PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
PRO - REITORIA DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE LETRAS
LETRAS
LITERATURA BRASILEIRA IV
LET 2124
A literatura e a pintura cubista e
impressionista
Vanguardas Européias
• O desenvolvimento das vanguardas européias
do século XX está intimamente relacionado com
os artistas da geração anterior, que abriram
caminho para as gerações seguintes.
• Os Impressionistas, os Pós-Impressionistas e
até mesmo os Realistas foram os verdadeiros
pioneiros das transformações artísticas que
marcariam a arte moderna.
OS PRIMEIROS SINAIS DE CONTESTAÇÃO
• Artistas do final do século XIX, independentemente de
pertencerem a qualquer escola, também tiveram influência
espantosa sobre a arte moderna.
• Destaca-se, em particular, Paul Cézanne e sua obsessão em
imprimir objetividade à forma de encarar o mundo. Pode ser
considerado o verdadeiro exemplo para a arte moderna,
exercendo alguma influência em todos os movimentos e
artistas de projeção do século XX.
• Georges Seraut (1859 -1891), apesar de ter morrido
prematuramente, também é considerado um dos grandes
precursores da arte moderna, dando expressão artística à
mentalidade científica de sua época, incorporando, por
exemplo, estudos de ótica e cor às suas concepções artísticas
e adicionando a eles suas refinadas descobertas estéticas.
MUITO ALÉM DO IMPRESSIONISMO
• Van Gogh pode ser considerado uma terceira
influência decisiva sobre a arte do século XX.
Além dele podem ser colocados Gauguin,
Pissaro e Signac.
• O Século XX, sem dúvida, foi uma época de
profundas transformações em todas as esferas
da experiência humana e os artistas não podiam
manter-se alheios a essas mudanças, o que em
parte justifica a profusão de movimentos e
ideais artísticos que nele surgiram.
O Grito (no original Skrik) é uma série
de quatro pinturas do norueguês
Edvard Munch, a mais célebre das
quais datada de 1893. A obra
representa uma figura andrógina num
momento de profunda angústia e
desespero existencial. O plano de
fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo)
ao pôr-do-Sol. O Grito é considerado
como uma das obras mais importantes
do movimento expressionista e
adquiriu um estatuto de ícone cultural,
a par da Mona Lisa de Leonardo da
Vinci.
A série tem quatro pinturas
conhecidas: duas na posse do Museu
Munch, em Oslo, outra na Galeria
Nacional de Oslo, e outra em coleção
particular. Em 2012, esta última
tornou-se a pintura mais cara da
história a ser arrematada, num leilão,
por 119.922.500 dólares.
A EUROPA NA VANGUARDA
• Um dado curioso exemplificando essas tendências maiores que
movem uma geração pode ser o encontro em Paris de praticamente
todas as importantes figuras que marcariam as vanguardas, vindos
de todas as partes do mundo. Além de Paris, e em menor escala,
apesar da importância, Munique foi outro importante centro
vanguardista europeu.
• Os Fauves (as Feras), liderados pela figura de Henri Matisse (18691954) começaram com uma reação ao divisionismo metódico (ver
Neo-Impressionismo) e assumiram características expressionistas.
• O fauvismo pode ser classificado entre os primeiros grupos de
vanguarda, pois, apesar da curta duração (1905 a 1908) e da
incoerência associada a ele, agrupou e influenciou figuras
importantes da arte moderna, como André Durain (1880-1954),
Georges Braque e exerceu influência, por exemplo, sobre Picasso.
MOVIMENTOS "REBELDES" SE MULTIPLICAM
• Os expressionistas alemães foram outras
importantes influências para a Arte
Moderna.
• Desse mesmo período é o Cubismo, o
Futurismo e posteriormente o Dadaísmo
e o Surrealismo, os movimentos da
vanguarda européia mais conhecidos e
que exerceram influência sobre toda a
arte do século XX.
A FILOSOFIA É O PRINCÍPIO DE TUDO
• Um dado curioso dos movimentos vanguardistas do século XX
é o fato de normalmente terem origem em idéias filosóficas.
• Essas idéias podem receber, a princípio, expressão na
literatura e poesia, para posteriormente passar às artes
plásticas, como é o caso mais específico do Surrealismo e do
Futurismo.
• Além disso, a popularidade entre os artistas das teorias, que
justificavam a arte, também foi grande, como as obras
extremamente lidas e comentadas entre os círculos
vanguardistas da época: "Do espiritual na Arte", de Kandinsky
(1912), e "Abstração e Sentimento" (1908), de Wilhelm
Worringer.
CUBISMO
•
Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura
deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros.
Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar
os objetos com todas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem
abertos e apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao
espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum
compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.
• O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície
plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa,
mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se
movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e
por baixo, percebendo todos os planos e volumes.
Principais características
•
•
•
•
geometrização das formas e volumes;
renúncia à perspectiva;
o claro-escuro perde sua função;
representação do volume colorido sobre
superfícies planas;
• sensação de pintura escultórica;
• cores austeras, do branco ao negro passando
pelo cinza, por um ocre apagado ou um
castanho suave
Princípios Estéticos
• No Cubismo pretende-se representar os objetos retirando-lhes,
abstraindo, a sua "aparência imediata"; o Cubismo rejeita os efeitos
pictóricos sedutores e a representação de sensações ao modo
Impressionista.
• O pintor Cubista representa simultaneamente na tela, vários
aspectos de um mesmo objeto, (Simultaneísme: a representação de
vários aspectos de um objeto na mesma tela; forma de expressão
poética que procura exprimir a multitude fazendo falar ao mesmo
tempo, no poema, várias vozes misturadas com os ruídos do
mundo; é também uma técnica cinematográfica e de romance, ou
seja, representa aquilo que conhece ou entende ser o objeto, e não
apenas a imagem óptica desse objeto.
• O Cubismo rejeita a representação num espaço pictórico projetado
para além do plano do quadro. Cria um espaço "estreito", um
campo pictórico que aceita a materialidade objetiva da tela, e nesta
desenvolve uma superfície onde os objetos plásticos se situam e se
interrelacionam.
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Impressionismo e Cubismo