Saúde do Homem O penis visto por dentro Em estado de flacidez, o corpo cavernoso esta vazio e êle fica calminho Em estado de ereção, o sangue flui para o corpo cavernoso e ele fica ligadão Modelos em flacidez e ereção - Aqui podemos ver e comprovar que os menores em estado de flacidez se igualam aos maiores em estado de ereção. Portanto um penis maior quando flácido não significa que ficará maior que um outro menor em estado de flacidez. Os menores se igualam aos maiores na hora H No pênis, órgão genital externo, se distinguem anatomicamente uma raiz e uma parte livre terminal, cuja estremidade anterior é o glande, revestido de uma cobertura cutânea chamado prepúcio. Pelo interior do pênis desliza a porção terminal da uretra, conduto pelo qual se expulsa a urina e o esperma. O pênis é constituído internamente por duas estruturas cilíndricas, ou corpos cavernosos situados de cada lado. E uma estrutura por baixo que é o corpo esponjoso que alberga a uretra. Dentro de cada corpo cavernoso há uma artéria cavernosa que, mediante suas ramificações, enche de sangue as ditas estruturas no momento da ereção. Ereção A ereção ocorre quando os corpos cavernosos são inundados por uma grande quantidade de sangue. Ela pode ser provocada de forma reflexa, psicogênica ou ambas. Ereção Reflexa EREÇÃO REFLEXA A EREÇÃO REFLEXA SERÁ GERADA POR ESTÍMULOS NOS ÓRGÃOS GENITAIS OU REGIÕES PRÓXIMAS. TAIS ESTÍMULOS CHEGARÃO ATÉ A MEDULA, QUE RESPONDERÁ COM COMANDOS QUE LEVARÃO À EREÇÃO, CARACTERIZANDO UM ARCO REFLEXO, INDEPENDENTE DE ESTÍMULOS DO CÉREBRO. ELA É COMANDADA PELO CENTRO MEDULAR SACRAL SITUADO NOS NÍVEIS S2,S3 E S4. Ereção Psicogênica Ereção Psicogênica NA EREÇÃO PSICOGÊNICA, OS ESTÍMULOS PARTIRÃO DO CÉREBRO, DESCERÃO PELA MEDULA E CHEGARÃO ATRAVÉS DE NERVOS ATÉ OS ÓRGÃOS GENITAIS, LEVANDO ASSIM, OS COMANDOS DE EREÇÃO. ESTE TIPO DE EREÇÃO OCORRE FRENTE A UM ESTÍMULO QUE CAUSE EXCITAÇÃO OU DESEJO SEXUAL, SEJA ELE VISUAL, TÁTIL, POR CHEIRO, SONS, PENSAMENTOS, ETC. ELA É COMANDADA PELO CENTRO MEDULAR TORACOLOMBAR NÍVEIS T11-L2. EMISSÃO A EMISSÃO CONSISTE NA FORMAÇÃO DO ESPERMA. ESTE É COMPOSTO POR ESPERMATOZÓIDES E POR LÍQUIDOS PRODUZIDOS PELAS VESÍCULAS SEMINAIS E PRÓSTATA. TAIS LÍQUIDOS CONSTITUEM O MEIO PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS ESPERMATOZÓIDES . É comandada pelo centro situado em T11-L2. Ejaculação Ejaculação A EJACULAÇÃO É A EXPULSÃO DO ESPERMA ATRAVÉS DA URETRA. PARA QUE ISTO OCORRA, SÃO NECESSÁRIAS CONTRAÇÕES DE GRUPOS MÚSCULARES DA REGIÃO PÉLVICA. NESTE MOMENTO, O ESFINCTER SE FECHA OU PERMANECE FECHADO, PARA QUE O ESPERMA SIGA PARA FORA DO CORPO E NÃO ENTRE EM CONTATO COM A URINA. TAIS COMANDOS SE DÃO PELOS CENTROS MEDULARES T11-L2 E S2, S3 E S4. Ereção - Lesão Medular Ausência da Ereção Psicogênica CASO OCORRA UMA LESÃO ACIMA DA CAUDA EQUINA E DO CONE MEDULAR, NÃO HAVERÁ A EREÇÃO PSICOGÊNICA, POIS OS COMANDOS QUE PARTIREM DO CÉREBRO EM DIREÇÃO AOS ÓRGÃOS GENITAIS SERÃO BLOQUEADOS NO PONTO ONDE EXISTE A LESÃO. PORÉM, A EREÇÃO REFLEXA ESTARÁ PRESENTE, POIS O ARCO-REFLEXO FICA PRESERVADO. Ausência da Ereção Reflexa CASO A LESÃO OCORRA NO CONE MEDULAR OU NA CAUDA EQUINA OU EM AMBOS, NÃO HAVERÁ A PRESENÇA DA EREÇÃO REFLEXA, POIS O ARCO REFLEXO NÃO EXISTIRÁ. ENTRETANTO, A EREÇÃO PSICOGÊNICA ESTARÁ PRESENTE, POIS OS ESTÍMULOS QUE PARTEM DO CÉREBRO CHEGARÃO ATÉ OS ÓRGÃOS GENITAIS. Ausência de Ambas EM UMA LESÃO EXTENSA, QUE ATINJA DESDE O CONE MEDULAR ATÉ O NÍVEL T11 OU SUPERIOR, NÃO HAVERÁ A PRESENÇA, POR MEIOS NATURAIS(ORIUNDOS DO PRÓPRIO CORPO) DE NENHUM DOS DOIS TIPOS DE EREÇÃO, POIS TANTO O CENTRO DA EREÇÃO REFLEXA COMO O PONTO DE ONDE PARTE DA MEDULA OS COMANDOS PARA EREÇÃO PSICOGÊNICA, ESTARÃO LESADOS. PARA ESTES CASOS, FORAM DESENVOLVIDOS ALGUNS ARTIFÍCIOS PARA A OBTENÇÃO DA EREÇÃO. NO PRÓXIMO TÓPICO, ESTES MÉTODOS SERÃO ABORDADOS. O termo mais correto para designar “impotência” é disfunção erétil. A causa mais freqüente é a ansiedade . A impotência define-se como a incapacidade do homem alcançar e manter uma ereção. Esta incapacidade inviabiliza uma atividade sexual satisfatória. É freqüente um homem experimentar episódios de disfunção erétil ao longo da sua vida. O risco de um homem se tornar impotente aumenta com a idade, sendo este risco mais significativo depois dos 65 anos. Existem várias possibilidades terapêuticas disponíveis para lidar com o problema: medicamentos, aconselhamento sexual, métodos mecânicos e tratamentos cirúrgicos. A disfunção erétil pode ser uma manifestação secundária de outra doença, que necessita ser diagnosticada e tratada. Causas : O mecanismo subjacente à ereção resulta da ação integrada do sistema nervoso, aparelho vascular, fatores hormonais e fatores psicológicos. Por este motivo, as causas de disfunção erétil podem ser múltiplas e atuar em conjunto. Infertilidade: causas masculinas Dentre as causas de infertilidade 40% são femininas, 40% são masculinas e 20% envolvem o casal. Infecção e infertilidade masculina – O homem em idade fértil apresenta grande incidência de infecções do trato genital sem apresentar os sintomas. No caso de suspeita, pode-se realizar a cultura do sêmen para identificar a infecção principalmente para clamídia, micoplasma, gonococos e outros microrganismos. As bactérias afetam adversamente os espermatozóides: 1) estimulam a formação de anticorpos que prejudicam a motilidade e a vitalidade das células espermáticas 2) imobilização dos espermatozóides por aderência bacteriana 3) alteração da função secretora da próstata e vesícula seminal podendo alterar o pH do sêmen prejudicando os espermatozóides. Varicocele – Define-se como uma dilatação do plexo venoso pampuliforme que irriga o testículo. Essa dilatação prejudica a nutrição do tecido alterando consideravelmente a produção e a qualidade dos espermatozóides. Relata-se que a correção cirúrgica da varicocele melhora a espermatogênese (produção de espermatozóides) em 50 a 80% dos pacientes. Homens com varicocele podem apresentar alterações na qualidade do sêmen como diminuição da concentração, da motilidade e morfologia. Alguns estudos demonstram que o tratamento cirúrgico da varicocele tem melhores resultados quando a concentração inicial é maior que 10 milhões de spz/ml de sêmen. Causas mais comuns da infertilidade masculina Produção ou excreção inadequada do espermatozóide Infecção espermática Anticorpos anti-espermatozóides Varicocele Obstrução do trato genital Criptorquidia (falha na descida dos testículos) Distúrbios do canal da ejaculação Alterações hormonais Anomalias genéticas Conceitos 1.Aspermia: ausência de sêmen. 2.Hipospermia: menos de 2 ml de ejaculado. 3.Hiperespermia: mais de 5 ml de ejaculado. 4.Azoospermia: ausência de espermatozóides. 5.Oligozoospermia: moderada (entre 10 e 20 milhões/ml). Severa (<10 milhões/ml). 6.Polizoospermia: mais de 250 milhões de espermatozóides/ml 7.Astenospermia: menos de 30% de espermatozóides progressivos rápidos 8.Teratozoospermia: mais de 50% de espermatozóide anormais. 9.Necrospermia: todos os espermatozóides mortos. Fator imunológico – Os espermatozóides são células antigênicas, isto é, sua presença no sangue estimulam a produção de células de defesa, os anticorpos. Para isso no testículo existe uma barreira que evita o contato dos espermatozóides com a corrente sanguínea para evitar a ação do sistema imunológico na produção de anticorpos antiespermatozóides. Quando esta barreira é comprometida, por trauma físico, pancada, infecção, medicações etc. Ocasiona a formação de anticorpos que irão se ligar nos espermatozóides imobilizando-os. Os anticorpos antiespermatozóides diminuem a fertilidade através de inibição da penetração dos espermatozóides no muco cervical presente na entrada do útero. Reduzem a capacidade do espermatozóide de se ligar ao óvulo impedindo a fecundação, a divisão do embrião e até sua implantação. Os fatores imunológicos são causas bem comuns de infertilidade devendo ser investigados e tratados. Análise do sêmen –O espermograma é o primeiro exame laboratorial a ser solicitado sendo necessário pelo menos duas amostras para uma conclusão diagnóstica. Alterações nos parâmetros seminais podem ser causadas por traumas, infecções, febre, medicamentos, drogas, hormônios, fatores ambientais como a exposição ao calor, roupas apertadas, etc. Para a realização do exame é recomendada uma abstinência sexual de 2 a 3 dias antes da coleta que deve ser feita por masturbação. FORMAS DE TRATAMENTO Em primeiro lugar, deve-se tratar a causa orgânica subjacente, se existir. Se a origem do problema radica em causas psicológicas, a orientação para um psicólogo/psiquiatra, com recurso a psicoterapia será a abordagem indicada. Todavia, a disfunção erétil é um problema complexo. Por vezes, não há possibilidade de identificar uma causa específica, orgânica ou psicológica. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO - sildenafil (Viagra) - revela-se eficaz em cerca de 80% dos doentes (em doentes diabéticos a taxa de sucesso ronda os 50%) e necessita de ser tomado uma hora antes da relação sexual. Não provoca uma ereção se o homem não se encontrar sexualmente estimulado. Existem indicações bem definidas no que se refere à prescrição deste fármaco. Trata-se de um medicamento que não deve ser utilizado para fins recreativos e que não deve ser obtido sem receita médica. A sua utilização implica uma vigilância rigorosa do doente por parte do médico. MÉTODOS MECÂNICOS – Anéis púbicos - consiste em colocar um anel de borracha na base do pênis. É particularmente eficaz em homens que não conseguem manter uma ereção duradoura. - Bomba de vacuum - trata-se de um cilindro que cria baixas pressões e que se coloca sobre o pênis permitindo assim uma ereção. Depois colocase um anel púbico para manter a ereção. TRATAMENTO CIRÚRGICO - Prótese/implante peniano - consiste na introdução de um material flexível, sintético ou metálico, no interior do pênis, permitindo uma ereção mecânica. Este tratamento não é reversível sem uma segunda cirurgia, pelo que só está indicado quando os outros métodos falharam. Qualquer que seja a forma de tratamento, o aconselhamento psico-sexual é indispensável. Pode ser por si só suficiente na disfunção com origem em causas psicológicas, ou um complemento nas disfunções com outras causas. Ainda que um indivíduo possa freqüentar as sessões de aconselhamento sozinho, está demonstrado que o acompanhamento conjunto dos parceiros está associado a maiores taxas de sucesso. Como proteger a fertilidade masculina Muitos homens não sabem que fumar, beber ou usar drogas, podem afetar sua fertilidade. A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) acaba de lançar uma campanha de educação sobre o tema que explica como proteger suas possibilidades de ser pai. Além dos danos que causam ao seu corpo e mente em geral com o uso de Esteróides (Anabolizantes), cigarro, maconha ou álcool, talvez você não saiba que sua capacidade para ter filhos pode ser seriamente afetada se esses hábitos não forem abandonados. Eles podem afetar de maneira considerável sua função testicular, fazendo com que você produza espermatozóides com formas anormais, com menos mobilidade que o normal e inclusive podem fazer com que você tenha baixa produção de esperma. Outra dica importante é que se você mantém relações sexuais sem prevenção pode estar “hipotecando” seu futuro. As doenças sexualmente transmissíveis como a gonorréia, muitas vezes não apresentam sintomas e se não forem tratadas, podem deixar estéril. As recomendações são que nunca deixe de usar preservativos para prevenir o contágio destas doenças. Um fator importante na fertilidade masculina é a temperatura. Se você tem o hábito de tomar banhos muito quentes, fazer hidromassagem com água bem quente, pode estar prejudicando sua capacidade reprodutiva, já que a exposição a altas temperaturas na área escrotal diminui a quantidade de espermatozóides. Se usar roupas interiores apertadas, também poderá afetar a quantidade de esperma. Os espertos em medicina reprodutiva aconselham pensar em sua fertilidade não só quando desejem ser pais, mas muito antes disso. As coisas que faz ou deixa de fazer hoje podem afetar suas possibilidades de ser pai no futuro. A prevenção ainda é o melhor a fazer. Antes de prosseguirmos, uma breve explicação da função reprodutora masculina: hormônios produzidos por uma região do cérebro (hipotálamo), estimulam uma glândula na base cerebral (hipófise), que por sua vez, estimula os testículos a produzirem o hormônio masculino testosterona que estimula e regula as células germinativas a produzirem espermatozóides. Estes são armazenados e amadurecidos nos epidídimos (estruturas contíguas, anexas aos testículos). Dos epidídimos, os espermatozóides são conduzidos por dois longos e delgados condutos, os ductos deferentes (um de cada lado) até as vesículas seminais, onde são misturados com sua secreção e desembocam na próstata, onde também se misturam com sua secreção. Neste ponto, os espermatozóides mais a secreção das vesículas seminais mais a secreção prostática formam o sêmen que, antes de se exteriorizar com a ejaculação, ainda recebe uma pequena contribuição das secreções da uretra. 1- Enfermidades do hipotálamo e hipófise Quaisquer enfermidades ou condições clínicas, tanto congênitas quanto adquiridas, que atinjam o hipotálamo e/ou a hipófise, poderão comprometer a secreção normal dos seus hormônios, que, consequentemente, afetarão adversamente a função testicular. Portanto, no âmbito do hipotálamo/hipófise, doenças de origem genética, tumores, mal formações, inflamações, degenerações, traumatismos externos ou cirúrgicos, aneurismas, infartos, excesso de androgênios (hormônios masculinos) por uso de anabolizantes ou administrados terapêuticamente, doenças sistêmicas como diabetes, hipotiroidismo ou obesidade severa, desencadearão uma condição clínica chamada hipogonadismo, ou seja, função testicular diminuída ou abolida. 2- Enfermidades primárias dos testículos Enfermidades primárias dos testículos são responsáveis por cerca de 35% das causas de ausência de espermatozóides no ejaculado ou alteração importante da qualidade do sêmen. Vários são os fatores responsáveis: A) Síndrome de Klinefelter, uma anomalia congênita, com repercussões na esfera testicular, em que o cromossomo sexual é defeituoso. B) Criptorquidia, outra anomalia congênita, em que um ou ambos os testículos não migram para a bolsa escrotal, permanecem aprisionados em algum lugar da cavidade abdominal, durante o desenvolvimento fetal. Os testículos não-descidos possuem alterações que dificultam ou impedem a produção adequada das células germinativas, os espermatozóides. C) Varicocele, uma enfermidade das veias do escroto. Nada mais que varizes escrotais, ou seja, dilatações venosas que dificultam o retorno do sangue, fazendo com que este fique acumulado nas veias escrotais, dificultando o resfriamento testicular, já que as veias varicosas, ao permitirem o acúmulo sangüíneo, aumentam a temperatura testicular, o que é prejudicial à formação dos espermatozóides. Varicoceles costumam ocorrer na puberdade e são muito mais comuns do lado esquerdo. Nem todos que possuem varicoceles são inférteis, embora a varicocele seja a causa tratável mais comum de infertilidade. D) Defeitos do cromossomo Y, ou seja, alterações da forma e constituição deste cromossomo sexual. Enfermidade detectada apenas em sofisticados testes de laboratório, acomete cerca de 20% dos homens inférteis. O defeitos do cromossomo Y provocam alterações que dificultam ou impedem a produção adequada das células germinativas. E) Orquites virais, são infecções secundárias dos testículos, geralmente após um foco à distância. Um dos mais comuns é a parotidite (caxumba). Dos homens acometidos de caxumba, cerca de 20% desenvolvem orquite, de um ou ambos os lados. Destes, alguns terão como conseqüência a destruição das células germinativas, incapacitando a produção futura de espermatozóides. F) Orquiepididimites, infecções dos testículos e epidídimos, em conseqüência de doenças sexualmente transmissíveis, geralmente causadas por bactérias, dentre elas, a Chlamydia e o gonococo (gonorréia). Estas infecções poderão destruir as células germinativas ou obstruir os epidídimos G) Intoxicação ou uso crônico de algumas substâncias como maconha, cetoconazol, cimetidina, antiandrogênicos, drogas antineoplásicas (quimioterapia para tumores malignos) podem ser responsáveis pela produção anormal tanto de espermatozóides quanto de testosterona pelos testículos. Exposição a agentes de contaminação ambiental como pesticidas, metais pesados etc., causam efeito semelhante. H) Radiações ionizantes, das quais os raios X são o representante mais conhecido, podem comprometer ou impedir a produção de espermatozóides, dependendo da dose a que o paciente se expôs. I) Hipertermia, ou seja, exposição prolongada dos testículos a altas temperaturas, como o que ocorre com os freqüentadores de saunas ou apreciadores de banhos quentes de imersão, bem como nas varicoceles, afeta adversamente a produção dos espermatozóide J) Anticorpos anti-espematozóides, ou seja, anticorpos que atacam e destroem as próprias células reprodutivas, podem ocorrer espontaneamente ou como conseqüência de alguma agressão testicular. L) Traumatismos diretos, acidentais ou cirúrgicos sobre os testículos ou epidídimos, poderão comprometer a produção dos espermatozóides, por destruição da massa testicular ou afetar a permeabilidade ou função dos epidídimos. M) Torção do cordão espermático, ou seja uma urgência urológica de início súbito, ocorre quando o cordão espermático dá voltas sobre seu próprio eixo, estrangulando a circulação sangüínea testicular, o que provoca, se não for reparada a tempo, morte das células germinativas. N) Enfermidades crônicas debilitantes, ou seja, uma série de doenças que afetam o organismo como um todo, podem comprometer a função testicular. Como exemplos, podemos citar a desnutrição, anemia falciforme, cirrose hepática e insuficiência renal. 3- Alterações do transporte do espermatozóide Os epidídimos desempenham importante papel no amadurecimento e transporte dos espermatozóides. Os condutos deferentes dão prosseguimento a este transporte e conduzem os espermatozóides desde os epidídimos até a uretra, de onde são ejaculados. É obvio que qualquer alteração nesta cadeia de eventos comprometerá a fertilidade. Vejamos: A) Anormalidades dos epidídimos Distúrbios da função epididimária de concentrar, amadurecer e transportar os espermatozóides, podem ocorrer devido a ausência congênita ou adquirida dos epidídimos, alterações do funcionamento normal destes ou obstrução, ocasião em que mesmo que haja produção normal de espermatozóides pelos testículos, estes ficariam retidos nos epidídimos ou não amadureceriam adequadamente, comprometendo a fertilidade. B) Anormalidades dos ductos deferentes A ausência congênita ou adquirida dos ductos deferentes, alterações da sua capacidade de impulsionar os espermatozóides ou sua obstrução, inclusive após vasectomia, impedirão o correto transporte dos espermatozóides até a uretra. A ejaculação resultante é pobre em ou não contém espermatozóides, apenas os fluidos da próstata e vesículas seminais. C) Disfunções ejaculatórias Distúrbios hormonais, diabetes, lesões dos nervos da medula ou pélvicos, cirurgias pélvicas, distúrbios da próstata, são causas conhecidas que poderão fazer com que o paciente não ejacule ou o faça em direção contrária, para dentro da bexiga, não conseguindo, portanto, depositar o esperma na vagina da parceira. Disfunção erétil peniana, ejaculação precoce, uso de diafragmas e preservativos também são fatores contribuintes para infertilidade masculina. 4- Fatores desconhecidos Em um número razoável de homens inférteis que apresentam baixa qualidade do sêmen, apesar de exaustiva investigação, não se consegue descobrir uma causa que justifique tal condição. Além disso, existem homens que apesar de várias análises seminais normais, não conseguem engravidar uma parceira aparentemente fértil. Portanto, como vimos, o assunto é extenso e complexo, o que requer estudos multidisciplinares para que se possa atuar com certeza, decisão e segurança para investigar e tratar adequada e satisfatoriamente uma condição que gera muita ansiedade além de ser muito frustrante para seu portador. O primeiro passo para um tratamento bem sucedido e a conseqüente gravidez da parceira, é o correto diagnóstico da situação. Muitas causas de infertilidade masculina podem ser corrigidas; outras, apesar da impossibilidade, poderão ser contornadas com diversos métodos disponíveis de fertilização em laboratório. Texto: Enfermagem na Reprodução Humana Leitura em grupo O câncer Tem influência negativa na fertilidade devido a um efeito direto nos testículos, por meio de substâncias circulantes ou por alterações endócrinas. Muitos pacientes com câncer partem de uma qualidade seminal inicial inferior, mas os espermatozóides resistem igualmente ao processo de criopreservação/descongelamento. Os tipos de câncer que mais comumente afetam pacientes do sexo masculino em idade reprodutiva são: câncer de testículo, Doença de Hodgkin e leucemias. Um número entre 30.000 a 40.000 entre jovens são diagnosticados anualmente com doenças malignas e, graças a novos métodos de tratamento e à abordagem multidisciplinar, têm-se observado taxas de sobrevida e de cura cada vez mais significativas para qualquer tipo de câncer, especialmente para adolescentes e crianças. Preocupação expressa em mais de 80% dos homens que superaram o câncer é em relação à função sexual e reprodutiva. Origem dos tumores Todos os cânceres se iniciam na célula, a menor unidade estrutural básica dos seres vivos. O organismo humano é composto por vários tipos de células, que crescem e se dividem de modo controlado e ordenado, garantindo o seu bom funcionamento. Uma vez que são responsáveis pela formação, crescimento e regeneração dos tecidos saudáveis do corpo, quando ficam velhas ou danificadas, as células morrem e são substituídas por novas. Mas é possível que esse processo natural sofra erros. O material genético (DNA) de uma célula pode sofrer alterações ou ser danificado, desenvolvendo mutações que afetam o crescimento normal das estruturas celulares e consequentemente a sua divisão. Com seus mecanismos de controle da divisão inoperantes, as células passam a se multiplicar independentemente das necessidades do organismo. Por meio de sucessivas divisões, as células acabam formando um agrupamento de estruturas celulares irregulares que recebe o nome de tumor. Diante dessa perda de controle intrínseca da multiplicação celular, só resta ao organismo tentar identificar e destruir essas estruturas anormais por intermédio do Sistema Imunológico que, por vezes impotente, não consegue conter a evolução da doença. Tumor Benigno: • Não é cancerígeno, embora um tumor benigno possa vir a se transformar em maligno, em virtude de fatores como velocidade de crescimento, e capacidade de invasão e proliferação das células. • Também forma vasos sangüíneos, mas em menor número comparado ao câncer. • Em geral, pode ser removidos por cirurgia e dificilmente reaparecem. • As células do tumor benigno não se espalham para outros pontos do organismo, raramente implicando em risco de morte. • Não ocorre ulceração, sangramento e/ou infiltração. • É bem delimitado, simétrico, suas bordas são regulares, possui apenas uma tonalidade de cor, e não provoca coceira e nem inflamação. Tumor maligno: • É cancerígeno. • As células podem invadir tecidos próximos e se espalham para outras partes do organismo. • Abrange um grupo de centenas de tipos da doença que, embora sejam diferentes entre si, têm a capacidade comum de formar colônias de células que invadem e destroem tecidos e órgãos à sua volta. Quando ocorre de um tumor benigno se transformar em um tumor maligno, a velocidade de crescimento das células é acelerada, tornando-se capazes de invadir outros tecidos. Como os tumores nascem Os tumores aparecem no organismo quando as células começam a crescer de uma forma descontrolada, em função de um problema nos genes. A causa dessa mutação pode ter três origens : genes que provocam alterações na seqüência do DNA; radiações que quebram os cromossomos e alguns vírus que introduzem nas células DNAs estranhos. Na maioria das situações, as células sadias do organismo impedem que estes DNAs passem adiante as informações. O tumor desenvolve um conjunto de rede de vasos sanguíneo para se manter. Através da corrente sanguínea ou linfática, as células malignas chegam em outros órgãos, desenvolvendo a doença nestas regiões. Esse processo de irradiação da doença é conhecido como metástase. Esta doença é tão perigosa, pois possui capacidade eficiente de reprodução dentro das células e também porque se reproduz e coloniza facilmente áreas reservadas a outras células. Metástase O termo metástase ou tumores secundários designa a instalação de um ou mais focos do tumor à distância do local em que se originou (sítio primário), isto é, a propagação do câncer. As células neoplásicas podem se separar do tumor primário entrando na corrente sangüínea ou no sistema linfático, que produz, armazena e carrega as células que combatem as infecções. Dessa maneira, as células podem se espalhar para partes distantes do corpo e invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes. O Diagnóstico do Câncer O câncer é uma patologia com localizações e aspectos clínico-patológicos múltiplos e não possui sintomas ou sinais patognomônicos, podendo ser detectado em vários estágios de evolução histopatológica e clínica. Destes fatos resulta, em grande parte, a dificuldade do seu diagnóstico e a afirmativa de que a suspeita de câncer pode surgir diante dos sintomas os mais variados possíveis. Câncer de testículo Os testículos fazem parte do órgão reprodutivo masculino e são responsáveis pela produção dos espermatozóides. O câncer de testículo é um tumor menos freqüente, mas com o agravante de ter maior incidência em pessoas jovens em idade produtiva. A criptorquidia (testículo que não desce para a bolsa escrotal) é um fator importante que influi no aparecimento deste tipo de tumor. Epidemiologia Dentre os tumores malignos do homem, 5% ocorrem nos testículos. O câncer de testículo atinge principalmente homens entre 15 e 50 anos de idade, sendo considerado raro. Sua incidência é de 3 a 5 casos para cada grupo de 100 mil indivíduos. Sintomas O sintoma mais comum é o aparecimento de um nódulo duro, geralmente indolor, aproximadamente do tamanho de uma ervilha. Mas, ao apalpar qualquer massa que não tenha sido verificada anteriormente, um médico deve ser procurado imediatamente, de preferência um urologista. A alteração encontrada pode se tratar somente de uma infecção, porém, no caso de um tumor, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. Note-se que massas escrotais não aderentes ao testículo não são suspeitas de câncer. Deve-se ficar atento a alterações como aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, dor imprecisa no abdômen inferior, sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos. Fatores de Risco Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de testículo são: histórico familiar deste tumor, lesões e traumas na bolsa escrotal e a criptorquidia. Na infância, é importante o exame do pediatra para verificar se ocorreu normalmente a descida dos testículos para a bolsa escrotal. Tratamento O tratamento inicial é sempre cirúrgico, através de um pequeno corte no abdome, quando se expõe o testículo e realiza-se uma biópsia. O resultado do material retirado é feito no momento da cirurgia. Nos casos de positividade para câncer, é procedida a retirada do testículo (que nada afeta a função sexual ou reprodutiva do paciente, caso tenha o outro testículo normal). A seguir é feita uma pesquisa no organismo do paciente (com exames para procurar outros sítios da doença), quando o especialista determina a continuidade do tratamento. Linfoma de Hodgkin A Doença, ou Linfoma de Hodgkin, é uma forma de câncer que se origina nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático, um conjunto composto por órgãos, tecidos que produzem células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem estas células através do corpo. Esta doença pode ocorrer em qualquer faixa etária; no entanto, é mais comum na idade adulta jovem, dos 15 aos 40 anos, atingindo maior freqüência entre 25 a 30 anos. A incidência de novos casos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 70 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com Doença de Hodgkin pode ser curada com tratamento atual. Os órgãos e tecidos que compõem o sistema linfático incluem linfonodos, timo, baço, amígdalas, medula óssea e tecidos linfáticos no intestino. A linfa, um líquido claro que banha estes tecidos, contém proteínas e células linfóides. Já os linfonodos (gânglios) são encontrados em todos as partes do corpo, principalmente no pescoço, virilha, axilas, pelve, abdome e tórax; produzem e armazenam leucócitos denominados linfócitos. Existem três tipos de linfócitos: os linfócitos B (ou células B), os linfócitos T (ou células T), e as células "natural killer" (células NK). Cada um destes três tipos de células realiza uma função específica no combate a infecções, e também têm importância no combate ao câncer Fatores de risco Pessoas com sistema imune comprometido, como conseqüência de doenças genéticas hereditárias, infecção pelo HIV, uso de drogas imunossupressoras, têm risco um pouco maior de desenvolver Doença de Hodgkin. Membros de famílias nas quais uma ou mais pessoas tiveram diagnóstico da doença também têm risco aumentado de desenvolvê-la, mas não se deve pensar que é certo de acontecer. Sintomas A Doença de Hodgkin pode surgir em qualquer parte do corpo, e os sintomas da doença dependem da sua localização. Caso desenvolva-se em linfonodos que estão próximos à pele, no pescoço, axilas e virilhas, os sintomas provavelmente incluirão a apresentação de linfonodos aumentados e indolores nestes locais. Se a doença ocorre na região do tórax, os sintomas podem ser de tosse, "falta de ar" (dispnéia) e dor torácica. E quando se apresenta na pelve e no abdome, os sintomas podem ser de plenitude e distensão abdominal. Outros sintomas da Doença de Hodgkin incluem febre, fadiga, sudorese noturna, perda de peso, e prurido ("coceira na pele"). Diagnóstico Utilizam-se vários tipos de exames para diagnosticar Doença de Hodgkin. Estes procedimentos permitem determinar seu tipo específico, e esclarecer outras informações úteis para decidir sobre a forma mais adequada de tratamento. A biópsia é considerada obrigatória para o diagnóstico de Doença de Hodgkin. Durante o procedimento, remove-se uma pequena amostra de tecido para análise, em geral um gânglio linfático aumentado. Há vários tipos de biópsia: Biópsia excisional ou incisional - o médico, através de uma incisão na pele, remove um gânglio inteiro (excisional), ou uma pequena parte (incisional); Biópsia de medula óssea - retira-se um pequeno fragmento da medula óssea através de agulha. Esse procedimento não fornece diagnóstico da Doença de Hodgkin, mas é fundamental para determinar a extensão da disseminação da doença; Estadiamento Após reunir todas as informações disponíveis nos testes diagnósticos, procede-se o estadiamento da doença, ou seja, determinar o quanto se disseminou. Existem quatro estágios, correspondendo o estágio I à doença mais limitada, e o estágio IV, à mais avançada. Também é agregada uma subdivisão destes estágios aos pacientes com certos sintomas relacionados à doença, chamados sintomas B, tais como febre, sudorese noturna, perda de peso significativa. Exemplo: se um paciente tem doença avançada (estágios III ou IV), e tem sintomas B, determina-se o estadiamento como IIIB ou IVB) Tratamento O tratamento clássico da Doença de Hodgkin, em geral, consiste de poliquimioterapia, com ou sem radioterapia. Dependendo do estágio da doença no momento do diagnóstico, pode-se estimar o prognóstico do paciente com o tratamento. O esquema de quimioterapia utilizado de rotina no INCA é denominado ABVD. Câncer de próstata, como prevenir essa doença que assusta os homens O que é próstata? A próstata é uma glândula masculina que se localiza entre a bexiga e o reto. Ela têm participação na produção de sêmen, envolve a ureta, seu tamanho normal é de uma azeitona. A próstata, como todo aparelho sexual masculino tem o seu funcionamento regulado pelos níveis de testosterona circulantes. Como prevenir o câncer de próstata? O câncer de próstata possui fatores de riscos identificáveis. Alguns desses fatores de risco são modificáveis, assim, pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem e esse modo diminuir as chances de desenvolver esse tipo de câncer. Existem também os fatores de proteção, que se a pessoa está exposta a sua chance de desenvolver o câncer diminui muito, entre esses fatores há também os que se pode modificar. Dentre os fatores de risco e proteção para o câncer de próstata mais conhecidos e que podem sofrer modificações são: Idade O câncer de próstata é muito incomum em homens com menos de 50 anos. Porém, após essa idade, torna-se mais comum a cada ano que se passa. Por isso é crucial fazer exames de prevenção e detecção após os 50 anos. Os exames mais comuns para detectar o câncer de próstata são: Toque retal Exame de ultra-sonografia transretal Exame de PSA (antígeno prostático-específico) Família Mais ou menos 15% dos homens que tiveram câncer de próstata possui algum familiar de 1º grau que tem ou teve a doença, ou seja, ter um pai, irmão ou filho com esse tipo de tumor é uma indicação muito alta de que deverá ter um cuidado maior com a saúde com o passar dos anos. Raça De acordo com pesquisas, homens negros têm mais chances de ter câncer de próstata que homens brancos, que por sua vez têm mais chances de desenvolver o tumor que os orientais. Aparentemente essa diferença se dá pelos níveis de testosterona circulante em cada raça. De qualquer forma, é recomendável que todos tenham cuidado e façam o exame de detecção, principalmente os negros que possuem um alto nível de desenvolvimento do tumor. Prevenção com o uso de hormônios. Estudos estão sendo realizados para definir o valor do uso de hormônios que se opõem à ação da testosterona, tentando assim diminuir as chances de desenvolver o tumor. Esse tratamento é recomendável em homens que possuem um risco muito elevado. Sintomas Os principais sintomas do câncer de próstata são o hábito de levantar várias vezes à noite para urinar, dificuldades no ato de urinar e dor à micção. Diagnóstico O diagnóstico do câncer de próstata é feito pelo exame clínico (toque retal) e pela dosagem do antígeno prostático específico (PSA, sigla em inglês), que podem sugerir a existência da doença e indicarem a realização de ultra-sonografia pélvica (ou prostática transretal, se disponível). Esta ultra-sonografia, por sua vez, poderá mostrar a necessidade de se realizar a biopsia prostática transretal. Tratamento O tratamento do câncer da próstata depende do estagiamento clínico. Para doença localizada, cirurgia, radioterapia e até mesmo uma observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática, o tratamento de eleição é hormonioterapia. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após discutir os riscos e benefícios do tratamento com o seu médico. Recomenda-se que o controle do câncer da próstata seja baseado em ações educativas voltadas em primeiro lugar à população masculina, alertando sobre os sinais e sintomas iniciais do câncer da próstata, estimulando-os a procurar uma unidade de saúde tão logo sejam notados; e aos profissionais de saúde, atualizandoos sobre os sinais de alerta para suspeição do câncer da próstata e os procedimentos de encaminhamento para o diagnóstico precoce dos casos. Câncer de pulmão O câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando um aumento por ano de 2% na sua incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados está associado ao consumo de derivados de tabaco. Diagnóstico A maneira mais fácil de se diagnosticar o câncer de pulmão é através de um raio-X torácico complementado por uma tomografia computadorizada. A broncoscopia (endoscopia respiratória) deve ser realizada para avaliar a árvore traquebrônquica e eventualmente permitir a biópsia. É fundamental obter um diagnóstico preciso, seja pela citologia ou patologia. Uma vez obtida a certeza da doença realiza-se o estadiamento, que consiste em saber o estágio de evolução, ou seja, se a doença está restrita ao pulmão ou disseminada por outros órgãos. Fatores de Risco Independentemente do tipo celular ou subcelular, o tabagismo é o principal fator de risco do câncer pulmonar, sendo responsável por 90% dos casos. Outros fatores relacionados são certos agentes químicos (como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, níquel, cádmio e cloreto de vinila, principalmente encontrados no ambiente ocupacional), fatores dietéticos (baixo consumo de frutas e verduras), a doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos (que predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) e história familiar de câncer de pulmão. Sintomas Os tumores de localização central provocam sintomas como tosse, sibilos, estridor (ronco), dor no tórax, escarros hemópticos (escarro com raias de sangue), dispnéia (falta de ar) e pneumonite (brônquio). Os tumores de localização periférica são geralmente assintomáticos. Quando eles invadem a pleura ou a parede torácica, causam dor, tosse e dispnéia do tipo restritivo (ou seja, pela pouca expansibilidade pulmonar). O tumor localizado no ápice pulmonar (Tumor de Pancoast) geralmente compromete o oitavo nervo cervical e os primeiros nervos torácicos, levando à síndrome de Pancoast, que corresponde à presença de tumor no sulco superior de um dos pulmões e dor no ombro correspondente, que se irradia para o braço. Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado, podendo existir em crises em horários incomuns para o paciente. Uma pneumonia de repetição pode ser também um sintoma inicial de câncer de pulmão. Prevenção A mais importante e eficaz prevenção do câncer de pulmão é a primária, ou seja, o combate ao tabagismo, com o que se consegue a redução do número de casos (incidência) e de mortalidade. Tratamento O câncer de pulmão apresenta três alternativas terapêuticas: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Estes métodos podem ser associados para obter melhores resultados. Tumores restritos ao pulmão, nos estágios I e II, devem ser operados e removidos. Nestes casos, a chance de cura é de até 70%. Nos outros estágios, uma associação de quimio e radioterapia, com eventual resgate cirúrgico, é a alternativa que melhor mostra resultados, porém, não ultrapassando 30% de índice de cura. No estágio IV a quimioterapia é o tratamento mais indicado, mas as chances de cura são extremamente reduzidas. Até o momento não existe benefício comprovado pelo uso da imunoterapia. Prova A1 Boa sorte !!!