CARVLAHO, Fernando Pires (BR); Almeida, Rodrigo Borges; Nomelini, Maria Betânia Freitas Lopes; Souza, Juliana Ribeiro Rosa. eficácia do ácido tranexâmico intradérmico no tratamento de melasma – relato de caso INTRODUÇÃO: DISCUSSÃO: Melasma é uma importante hipermelanose facial, de aspecto inestético e mais comum em mulheres em idade fértil. Caracteriza-se por máculas acastanhadas que podem variar de castanho-claro a marrom-escuro. Sua etiopatogenia não é totalmente conhecida. É considerada dermatose de importante impacto psicossocial, correlacionando-se a baixa auto-estima e a fobias sociais dependendo do grau de sua apresentação. O tratamento do melasma é um desafio para o dermatologista devido ao seu caráter recorrente e recidivante. Um fator importante na resposta à terapêutica é a proteção solar de amplo espectro, diária e contínua. Neste trabalho é apresentado caso de paciente com melasma epidérmico tratada com Ácido Tranexâmico (AT) injetável, atendida na clínica Excellence Estética Médica, em Goiânia, Goiás, Brasil. O melasma é patologia recorrente e recidivante. Tem etiologia desconhecida, mas classificada como multifatorial, incluindo fotoexposição à radiação ultravioleta, predisposição genética, gravidez, uso de anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal. A hidroquinona, usada em associação com ácidos, foi por muito tempo o tratamento mais indicado, mas caiu em desuso em alguns países por complicações como ocronose exógena induzida, ocasionada principalmente pelo seu uso prolongado e indiscriminado. A terapia com AT injetável tem sido utilizada como alternativa de tratamento para o melasma, com eficácia e sucesso satisfatórios levando-se em consideração métodos de análise fotográficos, avaliação clínica, visualização com lâmpada de Wood e dermatoscopia. RELATO DE CASO: CONCLUSÃO: E.R.S., 50 anos, sexo feminino, fototipo III de Fitzpatrick, com melasma epidérmico em regiões malar e frontal supra orbital bilateralmente, fez diversas tentativas de tratamento com ácidos tópicos e hidroquinona 4% tópica sem sucesso ou com recidiva em curtos períodos de tempo. A paciente foi submetida a microinjeções intradérmicas de ácido tranexâmico (4mg/ml), aplicadas em sessões quinzenais e diretamente nas regiões de hiperpigmentação, por um período de 6 meses. Preparo da pele para o procedimento incluía assepsia adequada e aplicação tópica de gel anestésico contendo lidocaína 23% e tetracaína 7%. Foi indicado o uso de filtro solar FPS 50 4 vezes ao dia rigorosamente. O tratamento realizado mostrou-se eficaz e o resultado mantevese sem recidivas após 3 meses de terapêutica, ao contrário do tratamento com hidroquinona que já apresentava recidiva após segundo mês de interrupção do uso. Manteve somente fotoproteção FPS 50 durante esse período. Mesmo sendo considerado um procedimento doloroso devido às aplicações, a paciente monstrou-se colaborativa com as microinjeções quinzenais e satisfeita com o resultado obtido. Pelo exame clinico, dermatoscópico e avaliação fotográfica comparativa da hipermelanose, a resposta terapêutica foi considerada positiva. REFERÊNCIAS: COSTA et al. Associação de emblica, licorice e belides como alternativa à hidroquinona no tratamento clínico do melasma. An. Bras. Dermatol, v.85, n.5, Rio de Janeiro, set-out. 2010. HASSUN, K.M.; BAGATIN, E.; VENTURA, K.F. Melasma: [revisão]. RBM rev. bras. med, v.65(n.esp), p.11-16, ago. 2008.MIOT et al. Estudo comparativo morfofuncional de melanócitos em lesões de melasma. An Bras Dermatol, v.82, n.6, p.529-34, nov. 2007. RIBAS, J.; SCHETTINI, A.P.M.; CAVALCANTE, M.S.M. Ocronose exógena induzida por hidroquinona: relato de quatro casos. An Bras Dermatol, v.85, n.5, p.699-703, 2010. Figura 1 - Foto antes e depois procedimento SACRE et al. Melasma idiopático: avaliaçäo das funçöes tireoidiana, prolactínica e gonodal feminina. An. bras. dermatol, v.71, n.3, p.195-8, maio-jun. 1996. STEINER et al. Estudo de avaliação da eficácia do ácido tranexâmico tópico e injetável no tratamento do melasma. Surg. Cosm. Dermatol, v.1, n.4, p.174-177, 2009.