PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE – PMPA FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E CIDADANIA – FASC COORDENAÇÃO DE GESTÃO DE BENEFÍCIOS E DO CADASTRO ÚNICO – CGBCAD Projeto: SISTEMA DE ATENDIMENTO CADÚNICO/PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA Equipe Responsável: Assistente Social Lucia Helena de Souza Socióloga Márcia de Souza Medeiros Auxiliar Administrativa Marília Silveira Garczynski Colaboração: Assistente Social Adiles Salete Kloh - CRAS Nordeste Psicóloga Ana Lúcia Ustarroz – CRAS Cruzeiro Assistente Social Aoldete Jussara Zinn Velho – CRAS Eixo-Baltazar Assistente Social Heloisa Saldanha Lauenstein - CRAS Centro Assistente Social Isabela Arregui Binz – Proteção Social Básica Psicóloga Karen Botelho Dickel - CRAS Partenon Psicóloga Karina Lanfredi - CRAS Santa Rosa Psicóloga Lirene Finkler - Proteção Especial de Média Complexidade Assistente Social Milene Lattuada da Silva - CRAS Centro Assistente Social Miriam Munhoz Schmidt – Área de Vigilância Sociossistencial Assistente Social Naiara Chaves Vieira - CRAS Centro-Sul Assistente Social Neuza Maria dos Santos Nunes - Proteção Especial de Alta Complexidade Assistente Social Simone Ines Tedesco – Coordenação de Monitoramento e Avaliação Sistematização: Socióloga Márcia de Souza Medeiros Data: Porto Alegre, 02 de junho de 2015. 1. Introdução O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal CadÚnico, que compõe os esforços governamentais para a redução da pobreza e da desigualdade no Brasil, foi criado no ano de 2001,com o intuito de identificar as famílias pobres e muito pobres, assim como sua distribuição no país. Isso de modo a subsidiar iniciativas públicas específicas, de minimização da pobreza e da extrema pobreza, bem como diversas outras que propiciassem aos contingentes em questão, maior bem-estar. Na cidade de Porto Alegre, o modelo de atendimento então estabelecido para o Cadastro foi desde o princípio, composto, preponderantemente,por estagiários, responsáveis pelas entrevistas e pela inserção das mesmas no sistema informatizado,bem como por prestar informações quanto ao CadÚnico e ao Programa Bolsa Família - PBF. Tanto quando sua estrutura ainda era centralizada como posteriormente, ao desmembrar-se antes nos Centros Regionais de Assistência Social e, posteriormente, nos Centros de Referência da Assistência Social - CRAS. O Programa Federal de Transferência de Renda Bolsa Família, estabelecido em 2004, foi o primeiro programa associado ao Cadastro, mas gradativamente, expandiram-se os programas e serviços das diferentes esferas de governo que o utilizam como um dos requisitos para a definição de seus beneficiários. O crescimento das ações relacionadas ao CadÚnico intensificou sua procura pela população e em alguma medida terminou por absorver parte considerável das horas de trabalho da equipe técnica dos CRAS, que deve dar suporte aos mencionados estagiários mas que se envolve também com as derivações de seu produto numericamente mais expressivo, o Programa Bolsa Família, principalmente no que se refere a informações, pedidos de desbloqueio, listagens de situações em Averiguação/Auditoria e de Revisão Cadastral.Buscando a profissionalização do atendimento no Cadastro e no Programa Bolsa Família e o consequente aprimoramento na execução dos procedimentos pertinentes, apresenta-se essa proposta. 2. Justificativa A relevância do CadÚnico e do Programa Bolsa Família na área da Assistência Social – ainda que não tenha de estar necessariamente nela localizado, considerando-se seu caráter multipolíticas públicas - fica caracterizada por uma série de disposições legais, que abrangem desde o regramento no âmbito do Sistema Único de Assistência Social - SUAS pensado de modo amplo a determinações próprias ao município de Porto Alegre. Assim, há uma definição de que as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família,juntamente com aquelas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI (em especial nesses dois primeiros casos, as que descumprem condicionalidades) e no Benefício de Prestação Continuada – BPC, são público prioritário dos serviços socioassistenciais, segundo o Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferência de Renda, Resolução Nº 7 da Comissão Intergestores Tripartite – CIT, de 10 de setembro de 2009. No Pacto de Aprimoramento da Gestão do SUAS (NOB/SUAS 2012), acha-se previsto o referenciamento em CRAS de 100% das famílias inscritas no CadÚnico com renda per capita de meio Salário Mínimo ou de 20% dos domicílios, conforme o IBGE. Conforme o Plano Municipal Plurianual de Assistência Social 2014-2017, de outubro de 2013,diversas das ações propostas respeitam ao Cadastro e ao Programa anteriormente mencionados. Por exemplo, quanto ao Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF,trata-se do acompanhamento familiar de 10% do total de famílias inseridas no CadÚnico e de 10% do total de famílias beneficiárias do PBF; das famílias beneficiárias do PBF em descumprimento de condicionalidades; de 50% das últimas já em fase de suspensão e do referenciamento de 100% da população constante do CadÚnico que recebe até meio Salário Mínimo per capita, já citado acima. Não obstante o CadÚnico e o PBF concorram para a definição do próprio público da Assistência Social, não é aceitável que um e/ou outro absorvam e consumam majoritariamente as horas de trabalho das equipes e o espaço existente nos equipamentos, precisamente porque a inserção cadastral e o programa de transferência de renda por si próprios não alcançam os resultados almejados, possíveis apenas através do cumprimento das diferentes atribuições da Assistência, como as de informar,compor com outras políticas sociais e auxiliar na organização e mobilização da população. Igualmente, não é possível que a busca pelos cidadãos das informações específicas do CadÚnico e do PBF continue a se processar num patamar baixo de resolubilidade, tendo em vista a elevada rotatividade dos estagiários atendentes e a correspondente repetição do treinamento, em seu estágio mais superficial, sem a oportunidade de aprofundamento.Considere-se ainda que, atualmente, cada equipamento opera com autonomia significativa, o que impede a desejável homogeneidade de procedimentos. Da mesma perspectiva de que devido à importância sempre crescente do Cadastro e da dimensão tomada pelo Programa Bolsa Família,ambos requerem maior cuidado e efetividade em sua execução, foi formado, em 2013, o Grupo de Gestores do Cadastro Único das Metrópoles,do qual a cidade de Porto Alegre participa, o qual debruçou-se sobre a questão dos recursos humanos requeridos, dentre outros assuntos. De modo que há um diagnóstico conjunto desse grupo de gestores quanto à necessidade de reformulação do atendimento, assim como a indicação de uma equipe com determinadas características e de acordo com funções previamente definidas. Os resultados desse trabalho orientaram o presente projeto. Portanto,no intuito de afirmar a importância do CadÚnico e do Programa Bolsa Família, a qual se projeta para o conjunto das políticas públicas, a partir de sua inserção na Assistência Social aprimorando sua organização e funcionamento, propõe-se a remodelagem da organização do atendimento relativo ao Cadastro e ao Programa. 3. Objetivos 3.1 Objetivo Geral Estabelecer um Sistema de Atendimento CadÚnico/Programa Bolsa Família que eleve significativamente o padrão de qualidade hoje verificado. 3.2 Objetivos Específicos • profissionalizar o atendimento - contratação de Técnicos Sociais e de Entrevistadores Sociais, com carga horária de 40 horas semanais,através de seleção pública; • padronizar as atividades atinentes; • agilizar os procedimentos; • constituir memória procedimental; • socializar constantemente informações; • reduzir de modo importante o percentual de equívocos e imprecisões; • atender nas Proteções: Básica e Especial de Média e Alta Complexidade; • intensificar as demais modalidades de atendimento, complementares à inserção/atualização do CadÚnico e à transferência de renda. 4.Sistema de Atendimento CadÚnico/Programa Bolsa Família Chamamos a atenção, primeiramente, para o fato de que o formato final a que se chegou, em termos do Sistema proposto foi o factível, levando-se em consideração os recursos disponíveis, derivados do índice de Gestão Descentralizada Municipal-IGD PBF,recursos federais repassados ao município para execução do Cadastro e do Programa. A ideia de um Sistema com diversos constituintes que se relacionam entre si e operam numa mesma lógica moldou-se às diferenças no volume de atendimentos no CadÚnico e no PBF, relatado mensalmente à Vigilância Socioassistencial. O Sistema compõe-se de vinte e duas Equipes Locais,uma por CRAS; de uma Equipe Volante; de uma Equipe de Conexão e da Equipe de Gestão 4.1. Equipe Local 4.1.1 Número e distribuição – vinte e duas equipes,uma por CRAS, quatro delas com dois Entrevistadores Sociais – CRAS CENTROSUL,LOMBA DO PINHEIRO,PARTENON e RESTINGA e dezoito com um CENTRO, CRISTAL, CRUZEIRO, EIXO-BALTAZAR, EXTREMO-SUL, FARRAPOS, GLÓRIA, HÍPICA, ILHAS, LESTE I, LESTE II, NORDESTE, NOROESTE, NORTE, RESTINGA QUINTA UNIDADE, SANTA ROSA, SUL E TIMBAÚVA. . 4.1.2 Organização do Trabalho O Entrevistador Social pertencente à Equipe Local tem suas horas de trabalho voltadas, exclusivamente, ao atendimento no CadÚnico e ao Programa Bolsa Família, resguardada sua participação em reuniões,no âmbito do CRAS, ordinariamente e no Sistema de Atendimento Cadúnico/Programa Bolsa Família, quando necessário. Fica sob responsabilidade desse profissional prestar informações sobre o processo de cadastramento; efetuar consultas nos Sistemas CadÚnico e Sistema de Benefícios ao Cidadão - SIBEC; realizar as entrevistas para inserção e revisão cadastral; inserir as informações resultantes no sistema informatizado; monitorar os cadastros e benefícios. O Entrevistador Social da Equipe Local atua em estreita ligação com a Equipe do CRAS e o Sistema de Atendimento CadÚnico/Programa Bolsa Família: Equipe Volante, Equipe de Conexão e Gestão, de um lado, para que as ações próprias sejam efetuadas de modo ágil e apropriado e de outro lado, para seu devido imbricamento com as demais tarefas realizadas no CRAS e que respeitam, essencialmente,ao acompanhamento das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família e a sua inclusão nos diferentes serviços de Assistência Social,assim como das demais políticas sociais. 4.2. Equipe Volante – SAFs, PAIFs VOLANTES, CREAS, CENTROS POP, ALBERGUES, ABRIGOS e AÇÕES ESPECÍFICAS 4.2.1 Número e distribuição – uma equipe para a cidade, composta por seis Entrevistadores Sociais 4.2.2 Organização do trabalho O Entrevistador Social da Equipe Volante tem as mesmas tarefas dos Entrevistadores que compõem a Equipe Local, sendo que altera-se o local da prestação do serviço. Assim como as tarefas a serem cumpridas pela Equipe Local modificam-se conforme o turno, de maneira a que se concretizem satisfatoriamente, também as de responsabilidade da Equipe Volante obedecem a turnos, adequados às necessidades de cada período.Pode-se ter, portanto, maior proporção de entrevistas ou da digitação, a cargo dessa segunda equipe, conforme as circunstâncias. Além da sintonia com os demais constituintes do Sistema CadÚnico/Programa Bolsa Família: Equipes Locais, Equipe de Conexão e Equipe de Gestão, a Equipe Volante mantém sincronia com as equipes dos demais locais a cujo atendimento acha-se integrada. 4.3. Equipe de Conexão 4.3.1 Número e distribuição - uma equipe para a cidade, formada por seis Técnicos Sociais. 4.3.2 Organização do trabalho Essa equipe vincula as Equipes Locais e a Equipe Volante entre si assim como com a Gestão. Tem a mesma por atribuições, o planejamento do atendimento no CadÚnico e no PBF, além da realização de determinadas atividades exclusivas. Entre as ações sob sua responsabilidade tem-se: o treinamento permanente dos Entrevistadores Sociais; a supervisão de seu trabalho; a emissão de posicionamento técnico, a exemplo do parecer social; a definição dos turnos destinados a cada uma das tarefas previstas, em todos os equipamentos, sempre tomando em consideração a cidade como um todo e seus diferentes públicos específicos, assim como os temas prioritários em cada ocasião; as formas de divulgação de questões como a revisão cadastral;atividades operacionais como desbloqueios de benefícios e senhas, além de entrevistas, digitação e monitoramento, se necessário. 4.4 Equipe de Gestão A Equipe de Gestão tem a mesma composição atual, quatro técnicos, sendo acrescida de um Assistente Administrativo aos dois já existentes, para a recepção e responde por todo o sistema de Atendimento CadÚnico/Programa Bolsa Família,definindo as grandes linhas do planejamento quanto a critérios de seleção e formato do treinamento permanente dos Entrevistadores Sociais e dos Técnicos Sociais; estabelecendo os devidos nexos com as demais esferas de governo: área decisória da própria Fundação, governos municipal, estadual e federal;aprofundando-se na análise das informações pertinentes ao CadÚnico e ao PBF, realizando, enfim, a gestão propriamente considerada. 4.5 Diretrizes de funcionamento 4.5.1 Compactação do atendimento 4.5.1.1 Turnos específicos Para que as diferentes funções sejam desempenhadas a contento, é necessário definir turnos para cada uma delas,com maior ou menor reserva de horas de trabalho, conforme as especificidades de cada local de atendimento, considerados critérios objetivos.Equipamentos com grande número de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, por exemplo, devem ter mais turnos de consulta; aqueles cuja cobertura pelo CadÚnico for menor do que as estimativas de pobreza e pobreza extrema – considerando-se as Unidades de Desenvolvimento Humano, UDHs – Observatório de Porto Alegre/Instituto de Pesquisa Aplicada – IPEA/ Fundação João Pinheiro e o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE deverão possuir mais turnos de cadastramento e assim por diante. A divisão de turnos também não é estanque, sendo adaptável às necessidades que forem surgindo. Assim, em período de intensa procura por cadastramento como os de inscrição para a Carteira Nacional de Habilitação Social, mais turnos de cadastramento serão ofertados. A divisão da carga horária dos Entrevistadores Sociais deve prever, enfim, turnos específicos para: a)consultas – se já gerado o Número de Inscrição Social – NIS; se o cadastro está atualizado; se gerado benefício, dentre outras questões pertinentes ao CadÚnico e ao Programa Bolsa Família; b)cadastramento – entrevistas para cadastros novos e para alterações; c) cadastramento – inserção no sistema; d) monitoramento dos cadastros e benefícios. A título de orientação geral, preconiza-se a seguinte distribuição de atividades por turno: Turnos de Cadastramento/Entrevistas - cinco; Turnos de Cadastramento/Digitação e Monitoramento de cadastros e benefícios – dois; Turnos de Consulta (ao longo do horário)– um; Turno de Reunião de Equipe – semanal e para Reunião no âmbito do sistema – quando necessário – dois (não havendo qualquer das modalidades de reunião, o turno será utilizado para digitação/monitoramento. Os turnos previstos podem ser adaptados a necessidades episódicas, como por exemplo, a maior procura por cadastramento em determinado período, sendo dado suporte adicional pela Equipe Volante e pela Equipe de Conexão, sempre que preciso. 4.5.1.2 Sem agendamento Serão entrevistadas por turno quantas pessoas for possível de acordo com o planejamento: quando a Equipe Local possuir um entrevistador, oito por turno e quando possuir dois entrevistadores, dezesseis por turno. Considera-se que agendar o cadastramento para período posterior significa não atender àqueles que comparecem aos equipamentos, mas apenas maquiar o não atendimento. Evita-se, de igual forma, que devido ao longo período decorrido entre o comparecimento ao CRAS e a data agendada para o cadastramento, as pessoas esqueçam-se do dia e horário marcados ou estejam impossibilitadas de comparecer naquela ocasião. As pessoas que excederem a capacidade de atendimento do turno, terão de retornar em novo turno de cadastramento e passar pela triagem inicial novamente, quantas vezes forem necessárias para que sua situação esteja dentro do limite de entrevistas estabelecido. 4.5.2 Atendimento preferencial Deve ser dado atendimento preferencial a gestantes, idosos, lactantes, portadores de necessidades especiais e pessoas acompanhadas de crianças de colo, em todos os turnos, conforme a atividade estabelecida para cada um; 4.5.3 Ordem de chegada As pessoas que procurarem atendimento referente ao CadÚnico e ao Programa Bolsa Família serão atendidas por ordem de chegada, segundo relação elaborada pela recepção de cada local de atendimento; 4.5.4 Sala de Espera diária e por turno No início de cada turno, em horário determinado,8:00 e 13:00 horas, as pessoas relacionadas serão recebidas pelo Entrevistador Social. O mesmo prestará informações quanto ao CadÚnico, o Programa Bolsa Família e demais Programas Usuários, à documentação necessária e ao modo como acha-se organizado o atendimento.A seguir, triará todas as situações, respondendo aos pedidos de consulta e definindo quais as pessoas que poderão ser entrevistadas, em se tratando de turno de entrevistas, além de orientar para o dia e horário de retorno, quando não for possível atender o cidadão no mesmo turno; 4.5.5 Tempo médio para preenchimento do caderno de entrevista Para fins do Sistema, estima-se o tempo médio de preenchimento de cada caderno de entrevistas em 30 minutos; 4.5.6 SAFs, PAIFs VOLANTES, CREAS,CENTROS DIA DO IDOSO, CENTROS POP, ALBERGUES, ABRIGO e AÇÕES ESPECÍFICAS As equipes dos SAFs poderão realizar consultas apenas quando se tratar de famílias por elas acompanhadas; nos demais casos, a consulta será de responsabilidade da Equipe Volante, conforme dia e turno estipulado. A digitação e arquivamento dos cadernos de entrevista feitos na área dos SAFs e PAIFs VOLANTES, assim como o monitoramento de cadastros e benefícios ocorrerá no CRAS correspondente, enquanto que os realizados nos CREAS,CENTROS DIA DO IDOSO, CENTROS POP, ALBERGUES e ABRIGOS serão digitados e monitorados na CGBCAD, sendo arquivados no próprio local. Quando de AÇÕES ESPECÍFICAS, a digitação, o arquivamento e o monitoramento acontecerão na CGBCAD; 5. Custos Os profissionais contratados, Técnicos Sociais e Entrevistadores Sociais terão os custos abaixo discriminados, sendo que se acham computados os devidos encargos: provisão de férias; provisão de 13º salário; Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS – 8%; estimativa vale-transporte; Programa de Integração Social - PIS – 1%; contribuição para o Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS e outros - 27% - FGTS rescisório – 50%; provisão para rescisão (poupança). Para fazer frente aos custos em questão, será utilizado o percentual de 80% da parcela de repasse do IGD - PBF de modo a manter margem para a aquisição de equipamentos e suprimentos, assim como outras despesas. O último montante recebido pelo município de Porto Alegre e valor de referência para esse projeto foi de R$ 156.754,05,pertinente ao mês de outubro de 2014 e recebido em março de 2015. Assim, o valor disponível para o pagamento dos Recursos Humanos seria de R$ 125.403,24/mês. 5.1 Entrevistador Social: Salário Mensal Encargos - R$ 1.256,96;Total - R$ 2.856,96; Bruto - R$ 1.600,00; 5.2 Técnico Social: Salário Mensal Bruto - R$ 2.800,00;Encargos – 2.199,68; Total - R$ 4.999,68; 5.3 Custo das Equipes Sociais: R$ 74.280,96; Locais – vinte e seis Entrevistadores 5.4 Custo da Equipe Volante – seis Entrevistadores Sociais: R$ 17.141,76; 5.5 Custo da 29.998,08; Equipe de Conexão - seis Técnicos Sociais: R$ 5.6 Custo da Equipe de Gestão – proventos dos servidores; 5.7 Custo Total dos Recursos Humanos contratados - R$ 121.420,80; 5.8 Contratação de carro – 10 turnos semanais - R$ 3.585,10 O carro deve comportar a Equipe Volante e a Equipe de Conexão, sendo contratado para 10 turnos de trabalho semanais. Também será utilizado para o transporte de membros das duas equipes referidas, o carro já contratado para o atendimento do Programa Bolsa Família, nos turnos eventualmente ociosos; 5.9 Custo Total dos contratados:124.905,90/mês. Recursos Humanos e carro 6. Cronograma O projeto será encaminhado à Presidência e Direção Técnica, em junho de 2015, para envio ao CMAS, no mesmo mês. Após aprovação e resolução do CMAS, será elaborado o edital para contratação dos Recurso Humanos e do carro. Em sendo contratada a empresa que fornecerá os profissionais previstos e depois de assinados os contratos individuais,ter-se-á um mês de treinamento.A expectativa é, assim, de que a implantação do sistema aconteça ainda no segundo semestre de 2015. 7. Observações Finais A premência quanto à necessidade de reorganização e aperfeiçoamento do atendimento do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família na cidade, por todas as razões anteriormente mencionadas nesse texto, tem sido pauta da discussão das diversas áreas envolvidas no mesmo, especialmente, os CRAS, a Proteção Social Básica - PSB e a Direção Técnica, com a CGBCAD, que responde por sua gestão, ao longo de anos. Procurando remodelar o atendimento, foi redigido em maio de 2014,por esse setor, o Projeto Centro de Atendimento CadÚnico/Programa Bolsa Família que previa a centralização das consultas e da atualização/revisão cadastral, sendo mantida a inserção cadastral nos CRAS. O projeto espelhava-se na experiência bem-sucedida de outras capitais, como São Luís, Estado do Maranhão. No entanto, a proposta do Centro terminou por ser rejeitada pelos CRAS. Dessa forma,foi criado, em dezembro de 2014,o Grupo de Trabalho Cadastro Único – GT CadÚnico, reunindo representações dos CRAS, das Proteções Básica e Especial de Alta e Média Complexidade, da Vigilância Socioassistencial,do Monitoramento e Avaliação e da CGBCAD. A última fez então a proposta ora apresentada sob a forma de projeto, que foi sendo alterada/ratificada em sucessivas reuniões do GT. Com as tratativas quanto ao conteúdo já em fase final, a proposta teve uma apresentação preliminar à Comissão de Controle Social do Programa Bolsa Família, do Conselho Municipal de Assistência Municipal – CMAS, aos Coordenadores de CRAS e de CREAS - em reunião conjunta, à Direção Técnica e ao Presidente da Fundação. Em todos os âmbitos, houve boa receptividade e compreensão do alcance último do agora projeto, que é,afinal, o de melhoria significativa do atendimento do Cadastro e do Programa à população. Por último, ressaltamos que desde a redação do projeto do Centro de Atendimento, houve preocupação de que os Recursos Humanos a operar no CadÚnico e no Programa Bolsa Família fossem estatutários, admitidos por concurso público. A impossibilidade, esperamos que momentânea de atendimento dessa premissa não impede que a mesma se mantenha, com o intuito de maior efetividade no serviço prestado.