QUESTÃO: Desigualdade de quê?
Resposta: Desigualdade social é função, em grande medida,
da DESIGUALDADE ECONÔMICA (RIQUEZA e renda)
1)
Concentração de riqueza e renda prejudica o
crescimento econômico.
2)
Crescimento econômico pode provocar
aumento da concentração de riqueza e renda.
3)
Brasil tem uma das maiores concentrações de
riqueza do mundo e, portanto, é um dos países de
maior desigualdade de renda.
Desigualdade e crescimento
"Com pequenas variações, tais desigualdades
pouco se alteram quando se trata de indicadores
educacionais, de saneamento básico ou de
diferenças étnicas, independentemente do fato das
melhorias ocorridas durante os anos 90." (ALS)
Maior concentração funcional
da renda nos últimos anos
Distribuição funcional da renda, 1994-99
(percentual do PIB)
Discriminação
1994
1995
1996
1997
1998
1999
Excedente operacional bruto
38,4
40,3
41,0
42,8
42,3
41,4
Remuneração dos empregados
40,1
38,3
38,5
37,5
38,2
37,5
32,0
29,6
28,8
27,8
27,5
26,5
5,7
5,9
5,7
5,6
5,5
5,1
15,8
15,6
14,8
14,2
13,9
16,0
Salários
Rendimento de autônomos
Impostos líquidos de subsídios
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Contas Nacionais.
Renda do trabalho e do capital, 1994-2000
Discriminação
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
Média
19952000
100,4
106,7
118,0
126,7
129,3
128,7
121,6
3,4*
92,5
98,4
105,5
101,6
102,9
102,0
94,8
0,5*
100,5
100,2
90,7
86,3
80,0
75,3
76,5
-4,4*
10,7
6,1
5,0
4,8
4,2
-2,7
7,3
4,1
Rentabilidade real anual dos títulos
públicos (%)
24,2
33,4
16,5
16,1
26,6
4,7
7,0
17,4
Rentabilidade anual do patrimônio
dos maiores bancos privados nacionais
13,7
12,2
14,6
13,8
18,7
20,8
13,8
15,7
Trabalhador
Rendimento médio do pessoal
ocupado (índice IBGE julho 1994 =
100)
Massa de salários reais (índice
FIESP junho 1994 = 100)
Total de horas pagas (índice FIESP
junho 1994 = 100)
Capitalista, lucro
Rentabilidade do patrimônio das 500
maiores empresas(%)
Rentista, juro
A rentabilidade anual do patrimônio dos maiores bancos privados nacionais refere-se à média dos 9 maiores bancos.
(*) Média aritmética das taxas anuais de crescimento.
O Brasil tem uma das maiores
concentrações de riqueza do mundo
e, portanto, é um dos países de
maior desigualdade de renda
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO MUNDO, SEGUNDO OS PAÍSES
País / Indicador
África do Sul
Alemanha
Argélia
Austrália
Áustria
Bangladesh
Belarus
Bélgica
Bolívia
Brasil
Bulgária
Canadá
Casaquistão
Checa, Rep.
Chile
China
Colômbia
Costa do Marfim
Costa Rica
Dinamarca
Dominicana, Rep.
Egito
El Salvador
Equador
Eslovaca, Rep.
Eslovênia
Índice de Gini
58.4
28.1
35.3
33.7
23.1
28.3
21.6
25.0
42.0
60.1
30.8
31.5
32.7
26.6
56.5
41.5
57.2
36.9
47.0
24.7
50.5
32.0
49.9
46.6
19.5
29.2
Participação dos 10% mais
ricos na renda
47.3
22.6
26.8
24.8
19.3
23.7
19.4
20.2
31.7
47.9
24.7
23.8
24.9
23.5
46.1
30.9
46.9
28.5
34.1
20.5
39.6
26.7
38.3
37.6
18.2
24.5
continuação TABELA
País / Indicador
Índice de Gini
Participação dos 10% mais
ricos na renda
Espanha
32.5
25.2
Estados Unidos
40.1
28.5
Estônia
39.5
31.3
Filipinas
42.9
33.5
Finlândia
25.6
21.6
França
32.7
24.9
Gana
33.9
27.3
Guatemala
59.6
46.6
Guiana
40.2
32.0
Guiné
46.8
31.7
Guiné-Bissau
56.2
42.4
Holanda
31.5
24.7
Honduras
53.7
42.1
Hungria
27.9
24.0
Iemen, Rep.
39.5
30.8
Índia
29.7
25.0
Indonésia
34.2
28.3
Irlanda
35.9
27.4
Israel
35.5
26.9
Itália
31.2
23.7
Jamaica
41.1
31.9
Jordânia
43.4
34.7
Quênia
57.5
47.7
Latvia
27.0
22.1
continuação TABELA
País / Indicador
Índice de Gini
Participação dos 10% mais ricos
na renda
Lesoto
56.0
43.4
Lituânia
33.6
28.0
Laos
30.4
26.4
Luxemburgo
26.9
22.3
Madagascar
43.4
34.9
Malásia
48.4
37.9
Marrocos
39.2
30.5
Mauritânia
42.4
30.4
México
50.3
39.2
Moldávia
34.4
25.8
Mongólia
33.2
24.5
Nepal
36.7
29.8
Nicarágua
50.3
39.8
Níger
36.1
29.3
Nigéria
45.0
31.4
Noruega
25.2
21.2
Panamá
56.8
42.5
Papua Nova Guiné
50.9
40.5
Paquistão
31.2
25.2
Paraguai
59.1
46.6
continuação TABELA
País / Indicador
Índice de Gini
Participação dos 10% mais ricos
na renda
Peru
44.9
34.3
Polônia
27.2
22.1
Quirguízia
35.3
26.2
Reino Unido
32.6
24.7
Ruanda
28.9
24.2
Romênia
25.5
20.2
Rússia, Fed.
31.0
22.2
Senegal
54.1
42.8
Serra Leoa
62.9
43.6
Sri Lanka
30.1
25.2
Suécia
25.0
20.1
Suíça
36.1
28.6
Tailândia
46.2
37.1
Tanzânia
38.1
30.2
Tunísia
40.2
30.7
Turquimenistão
35.8
26.9
Ucrânia
25.7
20.8
Uganda
40.8
33.4
Venezuela
46.8
35.6
Vietnã
35.7
29.0
Zâmbia
46.2
31.3
Zimbabwe
56.8
46.9
EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NA AMÉRICA LATINA,
PAÍSES SELECIONADOS
País / Indicador
Ano
Coeficiente de Gini
Participação dos 10%
mais ricos na renda
Argentina
1980
1986
1990
1992
1994
37.5
40.6
42.3
40.8
43.9
29.8
34.5
34.8
31.6
34.2
Brasil
1979
1987
1990
1993
49.3
54.3
53.5
51.2
39.1
44.3
41.7
42.5
Chile
1987
1990
1992
1994
1996
48.5
47.1
47.4
47.3
47.3
39.6
39.2
40.5
39.7
39.4
Costa Rica
1981
1988
1990
1992
1994
32.8
36.4
34.5
36.2
36.3
23.2
27.6
24.6
26.9
27.5
Guatemala
1986
1989
46.4
47.9
36.4
37.9
Honduras
1990
1992
1994
48.7
46.1
45.9
38.9
35.4
37.2
continuação TABELA
País / Indicador
Ano
Coeficiente de Gini
Participação dos 10%
mais ricos na renda
México
1984
1989
1992
1994
32.1
42.4
41.4
40.5
25.8
36.9
28.9
27.1
Panamá
1979
1986
1989
1991
1994
39.9
43.0
46.0
44.8
45.1
29.1
33.0
36.2
34.2
37.4
Paraguai
1986
1990
1992
1994
40.4
35.7
39.1
41.7
31.8
28.9
29.2
35.2
Uruguai
1981
1986
1990
1992
1994
37.9
38.5
35.3
30.1
30.0
31.2
32.4
31.2
25.9
25.4
Venezuela
1981
1986
1990
1992
1994
30.6
38.4
37.8
38.0
38.7
21.8
28.9
23.8
28.1
31.4
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E POBREZA: PAÍSES SELECIONADOS
País / Variável
População
milhões
Área
milhares km2
PNB
PPP
$ bilhões
1996
PNB
PPP 1996
per capita
$
Coeficiente de
Gini
África do Sul
38
1221
280
7450
58.4
Argentina
35
2737
336
9530
43.9
Austrália
18
7682
364
19870
33.7
Brasil
161
8457
1023
6340
60.1
Casaquistão
16
2671
53
3230
32.7
China
1215
9326
4047
3330
41.5
Egito
59
995
170
2860
32.0
Estados Unidos
265
9159
7433
28020
40.1
França
58
660
1256
21510
32.7
Índia
945
2973
1493
1580
29.7
Indonésia
197
1812
652
3310
34.2
México
93
1909
714
7660
50.3
Mongólia
3
1567
5
1820
33.2
Paquistão
134
771
214
1600
31.2
Reino Unido
59
242
1173
19960
32.6
Rússia
148
16889
619
4190
31.0
Até mesmo pelos padrões
latino-americanos, o Brasil
tem uma elevada
concentração de renda
DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL, SEGUNDO OS DECIS: 1960-1990
(em porcentagem)
Decil
1960
1970
1980
1990
Primeiro
1.17
1.16
1.18
0.81
Segundo
2.32
2.05
2.03
1.80
Terceiro
3.42
3.00
2.95
2.20
Quarto
4.65
3.81
3.57
3.04
Quinto
6.15
5.02
4.41
4.06
Sexto
7.66
6.17
5.58
5.47
Sétimo
9.41
7.21
7.17
7.35
Oitavo
10.85
9.95
9.88
10.32
Nono
14.69
15.15
15.36
16.27
Décimo
39.66
46.47
47.89
48.69
MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL: 1960-1990
(em porcentagem)
Critério / Ano
1960
1970
1980
1990
Participação dos 10%
mais ricos
39.66
46.47
47.89
48.69
Participação dos 40%
mais pobres
6.92
10.02
9.73
7.85
Razão entre a renda
dos 10% mais ricos e
a renda dos 40%
mais pobres
5.73
4.64
4.92
6.20
1960-1970
1970-1980
1980-1990
1960-1990
2.2
7.0
-1.5
2.5
Mudança na fração
da renda apropriada
pelos
10% mais ricos
6.81
1.42
0.80
9.03
40% mais pobres
3.10
-0.29
-1.88
-0.93
Critério / Período
Taxa de crescimento
médio anual do PIB
DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL, SEGUNDO OS DECIS E REGIÕES: 1990
(em porcentagem)
Decil
Norte
(1)
MeioNorte
(2)
Nordest
eCentral
(3)
Leste
(4)
Sudeste
(5)
Rio de
Janeiro
São
Paulo
Paraná
Sul
(6)
CentroOeste
(7)
Primeiro
1.03
0.77
0.78
0.75
0.93
1.21
1.20
1.13
1.26
0.90
Segundo
1.79
1.56
1.79
1.61
1.99
1.86
2.16
1.98
1.87
1.59
Terceiro
2.39
2.31
2.75
2.36
2.17
2.38
3.09
2.62
2.69
2.09
Quarto
3.27
3.13
3.04
2.51
2.85
3.25
3.95
3.48
3.60
2.93
Quinto
4.36
3.77
3.78
3.22
3.87
4.20
4.99
4.48
4.59
3.94
Sexto
5.69
5.14
4.98
4.40
5.08
5.55
6.44
5.98
5.86
5.27
Sétimo
7.53
7.19
6.64
6.17
6.97
7.25
8.12
7.83
7.76
7.21
Oitavo
10.22
10.14
9.48
8.99
9.86
10.18
10.88
10.71
10.53
10.10
Nono
15.42
16.05
15.60
15.20
15.93
15.98
16.35
16.15
16.49
16.61
Décimo
48.29
49.95
51.17
54.80
50.36
48.14
42.83
45.63
45.34
49.36
Notas: Proporção da renda total apropriada por cada décimo da distribuição da população economicamente ativa com renda positiva.
(1) Roraima, Acre, Amapá, Rondônia, Amazonas e Pará.
(2) Maranhão, Piauí.
(3) Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Fernando de Noronha.
(4) Sergipe, Bahia.
(5) Minas Gerais, Espírito Santo.
(6) Santa Catarina, rio Grande do Sul.
(7) Mato Grosso (Mato Grosso + Mato Grosso do Sul), Goiás, Distrito Federal.
DISTRIBUIÇÃO INTER-REGIONAL E INTRA-REGIONAL DA RENDA NO BRASIL: 1970-1995
(índice de desigualdade)
Ano
Desigualdade
inter-regional
Desigualdade intra-regional
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
1970
14.82
2.12
3.95
10.66
2.57
9.65
1975
14.81
3.07
3.97
8.06
1.13
8.30
1980
12.31
2.77
4.53
4.71
0.89
6.54
1985
9.16
3.15
5.30
3.48
0.33
6.06
1990
8.54
2.57
3.29
3.76
0.31
7.99
1995
8.70
0.74
2.86
3.49
0.06
7.90
Fonte: A. H. B. Ferreira, “Evolução recente das rendas per capita estaduais no Brasil”, Revista de Economia Política, vol. 18, n. 1, março 1998, p. 93.
RENDAS PER CAPITA ESTADUAIS E REGIONAIS NO BRASIL: 1970-1995
(como proporção da renda per capita do Brasil)
Ano
Norte
Nordeste
Sudeste
São Paulo
Rio de
Janeiro
1970
0.58
0.40
1.52
2.06
1.66
1975
0.51
0.39
1.47
1.95
1980
0.67
0.41
1.43
1985
0.76
0.48
1990
0.79
1995
0.72
Sul
Paraná
CentroOeste
0.96
0.74
0.68
1.53
1.08
0.95
0.73
1.80
1.40
1.08
0.91
0.81
1.37
1.69
1.28
1.11
1.01
0.81
0.48
1.36
1.69
1.27
1.05
0.96
0.96
0.48
1.34
1.65
1.22
1.16
1.16
0.97
EVOLUÇÃO DA POBREZA NO BRASIL
(*) Estimativa
Ano
Percentual de
pobres
Número de
pobres
1983
51.0
64.2
1985
43.5
57.0
1986
31.1
41.5
1987
43.5
59.2
1993
41.7
62.9
1995
33.9
52.6
1996
33.5
52.7
1997
33.9
53.9
1998*
34.1
55
1999*
35-37
58-60
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E RIQUEZA
(em porcentagem)
País
Brasil
Grã-Bretanha
Estados Unidos
Renda
Riqueza
Renda
Riqueza
Renda
Riqueza
O 1% mais rico
17
53
8
29
8
26
Os 5% mais ricos
39
nd
18
54
21
nd
Os 10% mais
ricos
53
nd
23
67
24
64
GRUPOS SOCIAIS E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL
Grupo social
Percentagem da
população
Número em
milhões
Percentagem da
renda
Relação entre a
renda média
(pobre = 1000)
Miseráveis
15
24
1
400
Pobres
20
30
5
1000
Quase pobres
35
60
20
2300
Classe média
29
50
60
9000
1
2
14
60000
100
166
100
4300
Ricos
Total
DESIGUALDADE DA RENDA NO BRASIL
Ano
10% mais
ricos
Coeficiente de
Gini
Coeficiente de
Theil
Razão da
renda média
entre os 20%
mais ricos e
os 20% mais
pobres
Razão da
renda média
entre os 10%
mais ricos e
os 40% mais
pobres
1995
47.9
60.1
73.6
28.1
24.1
1996
47.6
60.2
73.3
29.9
24.6
1997
47.7
60.2
73.8
29.2
24.5
ESTOQUE LÍQUIDO DE RIQUEZA PRIVADA NO BRASIL: 1970-95
(valores em R$ bilhões de 1995)
Ano
Riqueza privada
Riqueza privada/PIB
(%)
1970
418.8
1.97
1975
682.0
1.99
1980
1025.2
2.09
1985
1265.9
2.42
1990
1577.8
2.75
1995
1856.5
2.82
ESTOQUE LÍQUIDO DE RIQUEZA PRIVADA NO BRASIL, COMPOSIÇÃO: 1995
(valores em R$ bilhões de 1995)
Item
Estoque líquido
Participação
(%)
1. Bens de capital
1691.9
91.1
1.1. Construção
1370.3
73.8
1.1.1. Estruturas residenciais
697.8
37.6
1.1.2. Estruturas não-residenciais
672.5
36.2
1.2. Máquinas e equipamentos
321.6
17.3
2. Bens de consumo
112.9
6.1
2.1. Automóveis
92.2
5.0
2.2 Eletro-domésticos
20.7
1.1
3. Ativos monetários e financeiros
51.8
2.8
3.1. Base monetária
15.1
0.8
3.2. Títulos públicos em poder do público
102.7
5.5
3. Dívida externa líquida
(66.0)
(3.6)
1856.5
100.0
Total
Brasil:
desigualdade no século XXI
Desigualdade e crescimento
"Com pequenas variações, tais desigualdades pouco se alteram quando se
trata de indicadores educacionais, de saneamento básico ou de diferenças
étnicas, independentemente do fato das melhorias ocorridas durante os anos
90." (ALS)
Gráfico 1 - Curva de Lorenz - Brasil - 1990/1995/2001
100,0
Proporção acumulada da renda (%)
90,0
80,0
70,0
60,0
1990
50,0
1995
40,0
2001
30,0
20,0
10,0
0,0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Proporção acumulada da população (% )
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
90
100
Gráfico 2 - Curva de Lorenz - Brasil e Grandes Regiões - 2001
Proporção acumulada da renda (%)
100
90
80
70
Nordeste
60
50
Sudeste
40
Sul
30
CentroOeste
20
10
0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Proporção acumulada da população (% )
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
90
100
Análise da evolução do rendimento médio
Tabela 2 - Rendimento médio mensal real, em reais, das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento, segundo as
classes de percentual das pessoas de 10 anos ou mais de idade, em ordem crescente de rendimento - Brasil - 1990/2001
Classes de percentual
em ordem crescente
de rendimento
(% )
Rendimento médio mensal real das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com
rendimento (R$) (1)
1990
1992
1993
1995
1996
1997
1998
1999
2001
Taxa de
Taxa de
Taxa de
Crescimento Crescimento Crescimento
1990-1993 1995-2001 1990-2001
(% )
(% )
(% )
Simples
Total
Até 10
518
467
501
645
655
649
651
610
599
-3,2
-7,1
15,7
40
37
35
71
77
72
77
72
61
-12,5
-14,2
50,2
Mais de 10 a
20
80
93
99
144
144
146
152
149
152
22,8
5,6
89,6
Mais de 20 a
30
114
160
155
152
150
152
160
158
180
35,2
18,4
57,4
Mais de 30 a
40
140
171
157
207
206
205
211
204
201
12,3
-2,9
43,7
Mais de 40 a
50
200
199
196
269
277
279
283
270
270
-1,8
0,1
34,8
Mais de 50 a
60
270
261
268
341
359
356
357
342
340
-1,0
-0,4
25,9
Mais de 60 a
70
373
350
346
462
475
473
475
450
436
-7,2
-5,7
16,8
Mais de 70 a
80
535
490
488
654
670
665
660
622
599
-8,8
-8,5
12,0
Mais de 80 a
90
850
757
775
1 038
1 059
1 050
1 043
980
943
-8,8
-9,1
11,0
Mais de 90 a 100
2 572
2 154
2 494
3 106
3 135
3 092
3 090
2 856
2 807
-3,1
-9,6
9,1
Acumulado
Até
20
60
65
67
107
111
109
114
110
107
11,0
-0,9
76,4
Até
40
94
115
111
144
144
144
150
146
149
18,9
3,5
58,4
Mais de 80
1 711
1 455
1 634
2 072
2 097
2 071
2 067
1 918
1 875
-4,5
-9,5
9,6
Mais de 90
2 572
2 154
2 494
3 106
3 135
3 092
3 090
2 856
2 807
-3,1
-9,6
9,1
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1990-2001.
Nota: Exclusive o rendimento da população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
(1) Valores inflacionados pelo INPC com base em setembro de 2001.
Tabela 3 - Distribuição do rendimento mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento, segundo as
classes de percentual das pessoas de 10 anos ou mais de idade, em ordem crescente de rendimento - Brasil 1990/2001
Classes de percentual
em ordem crescente
de rendimento
(% )
Distribuição do rendimento mensal das pessoas de 10 anos ou mais de
idade, com rendimento (% )
1990
1992
1993
1995
1996
1997
1998
1999
2001
100,0
100,0
100,0
Taxa de
Taxa de
Taxa de
Crescimento Crescimento Crescimento
1990-1993 1995-2001 1990-2001
(% )
(% )
(% )
Simples
Total
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
Até 10
0,8
0,8
0,7
1,1
1,2
1,1
1,2
1,2
1,0
-12,5
-9,1
25,0
Mais de 10 a 20
1,6
2,0
2,0
2,2
2,2
2,2
2,3
2,4
2,5
25,0
13,6
56,3
Mais de 20 a 30
2,2
3,4
3,1
2,3
2,3
2,3
2,5
2,6
3,0
40,9
30,4
36,4
Mais de 30 a 40
2,7
3,6
3,1
3,2
3,1
3,2
3,2
3,3
3,4
14,8
6,2
25,9
Mais de 40 a 50
3,9
4,3
3,9
4,2
4,2
4,3
4,3
4,4
4,5
0,0
7,1
15,4
Mais de 50 a 60
5,2
5,6
5,3
5,3
5,5
5,5
5,5
5,6
5,7
1,9
7,5
9,6
Mais de 60 a 70
7,2
7,5
6,9
7,2
7,2
7,3
7,3
7,4
7,3
-4,2
1,4
1,4
Mais de 70 a 80
10,3
10,5
9,7
10,2
10,2
10,3
10,2
10,2
10,0
-5,8
-2,0
-2,9
Mais de 80 a 90
16,4
16,2
15,5
16,1
16,2
16,2
16,0
16,1
15,7
-5,5
-2,5
-4,3
Mais de 90 a 100
49,7
46,1
49,8
48,2
47,9
47,6
47,5
46,8
46,9
0,2
-2,7
-5,6
Acumulado
Até
20
2,4
2,8
2,7
3,3
3,4
3,3
3,5
3,6
3,5
12,5
6,1
45,8
Até
40
7,3
9,8
8,9
8,8
8,8
8,8
9,2
9,5
9,9
21,9
12,5
35,6
Mais de 80 a 100
66,1
62,3
65,3
64,3
64,1
63,8
63,5
62,9
62,6
-1,2
-2,6
-5,3
Mais de 90 a 100
49,7
46,1
49,8
48,2
47,9
47,6
47,5
46,8
46,9
0,2
-2,7
-5,6
Font e: IBGE, Pesquisa Nacional por Amost ra de Domicílios 1990-2001.
Not a: Exclusive o rendiment o da população da área rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
Gráfico 3 - Razão entre os rendimentos médios dos 10% "mais ricos" e 40%
"mais pobres" (10/40) e dos 20% "mais ricos" e 20% mais pobres (20/20)
Brasil - 1990-2001
28,3
24,4
27,4
22,4
21,6
21,7
21,5
20,6
19,6
18,9
18,1
17,4
17,6
1998
1999
22,4
18,7
1990
1991
1992
19,3
1993
1994
1995
19,0
18,9
1996
1997
razão 10/40
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
razão 20/20
2000
2001
Gráfico 4 - Razão entre os rendimentos médios dos 10% "mais ricos" e 40%
"mais pobres" (10/40) e dos 20% "mais ricos" e 20% mais pobres (20/20) Brasil e Grandes Regiões - 2001
20,0
18,9
17,6
16,9
19,8
17,1
15,7
15,5
13,8
BRASIL
Norte urbana
Nordeste
Razão 10/40
Sudeste
Razão 20/20
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
16,8
16,0
14,6
Sul
Centro-Oeste
Gráfico 6 - Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de 10
anos ou mais de idade, com rendimento - Brasil - 1992-2001
0,603
0,592
0,590
0,588
0,584
0,576
1995
1996
1997
1998
1999
0,572
0,575
1992
1993
1994
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
2000
2001
Gráfico 7 - Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de
anos ou mais de idade, com rendimento - Brasil e Grandes Regiões - 1992/200
0,575 0,572
BRASIL
0,552 0,543
Norte urbana
0,576
0,566
Nordeste
0,554
0,554
Sudeste
1992
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Síntese de Indicadores, 2001
2001
0,554
0,543
Sul
0,594 0,585
Centro-Oeste
Gráfico 8 - Proporção de pessoas por classes de rendimento familiar per capita em
salários mínimos. Brasil, Nordeste e Sudeste - 2001
Até 1/2
De 1/2 até 1
De 1 até 2
Brasil
Fonte: IBGE, PNAD - 2001.
De 2 até 3
Nordeste
De 3 até 5
Sudeste
Mais de 5
2,9
3,7
3,1
8,2
2,4
6,0
8,6
2,6
6,4
3,4
8,1
10,6
25,1
11,7
21,0
23,6
23,5
17,8
24,3
29,0
50,9
%
Sem rendimento
Gráfico 9 - Proporção de pessoas com até 1/2 SM e mais de 2 SM de rendime
familiar per capita que vivem em domicílios com saneamento adequado.
Brasil, Nordeste e Sudeste - 2001
%
93,4
85,7
77,0
55,8
31,6
21,6
Brasil
Nordeste
Até 1/2 SM
Fonte: IBGE, PNAD - 2001.
Sudeste
Mais de 2 SM
Tabela 7 - Proporção da população ocupada, por rendimento mensal familiar per capita e
posição na ocupação - Nordeste e Sudeste - 2001
Nordeste
Posição na ocupação
Até 1/2 SM
(%)
Sudeste
Mais de 2 SM
(%)
Até 1/2 SM
(%)
Mais de 2 SM
(%)
Empregados com carteira
25,0
17,5
6,6
37,0
Empregados sem carteira
49,4
7,3
17,4
25,4
Militar e estatutários
13,2
35,6
3,0
61,1
Trabalhador doméstico
59,4
1,4
21,9
11,2
Conta-própria
46,4
8,4
11,9
34,9
Empregadores
11,1
47,3
1,4
70,4
Fonte: IBGE, PNAD 2001
Gráfico 15 - Proporção de jovens de 18 a 19 anos de idade, por condição de ativida
e por classes de rendimento mensal familiar per capita. Brasil - 2001
%
43,3
29,4
25,6
24,7
22,9
21,2
17,1
6,9
6,8
2,2
Só estuda
Trabalha e estuda
Só trabalha
até 1/2 SM
Fonte: IBGE, PNAD - 2001.
Afazeres
domésticos
mais de 2 SM
Não realiza
nenhuma atividade
Gráfico 16 - Proporção de jovens de 20 a 24 anos de idade, por condição de at
e por classes de rendimento mensal familiar per capita. Brasil - 2001
%
46,6
41,6
32,5
25,0
18,2
10,4
8,7
7,4
6,8
2,8
Só estuda
Trabalha e estuda Só trabalha
até 1/2 SM
Fonte: IBGE, PNAD - 2001.
Afazeres
domésticos
mais de 2 SM
Não realiza
nenhuma atividade
Concentração de riqueza e concentração de renda
• DUAS DIMENSÕES E DOIS CAMINHOS:
• 1) Estoque: Desconcentração de Riqueza
• 2) Fluxo: Desconcentração de Renda
DESCONCENTRAÇÃO DO ESTOQUE DE RIQUEZA
DESCONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA: ATIVOS PRINCIPAIS
1) Terra => aluguel-renda
2) Estruturas residenciais (moradia) => aluguel-renda
3 )Estruturas não-residenciais (fábricas, lojas, escritórios, etc) => lucro-renda
4) Máquinas e equipamento => lucro-renda
5) Capital financeiro => juro-renda
6) Bens de consumo duráveis (veículos, eletrodomésticos) => satisfação; renda
7) Educação => cidadania; satisfação; salário-renda
DESCONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA: SOLUÇÕES PARA O BRASIL
1) Reforma agrária abrangente e radical
2) Reforma urbana e regularização territorial (Projeto moradia)
3) Imposto sobre estoque de riqueza (once-for-all capital levy – imposto de
solidariedade)
4) Progressividade fiscal aguda, assentada na taxação sobre o capital
(lucro, juro) (e.g., imposto sobre grandes fortunas, herança)
5) Juros baixos
6) Política de crédito discriminatória (micro, pequeno, médio versus grande
empresa) (e.g., “catraca” no BNDES, BB etc)
7) Financiamento para bens de consumo duráveis (banco do povo)
8) Investimento em educação (escola pública, gratuita)
EDUCAÇÃO, CULTURA E HEGEMONIA NO BRASIL
1) Deus ex-machina? Atenção com o desvio neoconservador.
2) Retorno caindo em média (principalmente, ensino médio)
3) Retorno da educação superior elevado
4) Futuro retorno na educação superior no modelo neoliberal “sem futuro”?
5) O que fazer com o estoque de quase-pobres, pobres, miseráveis e indigentes
com baixo nível educacional?
6) Elite ignorante e rica versus povo educado pobre?
7) Hegemonia e dimensão cultural (síndrome de casa grande & senzala)
8) Reformas políticas e institucionais (Código Civil versus Penal)
Imposto de solidariedade
Estoque líquido de riqueza privada no Brasil, 1970-95
(valores em R$ bilhões de 1995)
Ano
Riqueza privada
Riqueza privada/PIB
(%)
1970
418,8
1,97
1975
682,0
1,99
1980
1025,2
2,09
1985
1265,9
2,42
1989
1607,1
2,68
1990
1577,8
2,75
1995
1856,5
2,82
Composição do estoque líquido de riqueza privada no Brasil: 1989 e 1995
(valores em R$ bilhões de 1995; participação em %)
Item
Estoque
1989
Participação
1989
Estoque
1995
Participação
1995
1. Ativos fixos
1464
91,1
1692
91,1
1.1. Construção
1130
70,3
1370
73,8
1.1.1. Estruturas residenciais
529
32,9
698
37,6
1.1.2. Estruturas não-residenciais
601
37,4
673
36,2
1.2. Máquinas e equipamentos
334
20,8
322
17,3
2. Bens de consumo
114
7,1
113
6,1
2.1. Automóveis
97
6,0
92
5,0
2.2 Eletrodomésticos
17
1,1
21
1,1
3. Ativos monetários e financeiros
29
1,8
52
2,8
6
0,4
15
0,8
83
5,2
103
5,5
(60)
(3,7)
(66,0)
(3,6)
1607
100,0
1857
100,0
3.1. Base monetária
3.2. Títulos públicos em poder do público
3.3. Dívida externa líquida
Total
Distribuição da riqueza no Brasil, 1999
(valores em US$ bilhões, participação em %)
Ativo
Total
Participação
relativa
1,0% mais rico
Participação do
1% mais rico
Ativos Fixos: total (A)
1295
53,7
567
43,8
Terras
276
11,5
173
62,7
Imóveis Rurais
363
15,1
229
62,9
Imóveis Urbanos
655
27,1
165
25,2
523
21,7
352
67,2
34
1,4
11
33,3
Depósitos de poupança e a prazo
131
5,4
55
42,2
Títulos públicos federais/público
208
8,6
150
72,0
Outros
151
6,2
135
90,0
502
20,8
427
85,1
91
3,8
15
16,3
2411
100,0
1361
56,5
Ativos Financeiros (B)
Moeda
Patrimônio Líquido das Empresas Privadas (C)
Bens de Consumo Duráveis (D)
Total (A+B+C+D)
Impacto do imposto de solidariedade (capital levy) na Europa
País/Ano
Imposto como uma percentagem da
Receita
Fiscal
Oferta
Monetária
Dívida
Pública
403,6
338,0
805,5
71,4
Áustria (1948)
17,1
10,8
10,9
3,4
Bélgica (1945)
113,2
33,6
23,1
24,9
Dinamarca (1946)
53,4
10,8
9,0
7,2
Finlândia (1945)
41,8
86,7
24,9
18,9
França (1945)
25,3
9,0
5,5
4,7
Holanda (1946)
78,3
44,8
14,4
27,6
Itália (1947)
88,8
19,5
21,6
5,5
Luxemburgo (1946)
65,4
25,1
26,0
13,4
Noruega (1946)
38,5
8,3
7,0
5,7
Alemanha (1952)
Renda
Nacional
Impacto do imposto de solidariedade no Brasil, 2001
(impacto como percentagem do valor das variáveis)
Variáveis
Variáveis
(R$ bilhões)
Imposto médio efetivo
Hipótese I
(10%)
Hipótese II
(15%)
Estoque de Moeda (M4)
759
12
18
Estoque de títulos públicos federais (poder
público)
624
14
21
1185
8
11
272
33
49
Produto Interno Bruto
Receita Fiscal
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Brasil - Instituto de Economia da UFRJ