto com alunos internacionais Val. Abs. % Nunca 25 28,1 Pouco Frequentemente 45 50,6 Frequentemente 11 12,4 Muito Frequentemente 8 9,0 Total 89 100,0 Anexo 7. Frequência de comunicação em língua inglesa em viagens Val. Abs. % Nunca 2 2,2 Pouco Frequentemente 41 46,1 Frequentemente 26 29,2 Muito Frequentemente 19 21,3 Total 88 98,9 Não‐respostas 1 1,1 Total 89 100,0 Anexo 8. Autonomia na escrita de correspondência profissional Val. Abs. % Sem autonomia 14 15,7 Pouca autonomia 41 46,1 Alguma autonomia 19 21,3 Autonomia total 12 13,5 Total 86 96,6 Não‐respostas 3 3,4 Total 89 100,0 20 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Anexo 9. Autonomia na escrita de correspondência pessoal Val. Abs. % Sem autonomia 17 19,1 Pouca autonomia 30 33,7 Alguma autonomia 23 25,8 Autonomia total 14 15,7 Total 84 94,4 Não‐respostas 5 5,6 Total 89 100,0 Anexo 10. Grau de interesse em cursos de formação de Inglês Val. Abs. % Nenhum Interesse 4 4,5 Pouco Interesse 12 13,5 Algum Interesse 18 20,2 Muito Interesse 53 59,6 Total 87 97,8 Não‐respostas 2 2,2 Total 89 100,0 Anexo 11. Disponibilidade para frequentar cursos de formação de Inglês em período da manhã Val. Abs. % Sim 28 31,5 Não 43 48,3 Total 71 79,8 Não‐respostas 18 20,2 Total 89 100,0 Quadro 12. Disponibilidade para frequentar cursos de formação de Inglês em período da tarde Val. Abs. % Sim 39 43,8 Não 32 36,0 Total 71 79,8 Não‐respostas 18 20,2 Total 89 100,0 21 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Quadro 13.Disponibilidade para frequentar cursos de formação de Inglês em período pós‐laboral Val. Abs. % Sim 37 41,6 Não 34 38,2 Total 71 79,8 Não‐respostas 18 20,2 Total 89 100,0 Quadro 14. Disponibilidade para frequentar cursos de formação de Inglês ao fim‐de‐semana Val. Abs. % Sim 6 6,7 Não 65 73,0 Total 71 79,8 Não‐respostas 18 20,2 Total 89 100,0 Quadro 15. Disponibilidade para frequentar cursos de formação de Inglês durante o 1º Semestre Val. Abs. % Sim 9 10,1 Não 63 70,8 Total 72 80,9 Não‐respostas 17 19,1 Total 89 100,0 Quadro 16. Disponibilidade para frequentar cursos de formação de Inglês durante o 2º Semestre Val. Abs. % Sim 13 14,6 Não 59 66,3 Total 72 80,9 Não‐respostas 17 19,1 Total 89 100,0 Quadro 17. Disponibilidade para frequentar cursos de formação de Inglês durante todo o ano lectivo Val. Abs. % Sim 50 56,2 Não 21 23,6 Total 71 79,8 Não‐respostas 18 20,2 Total 89 100,0 22 Diagnóstico de Necessidades de Formação em Língua Inglesa Quadro 18. Disponibilidade para frequentar cursos de formação de Inglês durante as pausas lectivos Val. Abs. % Sim 22 24,7 Não 50 56,2 Total 72 80,9 Não‐respostas 17 19,1 Total 89 100,0 23