Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
de
Inglês
do
Corpo
Docente
do
Instituto
Politécnico
de
Beja
Serviços
de
Planeamento
e
Desenvolvimento
Estratégico
Maio
2010
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Índice
Introdução
1.
2.
3.
4.
3
Contexto
do
diagnóstico:
a
importância
da
língua
Inglesa
no
contexto
do
Ensino
Superior
4
Metodologia
6
2.1.
Limitações
do
questionário
6
O
corpo
docente
do
Instituto
Politécnico
de
Beja
7
Resultados
8
4.1.
Familiaridade
e
contacto
com
a
língua
inglesa
8
4.2.
Auto‐avaliação
10
4.3.
Interesse
e
disponibilidade
para
formação
11
4.4.
Cruzamento
dos
diferentes
eixos
com
o
nível
de
conhecimentos
de
Inglês
identificado
13
no
placement
test
Conclusão
15
Bibliografia
Anexos
17
18
2
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Introdução
No
contexto
actual
de
exigência
e
necessidade
de
internacionalização
do
Ensino
Superior,
torna‐se
essencial
avaliar
e
criar
as
condições
para
que
esta
mesma
possa
ocorrer.
Com
efeito,
o
processo
de
Bolonha,
ao
nível
do
Ensino
Superior,
traduz
a
necessidade
de
uma
Europa
mais
homogénea,
ao
nível
das
qualificações
e
dos
sistemas
de
formação
e
educação
dos
seus
Estados
Membros.
Bolonha
ambiciona
permitir
a
todos
os
seus
cidadãos
trabalhar
e
estudar
em
qualquer
estado‐membro,
sem
entraves
ao
reconhecimento
da
sua
formação
e
profissão.
Como
tal,
os
próprios
profissionais
precisam
contactar
com
os
desafios,
exigências
e
características
das
suas
profissões
em
contextos
internacionais,
o
que
implica
uma
forte
aposta
no
domínio
das
línguas
e
do
contacto
com
outras
culturas.
Deste
modo,
a
abertura
à
realidade
internacional
deve
ser
incentivada
em
docentes
e
alunos,
através
da
participação
em
espaços
de
formação
e
intercâmbio.
A
importância
da
abertura
do
IPBeja
ao
cenário
internacional,
decorrente
do
Processo
de
Bolonha,
requer
uma
avaliação
e
consequente
re(qualificação)
do
corpo
docente
no
domínio
da
língua
inglesa.
Tornou‐se
assim
fundamental
aplicar
um
diagnóstico
acerca
das
necessidades
de
formação
em
língua
inglesa
ao
corpo
docente
do
IPBeja,
bem
como,
aferir
a
receptividade
e
disponibilidade
do
mesmo,
para
a
frequência
de
aulas
em
Inglês.
O
processo
de
construção
do
questionário
foi
elaborado
numa
parceria
conjunta
entre
os
Serviços
de
Planeamento
e
Desenvolvimento
Estratégico
e
os
docentes
de
Inglês
do
Instituto
Politécnico
de
Beja.
Procurou‐se,
com
a
aplicação
do
questionário,
reunir
informação
acerca
das
competências
em
Inglês
do
corpo
docente
e
também
da
receptividade
a
cursos
de
formação
de
Inglês,
visto
que,
a
fase
final
deste
processo,
culminará
com
um
Plano
de
Acção
de
Formação
de
Inglês
direccionado
para
o
corpo
docente
do
IPBeja.
A
primeira
parte
do
relatório
procurará
explanar
a
importância
da
língua
inglesa
no
contexto
do
ensino
superior,
aliado
ao
desafio
imposto
pelo
Contrato
de
Confiança
celebrado
entre
o
Governo
e
as
Instituições
de
Ensino
Superior
(IES)
e
inserido
no
contexto
da
candidatura
da
actual
Presidência
do
IPBeja.
Numa
segunda
parte
serão
abordadas
a
metodologia
e
resultados
do
questionário.
Finalmente
serão
dadas
as
pistas
para
a
elaboração
de
um
Plano
de
Acção
de
Formação
de
Inglês
para
o
corpo
docente
do
IPBeja.
3
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
1.
Contexto
do
diagnóstico:
a
importância
da
língua
Inglesa
no
contexto
do
Ensino
Superior
A
globalização,
uma
realidade
chave
do
século
XXI,
influenciou
de
uma
forma
significativa
o
ensino
superior.
A
globalização
pode
ser
definida
como
uma
realidade
moldada
por:
uma
economia
mundial
crescentemente
integrada;
novas
tecnologias
de
informação
e
comunicação;
a
emergência
de
uma
rede
internacional
de
conhecimento;
o
papel
da
língua
inglesa;
outras
forças
para
além
do
controlo
das
instituições
académicas.
A
internacionalização
pode,
igualmente,
ser
definida
pela
variedade
de
medidas
e
programas
que
as
universidades
e
governos
implementam,
de
forma
a
responder
à
globalização,
que
normalmente
passam
por
enviar
estudantes
em
programas
de
mobilidade,
estabelecer
um
pólo
do
campus
noutro
país
ou
estabelecer
parcerias
inter‐institucionais
(Altbach,
Reisberg,
Rumley;2009:3).
As
instituições
de
ensino
superior
foram
sempre
afectadas
por
tendências
internacionais
e
até
certo
ponto,
operaram
dentro
de
uma
comunidade
internacional
mais
vasta
de
instituições
académicas,
bolseiros
e
investigadores.
Contudo,
as
realidades
do
presente
século
engrandeceram
a
importância
do
contexto
global.
O
aumento
de
uma
língua,
o
Inglês,
como
a
língua
dominante
na
comunicação
científica
não
se
verifica
desde
o
domínio
do
Latim
na
academia
Europeia
medieval.
Para
alguns,
o
impacto
da
globalização
no
ensino
superior
oferece
novas
oportunidades
para
estudar
e
investigar
sem
as
limitações
das
fronteiras
nacionais.
Para
outros,
a
tendência
representa
uma
ameaça
à
cultura
e
autonomia
nacional.
A
internacionalização
tem
sido
bastante
proeminente
a
nível
regional
e
internacional.
O
processo
de
Bolonha
e
a
Estratégia
de
Lisboa
são
exemplos
claros
de
envolvimento
internacional
a
este
nível
e,
serviram
também
de
referência
a
esforços
semelhantes
em
outros
locais
do
mundo.
Paralelamente,
o
Governo
português
assinou
com
as
Instituições
de
Ensino
Superior
um
Contrato
de
Confiança
em
que
prevê,
‐
para
além
de
uma
aposta
na
formação,
em
mais
alunos,
no
reforço
da
abertura
social
do
ensino
superior
a
novas
camadas
de
estudantes
jovens
e
à
população
activa,
da
ligação
entre
Ensino
Superior
e
vida
económica,
social
e
cultural
do
pais
–
uma
forte
aposta
na
internacionalização.
Com
efeito,
e
no
contexto
em
que
Portugal
se
situa,
dominar
pelo
menos
uma
língua
estrangeira
torna‐se
um
requisito
que,
em
última
análise,
oferece
possibilidades
diferenciadas
de
empregabilidade.
Em
termos
gerais
e
no
contexto
de
uma
cidadania
europeia,
estar
limitado
apenas
a
uma
língua
é,
também,
limitar
o
exercício
dessa
mesma
cidadania.
A
língua
portuguesa,
apesar
de
ser
a
oitava
língua
mais
falada
a
nível
mundial,
é
uma
língua
secundária
no
contexto
da
União
Europeia
(UE),
sendo
o
alemão
a
língua
materna
mais
falada,
com
cerca
de
90
milhões
de
falantes
nacionais,
ou
seja
18%
da
população
da
UE.
No
entanto,
38%
dos
cidadãos
da
UE
fala
Inglês
como
primeira
língua
estrangeira,
sendo
o
Inglês
a
língua
mais
utilizada
na
União
Europeia.
Em
segundo
lugar
estão
o
francês
e
o
alemão
que
4
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
são
falados
por
14%
da
população
europeia
como
primeira
língua
estrangeira
(Comissão
Europeia;2008:7).
De
facto,
exceptuando
o
Inglês,
as
línguas
faladas
na
UE
tendem
a
ocupar
um
lugar
no
ranking
das
línguas
europeias
que
quase
iguala
o
ranking
que
ordena
os
países
da
UE
por
número
de
habitantes.
No
que
se
refere
às
línguas
mais
faladas
na
UE
enquanto
línguas
estrangeiras,
o
Inglês,
o
francês
e
o
alemão,
Portugal
destaca‐se
negativamente
por
ser
um
dos
países
em
que
os
seus
habitantes
menos
dominam
pelo
menos
uma
dessas
três
línguas.
Cerca
de
45%
dos
cidadãos
da
UE
tem
capacidade
de
se
expressar
noutra
língua
que
não
a
sua
língua
materna,
o
que
reforça
a
ideia
de
a
posição
de
Portugal,
no
contexto
europeu,
ser
bastante
desfavorável.
(Peixoto;
2007:2).
De
acordo
com
o
Eurobarometer
Survey
2005,
69%
dos
residentes
na
UE
consideram
o
Inglês
como
a
língua
mais
útil
para
alem
das
suas
línguas
maternas,
afirmando‐se
assim
cada
vez
mais
como
língua
franca
a
nível
europeu
e
mundial.
Com
efeito,
desde
1990
que
a
percentagem
de
residentes
na
UE
que
domina
a
língua
inglesa
tem
vindo
a
aumentar
significativamente
em
todos
os
estados
membros
e,
consequentemente,
a
assumir
um
protagonismo
crescente.
Em
Portugal,
as
opções
tomadas
relativamente
ao
ensino
da
língua
inglesa
no
primeiro
ciclo
do
ensino
básico
parecem
indicar
uma
aposta
preferencial
no
Inglês
em
detrimento
de
outras
línguas.
De
facto,
nos
países
da
UE,
o
Inglês
é
ensinado
a
26%
dos
alunos
não
anglófonos
a
nível
do
ensino
básico
e
no
ensino
secundário
a
89%
dos
alunos.
No
caso
do
ensino
superior,
o
ensino
de
línguas
vivas
contribui
para
ajudar
a
concretizar
dois
princípios
fundamentais
da
missão
das
instituições
de
ensino
superior:
a
ajuda
à
promoção
de
uma
formação
diversificada
e
multicultural
e
o
auxílio
ao
indispensável
uso
das
novas
tecnologias.
“Facilitar
a
mobilidade
dos
leitores
e
docentes
de
línguas
vivas
entre
as
várias
escolas
de
uma
mesma
instituição,
tantas
vezes
isoladas
umas
das
outras,
é
uma
via
urgente
para
não
apear
os
estudantes
do
ensino
superior
dos
programas
de
mobilidade
europeia.
E
para
levar
as
instituições
a
perceber
que
antes
de
se
abrirem
ao
mundo
e
à
Europa
têm
de
abrir‐se
a
elas
próprias”
(Peixoto;2007:4).
O
Espaço
Europeu
de
Ensino
Superior
deverá
promover
a
abertura
à
cultura
e
civilizações
diferentes,
através
da
afirmação
da
mobilidade
como
factor
comum
do
sistema
europeu
do
ensino
superior
e
como
ferramenta,
através
da
multiplicação
e
ampliação
das
oportunidades
de
mobilidade
consoante
as
línguas
dominadas.
O
apoio
da
UE
ao
multilinguismo
tem
sido
reforçado,
no
actual
período
do
programa
(2007‐
2013),
na
identificação
da
aprendizagem
de
línguas
e
diversidade
linguística
como
objectivos
gerais,
através
de
iniciativas
como
o
programa
de
aprendizagem
ao
longo
da
vida
UE
e
de
um
reforço
no
orçamento
para
projectos
de
cariz
linguístico
(Comissão
Europeia;2008:15).
Em
suma,
a
diversidade
linguística
faz
parte
da
vida
quotidiana
da
União
Europeia,
com
500
milhões
de
cidadãos
com
origens
étnicas,
culturais
e
linguísticas
diversificadas,
tornando‐se
5
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
deste
modo,
imprescindível
dotá‐los
de
competências
linguísticas,
para
comunicarem
entre
si.
“Saber
viver
num
mundo
em
mutação
rápida,
num
espaço
económico
e
politico
com
20
línguas
oficiais
(vinte
e
uma
em
Janeiro
de
2007),
não
é
apenas
um
desafio
individual
para
quem
pretende
adquirir
uma
nova
alma.
É,
também,
e
sobretudo,
um
desafio
colectivo
e
nacional
para
um
pais
que
pretende
abandonar
a
cauda
da
União
Europeia”
(Peixoto;2007:1).
2.
Metodologia
Nesta
fase
de
diagnóstico
procurou‐se
uma
análise
quantitativa
que
visou
a
caracterização
do
perfil
dos
docentes
no
que
respeita
a
sua
literacia
de
domínio
da
língua
inglesa.
Para
tal,
considerou‐se
todo
o
universo
em
causa,
que
se
constitui
por
213
docentes.
Como
estratégia
metodológica
utilizou‐se
o
inquérito
por
questionário,
disponibilizado
online,
composto
por
4
dimensões:
a)
hábitos
de
contacto
com
a
língua
inglesa,
através
de
uma
escala
de
frequência
em
diferentes
domínios
da
língua;
b)
auto‐avaliação,
através
da
escolha
de
um
dos
níveis
do
quadro
europeu
comum
de
referência;
c)
disponibilidade
para
receber
formação
em
Inglês,
a
nível
de
horários
e
de
intenção
ou
não
de
frequentar
cursos
de
formação;
d)
nível
de
competências
em
língua
inglesa.
Para
aferir
as
competências
em
Inglês
aplicou‐se
um
questionário
placement
test,
indicado
por
docentes
de
Inglês
do
IPBeja.
Ainda
que
os
resultados
que
se
obtêm
através
deste
tipo
de
teste
não
sejam
totalmente
indicativos
e
fiáveis
acerca
do
nível
de
Inglês
dos
inquiridos,
apresentou‐se
como
a
forma
mais
prática
de
avaliar
as
competências
através
de
um
inquérito
por
questionário.
O
inquérito
esteve
disponível
online
entre
8
e
22
de
Maio.
2.1.
Limitações
do
questionário
As
principais
limitações
do
questionário
aplicado,
prendem‐se,
com
os
seguinte
aspectos:
•
•
em
primeiro
lugar,
com
a
sua
aplicação
online.
Apesar
de
ter
surgido
como
a
forma
mais
eficaz
e
rápida
de
recolha
dos
dados,
acabou
por
não
permitir
uma
recolha
mais
aprofundada
das
competências
dos
docentes
em
Inglês,
visto
que
as
questões
eram
de
escolha
múltipla;
no
caso
concreto
da
questão
relativa
à
auto‐avaliação,
o
resultados
referentes
a
esta
questão
poderão
estar
de
alguma
forma
enviesados
dado
que
cada
hipótese
de
resposta
compreendia
um
texto,
implicando
assim
que
os
inquiridos
lessem
cada
uma
das
respostas
possíveis
de
forma
atenta,
o
que,
tendo
em
conta
a
dimensão
total
do
questionário,
poderá
não
ter
acontecido;
6
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
•
a
baixa
taxa
de
retorno
(42%)
que
poder
ser
explicada
pela
dimensão
do
guião
do
questionário
(média
de
15
minutos
para
responder
42%
de
resposta
Por
último,
e
como
já
foi
referido
anteriormente,
o
tipo
de
teste
utilizado
para
avaliar
as
competências
em
Inglês,
pode
não
revelar
o
nível
exacto
em
que
os
inquiridos
se
inserem
no
que
respeita
aos
seus
conhecimentos
de
Inglês.
Contudo,
apesar
destas
condicionantes,
consideramos
que
este
tipo
de
questionário
permitiu‐nos
obter
um
resultado
indicativo
do
nível
de
competências
em
Inglês
dos
docentes.
3.
O
corpo
docente
do
IPBeja
Quadro
1.
Docentes
por
categoria
profissional
Categoria
Profissional
Assistente
1º
Triénio
Assistente
2º
Triénio
Assistente
Convidado
Equip.
Assistente
1º
Triénio
Equip.
Assistente
2º
Triénio
Equip.
Professor
Adjunto
Prof.
Coord.
s/
agregação
Professor
Professor
Adjunto
Professor
Adjunto
Convidado
Total
Val.
Abs.
4
8
9
23
47
16
11
3
83
9
213
%
1,9
3,8
4,2
10,8
22,1
7,5
5,2
1,4
39,0
4,2
100,0
Fonte:
Serviço
de
Recursos
Humanos
–
IPBeja,
20.11.2009
O
corpo
docente
é,
actualmente,
composto
por
213
profissionais
–
44%
do
total
de
carreira,
40%
na
situação
de
equiparados
como
professores
adjuntos/assistentes,
9,8%
são
professores
convidados
e
docentes
destacados
de
outros
níveis
de
ensino
e
5,7%
são
assistentes.
A
percentagem
de
docentes
fora
da
carreira,
apresentada
em
cada
uma
das
situações,
está
ainda
distante
do
preconizado
no
ECDESP,
que
refere
que
os
professores
de
carreira,«(…)
devem
representar,
pelo
menos,
70%
do
total
de
docentes
de
cada
instituição
do
ensino
Superior
(…)»
(alínea1,
artº30,
ECDESP)
e
o
nº
de
professores
convidados
«(…)
deve
representar,
pelo
menos,
20%
do
total
do
corpo
docente
(…)»
(idem,
alínea2).
Os
docentes
repartem‐se
segundo
o
tipo
de
habilitações
que
detém
da
seguinte
forma:
16%
possuem
Doutoramento,
57%
são
Mestres
e
26%
são
licenciados.
Apenas
dois
docentes,
possuem
o
grau
de
Bacharelato
e
um
docente,
o
ensino
secundário
(este
último
considerado
Especialista
na
área
das
Artes).
De
referir
que,
no
presente,
99
docentes
(46,%
do
total)
encontram‐se
em
processo
de
formação
–
88
doutorandos
e
11
mestrandos,
o
que
denota
exigências
ao
nível
da
qualificação
do
potencial
humano
que
lecciona
nesta
instituição.
Do
total
de
docentes,
apenas
98
respondeu
ao
questionário
ou
seja,
cerca
de
42%
do
corpo
docente
do
IPBeja.
7
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
4.
Apresentação
de
Resultados
4.1.
Familiaridade
e
contacto
com
a
língua
inglesa
De
forma
a
aferir
a
familiaridade
dos
inquiridos
com
a
língua
inglesa,
procurou‐se
avaliar
o
grau
de
frequência
com
que
costumam
ler,
escrever
e
comunicar
oralmente
em
Inglês,
bem
como,
o
tipo
de
situações
em
que
o
fazem
e
o
tipo
de
autonomia
a
nível
da
escrita
de
diferentes
tipos
de
textos
em
língua
inglesa.
Esta
dimensão
permite‐nos
ter
noção
do
contacto
que
os
docentes
têm
com
a
língua
e
o
uso
que
fazem
dela,
num
âmbito
pessoal
e
profissional.
Em
relação
ao
tipo
de
utilização
da
língua
inglesa,
o
que
é
feito
com
mais
frequência
é
a
leitura
e,
mais
concretamente,
a
leitura
de
artigos
técnico‐científicos
(75,3%
dos
docentes
lêem
artigos
técnico‐científicos
frequentemente
e
muito
frequentemente).
Já
no
caso
de
leitura
de
ficção
ou
de
imprensa,
a
percentagem
de
docentes
que
o
faz
com
frequência
é
de
9%
e
de
23,6%
,
respectivamente1.
Com
efeito,
é
no
plano
profissional
que
os
docentes
recorrem
mais
à
leitura
em
língua.
Quadro
2.
Inquiridos
segundo
a
frequência
de
leitura
em
língua
inglesa
de
artigos
técnico‐
científicos
Val.
Abs.
%
Nunca
1
1,1
Pouco
Frequentemente
21
23,6
Frequentemente
29
32,6
Muito
Frequentemente
38
42,7
Total
89
100,0
No
que
respeita
à
escrita
em
língua
inglesa,
é
novamente
no
campo
profissional
que
esta
ocorre
com
mais
frequência,
nomeadamente
na
frequência
de
escrita
de
artigos
técnico‐
científicos
em
língua
inglesa
(24,7%
frequentemente
e
muito
frequentemente)
e
na
frequência
de
escrita
de
correspondência
profissional2
(23,6%
frequentemente
e
muito
frequentemente),
ao
invés
da
correspondência
pessoal
que
é
apenas
utilizada
com
frequência
e
muita
frequência
por
13,5%
dos
inquiridos.
Contudo,
é
de
referir
que,
ainda
assim,
a
percentagem
de
inquiridos
que
escrevem
com
pouca
frequência
ou
nunca
artigos
técnico‐científicos
(64%
do
total)
e
correspondência
profissional
(50%
do
total)
é
bastante
elevado.
1
2
Ver
anexos,
quadros
1‐2
Ver
anexos,
quadro
3
8
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Quadro
3.
Inquiridos
segundo
a
frequência
de
escrita
de
artigos
técnico‐científicos
em
língua
inglesa
Val.
Abs.
%
Nunca
34
38,2
Pouco
Frequentemente
32
36,0
Frequentemente
18
20,2
Muito
Frequentemente
4
4,5
Total
88
98,9
Não
respondeu
1
1,1
Total
89
100,0
Quadro
4.
Inquiridos
segundo
a
frequência
de
escrita
de
correspondência
pessoal
em
língua
inglesa
Val.
Abs.
%
Nunca
45
50,6
Pouco
Frequentemente
32
36,0
Frequentemente
9
10,1
Muito
Frequentemente
3
3,4
Total
89
100,0
No
que
respeita
a
frequência
com
que
os
inquiridos
comunicam
em
Inglês,
ao
invés
do
que
se
verifica
na
escrita
e
leitura,
é
no
campo
pessoal
que
os
docentes
utilizam
a
língua
com
mais
frequência
para
comunicar
oralmente.
De
facto,
em
média,
os
inquiridos
comunicam
frequentemente
em
Inglês
em
viagens
(43,2%
frequentemente
e
muito
frequentemente),
por
oposição
a
situações
de
índole
profissional,
como
conferências
(78,7%
nunca
e
pouco
frequentemente),
reuniões
de
trabalho
(84,3%
nunca
ou
pouco
frequentemente)
e
aulas
e/ou
contacto
com
alunos
internacionais
(78,8%
nunca
ou
pouco
frequentemente),
em
que
o
fazem,
em
média,
pouco
frequentemente.
3
Outro
aspecto
a
ter
em
conta
relativamente
à
familiaridade
que
os
inquiridos
têm
com
a
língua
inglesa,
prende‐se
com
a
autonomia
com
que
escrevem,
servindo
este
como
um
indicador
da
importância
da
língua
e,
consequentemente,
do
seu
domínio.
Com
efeito,
24,7%
dos
docentes
inquiridos
escreve
artigos
técnico‐científicos
em
Inglês
sem
autonomia
e
40,4%
com
pouca
autonomia.
Apenas
5,6%
escreve
artigos
técnico‐científicos
com
autonomia
total.
3
Ver
anexos,
quadros
4‐7
9
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Quadro
5.
Inquiridos
segundo
autonomia
na
escrita
de
artigos
técnico‐científicos
Val.
Abs.
%
Sem
autonomia
22
24,7
Pouca
autonomia
36
40,4
Alguma
autonomia
24
27,0
Autonomia
total
5
5,6
Total
87
97,8
Não
respondeu
2
2,2
Total
89
100,0
No
caso
da
escrita
de
correspondência
tanto
profissional
(61,8%
pouca
ou
nenhuma
autonomia),
como
pessoal
(52,8%
pouca
ou
nenhuma
autonomia),
embora
a
última
revele
valores
mais
baixos
de
falta
de
autonomia,
a
pouca
ou
nenhuma
autonomia
com
que
os
inquiridos
escrevem,
não
revela
valores
tão
significativos.
Contudo,
estes
valores
demonstram
a
dificuldade
geral
com
que
os
docentes
se
expressam
de
forma
escrita
em
Inglês4.
De
um
modo
geral,
é
na
leitura
que
os
inquiridos
revelam
um
maior
contacto
com
a
língua
inglesa,
sendo
que
em
média
(2,15
numa
escala
de
1
a
4,
em
que
1=nunca
e
4=muito
frequentemente)
lêem
pouco
frequentemente.
Na
comunicação
oral
a
média
dos
inquiridos
que
fala
em
língua
inglesa
é
de
1,96
e
na
escrita
1,73,
o
que
revela
baixíssimos
níveis
de
contacto
com
a
língua
inglesa
a
nível
oral
e
escrito.
4.2.
Auto‐avaliação
A
maioria
dos
inquiridos
considera
que
os
seus
conhecimentos
de
Inglês
se
situam
no
nível
B1,
ou
seja,
utilizador
independente
(24,7%)
e
A2,
utilizador
elementar,
(21,3%).
Nos
níveis
mais
avançados,
apenas
16,9%
considera
que
tem
conhecimentos
de
Inglês
de
nível
C1
e
C25.
4
5
Ver
Anexos,
quadros
8‐9
A1:
É
capaz
de
compreender
e
usar
expressões
familiares
e
quotidianas,
assim
como
enunciados
muito
simples,
que
visam
satisfazer
necessidades
concretas.
Pode
apresentar‐se
e
apresentar
outros
e
é
capaz
de
fazer
perguntas
e
dar
respostas
sobre
aspectos
pessoais
como,
por
exemplo,
o
local
onde
vive,
as
pessoas
que
conhece
e
as
coisas
que
tem.
Pode
comunicar
de
modo
simples,
se
o
interlocutor
falar
lenta
e
distintamente
e
se
mostrar
cooperante.
A2:
É
capaz
de
compreender
frases
isoladas
e
expressões
frequentes
relacionadas
com
áreas
de
prioridade
imediata
(p.ex.:
informações
pessoais
e
familiares
simples,
compras,
meio
circundante).
É
capaz
de
comunicar
em
tarefas
simples
e
em
rotinas
que
exigem
apenas
uma
torça
de
informação
simples
e
directa
sobre
assuntos
que
lhe
são
familiares
e
habituais.
Pode
descrever
de
modo
simples
a
sua
formação,
o
meio
circundante
e,
ainda,
referir
assuntos
relacionados
com
necessidades
imediatas.
B1:
É
capaz
de
compreender
as
questões
principais,
quando
é
usada
uma
linguagem
clara
e
estandardizada
e
os
assuntos
lhe
são
familiares
(temas
abordados
no
trabalho,
na
escola
e
nos
momentos
de
lazer,
etc.).
É
capaz
de
lidar
com
a
maioria
das
situações
encontradas
na
região
onde
se
fala
a
língua‐alvo.
É
capaz
de
produzir
um
discurso
simples
e
coerente
sobre
assuntos
que
lhe
são
familiares
ou
e
interesse
pessoal.
Pode
descrever
experiências
e
10
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Quadro
6.
Auto‐avaliação
dos
inquiridos
de
acordo
com
o
Quadro
Europeu
Comum
de
Referencia
Val.
Abs.
%
A1
–
Utilizador
elementar
15
16,9
A2
–
Utilizador
elementar
19
21,3
B1
–
Utilizador
independente
22
24,7
B2
–
Utilizador
independente
14
15,7
C1
–
Utilizador
proficiente
7
7,9
C2
–
Utilizador
proficiente
8
9,0
Total
85
95,5
Não
respondeu
4
4,5
Total
89
100,0
4.3.
Interesse
e
Disponibilidade
para
formação
Em
primeiro
lugar
procurou‐se
aferir
o
grau
de
importância
que
os
docentes
atribuem
à
língua
inglesa
na
sua
actividade
profissional,
nomeadamente
nas
actividades
de
docência
e
investigação.
Com
efeito,
86,6%
dos
inquiridos
atribui
muita
importância
e
importância
à
língua
inglesa
para
a
actividade
de
docência,
sendo
de
salientar
que
55,1%
atribuem
muita
importância.
Nenhum
dos
inquiridos
considera
que
a
língua
inglesa
não
tenha
importância
para
a
sua
actividade
de
docência.
Quadro
7.
Grau
de
importância
atribuído
à
língua
inglesa
para
a
actividade
de
docência
Val.
Abs.
%
Pouco
Importante
10
11,2
Importante
28
31,5
Muito
Importante
49
55,1
Total
87
97,8
Não
respondeu
2
2,2
eventos,
sonhos,
esperanças
e
ambições,
bem
como
expor
brevemente
razões
e
justificações
para
uma
opinião
ou
um
projecto.
B2:
É
capaz
de
compreende
as
ideias
principais
em
textos
complexos
sobre
assuntos
concretos
e
abstractos,
incluindo
discussões
técnicas
na
sua
área
de
especialidade.
É
capaz
de
comunicar
com
um
certo
grau
de
espontaneidade
e
de
à‐vontade
com
falantes
nativos,
sem
que
haja
tensão
de
parte
a
parte.
É
capaz
de
exprimir‐se
de
modo
claro
e
pormenorizado
sobre
uma
grande
variedade
de
temas
e
explicar
um
ponto
de
vista
sobre
um
tema
da
actualidade,
expondo
as
vantagens
e
os
inconvenientes
de
várias
possibilidades.
C1:
É
capaz
de
compreender
um
vasto
número
de
textos
longos
e
exigentes,
reconhecendo
os
seus
significados
implícitos.
É
capaz
de
exprimir
de
forma
fluente
e
espontânea
sem
precisar
muito
de
procurar
as
palavras.
É
capaz
de
usar
a
língua
de
modo
flexível
e
eficaz
para
fins
sociais,
académicos
e
profissionais.
Pode
exprimir‐se
sobre
temas
complexos,
de
forma
clara
e
bem
estruturada,
manifestando
o
domínio
de
mecanismos
de
organização,
de
articulação
e
de
coesão
do
discurso.
C2:
É
capaz
de
compreender,
sem
esforço,
praticamente
tudo
o
que
ouve
ou
lê.
É
capaz
de
resumir
as
informações
recolhidas
em
diversas
fontes
orais
e
escritas,
reconstruindo
argumentos
e
factos
de
um
modo
coerente.
É
capaz
de
se
exprimir
espontaneamente,
de
modo
fluente
e
com
exactidão,
sendo
capaz
de
distinguir
finas
variações
de
significado
em
situações
complexas.
11
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Val.
Abs.
%
Pouco
Importante
10
11,2
Importante
28
31,5
Muito
Importante
49
55,1
Total
87
97,8
Não
respondeu
2
2,2
Total
89
100,0
No
caso
da
investigação,
o
número
de
inquiridos
que
considera
a
língua
inglesa
muito
importante
e
importante
é
ainda
mais
expressivo
(94,4%),
concluindo‐se
desta
forma
que
a
maioria
dos
docentes
atribui
mais
importância
à
língua
inglesa
na
investigação,
do
que
na
docência,
ainda
que
atribua
importância
para
ambas
actividades.
Quadro
8.
Grau
de
importância
atribuído
à
língua
inglesa
para
a
actividade
de
investigação
Val.
Abs.
1
2
12
72
87
2
89
Nada
Importante
Pouco
Importante
Importante
Muito
Importante
Total
Não
respondeu
Total
%
1,1
2,2
13,5
80,9
97,8
2,2
100,0
Relativamente
à
disponibilidade
dos
docentes
em
participar
em
cursos
de
formação
de
Inglês,
procurou‐se
aferir
o
grau
de
interesse,
o
número
de
horas
disponíveis
e
o
período
lectivo
mais
conveniente
para
receber
formação.
Do
total
dos
inquiridos,
59,6%
revela
ter
muito
interesse
em
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês,
20,2%
algum
interesse
e
18,4%
pouco
e
nenhum
interesse,
podendo‐se
assumir
que,
de
um
modo
geral,
o
corpo
docente
do
IPBeja
tem
interesse
em
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês6.
Quadro
9.
Disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês
Val.
Abs.
%
Sim
69
77,5
Não
17
19,1
Total
86
96,6
Não
respondeu
3
3,4
Total
89
100,0
6
Ver
Anexos,
quadro
10
12
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Paralelamente
ao
interesse
em
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês,
procurou‐se
igualmente,
averiguar
a
efectiva
disponibilidade
dos
docentes
para
o
mesmo.
Com
efeito,
77,5%
dos
inquiridos
revela
ter
disponibilidade,
contra
19,1%
que
revela
não
ter
disponibilidade
para
a
frequência
de
cursos
de
Inglês.
Quadro
10.
Disponibilidade
de
horas
para
cursos
de
formação
de
Inglês
Val.
Abs.
%
0
horas
1
1,1
1
a
2
horas
3
3,4
2
a
3
horas
34
38,2
3
a
4
horas
7
7,9
mais
de
4
horas
23
25,8
Total
68
76,4
Não
respondeu
21
23,6
Total
89
100,0
Ao
nível
da
disponibilidade,
observou‐se
que:
•
•
•
•
38,2%
dos
docentes
afirma
ter
2
a
3
horas
semanais
disponíveis
para
cursos
de
formação
de
Inglês,
e
25,8%
mais
de
4
horas
semanais.
48,3%
dos
docentes
afirma
não
ter
disponibilidade
durante
o
período
da
manhã
e
43,8%
afirma
ter
disponibilidade
durante
o
período
da
tarde;
relativamente
ao
período
pós‐laboral,
41,6%
dos
inquiridos
revela
ter
disponibilidade
durante
este
período
de
tempo
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês7;
quanto
ao
período
de
fim‐de‐semana,
a
esmagadora
maioria
dos
inquiridos
(73%)
revela
não
ter
disponibilidade
para
a
frequência
dos
cursos8;
no
que
respeita
ao
período
mais
oportuno
do
ano
lectivo
para
frequentar
os
cursos,
a
maioria
dos
docentes
refere
o
ano
lectivo
e
não
o
1º
ou
2º
semestre,
ou
até
mesmo
as
pausas
lectivas.910
7
Ver
anexos,
quadro
13
Ver
anexos,
quadro
14
9
Será
de
referir,
no
que
respeita
à
disponibilidade
concreta
dos
docentes,
em
termos
de
horas
e
período
oportuno
para
frequentar
os
cursos
de
formação,
o
elevado
número
de
não‐respostas.
Tal
poderá
estar
relacionado
com
o
facto
de
os
docentes,
no
presente
ano
lectivo,
ainda
desconhecerem
a
distribuição
de
serviço
para
o
próximo
ano
lectivo,
ano
em
que
se
prevê
que
terão
inicio
os
cursos
de
formação
de
Inglês.
8
10
Ver
anexos,
quadros
15‐18
13
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
4.4.
Cruzamento
dos
diferentes
eixos
com
o
nível
de
conhecimentos
de
Inglês
identificado
no
placement
test11.
Relativamente
aos
resultados
dos
conhecimentos
de
Inglês
do
corpo
docente
do
IPBeja,
a
maioria
dos
docentes,
encontra‐se
no
nível
intermédio
alto
(31,5%)
e
intermédio
(25,8%).
Será
também
de
referir
o
número
significativo
de
docentes,
18%,
que
se
encontra
no
nível
mais
elevado.
Quadro
11.
Níveis
de
conhecimento
de
Inglês
Val.
Abs.
%
Beginner
4
4,5
Elementary
6
6,7
Pré‐Intermediate
10
11,2
Intermediate
23
25,8
Upper‐Intermediate
28
31,5
Advanced
16
18,0
Total
87
97,8
Não
respondeu
2
2,2
Total
89
100,0
Quadro
12.
Cruzamento
nível
de
Inglês
com
disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês
Disponibilidade
Sim
nível
Total
Total
Não
1,00
3
0
3
2,00
6
0
6
3,00
9
1
10
4,00
20
2
22
5,00
18
10
28
6,00
12
4
16
68
17
85
Os
docentes
que
detêm
menos
competências
em
língua
inglesa,
revelam
ter
disponibilidade
para
a
frequência
de
cursos
de
formação
de
Inglês.
No
caso
dos
docentes
que
revelam
não
ter
disponibilidade
para
a
frequência
destes
cursos,
grande
parte
detêm
um
grau
elevado
de
competências
de
Inglês,
não
sendo
a
formação
um
imperativo
para
os
mesmos
Quadro
13.
Cruzamento
auto‐avaliação
com
a
disponibilidade
em
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês
11
MacMillan
straightforward
placement
tests:
http://www.macmillanenglish.com/straightforward/placement_tests.htm
14
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Disponibilidade
Sim
Auto.avaliação
Total
Não
A1
–
Utilizador
elementar
14
1
15
A2
–
Utilizador
elementar
17
1
18
B1
–
Utilizador
independente
18
4
22
B2
–
Utilizador
independente
9
5
14
C1
–
Utilizador
proficiente
4
3
7
C2
–
Utilizador
proficiente
6
2
8
68
16
84
Total
Os
inquiridos
que
se
consideram,
a
nível
de
competências
de
Inglês,
utilizadores
proficientes,
são
aqueles
que
mais
afirmam
não
ter
disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês,
sendo
os
inquiridos
que
se
consideram
utilizadores
elementares,
aqueles
que
afirmam
ter
mais
disponibilidade.
Conclusão
De
um
modo
geral,
os
inquiridos
revelam
ter
bons
níveis
de
competências
de
Inglês.
Contudo,
através
deste
diagnóstico,
pode‐se
observar
a
utilização
que
os
docentes
fazem
do
Inglês
a
nível
de
leitura,
escrita
e
comunicação
oral,
sendo
os
dois
primeiros
os
mais
utilizados
no
âmbito
profissional.
Acresce
ainda
o
facto
de
a
maioria
dos
inquiridos
não
ter
capacidade
de
escrever
um
artigo
técnico‐científico
de
forma
autónoma,
o
que
traduz
a
importância
de
um
investimento
na
formação
escrita
em
Inglês
dos
docentes.
De
facto,
ainda
que
os
dados
apontem
para
um
bom
nível
geral
de
conhecimentos
de
Inglês,
a
utilização
que
os
docentes
fazem
do
mesmo,
seja
em
termos
profissionais
ou
pessoais,
é
bastante
diminuta,
destacando‐
se
porém
a
leitura
de
artigos
técnico‐científicos
que
se
revelou
como
um
dos
hábitos
de
contacto
com
a
língua
inglesa
mais
frequente.
Ainda
assim,
a
maioria
dos
docentes
revela
um
grau
elevado
de
interesse
em
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês,
bem
como
disponibilidade
em
termos
de
horas
e
períodos
lectivos.
É
também
de
referir
que
o
número
de
respostas
a
este
inquérito
poderá
estar
relacionado
com
o
número
de
docentes
que
têm
interesse
na
temática
e,
consequentemente,
em
melhorar
o
seu
nível
de
Inglês.
Ainda
que
não
corresponda
a
mais
de
50%
do
corpo
docente,
já
se
constitui
como
um
número
significativo.
Em
suma,
a
maior
aposta
a
nível
de
formação
poder‐se‐á
efectivar
nos
campos
da
escrita
e
leitura,
a
ocorrer
durante
o
ano
lectivo
em
períodos
de
3
horas
semanais.
Quadro
14.
Principais
conclusões
Hábitos
de
contacto
com
a
língua
inglesa
75,3%
lêem
frequentemente
e
muito
15
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
frequentemente
artigos
técnico‐científicos
65,1%
escreve
artigos
técnico‐científicos
com
pouca
ou
nenhuma
autonomia
84,3%
comunica
pouco
frequentemente
ou
nunca
em
reuniões
de
trabalho
e
78,7%
comunica
pouco
ou
nunca
em
aulas
e
contacto
com
alunos
internacionais.
Disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
77,5%
afirma
ter
disponibilidade
em
frequentar
formação
de
Inglês
cursos
de
formação
de
Inglês
e
59,6%
afirma
ter
muito
interesse
em
frequentar
estes
cursos.
43,8%
prefere
frequentar
cursos
de
formação
durante
a
tarde
e
41,6%
em
período
pós‐laboral
56,2%
dos
inquiridos
refere
o
ano
lectivo
como
período
mais
apropriado
para
frequentar
aulas
de
Inglês
38,2%
tem
entre
2
a
3
horas
semanais
disponíveis
para
aulas
de
Inglês.
Auto‐avaliação
das
competências
em
Inglês
21,3%
considera
que
os
seus
conhecimentos
se
situam
no
nível
A2
(utilizador
elementar)
e
24,7%
no
nível
B1
(utilizador
independente).
Competências
em
Inglês
31,5%
dos
docentes
situa‐se
no
nível
intermédio
alto
e
25,8%
no
intermédio.
16
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Bibliografia
Eurobarometer
Survey,
2005
Comissão
Europeia,
Direcção
Geral
de
Comunicação
(2008),
Falar
as
línguas
da
Europa:
as
línguas
na
União
Europeia,
in
“ec.europa.eu/publications/booklets/move/74/pt.doc”
Peixoto,
Paula
(2007),
“A
importância
estratégica
das
línguas
vivas
no
sistema
educativo”,
in
Revista
do
SNESup,
nº25,
Julho‐Agosto‐Setembro
Altbach,
Philip
G,
Reisberg,
Liz,
Rumbley,
Laura
E.,
Trends
in
Global
Higher
Education:
Tracking
an
Academic
Revolution,
UNESCO
Quadro
Europeu
Comum
de
Referência
17
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Anexos
18
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Anexo
1.
Frequência
de
leitura
de
ficção
em
língua
inglesa
Val.
Abs.
%
Nunca
56
62,9
Pouco
Frequentemente
25
28,1
Frequentemente
5
5,6
Muito
Frequentemente
3
3,4
Total
89
100,0
Anexo
2.
Frequência
de
leitura
de
imprensa
em
língua
inglesa
Val.
Abs.
%
Nunca
17
19,1
Pouco
Frequentemente
51
57,3
Frequentemente
16
18,0
Muito
Frequentemente
5
5,6
Total
89
100,0
Anexo
3.
Frequência
de
escrita
de
correspondência
profissional
em
língua
inglesa
Val.
Abs.
%
Nunca
22
24,7
Pouco
Frequentemente
45
50,6
Frequentemente
13
14,6
Muito
Frequentemente
8
9,0
Total
88
98,9
Não‐respostas
1
1,1
Total
89
100,0
Anexo
4.
Frequência
de
comunicação
em
língua
inglesa
em
conferências
Val.
Abs.
%
Nunca
46
51,7
Pouco
Frequentemente
24
27,0
Frequentemente
12
13,5
Muito
Frequentemente
4
4,5
Total
86
96,6
Não‐respostas
3
3,4
Total
89
100,0
19
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Anexo
5.
Frequência
de
comunicação
em
língua
inglesa
em
reuniões
de
trabalho
Val.
Abs.
%
Nunca
34
38,2
Pouco
Frequentemente
41
46,1
Frequentemente
11
12,4
Muito
Frequentemente
3
3,4
Total
89
100,0
Anexo
6.
Frequência
de
comunicação
em
língua
inglesa
em
aulas
e/ou
no
contacto
com
alunos
internacionais
Val.
Abs.
%
Nunca
25
28,1
Pouco
Frequentemente
45
50,6
Frequentemente
11
12,4
Muito
Frequentemente
8
9,0
Total
89
100,0
Anexo
7.
Frequência
de
comunicação
em
língua
inglesa
em
viagens
Val.
Abs.
%
Nunca
2
2,2
Pouco
Frequentemente
41
46,1
Frequentemente
26
29,2
Muito
Frequentemente
19
21,3
Total
88
98,9
Não‐respostas
1
1,1
Total
89
100,0
Anexo
8.
Autonomia
na
escrita
de
correspondência
profissional
Val.
Abs.
%
Sem
autonomia
14
15,7
Pouca
autonomia
41
46,1
Alguma
autonomia
19
21,3
Autonomia
total
12
13,5
Total
86
96,6
Não‐respostas
3
3,4
Total
89
100,0
20
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Anexo
9.
Autonomia
na
escrita
de
correspondência
pessoal
Val.
Abs.
%
Sem
autonomia
17
19,1
Pouca
autonomia
30
33,7
Alguma
autonomia
23
25,8
Autonomia
total
14
15,7
Total
84
94,4
Não‐respostas
5
5,6
Total
89
100,0
Anexo
10.
Grau
de
interesse
em
cursos
de
formação
de
Inglês
Val.
Abs.
%
Nenhum
Interesse
4
4,5
Pouco
Interesse
12
13,5
Algum
Interesse
18
20,2
Muito
Interesse
53
59,6
Total
87
97,8
Não‐respostas
2
2,2
Total
89
100,0
Anexo
11.
Disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês
em
período
da
manhã
Val.
Abs.
%
Sim
28
31,5
Não
43
48,3
Total
71
79,8
Não‐respostas
18
20,2
Total
89
100,0
Quadro
12.
Disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês
em
período
da
tarde
Val.
Abs.
%
Sim
39
43,8
Não
32
36,0
Total
71
79,8
Não‐respostas
18
20,2
Total
89
100,0
21
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Quadro
13.Disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês
em
período
pós‐laboral
Val.
Abs.
%
Sim
37
41,6
Não
34
38,2
Total
71
79,8
Não‐respostas
18
20,2
Total
89
100,0
Quadro
14.
Disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês
ao
fim‐de‐semana
Val.
Abs.
%
Sim
6
6,7
Não
65
73,0
Total
71
79,8
Não‐respostas
18
20,2
Total
89
100,0
Quadro
15.
Disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês
durante
o
1º
Semestre
Val.
Abs.
%
Sim
9
10,1
Não
63
70,8
Total
72
80,9
Não‐respostas
17
19,1
Total
89
100,0
Quadro
16.
Disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês
durante
o
2º
Semestre
Val.
Abs.
%
Sim
13
14,6
Não
59
66,3
Total
72
80,9
Não‐respostas
17
19,1
Total
89
100,0
Quadro
17.
Disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês
durante
todo
o
ano
lectivo
Val.
Abs.
%
Sim
50
56,2
Não
21
23,6
Total
71
79,8
Não‐respostas
18
20,2
Total
89
100,0
22
Diagnóstico
de
Necessidades
de
Formação
em
Língua
Inglesa
Quadro
18.
Disponibilidade
para
frequentar
cursos
de
formação
de
Inglês
durante
as
pausas
lectivos
Val.
Abs.
%
Sim
22
24,7
Não
50
56,2
Total
72
80,9
Não‐respostas
17
19,1
Total
89
100,0
23

Download

Diagnóstico de Necessidades de Formação de Inglês do Corpo