PowerPoint ® A revolução cubista Conteúdos a desenvolver A revolução cubista As vanguardas: ruturas com os cânomes das artes e da literatura – o cubismo Slides 3. Paul Cézanne, Casas de Riaux em Estaque,1879-82 Conteúdos a desenvolver Cézanne, precursor do cubismo 128 Venerado pelos jovens pintores do início do século XX, Cézanne (1839-1906) marcou a transição do impressionismo para as vanguardas do início do século XX, que revolucionariam o universo da arte. Análise – geometrização rigorosa das formas que, reduzidas ao essencial, se assemelham a sólidos geométricos, as formas básicas com as quais Cézanne assegurava poder interpretar-se a Natureza (o cilindro, a esfera, o cone); – sistematização das pinceladas, que aplica umas paralelas às outras; – redução da paleta cromática – unificação da pintura com as sombras azuladas; – redução da profundidade através da utilização de cores de igual intensidade e da uniformização das pinceladas. C ézanne pintou mais de sessenta versões do que ele chamou de “sua “ montanha, mas nenhuma das pinturas se repete. 4. Paul Cézanne, A Montanha de Santa Vitória, 1905 5. Pablo Picasso, As Meninas de Avignon, 1907 Exploração didática Análise – Nesta fase mais tardia, o contorno dos volumes dilui-se em manchas harmónicas de cor, que se encaixam como peças de um mosaico. “Uma pedra no charco”: a primeira obra cubista (1907) Originalmente intitulada por Picasso O Bordel de Avignon, a tela foi rebatizada por André Salmon como As Meninas de Avignon (para diminuir o impacto escandaloso sobre o público). O autor considerou-a “o meu primeiro exorcismo”. Análise – mostra influências das artes africanas e da Oceânia (que Picasso negou, mas que os críticos afirmam). Picasso reconheceu, posteriormente, a importância da arte espanhola (El Greco) e da escultura ibérica na obra; – foi objeto de numerosos esboços e estudos de preparação para o trabalho final; –representa uma rutura radical com a pintura tradicional europeia. NTEHA12CP © Porto Editora PowerPoint® Guia de Exploração do PowerPoint®(amostra) Slides Conteúdos a desenvolver Exploração didática (Propõe-se a análise conjunta do Doc. 53, pág. 62, da Parte 1 do Manual) Esta pintura foi exibida ao público apenas em 1916, numa exposição organizada por André Salmon, intitulada L'art moderne en France. A mostra foi assim comentada no jornal Le cri de Paris: “os cubistas não esperaram a guerra para recomeçar as hostilidades contra o bom senso. Exibem mulheres nuas na galerie Poiret cujas peças espalhadas são representadas em todos os quatro cantos da tela: aqui um olho, acolá uma orelha, ali uma mão, um pé no topo, uma boca abaixo. […]” 6. Pablo Picasso, Casa num Jardim, 1908 Cubismo analítico – a fase cezaniana – 1906 a 1909 Análise – uso maciço de formas geométricas (pirâmides, cubos, esferas…); – redução do cromatismo – o verde usado por Picasso e o amarelo da tela de Braque homogenizam a paisagem; – sobreposição e interseção de planos; – redução da profundidade – aproximação ao primeiro plano, para o qual convergem os elementos representados. (Propõe-se a análise conjunta do Doc. 54, pág. 63 da Parte 1 do Manual) Braque e Picasso representaram os mesmos temas, usaram os mesmos materiais e formas de representação. Influenciaram-se mutuamente e são considerados coinventores do cubismo. 6. Georges Braque, Casa d'Estaque, 1908 Cubismo analítico – 1909 a 1912 Audição em voz off de pequenos textos traduzidos de Lisa Florman, Different faces of analytic cubism, The Ohio State University. Análise – decomposição do objeto em partes, examinando-o em diferentes ângulos em simultâneo; – círculos e semicírculos sugerem a base redonda do copo de vidro; linhas verticais indicam a orientação vertical do copo; – reduzida paleta cromática de tons castanhos, cinza e beges, numa clara subalternização da cor face à complexidade da representação. (Propõe-se a análise conjunta do Doc. 55, pág. 64 da Parte 1 do Manual) NTEHA12CP © Porto Editora 7 a 11. P ablo Picasso, Copo de Absinto, 1911 129 Guia de Exploração do PowerPoint®(amostra) Conteúdos a desenvolver Exploração didática 12. Georges Braque, O Violino e o Jarro, 1910 Cubismo analítico – 1909 a 1912 Análise – propõe-se a análise do quadro pelos alunos, em diálogo aberto, tendo por referência a obra apresentada no diapositivo anterior e as obras do Doc. 55. 13 a 16. Pablo Picasso, Natureza Morta com Cadeira de Palha, 1912 Cubismo sintético –1912 a 1916 Análise – no cubismo sintético destacam-se as partes essenciais dos motivos a representar. Estes sobressaem em grandes planos geométricos e com contornos bem definidos; – a tela oval lembra uma típica mesa de café com tampo de vidro; – em cima da mesa distinguem-se o bocal de um copo, uma fatia de limão, um copo de vidro, um jornal; por baixo da mesa, a transparência do vidro permite ver o assento empalhado de uma cadeira; – introduzem-se “chaves” de descodificação: as letras “JOU” remetem para uma revista ou jornal; – aplicam-se materiais inéditos na pintura; a obra é considerada uma das primeiras colagens da História da Arte; – utilizam-se cinzas, verdes e amarelos suaves, gama de cores que prevalece nas obras cubistas. 17. Juan Gris, A Garrafa de Anis, 1914 130 Para alguns críticos, Gris representa o expoente máximo do cubismo sintético. Análise – a garrafa aparece na superfície de uma mesa com objetos do quotidiano como um jornal, que as respetivas letras evocam, e outros papéis. Diferentes texturas em castanho e cinza evocam essas outras peças colocadas sobre a mesa. O rótulo destaca-se, em diferentes planos, do corpo da garrafa a que pertence, numa ambiguidade de perspetivas que mostra as diferentes formas de olhar; – evidencia grande rigor formal na decomposição do objeto no plano. (Propõe-se a análise conjunta dos Docs. 56 e 57, págs. 65 e 66 da Parte 1 do Manual) NTEHA12CP © Porto Editora Slides Guia de Exploração do PowerPoint®(amostra) Slides Conteúdos a desenvolver 18. Pablo Picasso, O Copo de Absinto, 1914 Escultura cubista 19. Albert Gleizes, A Caça, 1911 Outros pintores cubistas Exploração didática Análise – escultura cubista com o mesmo tema do diapositivo n.° 7. – o copo é mostrado simultaneamente invertido e direito. O corte oblíquo da parte superior mostra o interior do copo onde o torrão de açúcar se derrete com o absinto. Assemelha-se a uma boca que vai degustar a bebida; – destaque das partes essenciais: copo, colher, torrão de açúcar; – uso de diferentes materiais; – coloração da escultura. (Propõe-se a análise conjunta do Doc. 58, pág. 67 da Parte 1 do Manual) Audição do texto de Albert Gleizes, extrato de “O Salão de Outono” de 1911. A “sala VIII” Análise – cena de caça ao ar livre. Apresenta sete personagens juntamente com diversos animais, cavalos e cães. Em primeiro plano, de costas para o espectador, um homem com uma trompa de caça. Homens a cavalo prepararam-se para a partida. Outro caçador, a pé, aponta uma arma. No fundo, uma mulher com uma criança e outro homem. Perto, vislumbra-se uma aldeia; – geometrização e sobreposição de planos característica do cubismo; – redução da profundidade/achatamento da composição; as distâncias para o espectador determinam-se pela relação de tamanhos; – paleta cromática mais rica do que a utilizada por Braque e Picasso. O tom esverdeado dá homogeneidade à cena. Proposta Solicitar aos alunos que: – integrem esta obra na fase do cubismo que lhe corresponde; – expliquem as afirmações do texto correspondentes à crítica dos jornais. Análise – tela de grandes dimensões, pouco vulgar entre os cubistas; – tratamento de numerosas personagens – o cortejo de convidados – de forma fragmentada; manchas brancas lembram o vestido da noiva; – são ainda visíveis árvores e casas – o local do casamento – que se aglomeram no lado direito e lembram as paisagens da fase cezaniana de Picasso e Braque. NTEHA12CP © Porto Editora 20. Fernand Léger, O Casamento ou As Núpcias, 1911 NTEHA12_P2_09 131 Guia de Exploração do PowerPoint®(amostra) 21. Jean Metzinger, O Pássaro Azul, 1912-1913 Reflita e responda: 1. Localize no tempo as diferentes fases do cubismo. 2. Distinga, apresentando dois aspetos, o cubismo analítico e o cubismo sintético. 3. Refira três aspetos inovadores do cubismo. 132 Conteúdos a desenvolver Outros pintores cubistas Exploração didática Q uadro exibido no Salão dos Independentes, em 1913, meses depois do primeiro e único manifesto cubista “Acerca do cubismo” do próprio Metzinger e de A. Gleizes (1912). A nálise – apresenta três nus femininos e um pássaro azul a ser acarinhado pela personagem que está num plano superior; veem-se outras aves, uvas, um prato sobre uma mesa, um toldo às riscas de um café de Paris, a cúpula da basílica do Sacré-Coeur e um navio; – as riscas do toldo evocam a bandeira americana, já que a obra foi executada a pensar na mostra “Armory Show”, que decorreu em Nova Iorque (1913). Tal facto justifica também a presença do navio na tela. O quadro foi rejeitado quando se selecionaram as obras desta exposição, o que causou espanto em outros artistas, como Picasso. Questão 1 1908-1909 – fase cezaniana (cubismo analítico) 1909-1912 – cubismo analítico 1912-1916 – cubismo sintético Questão 2 Escolher dois aspetos correspondentes Cubismo analítico: – decomposição da imagem em múltiplos planos geométricos que se sobrepõem e intersetam; – difícil identificação do objeto; – monocromatismo (cinzas, castanhos, tons térreos); – utilização dos materiais correntes da pintura. Cubismo sintético – destaque das partes essenciais dos motivos a representar, em grandes planos geométricos, com contornos bem definidos; – objeto reconhecível; – reaparecimento da cor; – utilização de novos materiais. Questão 3 – decomposição/estilhaçamento do objeto; – destruição da perspetiva tradicional; – criação de um universo representativo em que os objetos se fundem com o espaço em que se inserem; – regresso à bidimensionalidade da tela; – introdução de novos materiais, até aí alheios ao universo da arte. NTEHA12CP © Porto Editora Slides