INFORMATIVO Ano V | Número 8 | Setembro 2014 | Rio Grande do Sul $ $ $ $ $ $ $ ? ? COMO FICA A ECONOMIA NO 2O SEMESTRE? SET OUT NOV DEZ 2014 Igor Morais, Junico Antunes e Aderbal Lima analisam o cenário para o Brasil e Rio Grande do Sul. Leia o informativo em seu celular. Editorial Vinícius Roratto Aprovada Lei de Informática no Congresso Nacional Depois de passar pela Câmara dos Deputados, o plenário do Senado aprovou o projeto (PLC 61/2014) que prorroga o prazo dos benefícios garantidos ao setor de informática pela Lei 8.248/1991, conhecida como Lei de Informática. Pelo texto, até 2024 valerá a redução de 80% sobre o IPI. Em 2025 e 2026, a redução será de 75%; e, de 2027 a 2029, de 70%. A extinção do benefício está prevista para 2029, dez anos a mais que o prazo atual de vigência — 2019. O objetivo da prorrogação é estimular a presença de empresas do setor em estados que não contam com incentivos regionais. No caso dos bens e serviços de informática produzidos nas regiões da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), será mantida a redução de 95% do IPI até 2024. Em 2025 e em 2026, a redução passará a ser de 90%; e de 2017 a 2029, de 85% do imposto. P ara realmente colocarmos nosso país como um grande “player” no mercado internacional, precisamos fazer algumas lições de casa. Para isso, faz-se necessário o compromisso alicerçado com planejamento de longo prazo e ações conjuntas por parte dos governos, empresários e da sociedade. Todo projeto ou programa que reverta em crescimento econômico, desenvolvimento, educação, qualidade de vida, postos de trabalho e sustentabilidade, independente de quem os promova, deve ser a bandeira de todos. Toda essa lógica, porém, perde seu sentido quando os holofotes recaem mais sobre o sujeito da ação do que sobre a própria ação. É o velho estigma da rivalidade que prende nosso estado ao passado. Uma luta pelo protagonismo, pelo colocar seu nome na história apenas por colocar, sem considerar se, efetivamente, ocorreu o benefício em diferentes esferas. Um exemplo que precisa ser seguido é o da política industrial do RS que elegeu 22 setores da economia para desenvolver o estado, e a AGDI vem trabalhando forte nesse sentido. Hoje, o segmento de semicondutores está dentro dessa política e uma ação articulada dos governos Municipal, Estadual e Federal viabilizou a vinda da HT Micron para São Leopoldo. Nossa política industrial também elegeu a eletroeletrônica, automação e telecomunicação como áreas importantes, visto que são precursoras tecnológicas e que estão revolucionando os demais setores. Além disso, temos o APL Automação e Controle, que busca o fortalecimento no trabalho em conjunto, propiciando o crescimento e desenvolvimento das empresas, e fica aqui o convite para novas companhias integrarem esse movimento. Por fim, lutamos por um Rio Grande do Sim, por construir algo independente de quem o faça. Se é para o bem da economia, do estado e da população, temos que transcender o sujeito da ação e pensar somente nos resultados. Vamos somar, não subtrair. É hora de unir esforços. Régis Sell Haubert Diretor regional da Abinee Novo convênio vai ampliar ações do APL Foi dado início no processo de formalização do novo convênio entre a Abinee e o Governo do Estado, por meio da AGDI (Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento), para gestão do APL Automação e Controle. Agora, a intenção da entidade é efetivar ações em benefício das empresas associadas, como a participação em feiras, missões e rodadas de negócio. “O APL oportuniza às empresas o acesso a uma série de programas para desenvolvimento de melhores práticas, fomento de uma cultura de inovação e ampliação do networking de colaboração e de resultados”, destaca Antônio Costa Sobrinho, gestor de projetos da Abinee. Uma das iniciativas já realizadas foi a criação do Fundo APL, que prevê a utilização do ICMS pago pelas empresas para custear a execução de projetos e soluções coletivas para as próprias empresas integrantes dos APLs apoiados pelo Governo do Estado, priorizando ações estruturantes e de agregação de valor. Empresas interessadas podem se associar pelo site www.aplautomacao.org ou telefone (51) 3384.0020. Fotos: Nilton Santolin $ 2014 SET Como fica a economia no 2º semestre? Quais os desafios do próximo presidente? Como o RS se insere nessa perspectiva? $ $ $ $ $ $ $ $ Podemos ter mais aumento de impostos? ? O Brasil está em recessão? Em todas as eleições majoritárias nas quais trocamos a Presidência da República, o segundo semestre tende a ser complicado em termos econômicos, tanto do lado do consumo das famílias, quanto do lado da oferta (produção) e, ainda, sob a ótica das expectativas de ofertantes e demandantes. O segundo semestre já está na metade e temos eleições que atrapalham investimentos importantes. Com a perspectiva de troca de governos teremos ainda o primeiro semestre do próximo ano em marcha lenta. Reconduzir o investimento a níveis maiores que os atuais 18% do PIB. O ideal, segundo economistas ligados historicamente ao desenvolvimentismo, é que o investimento em infraestrutura deveria ser de mais de 20% do PIB. Investir maciçamente em educação básica por pelo menos duas décadas, pois até a saúde depende de educação básica. O RS tem que mostrar capacidade de se inserir, cada vez mais, na economia nacional e mundial consolidando os setores e empresas já estabelecidos no nosso território , por exemplo, agregando valor na nossa produção agroindustrial e metal-mecânica. Por sorte temos uma safra de grãos boa vindo aí que deve ser recorde. Isso ajuda fortemente a economia do RS e tende a compensar parte da queda do PIB industrial e de serviços. O pesadelo fica para logo adiante. Sim, com eliminação de incentivos setoriais, aumento de alíquotas relacionadas ao mercado financeiro, como IOF, ou tributação de títulos como LCI e LCA. Em linhas gerais não deve haver aumento de impostos. Temos uma carga tributária média acima de 36% do PIB, com serviços percebidos como muito aquém deste patamar de arrecadação. Se deixarmos o governo continuar administrando com tamanha ineficiência, certamente haverá aumento. A iminência disso é grande com o PIB crescendo quase zero, e por consequência a arrecadação e as despesas públicas crescendo a passos largos. O governo investe apenas 7% do . que arrecada, gastando 93% na própria máquina. É possível inferir que estamos em recessão sim e que essa teve início há pelo menos oito meses. Os elevados gastos com seguro desemprego mascaram a resposta dos indicadores do mercado de trabalho. Sim, mas necessitamos construir uma nova politica econômica que possa inverter a derivada de baixo crescimento do País, mesmo com a atual condição econômica internacional complexa na qual . nos encontramos. O setor industrial está em recessão sim e há muito tempo. As vendas de automóveis estão cerca de 20% abaixo em relação a agosto de 2013 e as de ônibus 23%. A ociosidade na indústria em geral é crescente. O processo de desaceleração deve continuar. O contraponto é a continuidade do elevado gasto público, que costuma avançar cerca de 3% em ano de eleição presidencial. Corrigir desequilíbrios macroeconômicos como a inflação alta e persistente, câmbio valorizado, falta de transparência e os elevados gastos públicos. Como a perspectiva para o Brasil é de um crescimento baixo, a expectativa é que o mesmo ocorra no Estado gaúcho. Deve-se incentivar a participação da iniciativa privada no modelo de concessões e privatizações para atrair investimentos. Eventos Rio Oil & Gas 2014 Principal evento de petróleo e gás da América Latina. Na última edição, recebeu 53 mil visitantes de 27 países em 14 pavilhões internacionais. Foram mais de 4 mil congressistas e 1,3 mil expositores. Profissionais do setor e estudantes têm entrada franca. Neste ano, o tema do congresso será Novo Cenário Geopolítico: Superando os Desafios. Horários da feira: segunda a quinta, das 12h às 20h. Riocentro - Centro de Convenções do RJ – Rio de Janeiro (RJ) 15 a 18 de setembro riooilgas.com.br Mercopar Na 23a edição, reúne empresas dos segmentos de automação industrial, borracha, eletroeletrônico, energia e meio ambiente, metalmecânico, movimentação e armazenagem de materiais, plástico e serviços industriais. Em 2013, negócios aumentaram em 9,3% e reuniu 603 expositores do Brasil e de mais oito países. Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva – Caxias do Sul (RS) 30 de setembro a 3 de outubro mercopar.com.br ISC Brasil 2015 Com apoio da Abinee, a Reed Exhibitions Alcantara Machado realiza a 10ª ISC Brasil - Feira e Conferência Internacional de Segurança. No primeiro dia do evento, a Abinee promoverá o 3º Fórum Nacional de Prevenção e Combate a Incêndio, com a presença de autoridades da área de segurança predial. Expo Center Norte - Pavilhão Verde - São Paulo (SP) 12 a 15 de março de 2015 iscbrasil.com.br FIEE 2015 Com apoio oficial da Abinee, a FIEE – Feira Internacional da Indústria Elétrica, Eletrônica, Energia e Automação – chega à sua 28a edição consagrada como o maior e mais completo evento de elétrica, eletrônica, de energia e de automação da América Latina. Simultaneamente, a Abinee promoverá o Fórum e os Seminários AbineeTEC 2015, voltados para assuntos de interesse do setor. Parque Anhembi – São Paulo (SP) 23 a 27 de março de 2015 fiee.com.br Leandro Porfirio Diretor da ABS Telemetria A Internet das Coisas (ou Internet of Things, em inglês) é um termo utilizado para designar a conectividade entre vários tipos de objetos sensíveis à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos espalhados pela cidade. É a possibilidade de conectar o mundo físico com o digital por meio da web. Nessa revolução, a telemetria – já utilizada na automação de processos – ganha um alcance incalculável, servindo para o make money (customizar produção em alto volume) e para o save money (reduzir custos). Divulgação ABS A partir da experiência da ABS, que resultados a telemetria vem proporcionando às empresas? O conceito de telemetria está associado aos seguintes benefícios imediatos: ter informação que o cliente deseja a qualquer momento; ver e agir sem precisar se deslocar. E os reflexos desses benefícios são a possibilidade de ter a visão de vários locais simultaneamente e poder usar essas informações de forma coordenada; agir no tempo certo e evitar que falhas aconteçam; não realizar deslocamentos desnecessários; aumentar a vida útil dos equipamentos; gerenciar com uma equipe de pessoas menor; ter mais informação e de melhor qualidade, virtualmente, sem erros, pela coleta automatizada. Como a empresa está se preparando para essa conectividade universal, como o fenômeno da Internet das Coisas? Ao meu ver, é o que fazemos hoje. Nossos principais produtos usam a Internet como caminho para transmitir os dados. A Internet é um dos meios para vencer distâncias e realizar a “Telemetria das Coisas”. Como a grande maioria dos equipamentos não está preparada para se comunicar a distância, os produtos ABS existem para viabilizar isso. Por que a linha de celular é uma das mais vendidas pela empresa? Que benefícios oferece? É uma combinação de custo de implantação muito baixo, facilidade de uso e abrangência global. Os equipamentos de telemetria por rádio, que também fabricamos e comercializamos, estão limitados a uma área de abrangência menor. A medida em que a distância entre os pontos monitorados aumenta, é exigido um maior investimento para realizar o sistema e um maior conhecimento técnico para ultrapassar os problemas relacionados ao projeto e à execução de enlaces de rádio. Porém, acreditamos que há espaço para as diversas tecnologias: celular, rádio, cabo, satélite, fibra óptica etc. Na visão da ABS, sistemas de telemetria que combinam a tecnologia de comunicação por celular e por rádio (de baixo custo, para curtas distâncias) podem proporcionar soluções de excelente custo-benefício e estamos desenvolvendo nossos esforços de pesquisa e desenvolvimento nessa direção. expediente Esta é uma publicação exclusiva da regional RS da ABINEE - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica Diretor regional: Régis Sell Haubert | Vice-diretor regional: Aderbal Fernandes Lima | Gerente regional: Oscar Rudy Kronmeyer Filho Gestor de projetos: Antônio Costa Sobrinho | Suporte administrativo: Mariana Costa e Lisiê da Silveira Av. Ipiranga, 6681, conjs. 116/118 - Tecnopuc - CEP 90619-900 - Porto Alegre/RS - Telefone: (51) 3384.0020 - E-mail: [email protected] - Site: www.abinee.org.br Produção editorial: Vicente Medeiros Comunicação | Projeto gráfico: Angelito Kaczala | Diagramação: Gabriela Rockenbach | Tiragem: 1.000 exemplares